Matthew, Love And Life escrita por lamericana


Capítulo 8
Oi? Como assim?


Notas iniciais do capítulo

Consegui terminar esse capítulo antes do esperado e realmente espero que vocês gostem.
Como eu avisei no capítulo anterior, esse capítulo eu meio que ignorei a "regra" que eu impus para a postagem de novos capítulos por ser época de Páscoa e tudo mais, mas realmente espero que nesse capítulo vocês postem reviews, ok?



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No caminho de volta do casamento, Sophie matraqueava sobre o quanto tinha gostado da festa de casamento do Max e da Gina. Parecia uma criança. Quando chegamos em casa, ela tirou os sapatos e foi andando calmamente até o quarto. Afrouxei a gravata e sentei no sofá. Baixei a cabeça e respirei fundo. Só agora notei o quanto estou cansado. Joguei minha cabeça pra trás com um suspiro e fechei os olhos.

- Matt – Sophie falou antes de um selinho. Não tinha ouvido os passos dela. – Você pode me ajudar aqui, rapidinho? Eu to com problemas com o vestido.

- Ajudo – me levantei e fui com ela até o quarto

Sophie puxou o cabelo pro lado, puxei o zíper e ela botou o cabelo de volta no lugar.

- Muito obrigada, amor. – ela agradeceu, já se virando. Segurava o vestido para que não caísse.

Ela entrou no banheiro, mas não fechou a porta. Sentei na beirada da cama, tentando ignorar a visão da Sophie. Tirei o paletó, a gravata e o sapato e deitei. O cansaço estava quase me vencendo quando Sophie saiu do banheiro enrolada na toalha.

- Porque você tá assim, sem olhar pra mim? – Sophie perguntou enquanto pegava um pijama.

- Cê tem noção do efeito que você causa nos homens?

- Não sabia que era assim. – tinha um pouco de malícia em sua voz

- Vem cá. – puxei-a pela mão – Você sabe que eu só faria alguma coisa nesse sentido se você quiser e deixar.

- E se eu te disser que eu quero?

- Tem certeza?

- Absoluta. E eu quero que seja com você.

Ela deixou a toalha cair e começou a desabotoar a minha camisa.

- Sophie. – segurei a mão dela – É melhor não. Não to com camisinha aqui em casa.

- Matt, eu não tenho nenhuma DST nem to no meu período fértil. E, se eu engravidar, eu tenho como cuidar da criança. – ela me puxou pelo cós da calça – Por favor?

Puxei-a pela cintura e a beijei. Ela retribuiu, demonstrando querer mais. Os beijos viraram carícias cada vez mais íntimas, e, em pouco tempo, minha roupa estava no chão e a Sophie comigo na cama.

Quando eu a penetrei, sabia que ela sentia dor. Ela tentava não demonstrar, mas não conseguia muita coisa. Ela mordia o lábio inferior, obviamente tentando reprimir um grito. Continuei com as estocadas, mas lembrei-a que pararia assim que ela pedisse. Depois de um tempo, sua expressão se suavizou, mas ela ainda parecia sentir um pouco de dor.

Depois de algum tempo, tive um orgasmo. Sophie deu batidinhas no meu peito. Saí de cima dela, deitando ao seu lado.

- Matt, me explica uma coisa. – Sophie começou – Porque dói tanto na primeira vez?

- Porque a sua pele ainda não está acostumada. Pode ficar tranquila que, com o tempo não vai doer mais, ou pelo menos não tanto.

Ela acomodou a cabeça no meu peito e, em alguns segundos, comecei a sentir as primeiras lágrimas dela.

- Pequena, o que foi? – perguntei preocupado

- Nada. – ela enxugava as lágrimas

- Sophie... Pode confiar em mim. O que foi?

- Nada. Sério. Eu normalmente lacrimejo quando estou deitada. Não é nada de mais. Tá certo que estou um pouco dolorida, mas não é nada que eu precise chorar pra aliviar a dor.

- Agora eu tenho que tomar banho, já que a senhorita me seduziu antes que eu pudesse fazer alguma coisa.

Ela riu e levantou o tronco para que eu me levantasse. Peguei a minha roupa que estava no chão e fui pro banheiro. Tomei um banho demorado e quando voltei pro quarto, Sophie estava de pijama e tinha trocado o lençol da cama. Olhei surpreso pra ela.

- Como você fez isso tudo em tão pouco tempo? – perguntei

- Não foi tão pouco tempo assim. E foi coisa pouca. Tive que trocar os lençóis porque tavam sujos de sangue.

