A Mediadora - Apocalipse escrita por Julia Cecilia


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

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                                                 Capítulo 3

 — Por que você está me perguntando isso? Eu não entendo, por quê? Achava que você já tinha esquecido toda essa história, aquilo tudo já acabou está bem?

  Para falar a verdade, eu nunca me conformei muito bem com aquilo, que um pilantra como o Paul, tinha um dia se apaixonado por mim, e que coincidência, ele era espécie de mediador, sabe? Aquela coisinha chamada mediador ou deslocador... Segundo o Dr. Slaski, seu avô, que por acaso também é um mediador. Eu estava cansada daquela história. O silêncio tomou conta do carro, só ouvia os grilos cantarem lá fora.

                                                 Página 26

— Hoje, eu estava no trabalho, estava no meu intervalo do almoço, e, de repente, Paul apareceu lá, e ele dói logo ao ponto. Primeiramente, ele esclareceu que nunca gostou de mim, principalmente pelo fato de você sempre gostar de mim, e não dele, e sabe por quê? Eu era apenas um fantasma, e ele não... Ele era um cara perfeito, e eu, apenas um fantasma sem importância alguma. — Suas palavras entraram no fundo. Minha vontade era de arrebentar a cara que ainda restava de Paul Slater, acabar com cada olho que havia naquele rosto. E sabe por quê? Jesse estava completamente sem graça, e ainda tendo que ouvir todo aquele desabafamento ridículo saindo da minha boca.                                   Página 27

  Eu não tirava os olhos da estrada.

  Eu vi seus olhos endurecerem e ele disse alguma coisa em espanhol que eu não pude entender, mas eu receio que não fosse um elogio à Paul. E eu não estava disposta a deixar os grilos tomarem conta novamente.

 — Jesse eu... — Eu queria de fato falar algo, mas Jesse me cortou.

 — Suze não precisa. — Disse ele aumentando seu tom de voz, e finalmente, Jesse

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olhou para mim um tempo. – Eu entendo, e espero que você também me entenda, esse Paul, nunca deixou de gostar de você, lembra, no baile? E espero que você me entenda hermosa.Eu te amo! – Ele falou na maior sinceridade do mundo, agora olhou para a estrada – E claro que eu fiquei parado, que tal o deixar pensar que vai ganhar esse jogo? – Disse ele, disposto a fazer qualquer coisa.

 — E... Meu amor, ele não gosta dessa...

 — Kelly Prescott – o cortei.

                                                 Página 29

 — É, Kelly, mas claro, todos nós sabíamos não é? Que pena, ela parece mesmo gostar dele, mais, - Ele olhou para mim novamente. E sabe o que eu fiz? O agarrei na primeira oportunidade, sua boca cobriu a minha com seu beijo, suas mãos ofegavam meu cabelo. Nós nos beijamos por alguns segundos, quando eu disse

 — Jesse, nós temos uma bela e longa noite pela frente, não vamos deixar esse assunto nos dominar, ok? —, Jesse me olhava com seus olhos castanhos brilhantes.

 — Certo, vamos esquecer isso. — Exclamou Jesse.

 — Direita? Ou esquerda? — eu não sabia o lugar, então eu liguei para Cee Cee, e logo nós chegamos à lanchonete.

 — Suze, é impressão minha, ou aquele é o Padre? —– Foi dizendo o Jesse chocado, abrindo a porta dianteira para mim, — Meu Deus, ele não está sozinho. — Jesse riu.

  Era impressionante como ela não era fraca, a tia da Cee Cee, eles estavam juntos, conversando em uma mesa distante da de Adam e Cee Cee. Era incrível como eu nunca esperei ver aquela cena.

                                                 Página 30

 — Mas ele é um padre, na minha época, o padre não podia nem colocar os pés fora da igreja. — eu também ri, será que eles perceberam o Adam e a Cee Cee do outro lado não? — Comecei a rir novamente, não agüentei por muito tempo. Jesse me deu suas mãos, e começamos a subir as escadas da lanchonete. (colocar nome pra lanchonete)

  Ela ficava de frente a uma longa e bela praça, com direito a bancos, gramado esnuberante, e árvores belas e longas.

 — Nós o cumprimentamos, ou não? — Jesse me perguntou, um pouco confuso.

                                                 Página 31

— Acho melhor não, se eles estiverem tendo algum caso, Padre ficará constrangido, não tem uma relação há muito tempo, e mesmo se tiver tido mesmo, foi com um fantasma.

 — Uau, chegamos quase juntos. — Disse o Adam nos recepcionando, e levantando de sua cadeira.

 — Oi garota, — disse Cee Cee se levantando, e estendendo sua mão direita para me cumprimentar.

