E Se Vc Não Lembrar? escrita por MissyCabot


Capítulo 57
Capítulo 57-Novas aventuras e novas decisões


Notas iniciais do capítulo

Por Edward Cullen



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Lucy estava em pânico, mesmo tendo se recordado quem nos eramos, ela ainda não conseguia aceitar o fato de que eramos vampiros, ou pelo menos seu subcosciente 

nos ligava aos seus pesadelos.

- Edward.. A voz de Alice me interrompeu

- O que foi? Eu perguntei

- Nada, apenas precisava saber como você está.. Ela disse carinhosamente

- Acho que bem.. Respondi

- Entenda ela precisa de tempo para poder se recordar, ou pelo menos se acostumar com a idéia de que nos existimos. Alice respondeu

- Mas ela parecia tão tranquila .. Eu retruquei

- Talvez, mas a mente dela está em pane, são muitas lembranças para ela poder assimilar. Alice respondeu sentando-se na cadeira na frente da cama.

- È talvez seja isso, mas não vou deixa-la sozinha, só por preacaução vou ficar por perto, Lex ainda está por ae, e pode querer vigança pela morte de seu parceiro. Eu respondi

- Edward não acho que seja uma boa idéia você ir lá agora, deixe-a ficar sozinha pelo menos essa noite, se Lex planejar alguma coisa, eu poderei vê-lo. Alice respondeu levantando e indo para seu quarto. 

Talvez ela tivesse razão e devesse dar pelo menos aquela noite para Lucy ficar sozinha, e poder se recuperar de todo o choque, de todas as novidades e loucuras que estavam voltando a sua mente, mas alguma coisa me dizia que eu não devia deixar Lucy sozinha, e a vontade de ve-la era maior do que eu podia suportar, peguei as chaves do volvo, e sai sem que niguém percebesse, mesmo que Lucy não me quisesse por lá, eu ficaria escondido.

Estacionei o carro o mas longe que pude da casa dela, e subi pela arvore que ficava ao lado de sua janela, ela dormia tranquilamente, pelo menos parecia que sua noite estava tranquila, livre de pesadelos ou lembranças aterrorizadora.

Naquele momento me recordei das noites em que eu ficava vendo Bella dormir, era como ver um anjo descansando, entrei tentando não fazer barulho, e me sentei na poltrona que havia no canto do quarto ao lado da janela, ela parecia estar tranquila, mas então sua voz doce imrrompeu o silêncio...

- Edward.. Ela sussurrou como se soubesse que eu estava ali.

A noite em si fora tranquila, ela parecia estar adormecida o suficiente para que eu pudesse ir embora sem que ela percebesse, peguei um papel e deixei um bilhete, mesmo sabendo que fosse melhor ela pensar que eu estava em casa.

" Querida Lucy,

Estive por aqui apenas para saber como estava, nos encontramos na escola.

Bjs Edward"

Deixei o bilhete em cima da mesinha de cabeceira , e sai pela janela entrando no volvo, e peguei a estrada para casa, talvez não fosse uma boa ideia mesmo eu permanecer por perto, mas agora que estava de volta, eu não poderia simplesmente desaparecer, não agora que ela conseguia se recordar de nos.  Talvez Lucy apenas precisasse de tempo para poder tomar suas decisões , se fosse isso eu não podia fazer nada, apenas dar a ela o tempo que fosse preciso, afinal de contas eu tinha toda a eternidade para esperar por ela.

A manhã estava fria, mais fria do que de costume, mas enquanto eu pilotava a harley em direção a escola, era como se eu pudesse sentir o calor da pele de Lucy na minha, a última vez que olhei o velocimetro ele estava no maximo, 

o vento cortava meu rosto, e eu só conseguia pensar nela, esperava a sua decisão, temia que ela não quisesse mas me ver, ou que me desprezasse pelo que eu era, mas como Alice me dissera ela apenas precisava de tempo para poder recompor todas as novidades e lembranças que estavam invadindo sua mente como um furacão.

Estacionei ao lado de sua caminhonete procurando-a pelo estacionamento, mas não havia mas ninguém ali, caminhei pelo corredor da escola em direção a sala, quando observei o relógio notei que estava atrasado, me apressei a entrar na sala, lá estava ela concentrada em seu livro ou pelo menos fingindo que estava, ela não olhou para mim, me sentei ao seu lado, mas ela não falou ou me encarou, era como se eu não existisse.

