O Equilibrio Entre Os Mundos escrita por A Mestiça


Capítulo 3
Brincamos de Pique - esconde.


Notas iniciais do capítulo

Nós acreditamos mas eles não. Por que? É tão dificil acreditar no inacreditavel?



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O dia amanheceu chuvoso, não podíamos sair, estávamos na sala de estar, jogando alguma coisa que sinceramente não estava prestando atenção, até que Lucia disse:

-Vamos brincar de pique – esconde?

-Mas já estamos nos divertindo taaaaanto aqui. – disse Pedro sarcasticamente, olhamos para ele com olhar de reprovação.

Então ele começou a contar, corremos para nos esconder, Lucia me puxou pelo braço e disse:

-Vem Meli, esconda-se comigo não posso me esconder sozinha.

Assenti, tentamos varias portas, mas apenas a ultima se abriu, entramos, a sala estava vazia, não havia absolutamente nada alem de um velho guarda-roupa de madeira, eu e Lucia entramos, Pedro ainda contava:

- 89, 90, 91...

Fechamos a porta e começamos a andar para trás, o armário a primeira vista não parecia ser tão fundo para que andássemos tanto assim, Lucia estava segurando minha mão, de repente pisei em uma coisa fofa e caímos sentadas, quando me virei para olhar vi o impossível, olhei para Lucia que estava com uma expressão de surpresa:

-Isso é impossível. –foi o que consegui dizer

-Para mim parece bem real Meli –disse Lucia sarcasticamente – o que vamos fazer?

Olhei para a porta do armário ainda semi aberta e disse:

-Não seria mal olharmos um pouco.

Ela sorriu para mim e nos levantamos, foi quando ouvimos um barulho, era um farfalhar de folha, nos escondemos atrás de uma pedra, esperamos um pouco e nada saiu, começamos a andar de costas, quando esbarrei em algo peludo, eu e Lucia gritamos assim como a criatura, nos escondemos atrás de um lampião que estava ali no meio da floresta, Lucia foi saindo de trás do lampião quando notou que ele estava com tanto medo de nós quanto nós dele, ela olhou cautelosa e disse:

-Está com medo de nós?

-E-eu... não... e-eu apenas. –começou a gaguejar.

-Não precisar ter medo, não vamos lhe machucar. –eu disse.

-Eu sei, mas se me permitem perguntar... Vocês... Vocês são filhas de Eva? –ele perguntou.

-Filhas de Eva? –perguntei.

-Sim, digo, vocês são, realmente, humanas?

Estranhei a pergunta, mas respondi:

-Claro que somos. E... Se me permite... O que você é?

-Eu sou... Eu sou um fauno.

-Isso é impossível, como você pode existir e onde estamos?

-Vocês estão em Nárnia.

-Nárnia?O que é Nárnia? –perguntou Lucia que estava quieta ate agora.

-Ora cada arvore que vê cada pingente de gelo é Nárnia.

Estava perplexa, como poderia existir tal lugar.

-Bom eu sou o senhor Tumnus.

-Ora prazer senhor Tumnus sou Lucia Pevensi.

-E eu sou Melissa Flanning.

-Então Lucia Penvensi e Melissa Flanning, vocês se importariam em ir a minha casa tomar uma xícara de chá ou comer um pedaço de bolo? –convidou ele.

-Ora, mas é claro! –dissemos entusiasmadas – mas acho que temos que voltar.

-Mas é rapidinho, podemos comer um pedaço de bolo, por favor?

Nós acabamos cedendo que mal havia em ir lá um pouco. Seguimos ele ate sua casa, era humilde, mas era muito arrumada.Ele nos serviu o chá e pedaços de bolo.

-Vocês querem ouvir uma musica? –disse ele.

-Sim, adoraríamos.

Ele começou a tocar uma flauta, olhamos para o fogo da lareira que estava aceso e de repente ela pareceu dançar, era como mágica, ele continuou a tocar conforme olhava eu estava ficando sonolenta, e cai no sono, acordei de repente pois a xícara de Lucia havia caído no chão.

-Acho devemos ir embora, já está escuro. –eu disse.

