Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 28
Chapter XXVII - Freedom


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeeeeey! Olha eu aqui de novoo! Prontos para mais um? Então, sim. Vamos lá. E agora... Eu não vou mais enrolar! Acompanhem o último cap da guerra... Ou não? HAHAHAHHA vão ler e vcs descobrem! Ok? Beeeijos e boa leitura!



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A escuridão era interminável. A queda parecia não ter fim.

Fechei meus olhos e me concentrei. Nero poderia não sentir, mas aquela parte era realmente a pior.

A saudação que iríamos receber. A dolorosa canção de morte e terror. Apertei ainda mais a mão de Nero e ele retribuiu. Estávamos juntos nessa, como ele mesmo havia dito.

Ele era a esperança. A nossa última cartada.

Imediatamente começamos a ouvir vozes. Choraminguei baixinho. De todas as partes terríveis pela qual passara, essa era de longe a pior.

Nero estendeu a mão que estava livre e envolveu minha cintura. Entrelacei minhas pernas nas suas e ele me puxou para si.

Não importava a forma como iríamos cair. Ele estava comigo. Isso bastava.

Senti os beliscões e os puxões de cabelo, mas ignorei. Nero estava ali. Eu não estava mais sozinha.

E então, como se fosse o ato mais esperado da noite, ela surgiu.

A música sensual e macabra, com uma composição feita a partir de choros, gritos e torturas, todos misturados com uma terrível angústia e moldados pelo medo.

Enterrei meu rosto no corpo de Nero e ele acariciou meus cabelos.

Quando finalmente paramos, a música intensificou-se. Ela era mais raivosa. Eles estavam livres agora, mas ainda assim, queriam vingança pelo seu mestre.

- Paciência irmãos.

Um dos vultos maiores exclamou, com a sua voz das profundezas demoníacas.

- Nosso Pai ainda está vivo. A ele entregaremos essas proles mortais. Essas almas destruídas. A elas aplicaremos terror e angústia.

A música intensificou. Senti como se uma faca estivesse rasgando minha alma em tiras, e gritei. Era insuportável. Era horrível.

Chorando, comecei a tremer. Nero me apertou ainda mais.

- Sangue de Sparda. – O vulto apontou para Nero. – Cria maldita, epiderme mortífera. Nero é o seu nome. Traidor é o que o castiga.

Nero ignorou a recepção. Aparentemente, ele não era o único traidor que o Submundo conhecera.

- Tiraste a vida de nosso amado mestre, Sangue de Sparda. Traíste a sua própria descendência. Mataste tua carne, banhaste em teu próprio sangue. Herdeiro de Yamato, irás perecer por tal ato.

A melodia ficou ainda mais macabra. Os vultos começaram a nos cercar. Eu percebi que dessa vez não havia nada que eu pudesse fazer. Os vultos não eram como as criaturas, que poderiam ser derrotadas.

Era a composição mais sólida do Submundo. Eles eram o Submundo.

Nero olhou confuso. Ele não entendera a última parte. Eu não podia mais esperar. Não estava a fim de virar instrumento para acompanhar a melodia, por isso, comecei.

- Nero. Você descende do sangue de Sparda. – Os vultos nos cercaram. Suas sombras começaram a arrancar meus cabelos e eu gritei. Nero atingiu-os com a Yamato, e isso pode mate-los um pouco afastados. Eles temiam aquela espada.

- Kyrie, como sabe disso? – Ele me olhou de esguelha. – Eu tinha uma certa desconfiança, mas isso não importa agora.

- Importa sim! – Gritei. – Para falar a verdade, é a chave disso tudo. E eu não tenho tempo para explicar como eu sei, mas eu sei! Aprendi muita coisa sozinha. Você é mais próximo a Dante do que pensava.

Ele me olhou confuso. Ainda brandia Yamato na direção dos vultos, e eles estavam tremendo de raiva. Não podiam se aproximar.

- Ele é meu pai? – Ele me encarou com um olhar gélido.

Sacudi a cabeça.

- Seu tio. Você é filho de Vergil, seu irmão gêmeo. Por isso, Yamato te corresponde. Ela clama o sangue do herdeiro.

Nero calou-se. Seus olhos estavam em brasa pura, com a eletricidade penetrando-os por completo. Sua boca era uma linha fina de ódio e seus olhos estavam lacrimejando. Uma enorme dor em meu coração começou a se formar. Eu não queria ter que faze-lo sofrer agora. Mas não tínhamos mais tempo.