- Oi Lucy.. Me atrevi a cumprimenta-la, mas não houve respostas.

A aula não fora das melhores e fora longa demais, sem uma palavra ou qualquer sinal de que ela soubesse que eu estava ali por ela, no estacionamento nos olhamos por um longo e demasiado tempo, finalmente como que uma luz, ela veio caminhando em minha direção.

- Ei... Ela falou

- Oi... Eu respondi

- Edward precisamos conversar. Ela disse

- Claro, venha vamos há algum lugar mas reservado. Eu disse dando a ela o outro capacete

- Mas e a minha caminhonete?? Ela indagou

- Deixe que depois eu te trago de volta .. Eu resmunguei

Pegamos a estrada, naquele momento pensei em irmos para a clareira, mas concerteza não era uma boa idéia, então me direcionei a velha cabana de caça dos Cullens, no alto de uma colina de frente para o vale aonde ficava a cidade de Toronto, Lucy parecia incomodada com alguma coisa, mas não ousei perguntar , estacionei a moto em frente a cabana rústica feita toda em madeira, com uma rede na varanda.

- Nossa que lugar lindo... Ela exclamou ao chegarmos.

- È nossa cabana de férias... Achei melhor não usar o termo caça já que ela ainda não havia aceitado bem a idéia da nossa verdadeira identidade.

- Lucy me desculpe por tudo. Eu pedi

- Não, Edward a culpa não é sua, acontece que as lembranças simplesmente invadiram minha mente, como uma tormenta, no momento estou perdida, confusa são muitas coisas para assimilar. Ela começou a dizer enquanto as lágrimas começavam a tomar-lhe o rosto em formato de coração.

- Lucy, quero que saiba que te daremos todo tempo do mundo, mas é só que eu não posso mas viver sem estar com você. Eu respondi 

- Eu também amo você, não tenho dúvida disso, mas é que é como se eu nunca tivesse conhecido você, quer dizer, na verdade eu acho que nunca te conheci por completo. Lucy disse enquanto lutava contra as lágrimas

- Eu posso te falar o que você quiser, mas acontece que há certas coisas sobre mim, que são melhores permanecerem em segredo, principalmente no estado em que você se encontra, esses segredos só iriam te pertubar ainda mas.

Eu respondi sentindo meu coração congelar no peito novamente.

- Sei lá acontece que essa idéia toda de vampiros, sangue, perigo, acho que estou enlouquecendo , é isso?... Ela indagou

- Lucy o que está acontecendo? Eu perguntei

- Edward, tudo está confuso, sei lá, eu sei que vocês não são como os outros, mas pela primeira vez eu tenho medo de vocês. Ela disse abaixando a cabeça para que eu não pudesse ver suas lágrimas rolando.

- Mas não tem porque você ter medo, na verdade, essa era a reação certa quando nos conhecemos, acho que agora é tarde demais. Eu respondi

- Mas é algo que eu não posso controlar, eu fico tendo esses sonhos, de vampiros me atacando, e então estou sozinha numa sala escura, e você me encara com os olhos vermelhos... Ela resmungou em pânico

- Lucy eu nunca machucaria você, esses pesadelos vão passar você verá, apenas nos dê uma outra chance. Eu pedi

- Não sei se posso, tudo está uma loucura. Ela respondeu

- Apenas pense.. Eu pedi com uma última esperança de que as coisas pudessem voltar a serem como antes.

- Preciso ir.. Ela disse pegando o capacete e subindo na moto.

Pilotei a harley em direção ao estacionamento da escola em silêncio, nenhum de nós ousava a dizer nada, eu me recusava a acreditar que talvez houvesse perdido-a, que talvez o medo e o pavor de todas aquelas lembranças jamais a deixassem crer que existiam vampiros do bem, que nem todos eram como os Volturis e outros vampiros que ela provavelmente estava se recordando.

- Chegamos.. Eu disse parando perto da caminhonete para que ela pudesse descer.

Ela desceu da moto, e se aproximou cautelosamente de mim, beijando-me o rosto, seus lábios quentes em minha pele fizeram com que todo o meu corpo recebesse um enorme choque, e por mais que eu quisesse toma-la em meus braços, não pude, eu tinha que respeitar sua vontade.

- Tchau Lucy, até amanhã. Eu me despedi subindo novamente na harley.

- Tchau... Ela respondeu entrando na caminhonete e sumindo na estrada.

