A Mediadora - Apocalipse escrita por Julia Cecilia


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Se está sem interet, e arrumou um bico, faça o download da série completa clicando neste link: http://themediatorseven.blogspot.com.br/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324771/chapter/5

                                               Capítulo 5   

   Mas uma força me puxou para dentro daquele quarto, não sei como, mas precisava entrar naquele quarto. Sendo assim, todos acabaram entrando depois de mim.

— Qual o estado deles? Grave? — Perguntou Cee Cee ao entrar no quarto

 —Já se recuperaram bem — informou o Paul, com um tom extremamente triste.

  Fomos entrando, percebemos que os outros fantasmas estavam conversando, mas logo Cee Cee chegou e interrompeu-lhes. Os fantasmas ficaram observando que nós três olhávamos para eles, — menos Cee Cee —.

  Bem no meio daquele quarto ensolarado e alegre, com flores por todo lado, e Martin Johnson estava deitado com o ombro direito engessado e o braço esquerdo pendurado acima da cabeça. Estavam com aparência muito melhor do que a noite. Martin era o primeiro internado, já segundo, que estava completamente ralado, machucado, e cheio de curativos, estava ao lado, e nada feios, pelas roupas, estavam indo a um tipo de festa, estavam bem vestidos. Martin era um garoto mais velho, era loiro, seu cabelo aparentava ser um pouco crespo, mas estava com aquelas roupas de hospital, que não sei dizer o nome, mas era bonito de todo jeito, o que me chamou um pouco a atenção. Já Louis, um cara também bonito, com seus maravilhosos cabelos pretos, excepcionalmente lisos, batendo às orelhas, um cabelo estilo Justin Biebber, ou algo do tipo. Seu corpo era de dar inveja, mais não ao Jesse.

 — O que essas... – Deu meia volta, e lá estava Elizabeth Jones, um dos fantasmas que esticaram as canelas – pessoas estão fazendo aqui? — Ela nos olhou da cabeça aos pés.

  — Perdão, viemos visitá-los, presenciamos o acidente de ontem à noite. — Jesse quis dar uma satisfação ao fantasma.

  E de olho grudado em mim, os braços cruzados encostados no peito. Estava usando um par de calças negras – bem elegantes — e um twinset de coxemira cinza. Trazia no pescoço, um colar de pérolas, nos pés, um par de sapatos negros reluzentes. Seu cabelo, que brilhava tanto quanto os sapatos à luz amarela do sol de manhã, parecia macio e negro. Ela realmente era uma garota bonita. Pena que estivesse estourado os seus miolos.

 — Ta louca Suze? — Foi logo perguntando a Cee Cee, confusa. Pedindo uma explicação, já que para ela, eu falava para as paredes.

 — O que ta havendo gente? Estou começando a ficar preocupada com vocês! — disse Cee Cee.

  Vocês já devem saber por que não tinha amigos no Brooklin, você sai para comprar um refrigerante, ou menos um suco, ah, fantasma causando problemas, e em menos de um minuto, lá estava eu, no meio da rua, brigando com um fantasma, ou melhor, sozinha! Por isso, não fazia amigos, e isso, fazia as pessoas pensarem que eu tinha algum tipo de problema mental, síndrome, ou só era uma louca varrida, fora as chegadas de carro da polícia que me trazia para casa, por invasão de domicílio, ou algo do tipo, e enfim, essa é minha interessante vida de mediadora. Agora, te minhas novas amigas me acham uma louca.

— Cee, vamos ali? Estou morrendo de sede — Paul virou-se para Cee Cee, que já estava quase arrancando seus órgãos para fora – Vamos deixá-los um pouco à vontade. — É, Paul estava mudado.

  Cee Cee deu uma olhada de desconfiamento pra mim,      Página 55       mas não pude olhá-la, estava de costas para ela, olhando fixamente para os olhos azuis de Elizabeth. Como Cee Cee não lhe deu uma resposta, Paul acabou puxando-a pelas mãos. Dei uma olhada para trás. Esperei até que não estivesse mais ouvindo os passos deles no corredor do hospital, e então me voltei-me para eles.

  — Ok —– Fui dizendo para aquelas presenças no quarto — Quem diabos vocês querem aqui? – Falei totalmente séria.

  Se eu dissesse que o carinha do lado dela, Kristin Clark ficou surpreso de ser interpelado daquela maneira, estaria muito longe de dar idéia da reação dele, e não ficou apenas surpreso, chegou a até olhar ao redor para ver se era para ele que nós estávamos falando. Eles não desconfiaram que era a eles que eu estive falando alguns minutos atrás. Pensaram que estávamos falando com seus amigos ainda vivos, mas não sou tão loira ao ponto de pensar que eles estavam dormindo. Mas a única coisa que havia atrás de mim, era Jesse, e um pequeno   Página 56   retrato ao lado da porta aberta no hospital.

