Changing In Camp escrita por isabella


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

A história é uma espécie de relato pessoal e é narrada pelo personagem Nathan (Nate).



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As férias de verão estavam acabando e, para encerrá-las com chave de ouro, eu e meus melhores amigos, Jake McConnor e Nicholas Martin, alugamos uma cabana, por duas semanas, perto de um lago. O lugar era bonito e as garotas da cidade eram conhecidas por serem lindas. Obviamente o Nick tinha que encontrar uma maneira de arruinar nossos planos ao chamar a chata da Alexandra Campbell e as amiguinhas dela, Ally Smith e Hailey Woods. Como se não fosse suficiente ter que suportar essas garotas na escola.

Ally era uma que não me incomodava tanto. Ainda assim, era frustrante. Nunca mais conseguimos nos dar bem depois que todos viraram amigos a uns quatro anos atras. Como a louca da Alex nunca foi com a minha cara, e ela e a Ally se tornaram muito amigas, ela vai na onda, da mesma maneira que a Hailey faz. Mas aquilo não me importava.

A viagem no meu carro não durou mais de duas horas. Entramos na nossa cabana de três quartos e nos instalamos. Minutos depois, ouvimos uma buzina tocar duas vezes, as meninas haviam chegado. "Legal" falei pra mim mesmo. Nick nos chamou para ajudar as meninas a descarregar as malas. Não discuti. Alex, Ally e Hailey já estavam fora do carro, carregando suas bagagens de mão. O porta malas do carro de Alex estava completamente lotado. Ignorei o excesso e entrei com uma das malas na cabana delas que bem em frente à nossa.

Jake sugeriu que fôssemos ao lago. Espertinho. Por mais que aquelas garotas fossem extremamente irritantes, elas eram muito bonitas, muito. Sério, muito mesmo. E como a pior das coincidências, a Alex era a mais linda de todas. Alex chegava a ser quase perfeita, o que me dava mais raiva.

Chegando no lago, Nick foi o primeiro a pular.

—A água está muito fria? - Alex resmungou.

—Só um pouquinho. Mas mergulha, Alex, tá muito boa! - Nick disse.

—Ai, eu não sei.

—Eu vou, Nick - Ally disse, tirando a blusa.

Ela exibiu seu belos seios por baixo do biquini tomara-que-caia amarelo. E sinceramente, eu esperava que caísse - foi uma piada horrível, mas mesmo assim, foi o que eu pensei na hora. Depois livrou-se do shorts e Hailey fez o mesmo, mergulhando logo em seguida. A visão do paraíso, na minha opinião.

—Puta que pariu, olha a bunda da Hailey - Jake sussurrou pra mim.

Soltei uma risadinha. Nós as observávamos sentados, perto da borda.

—Tá bom, eu vou então - disse Alex, tirando a roupa.

Na mesma hora eu parei de respirar. Ao ver a Alex despindo-se meu coração acelerou. Não que eu gostasse dela ou algo assim, mas ela era tão linda que eu juro que parecia que tudo aquilo acontecia em câmera lenta.

—Puta merda, ela é maravilhosa - suspirou Jake, logo depois que ela pulou no lago, se jogando para trás e deitando na grama.

—Deus me livre, cara. A Alex é um porre - falei deitando-me também.

—Na boa, Nate. Eu não acho ela tão chata assim - ele olhava para o céu. - Eu realmente acho que você deveria desencanar, cara. No início eu achava que era birrinha idiota, mas agora já tá chato.

—Lek, não é sem motivo. Ela só me irrita. É só comigo que ela faz isso, por isso que você não entende - resmunguei me levantando.

—Você que sabe - disse ele tirando a camisa. - Vamos? - ele apontou para o lago com a cabeça ao ficar de pé.

Não respondi, somente levantei. Passamos a tarde inteira no lago e depois voltamos para as cabanas. Decidimos pedir pizza. Quando acabei meu banho, desci e peguei o telefone. Ia começar a discar, quando a campainha tocou. Fui até a porta e abri. Eram as bruxas.

—O que vocês querem? - perguntei.

—Ai, Nate, da licença - disse Alex me empurrando para o lado e entrando.

—Ei ei ei. Que que é isso? Vão pra cabana de vocês! - falei.

—Nós não vamos a lugar algum - disse Hailey sentando-se no sofá.

—É, o Nick nos chamou - disse Alex, revirando os olhos e cruzando os braços.

—NICK!- berrei.

Naquele instante, Nick desceu com o sorriso de sempre.

—Ah, que bom que vocês chegaram! O Nate já ia pedir as pizzas.

—Vem cá, cara.  ta de sacanagem com a minha cara? Tira essas patricinhas daqui.

—Sai você, Nate! - falou Hailey.

—Da licença que a conversa ainda não chegou aí - repliquei.

—Não fala assim com ela, garoto! Pede desculpas, agora! - exigiu-me Alex.

