Passamos o resto da tarde em silencio, eu e Lucia ficamos a tarde toda em nosso quarto conversando sobre Nárnia, quando a noite chegou Suzana foi ao nosso quarto nos chamar para jantar, descemos e comemos em silencio, voltamos para cima e nos arrumamos rapidamente para dormir, eu e Lucia combinamos de voltarmos para Nárnia naquela noite para ver como estava Sr. Tumnus, fomos para cama e esperamos ate depois de todos adormecerem, quando já era bem tarde eu e Lucia nos levantamos em silencio para não acordar Suzana, andamos devagar e silenciosamente pelos corredores ate a sala onde estava o armário, estávamos apenas com uma vela para iluminar nosso caminho, quando chegamos à sala abrimos a porta do armário, de lá de dentro soprou-se um vento que apagou a vela, eu e Lucia trocamos um olhar de entendimento e entramos. Em Nárnia era dia, seguimos o caminho ate a casa de Sr. Tumnus, e lá estava ele, não haviam descoberto que estivemos ali, ele nos disse que estava tudo bem, contamos a ele que os outros não acreditaram em nós quando falamos sobre Nárnia, ele disse que isso era normal, pois só podem entrar em Nárnia aqueles que acreditam, Lucia não entendeu muito bem, mas eu compreendi o que ele queria dizer, Edmundo, Pedro, Lukas e Suzana, já não acreditavam em nós quando falamos, então logicamente a passagem do armário para Nárnia não iria se abrir, depois dessa explicação Sr. Tumnus tocou musicas e nos contou sobre a feiticeira Branca:

-Ela que governa Nárnia, ela faz tudo ser sempre frio, um inverno eterno.

-Mas o inverno não é tão ruim, podemos brincar na neve e tem o natal! –disse Lucia.

-Não em Nárnia, em Nárnia não a natal há 100 anos. –disse ele.

-Isso é horrível! –eu disse.

Ele assentiu e continuou:

-Ela ordenou que nós entregássemos a ela todo e qualquer humano que estivesse vagando pelo bosque, ela começou a governar depois que Aslam se foi.

-Aslam? –perguntei.

-Sim, ele é que é realmente o rei de Nárnia. Mas depois eu conto mais a vocês, agora vão, é perigoso vocês ficarem aqui por muito tempo, vocês conseguem ir sozinhas?

-Sim, -eu disse – tchau Sr. Tumnus nos veremos depois.

-Tchau Sr. Tumnus.

Fomos indo cautelosamente para casa quando nos deparamos com Edmundo vagando ali:

-Ed! O que você esta fazendo aqui? –perguntei.

-Ora... Eu... Eu não sei, segui vocês depois que saíram do quarto e vim para aqui. –ele respondeu.

-Edmundo você entrou aqui também não é formidável! –disse Lucia abraçando ele.

-Sim, mas isto aqui esta um gelo. Como saímos daqui?

-Venha conosco, sabemos como sair daqui. –eu disse.

Quando voltamos para casa Lucia foi diretamente ao quarto de Pedro e começou a gritar:

-Pedro, Lukas, Suzana acordem, esta lá! Esta lá mesmo!

-O que esta lá Lucia? –disse Lukas meio sonolento ainda.

-Nárnia, e desta vez Edmundo também esteve lá.

-Você viu o fauno? –perguntou Pedro.

-Boom é que na verdade ele não foi com a gente ele... –disse Lucia.

- O que você esteve fazendo lá Edmundo? –perguntei.

Pedro olhou para ele e ele começou a dizer:

-Eu quis brincar um pouco poxa! É que algumas crianças não sabem à hora de para de mentir –disse Edmundo sinicamente e olhou para nós.

Lucia saiu correndo e chorando, eu fui para meu quarto, Pedro e Suzana foram atrás de Lucia enquanto Lukas vinha atrás de mim, entrei no quarto raivosa, como ele poderia mentir tanto? E por que motivo? Lukas me segurou pelo braço e começou a dizer:

-Ei, ei ei ei ei.O que esta acontecendo com você e Lucia? De onde vocês tiraram que essa tal de Nárnia existe?

-Mas ela existe! –estourei- Só que vocês não vão conseguir entrar lá se não acreditarem, foi o que o Sr. Tumnus me disse.

-O fauno? A Melissa, por favor! Poupe-me! Isso não existe isso é impossível. –disse ele.

-Se você não acredita em mim então quem poderá acreditar Lukas? Você sempre esteve do meu lado Lukas, por favor, acredite em mim? –implorei.

-Não dessa vez Meli. –disse ele e saiu.

Nem ao menos Lukas acreditava em mim, apenas eu e Lucia sabíamos que ela realmente existia,fiquei no quarto sentada na cama pensando um pouco, uns minutos depois Lucia entrou no quarto com os olhos inchados, eu a abracei e disse:

-Esta tudo bem Lu, se eles não acreditam em nós não há problemas, nós sabemos a verdade, agora venha vamos dormir, talvez possamos ver o Sr. Tumnus de novo e tomar um pouco daquele chá que ele nos serve.

Ela sorriu e assentiu:

-Boa noite Meli.

-Boa noite Lu.

E então nos deitamos, eu não consegui dormir, vi quando Suzana chegou, ela ficou nos observando, percebi que ela se aproximava então fechei os olhos e fingi que dormia, ela deu um beijo em minha testa e foi para sua cama. Alguns minutos depois e adormeci também, aquele fora um dia realmente cansativo.