— Como essa... — Finalmente Já Harris, abriu sua boca para dizer algo. E então apontou suas mãos para mim, e me olhando de baixo para cima, com um olhar incrédulo — garota consegue nos ver? Nos ouvir? — ele estava confuso.

— Não só ela — Jesse resolveu me ajudar, dando um passo para frente, ficando ao meu lado. — Nós somos mediadores, senhores. Podemos ver e comunicarmos com fantasmas, como vocês. – Foi dizendo o Jesse, apontando para eles. Eu estava gostando disso, minha primeira missão, junto a Jesse, o mais novo mediador.

  Jesse estava tendo aulas particulares com o Padre, estava tão seguro e confiante em si. – e vocês devem entender, é nossa responsabilidade ajudá-los, só que vocês devem entender, também é nossa responsabilidade   Página 57   Garantir que não façam mal a ninguém. – Isso fez com que Já Harris dissesse um palavrão. Mas Ashley Carter lhe deu uma cotovelada, e depois disse:

— Corta essa gente, eles vão nos ajudar a... — Descruzando os braços, Elizabeth a cortou, e a pele em torno dos seus olhos se enrugaram, igual acontece ao Jesse, incrível! Mas de raiva, já estava totalmente vermelha de ódio do pobre coitado que lhes acertou, o velho bêbado. – Não, não vão.

 — Bom, nós entendemos que vocês estão um pouco ressentidos com o Sr...

 -— Ressentidos? — cortou Kristin — É por causa daquele idiota que nós estamos mortos. Só que ele não disse idiota, Jesse levantou sua sobrancelha cortada — Olha — com sua gravata listrada prendendo frouxa no pescoço e os primeiros botões da camisa social preta aberta, Kristin, levantou a mão e passou os dedos, frustrado, pelo cabelo preto e liso, com um topete na frente     Página 58  sem dúvida, tinha sido um cara bem bonito.

                                                 Página 58

  Abençoado com boa aparência e inteligência. — Não devemos contar nada a esses idiotas sem o que fazer! — Informou Elizabeth também frustrada, e aparentemente com tanta raiva, mais tanta, que faria qualquer coisa para se vingar do pobre coitado velho que lhes matou por uma coisa simples, uma falha no freio de seu ônibus.

 — Mesmo, isso é ridículo, vamos embora! — Completou Kristin

— Hei, por favor, só queremos ajudar! — tentou dizer Jesse, ele estava tão preocupado quanto Padre estaria em situações desse tipo. — Já que não querem conversar aqui, vamos combinar de nos encontrar em outro lugar? De preferência, calmo e ninguém para nos interromper? — perguntou a eles, já tínhamos demorado um bocado ali, Cee Cee já estava vindo e... Não queria que ela me visse conversando com as paredes.

 — Aonde podemos nos encontrar? — Perguntou Já Harris, o fantasma mais simpático do grupo.                                Página59 

— Que tal em meu apartamento? — foi perguntando o Jesse — Não é tão grande mas... Seria bastante acomodaste para conversar.

  Tanto faz – disse a mal agradecida, Elizabeth, seus cabelos brilhavam ao sol de onze da manhã, um sol, que em Carmel, causava 20º apenas de manhã.

 — Amanhã, às 2 horas. — Falou rapidamente o Jesse quando todos os quatro começaram a se materializarem do quarto, e nesse instante, Cee Cee e Paul, chegaram ao quarto.

 — Achei que nós só íamos tomar uma água, não visitar todos os internados do hospital! — disse Cee Cee, indignada.                  Página 60

  Mas o Paul deu uma leve risada

 — Não exagera Cee Cee;

 — Ta bom... — Retrucou ela, falando lentamente, indignada. Cee Cee estava começando a gostar da amizade de Paul.

  Jesse, inquieto, resolveu dar um passo para frente, queria ter uma vista mais de perto, pelo menos eu acho. Ele foi em direção ao Martin, completamente engessado ao braço direito. Esse é o jeito que me impressionava em Jesse, seu jeito cuidadoso e sempre preocupado com os outros. Quem sabe o dia esperado não demore, o dia em que Jesse me carregará em seus braços até o quarto, a cama, e, resumindo, ao paraíso. Sem dúvida, vai ser o segundo melhor dia da minha vida, o dia em que nos casarmos e vivermos felizes para sempre, e finalmente, vou poder tocar em seus músculos com minha próprias mãos, e não com os pensamentos igual faço todos os dias.