  — Como vai Jesse? — Adam estendeu sua mãe direita para Jesse. Então nós fizemos vice-versa, até sentarmos às cadeiras ao redor da mesa.

 — Tia Pru não para de olhar para o Padre — Disse o Adam, rindo para eles, mas despistadamente.

  — Estão ali há um bom tempo, — Cee Cee sorriu — Eles não sabem que nós estamos aqui, pelo ou menos o Padre não. – Até que formam um casal bonitinho.

  — Pena que as normas não são permitidas... — Fui dizendo — Se pegarem os dois juntos, o Padre Dom. pode perder o seu trabalho de padre para sempre, fora o cargo de diretor da missão.

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  O (nome do lugar) era bem grande, sua divisão suportava cerca de 50 a 100 mesas. Havia muitas escadas que possibilitava a passagem pelo espaço. Só o que não me bateu a cabeça, foi ver Paul subir uma das escadas ao nosso lado, já que estávamos próximos a uma grade próximos a uma escada. Foi uma cena difícil de acreditar. Havíamos discutido logo há pouco sobre Paul, e ele resolve aparecer logo na noite perfeita. Ele não estava sozinho, pelo contrário, estava com Kelly, sua mais nova namorada, ele não seria capaz de fazer nada para prejudicar ninguém com ela do seu lado. Eles procuravam alguma mesa disponível para encostar seus traseiros nelas, mas o lugar estava lotado na noite de Segunda à noite. E adivinha? Eles não tiveram outra opção a não ser...

— O lugar está cheio demais, será que nós podemos nos sentar com vocês? — Disse ele percebendo eu e Jesse a mesa... Enquanto Kelly procurava alguma mesa vaga para não se dar ao luxo de se sentar conosco, não por mim e Jesse, mas por Cee Cee e Adam, o casal não muito popular na missão.

  Jesse deu uma breve olhada para Paul, não o encarando, mas sorrindo discretamente. Claro, sentem-se, sobraram cadeiras para os dois.

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  Paul e sua namorada, percebendo que havia logo três cadeiras ao lado, e a experiência era um milagre, pois ninguém havia passado para perguntar se podia pegá-las. Então, eles se sentaram em nossa mesa, encostada em uma das paredes que davam para as portas da saída dos fundos. Todos ficaram em silêncio, o porquê era obvio.

  Adam estava namorando com Cee Cee sim, mas todos sabemos que ele sempre tece uma quedinha por Kelly, ver Paul namorando com ela não foi uma notícia fácil. Mas eu lhe cortava na porrada se algum dia terminasse com ela por causa disso.

b) Kelly estava meio ciumenta comigo, Jesse era um latino gostosão, pelas regras de Kelly ele deveria ficar com ela, e não comigo.

c)  Jesse presenciou aquela briga com o Paul.

   Em torno daquele silêncio sem fim, chamamos o garçom.

 — Hei, senhor — Chamou o Paul. O cardápio por favor ! — E um barulho de ônibus me atormentou por um segundo, ele estava andando muito rápido rodeando ao quarteirão.

                                                 Página 34

— Bêbados. — Tentei sussurrar para mim mesma, mas a palavra saiu.

 — Uma pizza, o que vocês acham? — Perguntou o simpático Paul.

 — Oi? — Cee Cee olhou para mim, com cara de mistério. Então eu respondi, pegando um copo à mesa. Eu fiz um gesto de nada respondendo.

  Logo Jesse e Adam disseram que sim, respondendo o simpático Paul.

—Meninas? — Jesse terminou fazendo a pergunta de Paul. E nós respondemos. — Tanto faz.

  Mas o que não me deixara em paz, era aquele barulho que só eu conseguia escutar. O ônibus estava vagando em uma velocidade extraordinariamente corajosa na orla da praça.                          

  Se minha mente não falha, o velho estava a uns 70 Km/h ao redor daqueles quarteirões em volta de nós. Mas ninguém prestara atenção naquilo, alguns nem se quer perceberam por incrível que pareça.

  A cada segundo que passava, o ônibus acelerava cada vez mais, a praça era descida, quando ele subia, perdia um pouco da velocidade, mas quando descia novamente, recuperava toda aquela velocidade para pior. Minha expressão não era das melhores, meu rosto era como se alguém estivesse morrendo na minha frente.

— Suze? — Jesse me perguntou.

  Mas logo aconteceu o que eu temia. Naquele exato momento, um carro veio na direção do ônibus, algo como alguns poucos metros de distância do ônibus ao For Edge, uma caminhonete bem grande, e lotada.

— Não! — Gritei. Havia seis a sete pessoas no carro. E um homem no ônibus.


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Notas finais do capítulo

^^



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