Chapeuzinho Vermelho - A Caçadora De Lobos escrita por P P Gonçalves


Capítulo 10
Capitulo 08 – Cachorrinho?! Desculpe, não entendi!


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei. Demorei muito para postar novamente, mas houveram algumas coisas que me impediram totalmente de escrever e de postar.
Mas vamos ao capítulo!!



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Sai do quarto de Arthur atônita. Tudo bem. Eu já sabia que seria difícil com ele, mas nunca imaginei que seria assim. Ele estava machucado e simplesmente me expulsou de seu quarto.

Cheguei até o meu quarto e entrei, mas tudo no modo automático. Sentei em minha cama e fiquei olhando para a porta. Sabia que a Debby cuidaria bem do Arthur e que viria falar comigo e, bem eu estava certa ela realmente veio falar comigo, mas não bateu na porta nem anunciou sua entrada simplesmente à porta do meu quarto abriu e Debby passou por ela logo já a fechando.

– O que aconteceu com vocês?! – ela parou na minha frente com as mãos na cintura e me olhando do mesmo modo que minha mãe me olhava quando eu fazia alguma travessura e teria que ser repreendida.

– O Arthur não te falou nada? – perguntei me levantando da cama e indo até o banheiro.

– Não. Ele disse que se eu quisesse respostas eu teria que ver com você. – ela disse vindo atrás de mim.

Olhei-me no espelho e suspirei.

– Debby, simplesmente... – eu não sabia explicar, mentira, explicar eu sabia só não queria contar para ela. – Eu e o Arthur nos desentendemos, mas logo, logo já voltamos ao normal. – disse ainda olhando-me no espelho e vendo o reflexo dela por ele.

– Ah, claro. Vocês brigaram. – ela disse em um tom de deboche. – E desde quando isso acontece?

– Desde hoje. – disse derrotada abaixando o olhar para a pia e me escorando na mesma.

– Eu não acredito em você. – ela disse me segurando pelos braços e me virando para ela. – Não vai me contar a verdade não é?

– Desculpa. – foi à única coisa que eu falei.

– Ok. Resolvam entre vocês. – ela disse me largando e dirigindo-se a porta do meu quarto. – Só espero que isso não interfira na nossa caçada. – e ao dizer isso minha amiga saiu do meu quarto me deixando sozinha.

Isso era novo para mim. Eu jamais havia brigado com o Arthur e isso estava me desestabilizando. Eu não sabia o que eu iria fazer a seguir. Já havia brigado varias vezes com a Debby, mas com ela era diferente, eram briguinhas de meninas e que logo já se resolviam e não ficávamos mais do que 5 minutos bravas uma com a outra, mas desta vez era diferente, muito diferente. Eu havia mentido sobre o meu treino, o que não é tão grave, mas eu também havia mentido sobre o Bryan. Arthur já havia comentado que não gostava dele e que não o achava confiável. Eu discordava, no inicio também não tinha gostado dele, mas depois de conhecê-lo vi que ele era não só confiável, mas também um bom amigo.

Caminhei até minha cama com meus pensamentos a milhão. Não fazia ideia do que ia acontecer, só não queria que isso afetasse a caçada. Decidi colocar meus fones de ouvido e localizei uma radio qualquer onde estava passando algumas musicas e me deitei. Fechei os olhos com força coloquei o volume do meu fone o mais alto possível e tentei esquecer o que estava acontecendo. Depois de um tempo meu telefone me avisou do recebimento de uma mensagem, mas eu nem dei bola, deixei quem quisesse falar comigo na espera e finalmente me desliguei do mundo.

[...]

Acordei sobressaltada. Tive um terrível pesadelo onde Arthur era atacado por um lobo negro e eu tentava ajuda-lo, mas ele ficava gritando que preferia morrer a receber minha ajuda. Levantei-me da minha cama e fui ao banheiro passar uma água no rosto e escovar os dentes, pois estava com um gosto terrível na boca.

Voltei para o quarto e peguei minha mala para pegar uma roupa para vestir, pois iria tomar banho e olhei para meu telefone e me lembrei de que havia recebido uma mensagem. Peguei o mesmo e abri a mensagem.

A primeira coisa que eu percebi é que quem enviou a mensagem foi o Bryan. E a segunda foi a própria mensagem em si.

Peço que da próxima vez mantenha a coleira do seu cachorrinho melhor amarrada, pois se não ele irá se machucar mais.

Coleira? Cachorrinho? Amarrada? Machucar?

Do que ele estava falando afinal?

Decidi não me preocupar com isso no momento e fui me arrumar.

[...]

Sai para o café e não vi nenhum sinal da Debby e do Arthur e decidi que seria melhor assim, Arthur estava bravo e Debby magoada e ambos estavam assim porque eu não estava contando toda a verdade. Fui até uma lanchonete e comprei um sanduiche natural e um suco natural de laranja e me sentei em uma das mesas para comer.