  — Jesse... — Fui lhe perguntando — E... O que você pretende fazer com eles, quando acordarem?

  Jesse olhou mais distante deles, ao lado do Louis, olhando, sério, muito sério para seus olhos negros, da mesma cor que seus cabelos, mas estavam fechados, então, só tínhamos vista dos seus coelhos. Jesse estava tão concentrado em olhar seriamente para ele, que acabou acordando-se de seus pensamentos e disse, olhando para mim

 — Eles... — Mas, uma coisa ali aconteceu, não sei bem o que, mas... Jesse teve algum tipo de... Tonteira. Uma pancada na cabeça, mas... Não, não havia ninguém atrás de Jesse, e, isso foi tudo que pude ver. Eu estava do seu lado, se alguém tivesse realmente atrás de Jesse, é claro que eu o impediria

                                                 Página 61

  De dar uma pancada em Jesse, mas não tinha, não tinha!

  Foi quando, inesperadamente, Jesse desequilibrou-se por um instante,

— Jesse! — Gritei, desesperada, era meu Jesse, meu Jesse!

  Mas graças ao destino, ele não chegou a cair, pois Paul foi mais rápido que ele, e o segurou antes que o pior acontecesse. Seu namorado, em um quarto de hospital, simplesmente desaba no chão.

  Paul o segurou pelos ombros, e eu coloquei minhas mãos em seu rosto.

 — Jesse! Acorda Jesse! — dei leves tapas no rosto de Jesse, e ele finalmente, começou a abrir seus olhos. Ele começou a segurar-se por si mesmo na cama de hospital.

 — Eu... – Foi dizendo ele, fazendo força para abrir seus olhos, e quando abre, te olha com a cara mais triste que você nunca esperaria ver na vida. Comecei a segurá-lo pelas cinturas, foi quando:

 — Quem é v... — Mas, ele não conseguiu terminar sua fala por que...

                                                 Página 62

   Por que Jesse abriu seus olhos rapidamente, e forçou-lhes nos meus. Num instante, Jesse parou de segurar-se na cama, e sustentar seus próprios pés, agora firmes no chão.

  Mas seu rosto de preocupado, simplesmente, desapareceu. E no lugar daquele rosto maligno, apareceu um rosto calmo e, sem expressão nenhuma.

 — O que houve hermosa? — Disse como, como se nada do que eu vi tivesse realmente acontecido, como se, por um instante, estivesse acordado e não se lembrado de mais nada.

 — Você... — Eu estava sem palavras — você... Acabou de cair aí, você não se lembra?

  Dizendo isso, Paul saiu de suas costas, e ficou no nosso meio.

  Só que mais uma vez, Jesse me olhou com aquele seu olhar de dúvida, e começou a inclinar sua cabeça, de modo que nós nos olhássemos nos olhos. Eu, de imediato, tirei minhas mãos das suas cinturas, e coloquei-as em seu rosto.

 — Não Jesse, me escuta, você... – E eu, novamente, fiquei sem palavras.

  Mas logo Paul em cortou

— Jesse! — E de imediato, Jesse tirou suas mãos do meu rosto, e virou-se para Paul

— gente, não aconteceu nada, eu juro, foi apenas uma tonteira, afinal de contas, eu não comi nada hoje, foi apenas isso. – Dizendo isso, Jesse inclinou-se a mim, e colocou suas mãos ao meu rosto, fazendo-me olhar em seus olhos negros. Então, olhei para ele, incapaz de pensar em alguma outra coisa, ele me puxou pelas cinturas, e me deu um beijo mais molhado que você pode imaginar.

  Ficamos lá alguns apenas alguns segundos, quando Cee Cee resolveu dizer:

 — Lugar totalmente apropriado para um beijo, não acham? — Resolveu acabar com nosso momento romântico.

 — Não enche — Jesse disse, em uma perfeita imitação de, — bem, de mim — eu fui obrigada a dar um leve tapa em seu ombro, e ele, não tirou o sorriso do seu rosto.

                                                  Página 63

  E de imediato, ouvi um barulho de mensagem do celular, e se Andy estivesse adiantado o almoço? Ele na certa não iria gostar nada disso, quando Cee Cee disse

 — Ih, minha tia pessoal, vamos ter que ir Suze. — Falou ela, após mensagem no celular, mas não estava exigindo, sorte dela. — Suzinha podemos ir agora? — Ela disse, me chamando de um nome errado. E fui me afastando dos braços de Jesse.