- Nero... Você é a chave disso tudo. A chave de estarmos aqui, a chave de toda essa batalha acontecer. Só você e Yamato podem abrir ou fechar o Portal do Submundo. Por isso, Sanctus tramou tudo isso. Ele está tramando isso desde o dia em que você nasceu.

Ele continuou quieto. Nero estava travando a própria batalha. A responsabilidade havia caído sobre seus ombros e agora sim, ele estava entendendo tudo.

O porque do aparecimento de Dante. A guerra. A revelação de Sanctus.

Todos os fatos foram explicados. Ele poderia estar entrando em combustão, mas ainda assim, manteve-se quieto.

Eu não podia parar. Tinha que terminar pelo menos o básico. Se sobrevivêssemos, Vergil cuidaria do resto.

- Isso está no seu sangue. Tudo. A geração de gêmeos começou a partir daí. Seu pai é irmão de Dante, que por outro lado, são filhos de Sparda. Sparda é gêmeo de Mundus, e os dois são filhos de Sanctus.

- Sanctus? – Ele gemeu. Depois, uma de suas lágrimas caiu. – Eu tenho o sangue desse verme? Kyrie, eu... Eu sou um monstro. Eu tenho o sangue de um...

Apertei sua mão.

- Nada muda o que eu sinto por você. Eu já te disse isso, Nero.

Ele enxugou uma lágrima.

- Eu... Eu não posso submeter você a isso, Kyrie. Eu te amo. Mas não posso.

- Cale a boca! – Gritei. – Nem pense em uma coisa dessas, Nero. Eu vou te caçar até no Inferno se você fugir de mim. E olha que não vai ser a primeira vez.

Nero fechou os olhos e riu suavemente.

- Tem certeza? – Ele desafiou.

Ergui uma sobrancelha.

- É um desafio?

Ele não respondeu. Ao que parece, ele entendeu. Não conseguiríamos ficar sem o outro, mesmo que tentássemos. E teimosa do jeito que eu era, iria ser mais difícil ainda.

Os vultos se aproximaram. Nero segurou a Yamato em riste e pegou a minha mão com mais força.

- Segure firme, gatinha – Ele piscou. – Isso não vai ser moleza.

Nero começou a correr em uma velocidade inumana. Mas ainda assim não era tão rápido quanto Vergil. Com a Yamato, ele afastava os vultos e corria em direção a saída do castelo.

Ouvimos os gritos da batalha antes mesmo de chegarmos. Com um sorriso, percebi que ainda estava a todo vapor.

Quando chegamos até as portas duplas, ele as abriu com um chute.

Imediatamente tudo ficou quieto.

O Devil Triger de Nero estava ativado. Ele estava segurando em uma das mãos a Yamato e na outra estava preparando o Devil Bringer.

Houve diversas exclamações. Depois do choque, houve uma chuva de gritos. As pessoas começaram a aplaudir e a gritar por Nero.

Dante olhou maravilhado, mas só por um momento. Logo depois, o olhar sarcástico voltou ao seu devido lugar e ele fez uma saudação com dois dedos na testa para Nero.

Vergil, por outro lado, olhava maravilhado o filho. Ele não era mais aquele bebê que ele vira pela última vez.

Agora, era um homem. Um homem com quase vinte anos, com quase 1,90m de altura. Cabelos platinados como os seus, olhos azuis elétricos como os seus, ou seja, uma cópia exata de Vergil e Dante.

Nero encarou seu pai. De onde estava, era uma distância segura, mas ainda assim, o olhar perdido do menino cortou o coração de Vergil.

Mas ainda assim... Não era a hora certa para se resolver este assunto. Isso ficaria pendente.

Lágrimas vieram aos meus olhos quando vi que muita gente ainda havia restado. Eu não queria abandona-los, mas eles precisavam de Nero. E eu também.

Quando apareci por detrás de meu namorado, uivos começaram a vir da multidão. Eles ergueram suas armas em minha direção e me saudaram como uma Líder que havia vencido uma batalha.

Comecei a chorar e Nero olhou para mim com um grande sorriso. Em seus olhos, eu conseguia ver o orgulho e o respeito.

- Eu nunca duvidei de você, Kyrie. Mesmo que você duvidasse. Você tem o sangue de Credo. É uma verdadeira guerreira. É a minha guerreira.