-Eu sou um fauno muito horrível. –disse senhor Tumnus.

Eu realmente não estava entendendo o motivo pelo qual ele disse isso, ele tinha sido realmente gentil conosco, ele não era horrível, então Lucia disse:

-Não é não, você é o fauno mais bonzinho que já conhecemos.

-Parece que não tiveram bons exemplos. –ele disse.

-Mas por que o senhor disse que é um fauno horrível? –perguntei

-É a feiticeira branca, é ela que faz tudo ficar frio, ela nos deu ordens explícitas para entregarmos qualquer humano que víssemos vagando nos bosques. –respondeu.

-Mas o senhor não entregaria?Entregaria? –perguntou Lucia.

Ele se calou, eu não podia acreditar que ele faria isso, ele havia sido tão gentil, olhei para ele e disse:

-Achei que fosse nosso amigo.

Ele fixou o olhar em nós, então se levantou e começou a nos puxar para fora:

-Eeeeeei! –eu disse.

-Vou tirar vocês daqui, talvez ela ainda não saiba da existência de vocês, à arvores a comando dela, vamos logo. –disse ele serio.

Eu apenas o segui, ele realmente queria nos ajudar, corremos pelo bosque, paramos em frente ao lampião onde havíamos nos encontrado, ele perguntou:

-Podem achar seu caminho de volta daqui?

-Acho que sim. –respondi.

Ele começou a chorar, Lucia tirou seu lencinho e enxugou suas lagrimas, enquanto eu dizia:

-Ei, ei. Não chore.

-Saibam que vocês me fizeram mais felizes do que eu tenho sido há 100 anos. Agora vão antes que seja tarde. –ele disse para nós.

-Tome, - Lucia estendeu o lencinho no qual ela havia enxugado as lagrimas de Sr. Tumnus. –precisa mais do que eu.

Ele pegou o lencinho e se despediu de nós, voltamos correndo, encontramos o caminho de volta, abrimos a porta do armário e começamos a gritar:

-Voltamos, estamos bem, já estamos de volta.

Edmundo saiu de trás de uma cortina e disse:

-Quietas se não ele vai nos achar.

Pedro chegou ali e logo depois Suzana que disse:

-Isso quer dizer que eu ganhei?

-Não eu também não fui pego. –protestou Lukas.

-Acho que a Lu e a Meli não querem mais brincar. –disse Pedro.

-Vocês não estavam tentando nos achar? –Perguntei sem entender o que estava acontecendo.

-Iiiiiiiiiiiiiisso, é por isso que ele estava procurando. –disse Edmundo sarcasticamente.

-Mas nós sumimos por horas. –disse Lucia.

-Não faz nem alguns segundos gente. –Disse Pedro.

-Não! Nós sumimos há horas, entramos num armário ali no segundo andar, e do nada apareceu uma floresta, conversamos com um fauno e ficamos lá por horas! –eu protestei.

-Isso seria impossível Meli. –disse Suzana.

Fomos lá em cima, eles abriram o armário, foram ate o fundo e nada acharam então Edmundo disse:

-Não tem nada aqui.

-Vocês estão loucas. –disse Suzana.

-Mas nós estivemos lá. –Lucia disse.

-Eu acredito. –disse Edmundo.

-Acredita? –perguntei desconfiada.

-Claro! Não contei dos campos de futebol nos armários do banheiro?

-Aaaaaaaaah! Quando você vai crescer? –disse Pedro.

-Cala a boca! Cala a boca você acha que é o papai mas não é! –Edmundo gritou.

Suzana e Lukas olharam para ele e Suzana disse:

-De grande ajuda a sua atitude.

Suzana e Lukas foram atrás dele e Lucia disse:

-Mas nós realmente estivemos lá.

-Agora já chega Lucia, perdeu a graça. –disse Pedro e saiu do quarto.

Eu e Lucia nos olhamos.

-Vamos Lu, eles não vão acreditar em nós mesmo.


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Notas finais do capítulo

Ele veio conosco, mas não estava conosco, o que ele fez o tempo que ficamos lá?



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