Depois que eu terminei peguei o meu telefone e mandei uma mensagem para o Bryan.

Preciso me encontrar com você urgente. Assim que puder me liga.

Não precisei esperar muito pela resposta.

Onde quer me encontrar?

Pensei um pouco e decidi que o local mais “seguro”, por assim dizer, para me encontrar com ele seria o bosque onde treinávamos.

No bosque de treino, me encontre lá em no máximo meia hora.

Devo admitir que não achei que ele pudesse chegar lá antes de mim, mas ele conseguiu. Quando eu cheguei, ele já estava lá e estava encostado em uma arvore, a que eu e ele treinávamos mira, e estava de costas para mim.

– O que queria falar comigo? – ele perguntou sem se virar.

– Não deveria ter feito aquilo. – Disse por fim. – O Arthur não esta falando comigo e a Debby esta super magoada porque nem eu nem ele falamos pra ela o que esta acontecendo. – Desabafei com ele ainda de costas para mim. – Você transformou minha vida em um inferno e isso tudo em menos de 24 horas. – Gritei a ultima parte, pois ele ainda não havia olhado pra mim e eu ainda tinha muita raiva e frustração presas dentro de mim.

Ele virou-se lentamente pra mim e seu rosto parecia demonstrar raiva, mas eu nunca podia ter certeza das emoções e expressões faciais dele.

– Eu não transformei a sua vida em um inferno. – Ele disse em um tom calmo. Um tom que o deixava assustador. – Você mesma fez isso, não coloque a culpa nos outros pelos seus erros.

– Ótimo, agora eu tenho mais você pra me julgar. – falei e não consegui mais segurara as lagrimas, ainda estava muito frágil por tudo que havia acontecido. Virei de costas pra ele, não queria que ele me visse naquele estado.

Senti uma mão no meu ombro direito e logo me esquivei. Não queria receber o conforto dele. Queria o perdão do Arthur e a compreensão da Debby, não a linda compaixão dele.

Dei uns dois passos pra me afastar dele e também estava com o intuito de ir embora, mas desta vez ele me segurou pelo braço direito e me impediu de dar mais um passo.

– Me solta. – disse com a voz entrecortada.

– Não vou deixar você sair assim. – ele disse e me virou para ele.

Não ousei levantar meu olhar. Eu estava um caco. Devia estar com enormes olheiras, nem havia olhado o meu reflexo no espelho, e chorando deveria estar pior ainda. Ele com sua mão esquerda levantou meu rosto, me olhou atentamente e, para minha eterna surpresa, me abraçou. E eu diferentemente de antes aceitei de bom grado seu abraço. Meus sentimentos ainda estavam muito confusos e eu tentaria bota-los em ordem em outro momento.

Não sei por quanto tempo eu fiquei ali naquele bosque abraçada ao Bryan, mas sei que só me soltei dele quando percebi que eu tinha condições físicas e psicológicas de olha-lo novamente.

– Você esta melhor? – ele me perguntou assim que me afastei dele.

– Não. – disse quando consegui olha-lo. – Só vou ficar melhor quando tudo voltar ao normal. – disse me afastando mais dele.

– Você sabe que nunca vai voltar ao normal. – ele me olhou como semblante sério. – Seu amigo pode vir a te perdoar, mas jamais vai esquecer que você escondeu algo dele e vai ficar sempre com o pé atrás.

Eu escutei aquilo e pra mim era como levar um soco no estômago. Eu sabia que não seria nada fácil, mas não imaginei que fosse ser assim. Desviei o olhar dele e me afastei. Minha vida tinha virado do avesso e logo teríamos uma caçada. A primeira noite de lua cheia esta por vir e eu ainda tenho que ver como as coisas vão ficar. Suspirei.

Senti meu telefone vibrar no bolso do casaco. Peguei-o e vi que era a Debby me ligando. Decidi ignorar a ligação e me lembrei do real motivo de eu querer falar com ele.

– Bryan. – chamei virando-me para encara-lo. – Pode me responder uma coisa?

– Sim. – Ele respondeu de imediato

– O que exatamente você quis me dizer quando mandou aquela mensagem ontem? – olhei diretamente para o rosto dele e vi que de uma expressão calma passou para a raiva em menos de um segundo.

– Eu quis dizer exatamente o que estava na mensagem. – respondeu e virou-se de costas para mim, mas pude perceber que ele havia fechado suas duas mãos e pelo movimento de suas costas eu percebi que ele respirava fundo, talvez fizesse isso para se acalmar.

