Matthew, Love And Life escrita por lamericana


Capítulo 12
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Sim, chegou o capítulo final (aleluia). Espero que gostem (ou nem tanto) e que deixem reviews para me deixar feliz.



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Depois de alguns anos, você para de se questionar o motivo pelo qual as coisas acontecem com você. Se alguém, há dez anos, me dissesse que eu me casaria e teria filhos, eu acharia que era uma grande piada. Mas hoje eu acredito que tudo o que passei teve um motivo. Tenho dois filhos com uma mulher maravilhosa. Meu filho mais velho começa a ir pra escola essa semana. Sophie ainda está meio melosa, afinal até outro dia Arthur era ainda um bebê. O mais novo, George, com dois anos, tenta sempre acompanhar os passos do irmão.

- Matt! – Sophie me chamou pela milésima vez – Me ajuda aqui, por favor.

Quando cheguei no quarto, vi Sophie tentando pegar uma caixa que estava em cima do armário. Peguei a caixa e entreguei a ela. Sophie se sentou na cama com a caixa, deixando um suspiro escapar e sentei do lado dela.

- Às vezes é difícil de acreditar que o nosso Arthur vai pra escola amanhã e o George vai pra creche... – ela falou nostálgica – Parece que foi ontem que o Arthur nasceu.

- Pequena, a gente já sabia que isso ia acontecer e não vai ser tão ruim quanto você pensa.

- Vai me dizer que não vai sentir falta de levar os meninos pro parque nos dias que você não tem plantão?

- Claro que vou. Mas vai ser bom ensinar os meninos a ler e a escrever.

Sophie soltou outro suspiro antes de abrir a caixa. Antes que eu pudesse ver o que tinha na caixa, uma cabeleira ruiva se lança em mim.

- Papai, o Arthur quer ir no parque. Leva a gente? – George pediu

Olhei para Sophie e ela fingia ignorar a conversa.

- Vamos falar com a mamãe? – falei pro George antes de cutucar a Sophie – Mamãe, vamos pro parque com o Arthur e o George? – fiz cara de pidão

- Vamos, mamãe, por favor.

Sophie fez charminho, mas aceitou.

- Matt, cê guarda pra mim, por favor? Eu vou arrumar as coisas pra levar pro parque.

- Tá certo. – coloquei o George sentado na cama – Filho, fique quietinho aí pro papai guardar isso, tá?

Sophie foi pro quarto dos meninos e fui fechar a caixa que ela deixou pra trás. Antes de tampar a caixa, vejo fotos da Sophie pequena e alguns brinquedos que provavelmente foram dela. Fechei a caixa e a coloquei de volta em cima do armário. George estava começando a ficar inquieto. Peguei ele no colo e fui pra sala. Arthur estava sentado no sofá com as perninhas balançando.

- Papai, a gente vai pro parque, né? – ele perguntou animado

- Vamos. Mas a gente tem que esperar a mamãe.

Sophie apareceu com uma bolsa cheia. Conhecendo a Sophie como eu conheço, muito provavelmente está cheia de brinquedos, roupas reserva e comida. Arqueei a sobrancelha.

- Não exagerei dessa vez, tá legal? – ela falou enquanto esticava o braço pro Arthur – Vamos, filho?

Arthur pulou do sofá e segurou a mão da Sophie. Chegando no parque, o Arthur saiu correndo. Sophie gritou para que ele não fosse muito longe. O George ficou incrivelmente quieto o caminho inteiro e não tentou correr atrás do irmão.

- O que foi, filho? - perguntei

- Papai, qual o nome da mamãe?

- Sophie.

- E o seu?

- Matthew. Porque quer saber, filho?

- Porque você e a mamãe chamam eu e o Arthur pelo nome e eu não sei o nome de vocês. Vovô John!

- Onde? – perguntei. Não sei de onde o George tinha ouvido falar do meu pai, e ele provavelmente viu algum ruivo.

- Ali, papai. – George apontou pro meu tio Raymond.

- Aquele é o tio Raymond, filho. Vovô John morreu.

- Posso falar com ele?

- Pequena, cê se incomoda? – perguntei a Sophie

- Vá lá, Matt. Vou ficar aqui com o Arthur. Tenta trazer o seu tio pra ficar com a gente.

Dei um selinho na Sophie e fui falar com o meu tio. Ele pareceu surpreso em me ver e perguntou quem era o George. Contei que era meu filho.

- Você é o tio do meu pai? – George perguntou

- Sou sim

- Você conheceu meu avô?

- Conheci. Ele era o meu irmão. Você parece muito com o seu pai, sabia?

George balançou a cabeça negativamente e enterrou o rosto no meu peito.

- Tio, a Sophie tá chamando o senhor pra ficar com a gente. O Arthur tá lá também.

- Filho, acho que vou passar essa. Daqui a pouco vou ter que voltar pra casa. Só vim acompanhar a Holly e o James.

- Por falar neles, como eles tão?

- Estão esperando se estabilizar pra casar.

- E o Malcolm?

- Ele tomou juízo e casou com a Emma. Eles tão morando lá em casa com a Tina.

- Que bom. Fico feliz por eles.

Assim que eu terminei de falar, Holly chegou com o James, parecendo feliz.

- Matt! Que surpresa! – ela falou – Quem é esse menino lindo?

- George, fala com a Holly, filho. – falei pro George, tentando fazer ele tirar o rosto do meu peito. Ele olhou pra Holly e ela abriu um sorriso.

- Matt, ele é a tua cara! – Holly realmente parecia surpresa – Posso? – ela fez menção de pegá-lo no colo.

- Quer ir no colo da Holly, filho?

- Ela é o que, papai?

- Ela é a minha prima.

Ele esticou os bracinhos na direção da Holly e ela o puxou pra si com cuidado. George começou a mexer no cabelo dela.

- Papai, o cabelo dela é amarelo! – Holly riu

- E o seu é laranja. O do seu irmão e o da sua mãe são pretos.

- Você conhece o Arthur e a mamãe?

- Conheço. Seu irmão era pequeno como você quando eu conheci ele.

- E quem é ele? – George apontava pra James

- Ele é o meu namorado. O nome dele é James.

Meu celular vibrou e era uma mensagem da Sophie, pedindo para que voltássemos.

- Filho, mamãe tá chamando. – falei

- Mas já? – ele parecia realmente chateado

- A gente tem que ir. Dê tchau pro pessoal.

- Tchau – ele acenou desanimado

- Gente, desculpa, mas a Sophie tá chamando.

Voltei pra onde estava Sophie e Arthur. O George praticamente pulou do meu colo e saiu correndo junto com o irmão. Sentei ao lado da Sophie e segurei a mão dela enquanto observava os meninos brincarem. Realmente, gosto muito dessa vida que eu conquistei. Mesmo depois dos traumas que eu tive que enfrentar, me sinto bem e realizado.


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