O Equilibrio Entre Os Mundos escrita por A Mestiça


Capítulo 29
Claro como o dia temos mais respostas.


Notas iniciais do capítulo

Oi anjinhos, tudo bom com vocês? Boa leitura!



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–Olha ela ta acordando.

–Deixa ela respirar!

–Mel, você ta ouvindo a gente?

Apenas concordei com a cabeça, minha cabeça latejava, abri os olhos devagar, a luz adentrava o recinto, olhei em volta, via apenas vultos, a minha visão estava turva, aos poucos os vultos voltaram a parecer coisas, ou melhor, pessoas:

–Mel, você ta ai? – perguntou Rony.

–Oi. – foi só o que eu respondi.

–Como se sente? – perguntou Lukas.

–Eu... Na verdade acho que melhor. Lukas, você... Como você está? O escorpião, ele... Ele havia picado você.

–Madame Pomfrey me curou em alguns dias, já estou bem.

–Espere. Alguns dias? Se você já está curado, há quanto tempo estou aqui?

Eles se entreolharam, Hermione olhou para mim e disse:

–Já estamos perto das provas finais.

–Não é possível, no dia em que fomos a floresta as provas finais estavam a semanas de acontecer! – extasiei me.

–Mel você ficou duas semanas desacordada. – disse Rony com certa cautela.

Eu engoli em seco, duas semanas? Não seria possível.

–Harry, o que era aquele vulto que estava perto de você no momento em que eu cheguei?

Os quatro se entreolharam com expressões estranhas.

–O que? O que aconteceu? O que era aquele vulto?

–Mel, antes de qualquer coisa você precisa saber de uma coisa... – começou Lukas.

–Não, não me enrolem, o que estava naquele dia na floresta?!

Ninguém me respondeu, eles apenas ficaram se entreolhando.

–Melissa, você acabou de acordar depois de um choque, não acho que devamos... – disse Hermione.

–EU ESTIVE DORMINDO POR DUAS SEMANAS, JÁ FAZ UM BOM TEMPO QUE RECEBI O CHOQUE! O QUE ACONTECEU NAQUELA NOITE?!

–Mel você precisa se acalmar. – disse Rony.

–Só vou me acalmar quando vocês me contarem o que aconteceu naquela noite!

–Tudo bem! A gente conta. – por fim Harry cedeu.

Todos olharam de olhos arregalados para ele, então ele começou:

–Mel, você se lembra do dia em que fomos para o Beco Diagonal, e Hagrid nos contou um pouco de nosso passado? – eu assenti. – Ele também disse que achava que Voldemort não estava mesmo morto...

–Não diga esse nome. – alertou Rony, mas ele não respondeu e continuou.

–Depois que o vulto se aproximou de você, um centauro, Firenze, veio nos resgatar e espantou a coisa, ele me explicou sobre o sangue de unicórnio, ele pode salvar qualquer pessoa a beira da morte, mas o sangue o tocar seus lábios, fará de você uma pessoa amaldiçoada, terá apenas uma semi vida. Só alguém que se prendeu a vida, que não teria mais nada a perder que aceitaria isso. Mel, Hagrid estava certo, ele não está morto, está lá fora, neste momento, na floresta, se alimentando dos unicórnios.

–Ele... Você quer dizer... Voldemort?

Ele assentiu, um calafrio percorreu toda a minha espinha, mas, se ele voltar, as trevas retornaram, mas então uma questão me veio à cabeça:

–Mas... Sangue de unicórnio vai mantê-lo vivo não salva-lo ou trazê-lo de volta, não há perigo.

–Você não se lembra de nada que está escondido neste instante na escola, que pode trazê-lo de volta a vida? – perguntou Hermione.

Passei por minha cabeça todos os últimos dias aqui, então me senti tonta, medo foi o que eu senti medo de que o que eu estava pensando estivesse certo:

–A Pedra Filosofal, ela produz o elixir da vida, pode trazer ele de volta pra cá. Snape não quer a pedra pra ele, quer a pedra para o Voldemort, isso é muito pior do que pensávamos, se ele retornar, as trevas retornarão com ele, nada poderá detê-lo, mais pessoas vão morrer, assim como nossos pais, assim como na época em que nascemos o caos vai se espalhar de novo.

