O Equilibrio Entre Os Mundos escrita por A Mestiça


Capítulo 39
Um presente aos deuses.


Notas iniciais do capítulo

Ooooi meus anjinhos tudo bem com vocês? Bom, como prometido ta aqui mais um caps da semana, espero que vocês gostem muito muito muito e me contem como está sendo essa experiencia de vocês com os nossos protagonistas nesse mundo PJO.
Um mega beijo e boa leitura meus príncipes e princesas!



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Ninguém se atreveu a falar mais nada, era obvio que caímos em uma perigosa cilada, e ela conseguira nos enrolar direitinho, estávamos muito encrencados, tínhamos que sair dali e bem rápido, e claro que não seria nada fácil sair do covil da cobra. Olhei em desespero para Annabeth, ela e Lukas murmuravam muito baixo, eles planejavam alguma coisa, então possivelmente teríamos um plano, olhei freneticamente para todos os lados, eu não lembrava como Medusa tinha morrido no mito original, podíamos acerta-la com uma de suas estatuas, mas até conseguirmos levantar uma grande o suficiente para mata-la, ela já teria nos transformado em mais estatuas para a sua coleção. “Tia Eme” estava atrás do balcão ainda cozinhando pelo que nos parecia, Percy se aproximou de mim e sussurrou:

–Podemos encurralar ela.

–Mas alguém teria que distraí-la.

–Eu posso ir. – disse ele.

–Não, se você morrer não poderemos continuar a missão. – interveio Annabeth.

–Não, ninguém vai morrer, tem que ter outro jeito. – Lukas opinou.

–Eu faço. Eu sou a guardiã, meu trabalho é proteger vocês. Nem que isso me custe a vida. – eu disse, meio que com um nó na garganta, mesmo tentando transparecer segurança, eu estava morrendo de medo por dentro.

–Eu não vou perder você. – Lukas interveio.

–Nem eu você. – eu respondi. – Os deuses mesmo disseram, eu sou mais poderosa, é bem mais fácil eu sobreviver, do que vocês.

–A gente pode fazer outra coisa. – Grover chamou nossa atenção com o comentário. – Mesmo que Melissa a distraia, ela pode ficar tentada a abrir os olhos, Medusa faz isso a muito tempo, ela sabe como fazer com que as pessoas olhem para ela, eu posso ter um plano, mas vocês precisam confiar em cada um de nós. – nisso ele deu uma olhada para Annabeth, ela não estava acostumada a não ter um plano, e ela era inconstante, podia mudar de planos rapidamente. Mas ela concordou, assim como todos nós.

O plano era arriscado, mas era o melhor que tínhamos, em poucos minutos eu estava sentada em um banquinho de frente para o balcão onde estava Medusa, e com uma venda em meus olhos, mas mesmo assim mantinha os olhos fechados por debaixo da venda, eles deram um nó bem apertado, não seguraria por muito tempo caso eu ficasse tentada a olhar, mas ia funcionar por hora, os quatro se esconderam em lugares distintos, se conseguíssemos fazer com que Medusa prestasse muita atenção em mim o plano funcionaria, caso contrario, um dos quatro estariam mortos, estava no escuro então não podia ajudar muito mais que com a distração. Ouvi passos se aproximarem, e logo uma voz doce me disse:

–Ora ora criança o que faz aqui vendada? Onde estão seus amigos?

–Sabemos que é você Medusa, pode parar com o teatro. – sorri de lado ao ouvir apenas o silencio, ela estava surpreendida.

–Pensei que demorariam mais para notar, seus amigos estavam tão esfomeados que nem ao menos ouviram seu amigo sátiro, vocês não sabem que sátiros podem sentir cheiro de monstros? Deviam tê lo ouvido, ele estava certo sabe, realmente seu tio Ferdinando foi uma ótima aquisição a minha coleção. – ela sibilava agora com a voz mais embargada em luxuria e ódio interno.

–Ouvi dizer que você era muito bonita em sua gloriosa época, que até mesmo chamou a atenção de um deus, sabe, Annabeth me contou que um dos motivos de o pai de Percy e a mãe dela se odiarem, é culpa sua, vocês profanaram um lugar sagrado para Atena.

–Éramos apenas duas pessoas apaixonadas, a mãe de Annabeth fora muito severa comigo. – ela disse com falsa tristeza. – Eu tinha um cabelo tão lindo, meu rosto era de tamanha beleza que as pessoas se viravam para olhar para mim, mas agora, ninguém olha para mim, com medo do que pode acontecer, até mesmo você, com essa estúpida venda, acha que pode mesmo agüentar por muito tempo? Não posso lhe obrigar a me olhar, mas você não pode passar a eternidade as cegas.

–Um cego discordaria. – eu fui irônica.

–Ora sua garotinha insolente... – ela enfureceu se mas eu a interrompi.

–Os chiados que eu e Grover ouvimos, não era o óleo, era de você, seus cabelos um dia sedosos, agora são cobras, coisas horrendas, assim como você, você não é mais bonita, você é apenas um monstro cheio de amarguras, que mata e petrifica pessoas inocentes, você diz que Atena foi má e injusta, mas o que você faz agora se não a mesma coisa que ela? Mata pessoas inocentes, ela pelo menos lhe deu a chance de viver.