— Ah, então... Vamos. — Olhei para o Jesse. — Vocês não vão ficar aqui, vão? — Fui tirando minhas mãos do pescoço de Jesse, e pegando minha bolsa do criado mudo de Louis.

 — Vamos indo, estou cansado — Disse Jesse olhando para Paul.

 — Sim, também to muito cansado. — Disse Paul.

  Deixamos que Paul passasse à frente com Cee Cee, para podermos sair juntinhos do hospital. Jesse pegou à minha mão, e fomos saindo do quarto. Sheylla não estava mais lá, de repente havia ido ao quarto do seu pai, onde estava internado, mas não me importei, havia de dar tudo certo para ela.

 Como meu padrasto dá uma tremenda importância a esse negócio de todo mundo se juntar como uma família na hora das refeições, e de partimos o pão juntos, eu fui obrigada a sair de perto do Jesse.

  — Enfim, é isso, — Disse, ajeitando a gola da blusa de Jesse, mas ela não estava desajeitada, eu estava preocupada mesmo, era em ficar pertinho de seu rosto o dia inteiro.

  — Planos para depois do almoço? — Paul perguntou olhando para nós, com o sorriso que não se afastava de sua boca. Estávamos na porta do hospital de Carmel.

                                                 Página 64

— Que tal a praia? — Foi logo perguntando sem ouvir nossa resposta, enquanto Cee Cee à nossa traseira mandava mensagens no Seul celular.

  — Então vamos. — Quando, surpreendentemente, Jesse abriu um sorriso incrédulo para Paul ao nosso lado que foi andando para sua BMW.

  — Te levo Jesse, — Inesperadamente, Paul Slater, sentado na sua BMW, oferecendo-se para levar Jesse à praia. Mas qual é, eles se odiavam, por que Paul Slater iria levar Jesse para a praia? Será que, Paul havia jogado algum tipo de feitiço em Jesse enquanto estava dormindo? Aposto que o seu avô havia ensinado algo ao seu novo querido neto, sabia tantos segredos sobre mediação, não seria difícil aprender bruxaria, mas o fato é: Como os maiores inimigos de todos os tempos se amam de um dia para o outro?

 — Ta bem, você aproveita e me leva para casa. — Jesse disse olhando para Paul — Estou indo hermosa. — Jesse me olhou com seus benditos olhos negros, e me deu um beijo de despedida. E eu, não podia dizer nada ao fato dos dois saírem juntos.

                                                 Capítulo 6

  Aquela carona tinha duas possibilidades: A de dar certo, e a de dar errado. Eles se matavam como dois malucos antes de virarem a esquina, e a de dar certo, que no caso daria tão certo, que depois disso, iam chover durante dez dias seguidos sem parar. Enfim, agora eu estava de fato delirando a esta possibilidade.

  — Nos vemos mais tarde, ok? — Foi se despedindo da menina mais linda de Carmel...

  Até que Jesse entrou no banco do passageiro, e Paul colocou a chave no contato.

 — Mas você acha que vai dar certo mesmo? – Fui perguntando a Cee Cee, quando apressadas íamos embora no caminho do hospital à casa de Cee Cee.

    Era incrível como os dois de amam do dia para noite. Mais como? Paul nesse tempo todo exorcizou Jesse DUAS vezes! E mandou ele pro futuro uma. Jesse não devia ter dado esse mole, não podia!

  — O Paul levar Jesse à praia? — Perguntou Cee Cee, ela ainda estava mexendo no celular. Ela ficou um pouco pensativa, deu uma olhada para o lado, e depois se voltou para o celular, enquanto íamos entrando no carro

                                                 Página 66

 — Acho que sim — Foi dizendo ela, pensativa, deu uma olhada para o descanso direito, e depois olhou novamente para a estrada na frente do carro.

 — Mais você acha que via dar certo mesmo? — Eu não estava indignada! É só um pouquinho... Eles podiam estar arrancando os cabelos está hora.

 — Sim, acho que sim, não tem que ficar preocupada. — Eu não estava preocupada com eles!

 — Mas você acha mesmo? — Perguntei pela última vez, só pra ter certeza da idéia de Cee.

 — Suze não se preocupa ta tudo bem, só você que ta se matando, relaxa o máximo que pode estar acontecendo é Paul arrancar os miolos de Jesse enquanto faz um daqueles discursos do povo de 1850. — E ela estava totalmente calma no telefone.

   Certo, ela não estava me encorajando, e meu arrependimento na hora, era de não ter virado o carro e arrancado na direção do de Paul.  

   Então, sem desespero nenhum, Cee Cee desceu do bando do passageiro, bateu a porta do carro, e se despediu mandando dois beijinhos no ar, e, se foi.

