A Mediadora - Apocalipse escrita por Julia Cecilia


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

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Capítulo...

 Eu devo ter saltado aproximadamente uma milha e meia, eu estava chocada. Eu sei que saltei da cama de um jeito, que eu quase cai. Eu parei meu coração batendo, meus olhos de repente se arregalaram e olharam fixamente. Porque parado ali do lado da cama, olhando para cima, estava, bem, meu pai.

 - P-pai? - eu enxuguei as lágrimas que corriam pelas bochechas com a manga da minha jaqueta. Era o meu pai, bem à minha frente.

 - Oi querida. - ele falou. Com o meu coração inchando de adoração por ele, eu me atirei sobre seus braços, era o meu pai! Meu pai!

 - Hei! - Ele falou meio ofegante

 - Você veio. - Minha voz saiu pela metade, eu estava chorando ainda mais

 - É claro que eu vim! - meu pai estendeu a mão para ofegar o meu cabelo - aquele dia no baile, não foi o suficiente filhinha, eu não poderia ir embora. Alguma coisa me disse, eu não podia. - Ele estava crescendo psicologicamente na morte, e morrendo a cada palavra. E não era só por que eu estava olhando para ele com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

                                                          Página 144

 - Pai! - Eu falei, apertando sua seus braços com o máximo de força que eu podia, e enquanto eu apertava, eu o sentia indo embora - Foi por Jesse. E por você.

 - Pai - minha voz estava trêmula - eu não sei quem é Jesse - lágrimas acumulavam em meus olhos.

 - É filhinha, eu sei. - ele me abraçava forte - mas logo vai saber, eu confio no Padre, eu confio! Não perca as esperanças filhinha, você vai vê-lo novamente

 - Pai, me perdoa por tudo que já fiz - Era quase impossível vê-lo agora. Só um pouco de cor e luz e uma leve pressão em minha mão. Mas eu podia falar que ele estava sorrindo. Sorrindo e chorando ao mesmo tempo.  Exatamente como eu.

 - Não precisa você não fez nada, você nunca fez nada filhinha! - eu sabia que era uma questão de tempo, até nunca mais vê-lo. Meu pai havia fugido da ordem natural das coisas. Ele havia resolvido o seu problema na terra, ele haveria de ir embora.

 - Eu sentirei sua falta Suzinha! - as lágrimas desciam - Cuide da sua mãe, não deixe que nada a aconteça - ele falou rápido, como se estivesse com medo de ser arrancado dali ates de acabar de falar.

 - Eu vou. - Eu prometi.

 Ele ainda estava coma camisa do dia de sua morte. Seus cabelos ainda brilhavam. Era o meu pai.

                                                          Página 145

 E de repente, com um brilho, ele desapareceu. Pra sempre.

   Mas o que eu não esperava, era ver uma luz, logo atrás do meu pai. Essa luz foi se expandindo. O meu pai havia ido, mas a luz não. Era uma luz brilhante, meus olhos doíam ao olhar. Só o que eu realmente não esperava, era ver o que eu estava vendo. Eram os dois fantasmas intrusos no meu quaro outra vez. Eles estavam com a mesma roupa, claro, eles vieram em direção a mim.

 - O que vocês querem? - eles olhavam para mim, bem fixamente.

 - Nós queríamos - a mulher olhou para mim, da cabeça aos pés, e continuou - você nos venceu, por um momento, pensamos que poderíamos trazê-lo de volta.

 Confesso plenamente que não estava entendendo completamente nada. Nós ficamos nos olhando por alguns segundos, quando o homem disse:

 - Foi um erro, - ele olhou para mim, seus olhos eram azuis - termos permitido que ele se casasse para morrer em plena véspera. - Eu não estava entendo totalmente nada que ele estava falando - O nosso Hector, hoje, quando ele voltar, Suzan, diga a ele que nós o amávamos, muito. E que lamentamos a sua morte até hoje. Foi bom vê-lo, o meu filho está crescido. Cuide dele por nós, e diga que só queremos o seu bem. E de repente, aquela enorme luz branca estava desaparecendo. Seus olhos se fecharam, que significava paz...

                                                          Página 146 

Hector... Hector... Esse nome não me era estranho, era como se, eu já o conhecesse de algum lugar, de muito tempo...

 O quarto, finalmente estava vazio e tranqüilo, acariciado pela sonoridade ritmada das ondas do mar. É impressionante como podem acontecer às coisas mais absurdas do mundo. Eu não tinha a menor idéia se aquele era o melhor ou o pior dia da minha vida. E uma luz, sim, uma luz, branca, brilhante, apareceu em minha frente. Eu não podia deduzir realmente o que era, pois a luz estava forte, tão forte, que meus olhos doíam ao olhar, foi por isso que resolvi colocar minha mão à frente. Alguns segundos depois, eu podia enxergar. Eram duas pessoas, elas saiam da luz branca, era como uma libertação ou coisa do tipo. Depois de alguns segundos ali, eu podia deduzir, era o Padre. Mas não estava sozinho, tinha alguém, e esse alguém, era um cara forte. Bem forte. Será que... Era o Jesse? O tão falado Jesse? Eu não sabia o que aconteceria depois, não depois que eles se aterrissaram no chão do meu quarto. Eles caíram, era como se, eles tivessem corrido uma maratona, então, eles caíram no chão do meu quarto.  Não era só eles que estavam sofrendo. Isso eu pude deduzi, depois de alguns segundos, meu peito doeu como um aperto no fundo, bem lá no fundo. Eu gritei, meu corpo doía. Meu coração, meu peito. Então eu cai.