Apertei a sua mão. Eu olhei toda aquela situação de guerra e percebi que logo os demônios iriam recuperar-se do choque.

Nero também percebeu. Com um olhar sombrio, ele se dirigiu a multidão.

Seu Devil Triger aumentou e sua voz ficou ainda mais grave. Semicerrando os olhos, ele gritou:

- Sanctus! Eu sei que você está aqui! Apareça. Eu ainda não terminei de chutar o seu traseiro!

- Assim é que se fala, Garoto! – Ouvi a voz de Dante no meio da multidão.

De repente, algo aconteceu. As folhas negras dos pinheiros das colinas se mexeram. Elas estavam se abrindo, abrindo um caminho.

E por dentre ele, Savior apareceu.

Grande, lustroso e letal. A estátua estava com um olhar mortífero e vingativo. Seus olhos foram colocados totalmente em Nero, mas logo se desviaram para mim.

- A que se faz – Ele gritou com uma voz gutural e maléfica. – A que se paga. Guarde bem essas palavras, querida. Pois eu mesmo vou fazer questão de grava-las em seu túmulo.

- Só por cima de meu cadáver. – Nero rosnou, com uma expressão inumana. – Quer apostar, grandão? Então vamos apostar. Em quantas vezes eu posso perder a cabeça SE VOCÊ ENCOSTAR UM DEDO NELA!

Todos olharam impressionados. Mas Nero não havia terminado.

- E mais ainda... Se você ousar continuar encostando nessas pessoas. Chega, Sanctus! Sua batalha é comigo! Deixe-os em paz e terá a chance de lutar. Ok? Eu faço um acordo!

- Não! – Berrei.

- Nero! – Vergil gritou.

- Fumou maconha, rapaz? – Dante explodiu.

Nero revirou os olhos, mas manteve-se em pé.

Todos começaram a gritar em advertência, mas Sanctus pareceu considerar a proposta de Nero.

- Então quer dizer que o bebezinho quer apostar?

- Entenda como quiser, vovozinho. – Nero rosnou. – O acordo é simples. Você não rela mais nessas pessoas, essa porra de guerra termina e você e eu lutaremos.

- As coisas não funcionam assim, pequeno herói – Ele observou Nero. – Tudo bem. Eu concordo em acabar com essa guerra... Se você lutar contra mim e... Se perder, irá fazer o que eu quiser. Irá abrir o Portal.

- Nero... Você não vai fazer isso! – Gritei.

- Kyrie, quieta. – Ele rosnou.

- Quieta é o cacete! – Berrei. – Me mande ficar quieta de novo e eu vou te apresentar uma Kyrie que você ainda não conhece! E quanto ao acordo, esqueça. Ele é traiçoeiro. Vai arrumar uma forma de trapacear. Porra, Nero! Até eu que sou mais burra já entendi isso.

- Concordo! – Vergil gritou. – A menina tem razão. Ér... Bem, nas duas partes.

Encarei Vergil com um olhar gélido. Ele riu descaradamente. Às vezes, ele conseguia ser mais insuportável do que Dante.

Nero encarou Sanctus friamente. Ele praticamente ignorava o que estávamos tentando falar.  

Todos começaram a gritar. Eles queriam falar ao mesmo tempo, mas ainda assim, ninguém entendia.

- Pessoal! – Lady gritou. – Ei, um de cada vez. Não falem todos ao mesmo tempo. Gente! Por favor, vamos colocar uma ordem nisso. Pessoal, por favor! Fiquem quietos, um de cada vez!

- CALA A BOCA, PORRA! – Dante berrou. – UM DE CADA VEZ, PELO AMOR DE SPARDA! O PRÓXIMO QUE FALAR É VIADO!

Todos ficaram quietos.

- Nero, por favor... Não faça isso. – Vergil andou um passo a frente.

- BICHONA! – Dante gritou. Ouviu-se um som de socos, e depois Dante estava aproximadamente com um olho roxo. Nero segurou um sorriso, mas logo estava de volta a compostura séria. Em todas às vezes em que o pai tentava falar com ele, ele praticamente ignorava.

Um dos participantes da guerra foi até Lady e sussurrou algo em seu ouvido. Ela assentiu, e virou-se para Nero.

- Eles estão dizendo que não vão parar de lutar, com ou sem acordo.

Nero suspirou derrotado. Dava para ver que ele já não estava com clima para discutir.