- Obrigado, pequena. – falei dando um selinho nela

[...]

Gina e Max estavam sentados numa mesa no meio do salão. Eu e Sophie nos aproximamos e pegamos as cadeiras vagas. Pedi um café pra mim e um chá pra Sophie. Ficamos conversando até um senhor grisalho se aproximar da mesa.

- John? – ele falou, pegando no meu ombro – Quanto tempo!

- Desculpe, senhor. Não sou John. – respondi calmamente

- John Cooper, o advogado, não lembra de mim?

- O senhor está me confundindo com o meu pai. Sou Matthew, filho do John com Sylvia.

- Não acredito que o John teve um filho com a Sylvia. Onde eles estão, rapaz?

- Eles morreram, senhor.

- Vô! Para de atrapalhar os outros! – falou um adolescente, já se aproximando e puxando o avô pelo braço – Desculpa pelo meu avô.

- Rory, o John morreu! Isso não é possível. – o velho reclamou

- Vô, vamos. Papai tá esperando a gente. Depois a gente fala sobre o John.

- Onde está o seu pai, Rory? Ele conheceu o John e vai querer conhecer esse moço.

Rory parecia agitado.

- O que você faz, rapaz? – o senhor me perguntou

- Sou médico. – respondi

- Você é uma moça de sorte – o senhor falou pra Gina – Namorando um médico.

- Senhor, ela é quem é a namorada do Matthew. – Gina falou apontando pra Sophie

Rory puxou o avô pelo braço, dando um sorriso amarelo. O avô seguiu o neto depois de alguns segundos. Quando o homem e o neto saíram, Gina e Max começaram a rir. Sophie apenas segurou a minha mão e me olhou carinhosamente.

- Matt, desculpa, mas foi realmente engraçado. O senhor realmente gostava do teu pai. – Gina falou

- Agora você virou John, Matt. – Max riu

- Acabou a palhaçada? Isso não tem graça. – falei com raiva

Eles perceberam que eu tinha me irritado e pararam de rir. Lembrar do meu pai daquele jeito foi estranho. Ainda sinto falta dele e da minha mãe. Sophie começou a fazer carinho na minha mão.

- Matt, quer ir pra casa? – ela perguntou

- Não, não precisa. Vocês dois – olhei direto pra Max e Gina – espero que vocês não façam isso de novo.

- Desculpa, cara – Max se desculpou – foi besteira da gente.

- Mudando de assunto, como foi a lua-de-mel de vocês? – Sophie perguntou

- Foi boa. Deu pra conhecer o lugar. – Gina falou antes de começar a detalhar como havia sido a viagem.

O tempo todo Sophie bebericava do chá, mas de repente parou. Ela ficou meio pálida e se levantou.

- Licença – ela falou e saiu correndo pro banheiro

Gina e Max me olharam acusadoramente.

- Que foi? – perguntei sem entender

- Porque ela está enjoada, Matt? – Gina perguntou

- Eu não sei. Pode ser alguma coisa que ela comeu ou alguma virose.

- Uma virose também conhecida como filho.

- Essa possibilidade é pequena. Não que não exista, mas é pequena.

- Vamos fazer o seguinte? Eu vou falar com a Sophie e depois vocês voltam pra casa? Porque eu duvido que ela vá querer ficar aqui depois de passar mal.

- Pode ser.

Gina se levantou e foi até o banheiro. Max abriu um sorriso irônico.

- Papai. – ele falou rindo

- Se a Sophie estiver grávida, a mãe dela me mata.

- Calma. Não vai te matar de jeito nenhum. Tu é o genro que ela pediu a Deus. E é melhor ter você como pai do filho da Sophie do que o Leonard.

Tem razão. Mas a Sophie ainda não se formou. Não vai dar pra cuidar da criança direito.

- Matt, eu não sou o terapeuta aqui. Esse é o papel da Gina. Mas, como amigo, te digo uma coisa: desencana. Se a Sophie estiver grávida mesmo, parabéns pelo filho. Se for só uma virose, ela vai ficar melhor.

Ficamos em silêncio até as meninas voltarem. Sophie estava com os olhos vermelhos e inchados. Ela sentou do meu lado e Gina sentou na minha frente, balançando a cabeça negativamente.

