E Se Vc Não Lembrar? escrita por MissyCabot


Capítulo 58
Capítulo 58 - Dizendo Adeus.... (Lucy Povs)




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Enquanto sento no meu quarto escuro, repleto de fumaça do incenso que incendeia no canto da mesa do computador, sinto como se todo o meu mundo começasse a desmoronar, como se a vida que eu vivesse não fosse minha, tudo a minha volta parece estar tão errado...

- Lucy você está bem? Minha mãe perguntou antes de ir deitar

- Sim.. Eu menti, ultimamente havia me tornado otima em mentiras como esta.

Desde que as lembranças começaram a voltar, tudo virou de cabeça para baixo, eu me indagava como assim vampiros existem, se alimentam de sangue animal, de sangue humano, e o pior eu estou apaixonada por um deles, não eu concerteza estava enlouquecendo, devia ser tudo consequência do acidente de carro, havia três dias em que tudo estava enlouquecendo, eu não havia conseguido uma noite sequer de sono, todas elas interrompidas por pesadelos com dentes e sangue.

Mesmo quando meu coração me dizia que não havia razões para temer os Cullens, minha mente me pregava peças aterrorizantes com eles, e mesmo sentindo todo o amor que eu sentia, eu simplesmente não conseguia me manter perto deles sem entrar em pânico.

E por mais que eu amasse Edward Cullen, eu simplesmente não podia aceitar que meu namorado era um vampiro, ele simplesmente não devia existir e mesmo assim ele era realidade, e por mais que eu tentasse me recordar qualquer momento ao lado dele , eu ainda não podia, eram apenas imagens borradas, e mesmo assim eu me dera conta de que havia tantas coisas sobre os Cullens, sobre Edward que eu desconhecia, segredos que ele temia serem revelados.

Eu estava simplesmente enlouquecendo com tudo aquilo, e não podia contar a ninguém, pois concerteza eu terminaria numa cela branca acolchoada, e com os braços presos para trás numa camisa de força, minha mãe simplesmente me internaria, e se os Cullens não fossem quem diziam ser, não eu não podia submeter minha mãe aquilo

Mas de alguma forma eu sentia que o sentimento de Edward Cullen era verdadeiro, mas ainda o temia pelo que ele era, não conseguia vê-lo de outra maneira, sempre que o encarava, era como encarar meus pesadelos, sua pele tão branca, seus olhos dourados, seus lábios suaves e delicadamente desenhados, e sua beleza tão sedutora, e pertubadora.

Eu sabia que a melhor maneira de me recuperar era partir, era ir para algum lugar aonde eu pudesse estar longe de tudo o que estava acontecendo, mesmo sabendo que meus pesadelos viriam comigo, mas eu tinha que tentar, e havia uma dor tão grande, tão enlouquecedora em meu peito, que queimava todas as vezes que eu me aproximava de Edward Cullen, que eu simplesmente não aguentaria por muito mas tempo frequentando a mesma escola que ele, meu coração simplesmente enlouqueceria como eu.

A decisão estava tomada eu não passaria mas uma noite em Toronto, eu estava partindo pois não suportava mas ficar ali, era como se fosse um hospicio ou algo assim, me despediria da minha mãe assim que ela estivesse dormindo, seria melhor pois assim ela não tentaria me impedir, comecei a arrumar minha mochila, colocando apenas o essencial, alguns casacos, algumas mudas de roupa, quando de repente em meio a tudo aquilo encontrei uma foto minha com Edward Cullen na escola, pareciamos tão felizes, então uma dor tomou conta do meu peito como se algo rasgasse meu coração em milhões de pedaços.

Então de repente uma nova lembrança invadiu minha mente, e eu simplesmente quase não pude resistir aquela, Edward me dizia adeus, agora eu concerteza não estava entendo mas nada, era como se tivessem apagado minha vida, e agora passassem essas cenas loucas sem sentido algum, quer dizer elas tinham seu sentido, mas como vinham completamente desordenadas, era como ver um filme bagunçado, eu estava surtando.

O céu estava escuro e repleto de estrelas, eu sabia que não podia partir assim, de qualquer jeito eu iria, peguei um pequeno bloco de papel que havia no canto da mesa, e comecei a escrever um bilhete para minha mãe.

" Querida mãe

Me desculpe, mas não aguentava mas ficar aqui, por isso resolvir viajar, entro em contato em breve.

