O Amor Acima De Tudo escrita por ana_christie


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi, meninas! Eu disse a algumas que o próximo capítulo seria mais hot que o anterior, não será, me desculpem, eu pensei que postaria o capítulo 05, mas já postei. Mas o capítulo de hoje não deixa de ser legal, finalmente uma reviravolta que irá mudar completamente a vida de Richard e de Hannah!



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Pela manhã acordaram satisfeitos, saciados e extremamente contentes na cama de Hannah. Tinha feito amor várias vezes, de maneira ardente e maravilhosa. Tinha se conhecido totalmente, e o desejo ainda continuava intenso.

Hannah continuou na cama enquanto Richard tomava um banho e se vestia. Estava com a mente enevoada, o corpo imóvel e prazerosamente dolorido. Podia parecer um pensamento machista, mas Richard era um garanhão.

Richard saiu do banheiro enxugando os cabelos castanhos com uma toalha. Olhou para Hannah, que parecia extremamente cansada. Foi até ela e lhe acariciou meigamente as costas nuas.

— Querida, eu fui muito rude, não fui? Deveria ter me controlado mais.

Ela sorriu, demonstrando uma cansada satisfação.

— Você foi perfeito. Se melhorar, estraga. Você fez amor comigo como se fosse a última vez que fosse fazer amor com uma mulher.

— Mas... não é assim com as outras que já tive. Com você eu perco o controle, ficou como um animal, agindo apenas por instinto. Não queria que fosse assim. Deve ser desconfortável, para você.

— Não, nem pense nisso! Eu acho muito bom! Você me sacia, me faz subir aos céus. É milhares de vezes melhor que Mark.

Um pouco de zanga apareceu no rosto de Richard.

— Não pronuncie sequer o nome dele! Não suporto saber que outro homem a tocou, a possuiu. Quero que lembre apenas de meu toque.

— Se você me possuir mais vezes como nessa madrugada, tenho certeza que não me lembrarei nem do nome dele, quanto mais do toque!

Ele sorriu enquanto a beijava com desejo. Hannah ficou de costas e o lençol escorregou, revelando os seios perfeitos e já excitados.

— Céus, Hannah! Se eu ficar mais tempo olhando para seus seios, acabarei perdendo a reunião que tenho com os executivos de minha empresa.

Ela riu, puxando o lençol.

— Não conseguirei trabalhar hoje. Telefonarei a Lauren, dizendo que estou doente.

— Quer dizer que, quando a reunião acabar, eu posso voltar diretamente para cá?

Ela aquiesceu, feliz.

***

Hannah e Richard passaram o fim de semana mais feliz de suas vidas. Então começaram um relacionamento. Possuíam-se ora com urgência selvagem, ora com ternura deliberada. O desejo parecia nunca ser totalmente satisfeito, e se passassem algum tempo sem se ver, ele ficava de tal modo descontrolado que se entregavam antes mesmo de chegar ao quarto.

Num domingo à madrugada, após um clímax tempestuoso, começaram a conversar, como muitas vezes faziam. Em certo momento, Hannah perguntou:

— Você gostaria de ter filhos, Richard?

— Oh, não. Nunca pensei em ter crianças. São muito barulhentas e me incomodam muito. Nem se eu me casasse iria querer ter filhos.

— E se, por algum descuido, você engravidasse uma mulher? O que faria?

— Pediria a ela que fizesse um aborto.

— Você teria coragem?! — ela perguntou, soerguendo-se na cama e o olhando, assustada.

— Sim. Não quero a responsabilidade de criar um filho nos dias de hoje, ainda mais sabendo que não conseguiria amá-lo — de repente Richard empalideceu. — Céus! Você... está grávida?

— Não. Que pergunta! Não sou descuidada. A não ser que o preservativo não seja de boa qualidade. E na nossa primeira vez, quando não o usamos, eu não estava em meu período fértil.

— O preservativo é de boa qualidade, o farmacêutico disse que era o melhor.