–Melissa calma. – pediu Harry.

–Você só se esqueceu de uma coisa. Há um bruxo que Voldemort sempre temeu. Dumbledore, enquanto ele estiver aqui, a pedra está segura, assim como vocês três. Enquanto ele estiver aqui, não podem ser tocados. – disse Hermione, com um sorriso acolhedor nos lábios.

Eu sorri de volta para ela, meu pulso de repente começou a latejar, a cicatriz que por muito tempo nem sequer fazia diferença, agora começara a me incomodar.

Fiquei mais alguns dias no hospital e logo pude voltar as minhas aulas e atividades, voltei a treinar quadribol, Olívio, Angelina, Harry e os irmãos Weasley ficaram de olho em mim porque ainda estavam preocupados caso eu ainda estivesse meio machucado, apesar das minhas inúmeras afirmações de que estava bem, junto com os meus inúmeros pedidos para voltar ao treino de quadribol, o que Olívio me concedeu depois que eu prometi não dar piruetas nem manobras muito inusitadas, só para ter certeza de que eu não ia me prejudicar fisicamente. Rony, Hermione e Lukas, começaram a assistir a todos os treinos para se certificarem de que eu estava bem, Madame Hooth, não me deixava fazer algumas manobras nas aulas de vôo, e Madame Pomfrey pediu que eu fizesse o retorno em uma semana para ter certeza de que meu machucado não havia aberto, vários dos meus amigos e alguns professores perguntaram sobre como eu estava, eu sempre respondia a mesma coisa “Estou me sentindo bem melhor, obrigada pela preocupação”. Estávamos a poucos dias dos testes finais, e é claro com Hermione me ajudando a recuperar toda a matéria que eu havia perdido, em poucos dias já acompanhava muito bem as aulas, apesar de todos os professores facilitarem um pouco porque sabiam da minha estadia de duas semanas no hospital, a menos Snape é claro, que muito pelo contrario me puxava muito nos estudos, e me fazia responder varias e varias perguntas sobre as matérias que ele havia dado nas aulas passadas, que por um acaso eu não estive presente, e quando eu lhe disse que estive no hospital por algumas semanas e ainda estava recuperando as matérias ele me perguntou “Se está recuperando as matérias então porque não sabe responder as minhas perguntas?”. Agora era oficial, ele me odiava mesmo.

Fiz as provas com certa facilidade, não havia estudado tanto quanto Hermione e Lukas, eles passaram o dia inteiro antes da prova revisando bruxos antigos, feitos históricos, mágicas, poções, enquanto eu e Rony apostávamos corrida no pátio, e Harry marcava os tempos. Mas eu estudei um pouco a noite com eles. As provas haviam terminado, saímos juntos da sala de aula, Rony deu vivas junto com Harry:

–Até que enfim acabaram as provas!

–Estavam bem fáceis. – disse Lukas com um tom bem alegre.

–Me disseram que as provas finais de Hogwarts eram bem assustadoras, mas as achei bem divertidas. – disse Hermione (que surpresa).

Eu e Harry esfregávamos as nossas cicatrizes, o meu pulso doía, e a testa de Harry não parecia muito melhor.

–Vocês dois estão bem? Não parecem muito contentes com o final das provas. – disse Rony.

–A cicatriz. – disse Harry.

–Está doendo já há algum tempo. – completei.

–Já aconteceu antes não é? – perguntou Hermione.

–Já, mas não como agora. – disse Harry e eu concordei.

–Deviam ir à enfermaria. – disse Rony.

–O que acha que é Harry? Perguntei esfregando o pulso que formigava.

–Acho que é um aviso, significa que o perigo se aproxima! – disse Harry.

Esperava realmente que ele estivesse errado, caminhamos para fora do pátio de Hogwarts, íamos até a cabana de Hagrid, já que estávamos com tempo livre. Da ultima vez que estivemos com Hagrid, ele estava com o ovo de dragão que havia ganhado de um estranho num bar. Quando pensei nisso algo se acendeu em minha cabeça, as coisas começaram a fazer sentido. “Bem pensado, e quantas pessoas andam com um ovo de dragão no bolso?” fora o que Lukas perguntara naquele dia, e fazia sentido, era muito obvio agora. Olhei para Harry e disse:

–Agora faz sentido!