                                                 Página 67

   Meus nervos estavam à flor da pele, e aquele pensamento não saia do meu pé.

   Quando cheguei em casa, abri o portão eletrônico – que há pouco tempo Andy havia instalado com pouco custo – e tentei guardar o Ford Edge na garagem. Caminhei um pouco na saída de veículos, tentando parar de pensar naquilo. Caminhei até a varanda da frente, mas ele ainda estava ali. Subi as escadas e abri a porta.

  — Estou em casa — Gritei, para o caso de ter alguém em baixo que desse a mínima para isso. — Tinha, peguei-me sendo interrogada por meu padrasto, que estava preparando o almoço e parecia ancioso em saber tudo sobre o que aconteceu no hospital, e foi graças a ele que fui ao hospital, e agradeci-o novamente. Depois de contar tudo que rolou com as vítimas, mas não com os fantasmas, tentei abrir uma nutrição na forma de uma maçã e um refrigerante diet, mas tentei subir as escadas para o segundo andar, mas o sentimento de culpa por mais uma morte, não saía! Por que meu Deus, por quê?

   Abri a porta do meu quarto. Joguei minha bolsa na cama, peguei meu celular, e liguei para você sabe quem.

  — Jesse me conta, vocês brigaram? Quem se machucou mais? Nunca mais faça isso Nunca mais! Ouviu? — Não exagerei, eu juro.

                                                 Página 68

  — Olá hermosa! — E ele disse na maior calma do mundo.

   Dá pra acreditar? Minha vontade era de perguntar quantas ele fumou no dia de hoje. Ele estava mais calmo que meu pai quando vivo. Só podia ser parte do feitiço de Paul!  Só podia.

  — O que foi? — perguntou ele suavemente!

 — Jesse, o que aconteceu? — ele pareceu um pouco confuso.

  — Ah, — foi ele entendo o que eu estava falando — Nãos e preocupa hermosa, nós não brigamos não, - falando isso ele deu uma risada.

  — Mas, mais como assim, não brigaram? – minha garganta estava saindo pra fora.

  — É, até que Paul não é tão mal assim, vamos pra praia? Não pego um sol há... — ele ficou pensativo — 150 anos! — Ta bom, eu tinha que me contentar em parar de pensar na hipótese de ainda ter alguma briga com Paul e Jesse. -— Uau! Até que para um cara que passou a eternidade vagando por aí — Mas ainda estava um pouco perturbada, Nada? Não aconteceu nada? Paul me surpreendeu desta vez.

  — Ah... Então... — Fiquei pensativa, de novo. — Ta, eu te pego? — perguntei enquanto checavam meus esmaltes.

 — Não irmos, não precisa o Paul ta aqui, ele me leva — Ta bom, a gora sim eu fiquei chocada.

 — Ah, então... Ta né, a gente se vê, lá. — Não consegui dizer rápido.

 — Te amo hermosa. — Então eu desliguei muito pensativa.

                                                     Página 69

   Era inacreditável, pensei, sinceramente, que um tinha quebrado o braço do outro, a perna. Pensava que eles me amavam... Mas... Não, eles não me amavam mais igual antigamente, me senti traída.

   Lembro-me, que na festa em que Brad deu, eles brigaram tanto, que acabaram com a porta rolante da cozinha, e com a festa!

   Você pode até pensar que eu sou má, em querer que Jesse acabe com a perna do Paul, mas é verdade, eu queria! Mas também queria que eles declarassem guerra. Se me amavam, é um dever deles brigarem.

   Fui para o banheiro, afinal de contas, eu tinha que trocar de roupa, colocar meu humilde biquíni com no máximo um centímetro de cumprimento. E, resolvi deixar essa história de briga um pouco de lado, e espiar um pouco a vista que a Janela do meu quarto disponibilizava para o mar. E lá estava ele, o Oceano Pacífico, enorme como tinha de ser, quase tão vasto quanto o céu, uma vista se projetando contra uma tira de praia em forma de vírgula. Meu olhar estava fixo ao mar, que ficava a menos de uma milha da Missão e dava direto para as janelas do meu quarto. Eu não tinha crescido em torno do mar como meus colegas de classe. Era uma fonte de maravilha e de interesse. Antes eu era de Nova York, muito raramente tinha visto o mar, pelo menos com praia, então quase todas as vezes que espiava a janela de meu quarto, prestigiava aquela vista magnífica, a vista para o Pacífico.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Veja o elenco criado por mim: http://www.youtube.com/watch?v=1JZ4mEejklM



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Mediadora - Apocalipse" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.