– Ok. Isso eu meio que percebi. – disse com ironia. – Mas quem é cachorrinho? Porque até onde eu saiba, eu não tenho nenhum. – assim que eu terminei de falar o Bryan virou-se para mim com um sorriso de deboche no rosto e me respondeu.

– Arthur. – uma única palavra foi o que bastou para me deixar sem fala.

Arthur?! Não impossível. Ele saiu ontem e... Ele brigou com o Bryan? Mas por quê?

– O que exatamente aconteceu? – questionei assim que consegui recuperar a minha voz. Ainda encarava o Bryan meio incrédula, não na verdade eu estava totalmente incrédula.

– Bem, seu querido cachorrinho apareceu no meu quarto de hotel e simplesmente decidiu me atacar. Eu sinceramente não sei o que eu fiz pra ele, mas ele realmente parecia bem bravo. – ele disse meio pensativo. E de uma hora pra outra suas feições clarearam como se ele houvesse lembrado alguma coisa. – Ah. Eu já ia esquecendo ele foi brigar comigo por estar perto de você. – ele deu um meio sorriso. – Superprotetor o seu namorado, não?

– Ele não é meu namorado. – foi a primeira coisa que eu disse e saiu automaticamente como sempre saia quando falavam assim de mim e de Arthur. – E você tem noção do estado em que o deixou? – eu estava brava com ele. – Ele estava banhado de sangue e não me admira que ele fique um pouco anêmico depois de tudo. E também estava muito machucado. – eu sei que o Arthur ainda estava bravo comigo e tudo o mais que ele me fez e disse, mas ainda o considerava meu amigo e tinha que defendê-lo. Percebi que assim que eu comecei a defendê-lo Bryan perdeu o sorriso do rosto e ficou supersério. O que me intimidou.

– Claro que tenho noção do estado em que o deixei! – ele disse um pouco exasperado e chegou um pouco mais perto de mim. – Mas o que me admira é que você ainda o defenda. Pelo que eu pude perceber ele nem quer mais estar perto de você. – ele falou com um sorriso perverso nos lábios.

Com essas palavras eu dei alguns passos para trás chocada. Jamais imaginei que o Bryan pudesse ser tão mau assim. O que ele me falou era a mais pura verdade, mas vê-la jogada na minha cara como se não significasse nada doía, e doía muito. Não pude acreditar que, o cara que há poucos minutos estava me reconfortando porque eu estava super mal devido a minha briga com meu melhor amigo, no momento estava jogando na minha cara exatamente o que ele me pedia para esquecer.

– É. E, pelo visto, você também não me quer por perto. – eu disse e pude sentir meu queixo tremendo enquanto eu falava isso, sinal de que logo eu iria chorar. – Quer saber?! Vou indo. – disse e me virei.

Mas não pude dar nem dois passos longe de Bryan e o mesmo me puxou pelo braço esquerdo, sabe ele tem que para com essa mania, ainda vou acabar toda roxa por causa disso.

– Espera. –ele disse olhando nos meus olhos e em seus olhos azuis pude perceber preocupação. – Desculpe. – ele disse e realmente parecia sincero, mas eu estava começando a ficar com raiva dele. Não, eu não estava começando eu já estava com muita raiva dele.

–Não. Eu não desculpo. – disse e mexi um pouco meu braço tentando me soltar, mas ele me apertou um pouco mais. – Da pra me soltar? – falei levantando minha sobrancelha sugestivamente. Eu estava abeira das lagrimas.

Ele parecia contrariado, mas me soltou e assim que me vi livre de suas mãos me virei e comecei a andar para a estrada. Assim que sai do bosque fui ao parque e me sentei em um dos bancos. Chorei por um tempo. E depois que me acalmei comecei a observar a minha volta.

Havia muitas crianças e adolescentes ali naquele parque e percebi o quanto eles pareciam felizes, mal sabiam eles que logo haveria uma lua cheia e os ataques que haviam cessado retornariam.

Este pensamento me fez voltar um pouco à realidade e percebi que precisava voltar para o hotel e falar com Debby. Precisávamos decidir como seria esta caçada.

Quatro dias Depois.

Nesse quatro dias que se passaram eu não falei com o Bryan nem com o Arthur. O primeiro não havia mais dado sinais de que existia pra mim, como se o segundo tivesse vindo falar comigo em qualquer momento, mas pelo menos deste eu sabia noticias através da Debby.

Eu e ela conversamos e decidimos quando saíssemos para a caçada ela e Arthur iriam juntos, pois ele tem alguns problemas em cuidar de sua retaguarda, que eu já não tenho e também depois de todo o treinamento que eu tive eu já sabia me virar muito bem sozinha.

Sabe não é como se eu fosse paralisar de medo ao ver o lobisomem. Ate mesmo porque eu já havia superado isso, pelo menos eu acho, com o outro que eu já havia encontrado na ultima caçada. Debby ficou supercontrariada de ir com Arthur, mas ela sabia que ele precisaria mais dela do que eu.