Capítulo 13

 Era como o fim do mundo. Eu havia desmaiado, em pleno chão do meu quarto, eu só podia deduzir que meu peito ainda doía...

Um segundo depois, meus olhos se mexeram, eu ainda estava caída, eles se abriram lentamente, eles ainda estavam caídos no cão do meu quarto. Eles ainda estavam lá, então eu me levantei rapidamente.

- Padre Dom! Por favor, você está bem? - Meus peitos ainda doíam. Diga que sim, diga que sim. Começou a falar uma voz na minha mente. Um segundo depois ele estava olhando para mim

 - Eu estou bem Suzannah! - Ele se levantou, agora ficando sentado. Foi quando eu o vi. Ele estava segurando seu estômago no chão do meu quarto, a uma distância de dois pés. A inteligência aguçada nos seus olhos castanhos escuros. O contorno confiante de sua larga e sensual boca. A gentileza de suas mãos fortes. A força - agora acorrentada, mas tão próxima da superfície, que poderia estourar a qualquer momento - de seus músculos em anos de trabalho braçal no rancho do pai, embaixo daquela camisa de linho e calça preta. Era o Jesse! Meu Jesse!

 - Jesse! Você está bem, você está bem! - Eu deslizei nos braços de Jesse. Carne osso, meu Jesse.

                                                          Página 148

 E tudo começou a voltar. O carro. Paul, o que eu fiz? Ha, Sheylla, como fui estúpida a ponto de... Paul, ele estava, usando Sheylla para, me afastar de Jesse! Como fui estúpida de ignorar o que estava nos meus olhos. Meu pai, ele havia aparecido! Aparecido para mim! Logo depois de eu ter ligado para o Padre Dom, ele havia voltado pro passado, para salvar a vida de Jesse. Ele havia ido, sem medo algum. Ele se sentiu no dever de salvá-lo, mesmo não sendo a escolha mais certa que ele já tomou. Mas ele havia mudado, ele não tinha mais medo, não tinha. Ele ainda estava lá, eu o seria grata pelo resto da vida.

 - Padre, obrigado, obrigado! Se não fosse por você, isso não estaria acontecendo. - Seus lhos azuis olhavam para mim.

 - Não se preocupe com isso. A partir do momento que te vi você não se lembrava que o Jesse existia... - Ele ainda olhava para mim - não consegui me acostumar com aquilo.

   A brisa fresca cobria boa parte do quarto, e sua voz saiu calma. - Suze, nunca desista do Jesse, mesmo que o Paul tente tornar isso realidade, esqueça ele, ele não vale, nada. Cada palavra do Padre se infiltrava na minha cabeça. Ele era mesmo um sem noção, não valia cada centavo. Depois daquilo, o Padre saiu, ele estava cansado, sua viagem foi realmente cansativa, sendo assim, nós estávamos sozinhos.

 Página 149

    Mesmo com a gracinha da luz da lua, Jesse era a coisa mais bonita que eu já tinha visto na vida. Eu não acho que é o fato que eu estou malucamente apaixonada por ele que me faz pensar assim.

 - Jesse, me desculpe, eu não queria enxergar... - Fui dizendo a ele - o que estava acontecendo. A cada encontro que os via juntos, eu ia me convencendo ainda mais de que ele havia mudado, eu não percebi o quanto estava errada.

 - Você não precisa se preocupar com isso. - Ele disse, encostando sua mão na minha, nós estávamos de pé - a cada vez que eu me encontrava com ele sem você saber, ele se juntava aos meus pais, eles faziam a minha cabeça. Eles eram meus pais, eu não tinha noção que eles eram fantasmas, eles me faziam pensar que eu estava em um pesadelo, e o único modo de sair dele, era, bem, me deslocando, por conta própria. - Seus olhos negros olhavam para mim - então eu fui mesmo não sabendo que eu estava fazendo a pior escolha da minha vida.

  Ele ainda estava segurando minha mão, sendo assim, eu a apertei.

 - Eu não sabia o que estava acontecendo - mas de qualquer jeito, ele estava aqui agora e era isso que importava. Mas eu estava muito confusa para pensar em outra coisa. Eu podia ver seus olhos. Como sempre, eles eram buracos negros e cheios de inteligência... Inteligência e alguma outra coisa. Alguma outra coisa que eu gosto de pensar, é só pra mim.

                                                          Capítulo 15

 Mas quando ele me puxou para ele eu não reclamei. Especialmente considerando que tem apenas um lugar no mundo em que me sinto completamente segura, e era exatamente onde eu estava em seus braços.

  Eu fechei meus olhos, derretendo em seu braço, como sempre faço, sentindo seus fortes braços no meu corpo, eu desejei poder ficar daquele jeito para sempre - nos braços de Jesse, onde nada, nunca ninguém poderia me machucar.

 Por que ele nunca deixaria.

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 Agradeço muito a todos que colaboraram para este livro ir para Hollyood. Beijos!

  


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Notas finais do capítulo

Agradeço à você, pessoa paciente, que acompanhou cada capítulo desse livro, e tolerou cada erro que achou e me ajudou, muito obrigado.



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