—Gente, para - tentou Ally, inutilmente, parar a briga.

—Desculpas? Há - ri ironicamente.

—Nate, para - alertou Nick.

—É melhor vocês se acal... - Ally foi interrompida.

—Você é mesmo um idiota - disse Alex.

—Eu? Idiota? Você é que uma...

—CHEGA! - gritou Nick. - Caramba. Vocês parecem duas crianças.

—Ele é que é criança - disse Alex.

—Criança? - perguntei.

Àquela altura já estávamos a dois palmos de distância um do outro. Ela estava a ponto de me dar um tapa.

—É! Crianção! - Alex deu língua.

—PAROU! - gritou Nick. - Alex, o que é isso?

Ela revirou os olhos. Eu odiava quando ela fazia isso.

Respirei fundo.

—Tá, mas eu peço as pizzas - disse ela.

—Isso, gorda, pede mesmo! - impliquei.

—Olha aqui, Nate... - Alex começou.

—Tá bom, tá bom. Vamos parar? - Ally intrometeu-se.

Ri.

—Tá, parei - ri mais um pouco.

Alex pediu as pizzas, que chegaram rapidamente. Depois de um tempo, como sempre, nós deixávamos de nos alfinetar a cada oportunidade que surgia, o que resultava em um convívio quase pacífico por vários minutos. Começamos a conversar enquanto comíamos, até Alex se cortar com a faca. De início todo mundo riu, mas daí ela começou a chorar e o prato dela estava alagado com o sangue do dedo dela. Não que estivesse jorrando sangue nem nada, mas o corte não fechava o que preocupou Alex e a todos nós. As meninas não aguentavam a quantidade de sangue, então Jake levou-as para cima, tentando acalmá-las. Enquanto isso, Nick pegava um rolo de papel higiênico para enrolar no dedo dela.

—Cara, papel higiênico não vai segurar. Tenta pegar outra coisa no banheiro lá de cima - falei, tentando limpar o sangue dela com um guardanapo.

—Tá, eu vou lá em cima. Calma, Alex, vai dar tudo certo - disse ele, subindo as escadas.

Peguei o papel higiênico que ele deixara em cima de mesa para limpar o sangue. O guardanapo não estava sendo tão eficaz quanto eu pensava que seria.

—Para de se mexer, garota! - grunhi.

—Não da, Nathan! Não para de sangrar e você tá me machucando! - ela gemeu.

Senti um frio descendo até lá embaixo com aquele som. Infelizmente fora de hora.

—Se continuar sangrando assim, a gente vai ter que te levar pra dar ponto - falei.

—Ponto?! Não! Por favor, Nate, da um jeito!

—Então fica quieta!

Apertei o papel no corte.

—Ai! - ela mexeu a mão.

—Sossega, Alex! Caramba - resmunguei.

—Tá doendo!

Depois de limpar, pude ver que era somente um pequeno corte.

—Não é nada demais, Alex. Você vai ficar bem - disse por fim.

—Nada demais? Então por que tava sangrando tanto?

—Sei lá, eu não sou médico - falei.

Naquela hora, Nick desceu com álcool etílico, algodão e um esparadrapo.

—Cara, um band aid já tava de bom tamanho - falei.

—Para de fazer pouco caso, Nate! - disse Alex com raiva.

—Não tô fazendo pouco caso! Estou sendo realista - defendi-me.

—Pera, Alex, deixa o dedo parado - falou Nick.

—Ela não consegue fazer isso - disse.

Nick jogou um pouco do álcool a fim de lavar o dedo de Alex. Ela começou a gritar e eu juro que senti pena dela naquela hora. Levamos ela para a pia da cozinha para lavar com água e sabão e ela não parava de chorar. Só então Nick prendeu o algodão com o esparadrapo.

—Acho que eu tô ficando tonta - disse Alex fechando e abrindo os olhos repetidamente.

—Ah, pelo amor de Deus, Alex. Isso não é nada - disse.

—Come um pedaço de pizza, Alex - falou Nick assim que acabou.

—Se fosse, não teria sangrado tanto! - ela falou.

—Para de exagerar, Alexandra - disse.

Nick resolveu não se intrometer de novo.

—Preferia você calado, Nathan! - disse ela.

—Como se eu ligasse pro que você prefere - falei.

—Eu te odeio! - ela gritou.

Dei de ombros, só para irritar.

—Você é o maior verme do mundo! - gritou ela.

—Como é que é? - perguntei incrédulo.

—Isso mesmo que você ouviu!

Tive vontade de bater nela, mas me segurei. Fui até ela e fiquei a centímetros do rosto dela.

—Você é a pior pessoa do mundo - gritamos juntos.

Depois disso ninguém teve ânimo de continuar conversando, as meninas foram para a cabana delas, e eu fui dormir ansioso para que o dia terminasse de uma vez.


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