Nos encontramos no carro do Arthur as 21:00. Ele nem me olhou e eu fiz questão de me sentar no banco de trás. Se ele queria espaço eu daria o espaço que ele precisa, mesmo que isso me machucasse muito.

Quando chegamos ao bosque ele continuou calado e não fez menção de que iria falar algo, me virei para Debby e levantei as sobrancelhas, como que a convidando a falar algo sobre a nossa “separação”.

Ela bufou, mas logo começou a falar.

– Certo. Como nenhum de vocês parece que vai falar algo, eu mesma falo. – disse e olhou diretamente para o Arthur que olhou para ela prestando atenção em suas palavras. – Eu e você vamos juntos por aqui, - ela falou apontando para o lado direito do bosque, - e a Lucia vai sozinha por ali. – disse apontando para o lado oposto de onde ela iria seguir.

Arthur simplesmente levantou uma sobrancelha, meio incrédulo, para as palavras de Debby. Infelizmente não soube dizer se era por ela ir com ele ou por eu ir sozinha.

– Ok. – foi a única palavra que ele disse, e logo em seguida virou-se para a direção em que ele e Debby iriam seguir e começou a dirigir-se para lá.

Minha amiga me olhou com uma cara meio triste e eu só dei de ombros e ela logo o seguiu. Quando os dois desapareceram eu suspirei e dirigi-me para o meu local de caçada e comecei a procurar alguma pista de um lobisomem por perto.

Depois de uma hora caminhando pelo bosque eu decidi para um pouco e me sentei ao pé de uma árvore e fiquei lembrando tudo que havia acontecido comigo desde que chegamos nesta cidade. E lembrei-me de um velho ditado que minha mãe me contava de que “de uma hora para outra tudo pode mudar”. Mal sabia ela de que eu sentia na pele isso que ela me falava quando pequena.

[...]

Quando estava quase amanhecendo é que finalmente nos encontramos novamente no carro do Arthur. Debby me contou que eles não localizaram nada de suspeito no bosque hoje, mas que deveríamos ficar atentos, pois ainda haviam mais alguns dias de lua cheia.

Quando voltamos para o hotel em que estávamos fui direto para o meu quarto e logo dormi. Acordei por volta das 16:00 e logo fui ao banheiro fazer minha higiene e quando voltei para o quarto percebi que havia uma mensagem em meu celular.

Achei que havia lhe ensinado bem, mas percebi que você ainda é muito distraída. Sabe se eu fosse um lobisomem, ontem, poderia tê-la matado varias vezes!

Bryan.

Ele esteve no bosque ontem? Mas como se... Eu nem o percebi por lá. É difícil admitir, mas ele tem razão. Tenho que começar a deixar meus problemas pra lá e começar a prestar mais atenção em minhas caçadas.

Sai de meu quarto e fui falar com a Debby pra saber se iríamos nos encontrar no mesmo horário hoje para irmos novamente ao bosque, pois como os lobos sabiam que havia caçadores poderiam ficar quietos na primeira noite de lua cheia e achar que assim fossemos embora. Ela me confirmou que sim e que todas as noites de lua cheia iríamos nos encontrar no mesmo local e horário para podermos ir à caçada.

[...]

Bem a ultima noite de lua cheia foi ontem e hoje estamos partindo. Nossas noites foram bem tranquilas. Debby me contou que ela e Arthur ficaram bem tranquilos e que não encontraram nada, nenhum rastro se quer de lobos. Eu disse que comigo também foi assim, mas na realidade por umas três ou quatro noites eu pensei ter ouvido alguém, ou algo, próximo a mim, mas não achei nada, somente um pequeno rastro de pegadas, mas nunca algo muito concreto. Somente hoje que eu juro ter visto um par de olhos incrivelmente grandes e azuis.

Como os do lobo caramelo. Mas ainda acho que foi impressão minha ou somente minha mente me pregando uma peça, pois se fosse mesmo um lobo, mesmo que seja o caramelo, ele devirá ter me atacado e em nenhum momento isso aconteceu. E sem contar que Bryan não falou mais comigo. Ainda estou magoada pelo que houve no bosque aquele dia, mas se ele voltasse a me pedir desculpas eu logo o desculparia, pelo menos assim não me sentiria tão sozinha como me sinto agora.


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Notas finais do capítulo

Matem-me se quiserem. Houveram problemas pessoais aqui em casa e também um enorme bloqueio de criatividade, mas eu tive uma melhora graças a uma pessoa muito legal que eu conheci aqui pelo Nyah e que me estimulou a voltar para a história. Espero que todos gostem e comentem bastante.
P P Gonçalves