Eles não estavam entendendo o que eu queria dizer, então eu expliquei:

–Pensem bem, quantas pessoas andam com um dragão no bolso, ou um ovo que seja?

–Tudo que Hagrid mais queria era um dragão, ele nos disse isso da primeira vez que nos vimos. – disse Harry, ele olhou para mim extasiado, havia entendido minha linha de pensamente, começou a correr conosco ao seu encalço ate Hagrid que estava sentado em frente a sua cabana tocando uma flauta, ao ver nossa aproximação ele levantou o rosto e parou de tocar:

–Boa tarde, estão com tempo? Querem um refresco?

–Antes Hagrid precisamos saber uma coisa. – eu arfei de cansaço da corrida.

–Quem lhe deu aquele ovo? – perguntou Lukas.

–Eu não me lembro ele tinha capa.

–Não identificou nada? Rosto, voz, cabelo, qualquer coisa? – eu perguntei desesperada.

–Não ele não mostrou o rosto. Mas por quê?

Não lhe respondemos e continuamos a perguntar:

–Ele se interessou pelo Fofo? Fez alguma pergunta a seu respeito?

–Sim, claro que sim! Afinal quantos cães de três cabeças você já viu?

–Você disse algo sobre ele? – perguntou Lukas.

–Apenas comentei que o segredo em criar um animal é saber acalma-lo, o Fofo, por exemplo, é só ouvir uma musica e cai no sono... – quando ele notou o que havia dito se deteve e nós nos entreolhamos, ele se praguejou por ter dito aquilo, corremos de volta para o castelo, ele gritou as nossas costas perguntando aonde íamos, não respondemos, corremos a toda até a sala da professora McGonagall já que não sabíamos onde ficava a sala de Dumbledore, paramos com a respiração entrecortada na frente da mesa onde ela corrigia algumas provas e levantou o olhar para nós, antes que ela pudesse falar alguma coisa, Lukas tomou a frente:

–Professora, sinto lhe incomodar, mas, precisamos falar com o professor Dumbledore!

Ela arregalou o olho e perguntou:

–E o que cinco alunos do primeiro ano têm a falar com o Professor Dumbledore?

–É um assunto importante professora! – eu respondi.

–Ele não está no momento, recebeu uma coruja do ministério e foi imediatamente para Londres.

–Não e agora?! É sobre a Pedra Filosofal, alguém vai tentar rouba-la! – despejou Harry.

Ela arregalou mais ainda seus olhos e disse:

–Como vocês sabem disso? Garanto a vocês que a pedra está muito bem protegida, não existem maneiras como rouba-la, agora voltem lá pra fora, e não falem mais nisso.

Não tinha como discutir com ela, então saímos desanimados da sala, nos afastamos o suficiente para ter certeza de que ela não iria ouvir quaisquer coisas que disséssemos:

–Não era um estranho qualquer naquela noite.

–Era o Snape. – disse Harry.

–E agora ele sabe como passar pelo Fofo. – disse Lukas.

–Mas mesmo que ele passe pelo Fofo, como saíra dos outros desafios? Há outras coisas protegendo a pedra. – disse Rony.

–Ele é um professor, e ajudou a fazer aqueles feitiços vai saber como passar por eles com toda certeza! – eu disse.

–E com Dumbledore longe... – desanimamos-nos.

Atrás de nós alguém disse em tom sonoro e calmo:

–Boa tarde.

Sabíamos de quem era aquela voz, nos viramos lentamente para ter apenas confirmado o que já sabíamos:

–Professor Snape.

–O que cinco jovens alunos da Grifinória fazem aqui a uma hora dessas?

–Bem é que... – tentou Lukas.

–Nós só... – começou Hermione. Mas nenhum soube o que dizer o que nos fazia parecer mais culpados ainda.

–Tomem cuidado jovens, senão pode parecer que estão tramando algo.

Ele disse isso como se estivesse ouvindo nossa conversa e saiu andando. Esperamos ate que ele se afastasse, virei para os outros e perguntei:

–O que faremos?

–Vamos entrar no alçapão é a única saída. - disse Lukas.

–Hoje à noite. – completou Harry.


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