— Ainda bem. Eu nunca teria coragem de matar um ser inocente e indefeso, e que seria parte de mim, mesmo que o pai da criança pedisse.

Novamente fizeram amor. O que não sabiam era que o preservativo havia furado, sim, em uma de suas sessões de sexo. Hannah levava em seu ventre um filho de Richard.

A vida corria como sempre. Hannah e Richard se viam várias vezes por semana. Quando estavam sozinhos, entregavam-se a um amor louco e desesperado. O desejo nunca amenizava entre eles.

Ao constatar que sua menstruação faltara, e sempre fora regulada, Hannah procurou um laboratório e fez um exame de gravidez. Não queria fazer um exame de farmácia, pois queria ter certeza absoluta.

Durante o tempo de espera, ela ficou muito nervosa. Não trabalhava, comia ou dormia direito. Sabia que Richard não queria filhos. Entretanto, por mais esperança que tivesse de não estar grávida, no íntimo ela sabia que estava.

Finalmente, o resultado do exame saiu. Quando Hannah tomou o papel nas mãos e leu a resposta, “positivo”, começou a chorar. O que faria, céus?! Queria continuar com Richard, mas nunca faria um aborto. Nunca conseguiria tirar um bebê de seu útero deliberadamente. Era parte dela, aquele ser minúsculo que crescia em seu ventre. Nunca poderia matá-lo. Queria que ele nascesse e que um dia a chamasse de “mamãe”.

No mesmo dia, ela marcou uma consulta com uma ginecologista e obstetra que era muito amiga sua, Sarah. Soube, então, como suspeitava, que estava grávida de um mês. Quando saiu do consultório, sentou-se num banco da praça que havia em frente à clinica e começou a chorar.

— Richard não pode saber! Ele vai querer que eu aborte, e isso eu não farei jamais. Antes meu bebê a ele.

***

No dia seguinte, na Fort Worth, Richard foi buscá-la. Pretendia levá-la para jantar e depois fazer amor com ela em sua própria casa. Ela nunca fora lá, e já era hora do relacionamento deles evoluir. Gostaria, nessa noite, de se declarar a ela. Apaixonara-se por Hannah de um modo intenso. Nunca em sua vida amara tanto uma mulher.

***

Hannah se despediu de Mary, a secretária de Lauren, e foi ao hall da empresa. Estava desnorteada, e todos já percebiam isso. Quando viu Richard encostado à parede do lado de fora da empresa, esperando-a e sorrindo, teve uma grande surpresa.

— Richard?

— Oi, Hannah. Gostou da surpresa?

— C-claro... O quê... o que você veio fazer aqui?

— Quero te convidar para ir jantar comigo.

— Por que não telefonou antes? Assim eu poderia ir para casa e me arrumar.

— Para quê? Você está ótima. Esse tipo de roupa que você usa para trabalhar serve para qualquer ocasião, desde que não seja informal.

— Mas eu gostaria de tomar um banho. A água quente me relaxa.

— E você está tensa, por acaso?

— Estou. O... o trabalho foi muito puxado, hoje. Minha mente está... embaralhada.

— Alguns drinks te deixarão bem leve...

— Não posso beber, Richard... — a tempo, ela se calou.

— Por que não pode? Você adora vinhos e coquetéis!

— Estou com dor de cabeça. Bebida só iria piorar.

— Está bem, mas quero que venha jantar comigo.

— Ok, Sr. Insistente!

Ele sorriu e a tomou nos braços, num abraço forte, protetor. Hannah estremeceu. Não iria poder mais ser abraçada assim. Como sofreria, Deus! Sabia, amava Richard. Todavia muito mais importante que aquele amor era o precioso tesouro que ela carregava em seu ventre.

No carro, Richard estava bem-humorado e tagarela como nunca antes, por isso não percebeu a expressão taciturna e pensativa do rosto de Hannah.

O restaurante escolhido por Richard foi o primeiro no qual eles jantaram, quando se beijaram pela primeira vez. Jantaram a comida deliciosa e depois foram dançar.