- Que seja, então. – Ele olhou para Sanctus/Savior. – Meu problema é você.

Usando toda a força de seu Devil Triger, Nero saltou os últimos degraus e se lançou na direção da estátua.

Meu coração falhou. Não encontrei nenhuma voz para conseguir impedi-lo. Mas ainda assim... Tinha que ser feito.

Ao mesmo tempo, os demônios voltaram a atacar. Só que dessa vez, foram com mais força. Eu observava aquilo horrorizada.

Todos os nossos companheiros... Em um combate sangrento.

Respirando fundo, peguei minha Warrior e desci as escadas. Eu não conseguia mais andar, devido a meus ferimentos, mas não ia deixa-los na mão.

Enquanto eu andava para lá e para cá, procurando alguém para ajudar, Nero estava a todo vapor em sua última luta.

Com o Devil Bringer, ele segurou Yamato e criou uma grande sombra de sua mão, junto com ela. A réplica da espada era enorme, e atingiu Sanctus bem no rosto.

Este perdeu um pouco o equilíbrio, mas ainda assim, continuou em pé.

Cansada, engatilhei a Glock e comecei a atirar em alguns demônios mais fracos. Mas eu não estava mais com aquele pique todo.

Em uma distração minha, um demônio me chutou bem nas costelas e eu cai estática no chão. Já era. Agora eu não levantava mais.

- Ah, meu Deus! – Ouvi a voz de alguém gritando. Eu não estava escutando muito bem, tampouco enxergando. – Alguém a tire daqui.

Eu não via mais nada, a dor estava me consumindo. Ouvi um rasgar de tecidos acima de mim e depois eu sendo erguida nos ares.

Não estava discernindo muito bem, mas eu via que estava em movimento. Sendo levada. Era isso. Eu estava sendo levada.

- Nero...? – Murmurei quase ininteligivelmente.

- Shhh. - Uma voz me acalmou. – Vai ficar tudo bem.

Eu não tinha tanta certeza. Em meio a minha loucura, eu consegui discernir o momento em que eu fora para Fortuna. Sanctus havia me seguido até...

- Onde...? Onde... Levando? – Consegui dizer em meio a um marasmo de espasmos. Meu Deus. Eu nunca senti tanta dor na minha vida.

- A um local seguro, Kyrie. Até que tudo isso acabe. – A voz continuou murmurando, delicadamente. – Você não pode mais ficar lá.

- Onde...? – Consegui murmurar.

- Até a Mansão de Sparda.

Bingo.

- N-N-Não! – Tentei gritar. Quase mordi a minha língua de tanta dor que aquilo me causou. – Sanctus... Conhece... N-N-Não!

A voz não disse mais nada. Provavelmente deveria estar considerando se eu não estava maluca ou coisa parecida. Por causa de minha dor, poderia provocar alucinações. Mas... Eles me viram indo embora. Viram que Sanctus voltou derrotado. Um mais um é igual a dois, não é?

- Kyrie... Vamos ter que correr o risco. Você não pode mais ficar lá. Eu disse para você não se esforçar.

Eu estava começando a perder o foco. A dor estava me consumindo. Nero... Nero... Não. Eu não posso te perder de novo. Não!

- Nero...? – Tentei dizer, quase desmaiando.

- Durma, Kyrie.

Não consegui mais aguentar. A escuridão me dominou.

                                   ***

Imagens começaram a invadir minha mente. Mas eu não sabia se eram realmente reais.

Nero ainda estava lutando contra Sanctus. Ele usava Yamato sempre que podia, mas ainda assim... Estava perdendo terreno.

Sanctus levantou sua grande mão direita e a macetou sobre o jovem lutador, mas este apenas desviou-a com o Devil Bringer.

- Corajoso, não é mesmo, rapazinho? – Sanctus debochou. – Quero ver até onde essa coragem vai... Quando pegar a sua garota nos braços... Morta.

Nero deu um berro e socou a cara de Sanctus com uma grande sombra em forma de punho.

- Já a tirei de você uma vez – Ele continuou rindo. – Posso fazer isso novamente.

- Você não vai fazer nada – Nero cuspiu. – Não vai relar nela.

- Ah, não? – Savior riu. – Resposta errada.

Sanctus/Savior apontou para uma figura moribunda no chão, com um demônio a cercando.