–Chance de viver? Você chama isso de viver?! Ela me condenou a uma vida amaldiçoada e de sofrimento! Isso é muito pior que morrer.

–Mas você sabia as conseqüências! Sabia muito bem que irritar uma deusa acarretaria acontecimentos terríveis!

–E você acha que a culpa foi só minha? E Poseidon? Ele também deveria levar a culpa! Ele me levou até lá! – ela interpôs. – Mas agora isso não importa, você vai morrer, mais cedo ou mais tarde guardiã, mas, e você? Não está chateada por ter sido largada aqui por seus amigos como distração? Você acha mesmo que pode dar tempo para eles? Eu vou encontra-los e transforma-los em pedra!

–Ela não está sozinha Medusa. – ouvi a voz de Lukas ao fundo.

–Acha mesmo que somos como você, que deixaríamos algum de nós aqui? – gritou Percy.

–Onde vocês estão? – rosnou ela.

–Em todos lugar, mas em lugar nenhum. – respondeu Annabeth mais perto de mim.

–Foi muito fácil lhe distrair Medusa, você achou mesmo que esse era o plano? Deixar Melissa ai enquanto fugíamos? Que tolice, temos uma filha de Atena entre nós, e você sabe muito bem, que Atena é a deusa da sabedoria e estratégia em batalha, e nosso protetor já se livrou de muitos monstros, você não seria diferente. – Lukas a estava provocando, por enquanto o plano ia bem.

–Mas o tio dele não se livrou daqui. – ela sibilou.

–Eu não sou meu tio Medusa! – Grover gritou de um canto. – Maia!

Ele ativou os tênis voadores, ouvi ele passar zunindo ao meu lado e um chapéu ser depositado em minha cabeça, enquanto ele me alçava no ar, não sei onde ele me deixou, mas ao longe eu ouvia o ruído de espadas se chocando, chiados e sibilos de cobras, Medusa rosnando, zes para me acostumar com a luzar tudo, entao fora que tinha que tomar o cuidado tentei freneticamente tirar a venda, mas estava mesmo bem apertado, e fora que tinha que tomar o cuidado para não tirar o boné dos Yankes que me deixava invisível, afinal, sem poder enxergar eu era totalmente inútil.

Um tempo relativo se passou, então veio um silencio ensurdecedor, queria gritar por seus nomes mas poderia estragar tudo, então esperei, até ouvir uma voz conhecida:

–Mel onde você está? Tire o boné!

–Aqui! – gritei de volta e tirei o boné.

Annabeth cortou a venda e eu pisquei algumas vezes para me acostumar com a luz, eles estavam todos ao meu redor.

–E ai o que aconteceu?

–Logo depois que Grover te tirou de cena, nós pulamos em cima dela com as bolas vitrificadas, deu um certo trabalho mas a gente cortou a cabeça dela. – respondeu Lukas.

–Ele fala isso com uma naturalidade ne? – brincou Grover.

Todos rimos e eu me levantei, fomos de volta para onde estávamos antes, alguma coisa meio redonda estava coberta pelo véu preto que antes a medusa estava usando. Ouvi alguns chiados vindo de debaixo do véu.

–Gente, o que é isso?

–A cabeça da Medusa. – Annabeth me respondeu.

–Eca! Joga fora isso!

–Não! Mesmo morta a cabeça dela ainda pode petrificar pessoas, é só abrir os olhos dela. – Annabeth interveio.

–E pra que a gente ia querer petrificar alguém Annabeth? – perguntou Lukas.

–Não sei, só acho que pode ser útil. – ela deu de ombros.

–Já sei o que faremos com ela. – Percy pegou a cabeça ainda enrolada no véu e colocou dentro de uma grande caixa, ele correu para trás do balcão caixa com um guia de remessa e preencheu com os seguintes dizeres:

Aos deuses

Monte olimpo,

600° andar,

Edifício Empire State

Nova York, NY

Com os melhores votos

Percy Jackson”

– Os deuses não vão gostar nada disse Percy, vão te achar impertinente.

–Não, ele tem razão. – peguei a caneta da mão de Percy e coloquei meu nome no papel também. – Eles não são os únicos que podem ferrar com a gente, talvez eles gostem do presente.

Sorri e devolvi a caneta a Percy, que colocou uns dracmas na bolsinha anexa e com um barulho de registradora, a caixa sumiu.

–Não é uma coisa muito boa provocar os deuses. – Lukas nos alertou.

–Não somos seus subordinados, e não vai acontecer nada, estamos apenas mostrando o que podemos fazer. – eu dei de ombros.

Olhei para Annabeth que não parecia nada feliz com a nossa brincadeira com os deuses, mas não se deu ao trabalho de nos dar broncas, apenas suspirou e disse:

–Vamos, ainda precisamos de um jeito de ir ao mundo inferior.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Me contem nos comentários! Até a próxima!



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