Richard a apertou nos braços. Sentia um amor tão grande por Hannah que queria se casar com ela, e não se importaria de ter filhos com ela, apesar de não gostar muito de crianças.

— Hannah, o que aconteceu? Você está tão cheinha...

Ela tremeu.

— Acho que... que estou precisando fazer exercícios.

— Não, prefiro você assim, mais cheinha mesmo. É melhor para apalpar... — ele disse com malícia enquanto acariciava os quadris largos, causando um desejo quase insuportável em Hannah.

— Richard, vamos sair daqui... — ela disse com voz rouca e alterada.

— O que foi, Hannah?

Ao olhá-la, ele percebeu o desejo que inflamava os olhos dela. No mesmo instante sentiu a vigorosa reação sexual de seu próprio corpo.

Rapidamente pagou a conta e foram para a casa dele, a qual Hannah não conhecia. Era um casarão extremamente elegante e bonito, mas Hannah não percebeu nenhum dos detalhes, de tal modo excitada estava.

— Quero-a em minha cama, Hannah... — ele sussurrou enquanto subiam a escadaria da sala. — Para sempre, meu amor...

Surpresa, ela o olhou.

— Do que me chamou?

— De amor. Por que você é o meu amor... Quero você para sempre, Hannah. Quer se casar comigo?

Para não responder àquela pergunta, Hannah comprimiu seu corpo no dele e o beijou. Richard se esqueceu de tudo, exceto de que a tinha entre seus braços e de que seu corpo necessitava de alívio imediato. Pegou-a nos braços e a carregou para seu quarto. Com reverência, depositou-a sobre o leito macio e amplo. Debruçou-se sobre o corpo belo e passou a acariciá-lo e beijá-lo. Em pouco tempo estavam nus e entregues um ao outro.

Após o idílio amoroso, Richard se soergueu na cama. Olhou Hannah com amor e ternura.

— Minha querida, por favor, responda minha pergunta... Quer ou não se casar comigo?

Hannah não soube o que dizer. Queria amá-lo, queria responder com um “sim”. Mas o que aconteceria quando ele descobrisse que ela estava grávida? Iria querer que ela abortasse, e isso ela não faria nunca!

— Richard, eu te amo!

Feliz, ele a beijou.

— Mas casamento é algo muito sério. Poderia me dar uma semana para responder?

No mesmo instante ela viu o brilho dos olhos dourados de Richard se apagar, como se o sol fosse escondido por uma nuvem.

— Se me ama, por que precisa pensar sobre o nosso casamento? Eu estou disposto a me casar amanhã, se você quiser.

— Desculpe-me, mas preciso de tempo. Esse passo é algo definitivo, Rick.

— Tudo bem — a voz dele soou áspera.

— Não fique com raiva de mim, por favor... — ela pediu com a voz triste.

— Não estou com raiva de você. Estou só um pouco decepcionado. Tenha paciência comigo, sou um sujeito muito impaciente!

Ele a beijou e os dois se amaram de novo.

“Essa é a última vez, meu amor”, pensou Hannah, após o êxtase.

***

Na semana seguinte, aproveitando que Richard não a procuraria para “deixá-la pensar”, Hannah começou a se preparar para mudar de cidade. Fugiria de Richard, sem dar a resposta que ele tanto esperava.

Ela não se esqueceu de nada. Demitiu-se da Fort Worth, procurou um apartamento em Austin e entregou seu currículo e a carta de recomendação a outras empresas de segurança especializada em mecanismos eletrônicos. Era tão conceituada que uma ótima empresa a contratou rápido. Iria fazer parte da equipe de engenheiros de mecatrônica. Contratou uma agência de mudanças e partiu para Austin, onde tentaria sobreviver sem o grande amor de sua vida, mas com o grande presente que Deus lhe dera, um filho de Richard.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo, e, por favor, sejam gentis e deixem um comentário para eu saber o que estão achando da história!
Bjs da Ana-chan



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