Descobrindo A Mim Em Você escrita por Bells Cristina


Capítulo 12
Capítulo 12 - Confusões no Coração Pt. I


Notas iniciais do capítulo

Bella, Edward e Sophie vão até a Clínica Genesis para o ultrassom de Sophie. Depois do resultado, desencandea confusões na vida de Bella. (em duas partes)



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Capítulo 12

Confusões no coração Pt. I

Bella POV

Quarta-feira. Dia do ultrassom de Sophie. Hoje iriamos à clínica Genesis para saber qual o sexo do meu filho. Apesar de Sophie achar que pode ser uma boa ideia, não estava me sentindo bem.

Edward não queria me deixar ficar longe dele de maneira alguma, prendeu minha mão na sua para que eu não desse meia-volta para casa.

Esme e Alice estavam correndo com os preparativos para meu casamento com Edward. Estava mais perto do que longe, já era fim de Abril, e me casaria em 08 de Julho. O bebê era previsto para chegar em Agosto. Depois do aniversário de Edward.

E aqui estava eu, sentada na sala de espera com Edward segurando firme minha mão e Sophie acariciando sua enorme barriga.

Sophie disse que quem estaria vindo era Kristen. Achei o nome lindo. Edward falou que essa era a única exigência dela.

– Sophie Cullen – A enfermeira chamou.

– Somos nós, vamos. – Edward disse levantando-se e nós o acompanhamos.

Sophie mediu a pressão arterial, peso, altura. Fez alguns exercícios. Conversamos com o médico obstetra dela, Dra. Leah. E enfim, ela pediu que Sophie colocasse a bata e deitasse na maca para que ela pudesse fazer o ultrassom.

A doutora levantou a bata de Sophie, ela ainda estava com um short de malha, abaixou um pouco o short, passou o gel na barriga de Sophie e posicionou o aparelho medidor em sua barriga.

– Então, até agora tudo normal por aqui. ¾ Dra. Leah falou. Ela disse algumas medidas para que fossem postas na pasta do ultrassom, e finalmente escutamos o coraçãozinho da criança. Rápido.

– Agora, vamos ver se dá para ver quem vem por ai. –  A doutora falou. Ela deu algumas voltas com o aparelho na barriga de Sophie, e perto do umbigo dela, parou. – Achamos algo aqui. O que vocês estão esperando? – Ela perguntou olhando para nós.

– O que vier, será bem vindo – Edward falou com os olhos brilhantes.

– Tenho certeza de que é uma menina. – Sophie falou

A doutora olhou para ela e sorriu – Bem, digamos que a mamãe aqui acertou. Está vindo uma menina para vocês!

Edward olhou para Sophie, que estava com as bochechas molhadas das lágrimas. E sorriram um para o outro.

Ela olhou para mim e sorriu.

Eu estava sem reação. Uma menina, Kristen. Kristen Cullen.

Terminamos o exame, a doutora pediu mais uma bateria de exames, acusando ser normal para o início do terceiro trimestre.

Fomos para casa, demos a notícia aos pais de Edward. Esme ficou maravilhada. Uma menina! Alice deu pulos em torno de Sophie e Edward.

Eu fiquei apenas observando. Pedi licença, e fui sentar-me na varanda. Em uma cadeira de balanço que continha lá.

Fechei os olhos e fiquei pensando em tudo que tinha acontecido. Edward e Sophie, eles eram os pais de Kristen, eles mereciam criar essa criança juntos. Eu estava me metendo onde não me cabia. Simplesmente por não conseguir ter meu próprio filho. Estava errado, tudo errado.

Senti mãos quentes acariciarem-me e já sabendo que eram de Edward, suspirei.

– O que anda pairando por essa cabecinha linda? – Perguntou sentando-se ao meu lado.

– Edward pode me levar para casa? – Pedi ainda de olhos fechados.

– O que foi baby?

– Por favor? – Pedi ainda sem abrir os olhos.

– Bella, minha mãe estava esperando que ficasse para o jantar. Fica amor, por favor?

– Eu preciso estudar Edward.

– Bella olha para mim, por favor? – Pediu apertando minha mão.

Não queria encará-lo. Soltei-me de sua mão e caminhei para dentro da floresta. Ouvi Edward gritar por mim, mas não voltei. Minha intenção era que ao chegar longe da casa o suficiente, ligaria para meu pai vir buscar-me.

Andei durante uns 20 minutos ou mais. Até que o barulho de motor de carro chamou minha atenção. Olhei para a estrada e vi o Porsche de Alice. Não parei mesmo assim, pois Edward poderia estar tentando me enganar.

Continuei andando até perder o carro de vista. Dei um suspiro de alívio. Dei mais algumas passadas e tropecei em uma raiz grande no chão. Abaixei-me para olhar se tinha algum ferimento. Nada tinha. Continuei.

Finalmente cheguei à estrada e como sempre estava vazia. Peguei meu celular para ligar para Charlie e assim que iria discar, o nome de Edward apareceu no visor.

Deixei tocar até o fim. Não queria falar com ele.

Disquei o número de Charlie, e ele logo atendeu.

 Sim, Bells?

– Pai, onde o senhor está?

– Perto da reserva, por quê?

– Tem como o senhor vir me buscar aqui?

– Onde você está Bells?

– No início da estrada para a casa de Edward. Por favor, pai. Vem rápido.

 Já estou no caminho.

Desliguei e sentei em uma pedra grande, mais parecida com um toco para esperar meu pai.

Meu celular tocou novamente, era Edward novamente. Não atendi.

Poucos minutos depois, a viatura de Charlie apareceu na estrada. Ele logo me avistou e parou para que eu entrasse.

– Casa, pai, por favor.