Enquanto eu pilotava de volta para casa, milhares de pensamentos tomavam conta da minha mente, e então como um grande pesadelo toda a minha história com Bella começava a tomar conta da minha cabeça, talvez eu estivesse deixando passar alguma coisa importante, mas a dor era tão grande, que eu quase pude sentir meu coração parando como se eu estivesse vivo, estacionei a moto em frente a casa, e entrei disparado para o meu quarto, mas era tarde demais, Alice já estava sentada na minha mesa me esperando.

- Alice não é hora, sai.. Eu pedi

- Não, precisamos conversar. Ela disse séria.

- O que foi, você viu alguma coisa? Eu a indaguei

- Talvez, mas primeiro porque está assim? Ela me perguntou

- Lucy... Eu comecei mas as palavras não saiam.

- Eu sei, ela parece estar apavorada com toda a história de vampiros e tal.. Alice resmungou

- Se você já sabe porque sempre pergunta... Eu retruquei rangendo os dentes

- Calma, perguntei porque sei que não é apenas isso. Ela respondeu

- Não, parece que voltei 50 anos atrás... Eu resmunguei

- Como assim?? Ela disse me encarando

- Não sei, a dor, todas as lembranças de Bella, é como se ela estivesse morrendo novamente. Eu respondi

- Então só pode ser isso... Ela observou

- Isso o que Alice, odeio quando você faz essas coisas. Eu retruquei

- Edward, não sei como mas hoje eu tive umas duas visões seguidas. Alice me surpreendeu

- Como?? A Indaguei

- A primeira é de que logo teremos visita na cidade, e não é o Lex, ele no momento parece estar conformado com a morte de Alexander, mas um outro grupo de vampiros nomades. Alice completou

- Não podemos deixar Lucy na cidade quando eles chegarem, quer dizer teremos que proteger a cidade toda. Eu respondi

- Sim, para isso Carlisle convidou os Delanis para passarem uma semana conosco, ficaremos de guarda. Alice respondeu, seu rosto passara agora de uma expressão de preocupação para tristeza, logo percebi que havia algo mais e que ela temia em me dizer.

- Diga Alice, o que mais vai acontecer?.. Eu pedi

- Edward, não será necessário proteger Lucy. Alice respondeu em meio a um soluço

- Alice o que irá acontecer, não diga.... Mal consegui pronunciar a palavra morte na mesma frase que Lucy.

- Não, ela não vai morrer nem nada assim. Ela retrucou

- Então porque você está chorando? Eu a indaguei

- Edward, Lucy vai embora de Toronto hoje á noite, quer dizer ela não vai bem embora, ela vai fugir. Alice disse me encarando

- Não posso deixa-la cometer essa loucura. Eu resmunguei

- Ed, acho melhor você não tentar nada, isso pode só piorar sua situação com ela, entenda-a ela precisa de tempo para poder assimilar tudo que está vindo a tona em sua mente, para entender seu amor por você, que no momento, ela se acha uma louca , primeiro por acreditar que vampiros existem, segundo por namorar com um deles, enfim ela não está assimilando as coisas muito bem, deixe-a . Alice respondeu enquanto ia em direção a porta

- Como assim você está me pedindo para deixa-la partir no meio da madrugada?? Eu a indaguei furioso

- Edward.. A voz de Carlisle invadiu nossa discurssão

- O que? Eu gritei ...

- Primeiro acalma-se, agora me ouça, a decisão é dela, e como Alice disse tudo o que você fizer no momento pode piorar a situação. Carlisle sempre sabia como acalmar alguém com suas sábias palavras.

- Alice porque veio me contar isso, se sabia que eu ia querer impedi-la. Eu a indaguei

- Achei que você tinha o direito de saber , pois acho que Lucy passara aqui essa noite, não creio que para falar com você, mas para deixar alguma coisa, então apenas prepare-se. Alice pediu-me saindo do quarto

- Agora me deixem sozinho. Eu pedi

No momento em que todos sairam do quarto, foi como se o mundo desabasse nas minhas costas, e novamente todas as lembranças de Bella invadiram minha mente, destruindo meu coração em milhões de pedaços, então novamente eu me senti como se a estivesse deixando pela terceira vez, só que agora eu teria que entender que era ela que me deixava, a noite começou a cair no horizonte e cada segundo parecia agonizante, eu não estava preparado para dizer adeus, todo o meu corpo parecia reagir mal aquela idéia, caminhei dentro do quarto por horas, era como se o pesadelo fosse maior do que eu podia suportar.


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