- Matt, na volta, compre um teste de farmácia pra Sophie. Só pra checar. – Gina falou

- Compro. Sophie, você está bem? – perguntei

- To – ela bebericou do chá – Matt, desculpa não ter falado nada. Eu não tava prestando atenção nos sinais, sabe? – as lágrimas começaram a sair dos olhos dela

- Calma, pequena. Vou te levar pra casa. Max, Gina, valeu.. Até mais. -  joguei pra Max o dinheiro do meu café e do chá da Sophie.

Tanto Max quanto Gina acenaram. O caminho até a farmácia foi feito em silêncio. Antes que eu saísse do carro, Sophie puxou a minha mão.

- Você tá com raiva de mim, por não ter falado? – ela perguntou

- Não, claro que não. Sophie, se você estiver grávida, vai ser um dos melhores presentes que você poderia me dar.

Ela me puxou prum abraço. Entrei na farmácia e pedi dois testes pro balconista. Ele soltou um risinho e me entregou as caixas. Paguei e voltei pra casa. Entreguei os testes pra Sophie e fiquei esperando o resultado junto com ela.

Positivo. Os dois exames deram positivo. Eu não sabia se ficava feliz ou desesperado pelo resultado. Feliz por estar esperando um filho e desesperado por não saber qual será a reação da mãe da Sophie. Sophie estava com as mãos no rosto e soluçava. Passei o braço em volta dela e a abracei.

- Pequena, eu falo com seus pais. – falei

- Obrigada, Matt. Eu realmente não sei se fico feliz ou desesperada. Minha mãe vai ficar furiosa.

- Eu falo com ela. E, sabe do que mais? Vou fazer o seguinte: vou falar com o teu pai. E vou pedir a tua mão pra ele. Não quero fugir da minha responsabilidade com meu filho.

Sophie me olhou. Parecia esperançosa. Ela deitou, colocando a cabeça no meu colo. Comecei a mexer no cabelo dela.

- Você acha que vai ser menino ou menina? – ela perguntou, passando a mão na barriga ainda lisa.

- Não sei. Mas daqui a pouco a gente vai saber. E você? O que acha?

- Acho que vai ser um menino. E, se for, quero que ele se chame John Arthur.

- John Arthur? Porque?

- John por ter sido o nome do teu pai. E Arthur porque eu gosto do nome desde pequena. Se for menina, não sei que nome escolher.

- A gente vai ter tempo pra escolher. Mas agora a gente tem que resolver a sua mudança pra cá. Eu troco as camas de solteiro por uma de casal, abro um espaço no armário pras suas coisas...

- Você acha que meus pais vão apoiar o nosso casamento?

- Sophie, não acho que seus pais vão querer que crie nosso filho sozinha. E eu vou propor uma solução. Mas só faço isso se você quiser.

- Eu aceito, Matt. Se a resposta só dependesse de mim, a gente se casava amanhã. Mas eu não queria que tivesse que ser assim, às pressas.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Quando Sophie começou a reclamar que estava com fome, fomos pra cozinha e fiz um sanduíche pra ela. Fiquei observando ela comer.

- O que os seus pais diriam sobre a gente? – Sophie perguntou

- Acho que meu pai diria que eu me dei bem e a minha mãe diria que você é a nora perfeita. Porque antes de morrer, ela vivia discursando sobre a nora que ela queria ter.

- E quais as características que a senhora Matthew Cooper deveria ter?

- Ser educada, gentil, inteligente, se chamar Sophie, ter menos de 1,70m e ser boa pra mim.

- Sem brincadeiras, por favor.

- Tá bom. Tirando o fato de ter que se chamar Sophie e ter 1,70m, era basicamente isso que a minha mãe queria numa nora.

- E você acha que eu me encaixo nisso? Sério mesmo?

- Sophie, por favor. Não tenho motivos pra mentir pra você.

- Você ficou chateado quando o senhor te confundiu com teu pai, não foi?

- Foi. Vinte anos depois ele ainda se lembrar dos meus pais e comentar sobre eles daquela forma não é nada agradável. Pra mim ainda é ruim lembrar deles dessa forma, como se eles pudessem estar por aí, em qualquer lugar.

Sophie terminou de comer e foi tomar banho. Arrumei a cozinha e fui pro quarto. Quando ela saiu do banheiro, ela sentou na minha frente na cama e sorria pra mim enquanto trançava o cabelo. Tomei banho e pedi pra que Sophie dormisse. Quando deitei na cama no quarto ao lado, logo dormi e sonhei com meus pais.


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Notas finais do capítulo

E aí? Reviews? Críticas positivas, negativas? Façam uma autora feliz.



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