Ele levou-me até em casa em silêncio, não me perguntou nada.

Chegando a casa, desci do carro e fui em direção à porta. Parei antes e olhei para meu pai, disse um ‘obrigada’ e ele assentiu. Ligou o carro e foi-se.

Entrei em casa, e corri para meu quarto.

Tudo estava um embaraço em minha cabeça.

Edward.

Sophie.

Kristen.

Eles juntos.

Eu interrompendo.

Não daria certo. Mesmo que ela desistisse, não tem como dar certo.

Acabei adormecendo em meio às lágrimas e soluços.

Acordei com meu celular vibrando em meu bolso. No estado em que eu estava não me preocupei nem em tirar do bolso do jeans.

Era Alice, pelo menos o celular era dela, mas com certeza era Edward que estava ligando.

Não atendi. Joguei o celular na minha mesinha de cabeceira e fui tomar um banho.

Enchi minha banheira e fiquei lá dentro por tempos e tempos. Até a água ficar fria.

Pus um moletom completo, meia, e minha pantufa. Desci para a cozinha para comer algo, encontrei com meu pai no sofá, com uma cerveja. Fui até ele, deixei um beijo em sua bochecha e sentei-me ao seu lado.

– Vai poder me falar agora o que houve?

– Digamos que ainda não consegui. Depois do ultrassom, fomos para casa de Edward, e demos a notícia. Vi a felicidade de todos, saudando Edward e Sophie. Senti-me estranha, inconveniente. E saí.

– Bella, eu te falei que tudo poderia ser difícil.

– Eu sei pai, mas é que parecia mais fácil.

– Mas não é Bella. Não é. Um filho não é algo que a gente pode entregar, é nosso.

– Ela parece ainda não querer criar a Kristen. Mas, não sei, está tudo mudando.

– Bella é uma menina?

– Sim, Kristen.

– Belo nome. Mas e então, como vai ficar agora?

– Ainda não sei pai. Não atendi as ligações de ninguém, e não pretendo falar com ninguém agora. Jantar?

– Almôndegas. Macarrão?

– Claro pai. – Ri de sua comida favorita e fui para a cozinha preparar, pelo menos iria ficar entretida.

Terminei o jantar às 19h00minh. Charlie veio para a cozinha e jantamos confortavelmente.

Limpei o jantar e fui para o meu quarto estudar um pouco.

Tinha certeza de que estudando, enfiando a cara nos livros, eu estaria com minha mente ocupada para não pensar em nada do que aconteceu.

Depois de estudar bastante, resolvi ligar o notebook para olhar meus e-mails. Só os 15 primeiros eram de Edward. Apaguei sem nem mesmo ler.

Fui até meu Facebook, tinha inúmeras mensagens de Edward e Alice. Não li elas também.

Resolvi fechar e me deitar. Amanhã teria aula e queria fazer de tudo para que não tivesse que encontrar com Edward, o que seria inevitável, já que eles tinham a maioria das aulas perto um do outro.

Deitei-me na cama, peguei meu celular, tinha 02 SMS de Edward. Resolvi lê-las, mas não responder.

Baby, o que houve? Não foge de mim ou se esconde, por favor! ~E

Bella, por favor, eu estou sofrendo sem saber o que houve. ~E

Chorei mais uma vez. Edward não era culpado, apenas eu. Resolvi responder apenas para que tudo ficasse um pouco claro.

Edward, a culpa não é sua, eu sou a culpada por estar onde não devo. Fica bem. ~B

Desliguei o celular depois do relatório de entrega confirmando que ele tinha recebido a mensagem. Afundei em minha cama e dormi.

Na quinta-feira, não acordei bem. Pedi a Charlie que fosse até a Faculdade avisar que não iria hoje. Ele disse que iria e depois voltaria para ficar comigo.

Em menos de uma hora Charlie estava de volta com analgésico, filmes, sorvetes e ficamos na sala.

Meu celular tocou, era Alice. Não sabia se realmente era ela. Dei meu celular a Charlie e pedi que ele atendesse.

– Sim. – Charlie falou.

– Não Alice, ela não está sentindo-se bem. Estou em casa com ela. Não, é melhor que você não venha aqui. Tchau Alice. ¾ Charlie desligou e pôs o aparelho na mesinha de centro.

– Então, pai?

– Ela estava aos gritos, e parecia que tinha chorado. Perguntou se você iria à faculdade, falei que não. Disse também que eu ficaria em casa com você, e ela pediu para vir aqui, falei que não era uma boa ideia. E desliguei.

– Obrigada pai.

Ficamos em casa o dia quase todo, Charlie só teria plantão à noite então, poderia ficar comigo.

Assistimos filmes, comemos besteiras...

O dia passou rápido. Logo Charlie teve de ir para o trabalho. Fiquei sozinha em casa, já estava sentindo-me melhor.

Meu celular tocou, era Alice, resolvi atender.

– Sim?

 Bella! Deus, até que enfim. O que houve? Você praticamente fugiu daqui de casa ontem.

– Alice está tudo bem.

 Não está, Bella, não está.

– Alice, simplesmente eu não estou mais convicta de que esta seria uma boa ideia. Edward e Sophie estão esperando Kristen. Eles dois devem cuidar dela, não tem nada haver eu estar intrometendo-me.

 Bella, eu quero falar com você pessoalmente, por favor?

– Certo, Alice. Não tem problema, apesar de eu não querer.

 Estou aqui fora, posso ir até você?

– Vem Alice.

~~


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Notas finais do capítulo

Vou fazer a parte II de DMV na sexta, ok?
Não vou dizer quantos capítulos tem porque ainda não decidi. Vou apenas escrevendo.
Beijos.
*Bells