Te amo

Bjs

Lucy" 

Assim que terminei de escrever o bilhete, as lágrimas tomaram conta do meu rosto descontroladamente, foi então que me dei conta que eu precisava de alguma maneira me despedir de Edward apesar de todo o meu medo, ou de toda a loucura se fosse assim que ele via como eu estava agindo.

Pois apesar da dor e do medo, havia um sentimento dentro de mim que eu simplesmente parecia não conhecer, não ter controle, que me fazia querer entender tudo o que estava acontecendo, mas eu simplesmente não podia, eu ainda não tinha certeza se poderia ir até a casa dos Cullens, para me despedir, o medo parecia ser maior do que eu.

Peguei meu celular em cima da mesa, e apertei a lista de discagem rápida, mesmo sabendo que não lembrava o numero dos Cullens, eu tinha certeza de que era o primeiro na lista, mas eu simplesmente não pude completar a ligação quando ouvi sua voz, foi como se o medo e a dor tomassem conta de mim.

Achei que talvez um pouco de música, junto ao som da chuva que começava a desabar do lado de fora da janela, pudesse me ajudar, encarei a folha em branco na minha frente, talvez aquela fosse a forma mas sábia e menos dolorosa de me despedir dos Cullens, principalmente de Edward. 

Quando terminei de escrever a carta, fui até o quarto da minha querida mãe, que descansava em sua cama, entrei silenciosamente e coloquei o bilhete em cima da mesinha ao lado da cama, aonde ela encontraria ao amanhecer, beije-lhe a testa segurando as lágrimas que insistiam em rolar sobre a minha face, e sai na ponta do pé.

Desci as escadas e peguei as chaves da caminhonete, como eu não costumava guardar a caminhonete na garagem, fora fácil sair sem acordar nem minha mãe e nem os vizinhos, pus a caminhonete em ponto morto, e assim que sai da rua, liguei o motor pegando a estrada, eu estava decidida a partir sem vê-lo, mas havia esquecido que só havia um jeito de entregar a carta a ele, e mesmo que eu estivesse em pânico por estar indo a uma casa repleta de vampiros, a dor e o amor que eu sentia pareciam maiores.

Estacionei a caminhonete um pouco antes da casa dos Cullens, fui caminhando até a entrada, haviam apenas duas luzes acesas, a da sala, e a da cozinha, estariam eles se alimentando, isso causou um pequeno arrepio em meu corpo, mas eu precisava me despedir de Edward, então de repente toda a casa ficara escura, apenas a sala tinha uma pequena luz acesa, achei que fosse a hora perfeita para poder entrar, caminhei em direção a porta sorrateiramente, e empurrei a porta que estava aberta, como se eles soubessem que eu viria, tentei evitar meus pensamentos aterrorizantes, e entrei, perto do piano esplendido aonde estava o abajur que iluminava a sala levemente, estava uma poltrona de couro, aonde Edward estava , ele parecia dormir profundamente, mesmo sabendo que vampiros não dormem, me fiz acreditar nisso, me aproximei deixando a carta em cima do piano ao lado do abajur, parei por um segundo o observando, assim daquele jeito ele parecia tão inocente, tão encantador, era como uma estátua exposta num museu, fascinante, me aproximei tremendo mas do que devia, e beije-lhe a testa, se não fosse pelo fato de eu estar apavorada, eu podia jurar que eu vira um pequeno sorriso em seus lábios.  

- Desculpe... Eu sussurrei para mim mesma, e sai correndo pela porta antes que ele ou qualquer outro Cullen decidisse despertar.

Entrei na caminhonete aos prantos, com um imenso nó na garganta, dei partida acelerando o motor, e disparei na estrada, enquanto eu dirigia, as lágrimas pareciam intermináveis, olhei para trás uma última vez antes de me despedir de Toronto.

O sol começava a surgir no horizonte, eu ainda estava na estrada sem rumo, realmente não tinha idéia para onde estava indo, apenas para o mais longe que eu pudesse de vampiros, Toronto, Cullens e tudo mas que me atormentava, naquele momento uma pessoa normal concerteza iria me levar direto para uma instituição psiquiatrica, cada palavra que eu dissera na carta agora ecoavam em minha mente.

Todo meu corpo parecia estar imerso numa dor inexplicavel, vaguei por algumas horas até finalmente escolher meu destino, eu iria para Montreal, mas algumas horas diringindo e eu logo estaria na minha nova casa.


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