Era uma garota. Uma garota magricela, cheia de cortes e hematomas. Eram tantos que eu não sabia discernir quais eram os de agora e os de antes.

Ela estava completamente desacordada, não sabia nem se estava viva. Suas costelas estavam saltadas e sangue escorria de sua boca. Hemorragia.

O olhar de Nero enlouqueceu quando colocou os olhos na menina. Ele deu um grito tão ensurdecedor que até mesmo o mundo real poderia escutar.

E foi aí que eu me toquei. A garota era eu.

- Você... – Nero sibilou venenosamente. – Vai... Pagar... Por... Isso.

E então algo aconteceu. Seu Devil Triger atingiu um tamanho tão grande, mas tão grande que nem mesmo Dante acreditava. Este parou por um momento e desarmou a Gilgamesh.

Observou Nero boquiaberto, quando este estava em um tamanho não natural. Seu Devil Bringer já estava enorme. Sua sombra projetada então... Seus olhos estavam escarlates e sua voz, mecanizada.

Nero estava um completo... Demônio.

Com um urro ensurdecedor, ele ergueu a mão e esmagou Savior. Agora, ele estava tão grande quanto a estátua.

Yamato surgiu em suas mãos. Ele a segurou por um momento e depois a lançou. Ela voou.

Longa e precisa, Yamato se prostrou bem no diamante azul do peito de Savior.

Ali, ela detonou a joia, fazendo com que Sanctus urrasse em agonia.

Ao mesmo tempo, Nero lançou seu braço na direção dela. Agarrou a pedra preciosa ao mesmo tempo em que arrancava a cabeça da estátua.

- Pelas palavras do Herdeiro de Sparda – Ele rosnou. – E pelas palavras do Herdeiro de Yamato... Você, Sanctus... Pai de Sparda e Mundus, avô de Dante e Vergil, Líder do Submundo... Considere-se... EXTERMINADO!

E dentre isso, uma grande explosão aconteceu. Uma explosão de sangue e uma grande luz azulada. Ninguém viu mais nada.

Nada estava ali. Apenas... Nero. Dessa vez, ele havia ficado e Sanctus havia desaparecido. Ou melhor, Sanctus fora exterminado.

Nero ainda estava na forma de seu Devil Triger. Com uma última olhada, ele viu todos os demônios desaparecerem.

Um por um, eles iam se afundando ainda mais no Submundo. Com seu Líder morto, não havia mais nada para eles viverem.

Nero andou até os sobreviventes. Um por um, ele observou calado.

Todos estavam abismados. Não era todo dia que um adolescente gigante de olhos vermelhos os encara.

Dante apareceu dentre a multidão. Ele encarou Nero. Era o único que estava calmo, mas ainda assim, estava sério.

- Nero – Ele estendeu a mão para ele. Nero não se mexeu. – Bem vindo de volta, Garoto.

Recuperados do choque, todos começaram a gritar e a aplaudir. Casais se abraçavam, amigos comemoravam e tinham aqueles que choravam a perda de entes e amigos queridos.

Eles saudavam Nero. A sua volta era mais do que bem vinda.

Mas ele não sorria. Nem agradecia. Sua expressão ainda era a mesma máscara de fúria.

- Onde ela está? – Ele indagou com a voz grave.

Dante voltou-se para ele e sorriu.

- Ela foi levada. Vergil a levou até a Mansão de nosso Pai. Não se preocupe, Nero. Vergil é um intelectual e tem conhecimentos de muitas áreas técnicas e científicas, inclusive a medicina. Ela vai ficar bem.

Nero ficou quieto. Ele pareceu aceitar a palavra de Dante, mas ainda assim, não se sentia bem em me ver com seu pai.

Lentamente, ele começou a diminuir. Seus olhos voltaram ao tom azul elétrico e ele voltou ao seu tamanho normal.

Guardando a Yamato em seu Devil Bringer, ele suspirou e virou-se até Dante.

- Leve-me até ela.

Dante assentiu e depois fez um sinal para os sobreviventes.

- Bom trabalho, pessoal. Nunca vi um exército mais corajoso do que o desta noite. Ou melhor, deste dia. Ah, dane-se. Vocês conseguiram o que queriam, não é mesmo?

Todos gritaram em concordância. Mesmo inconsciente, eu conseguia ver-me comemorando com eles.

Havíamos conseguido o que mais queríamos. Dentre todos esses anos.

Nosso futuro.

Nossa... Liberdade. 


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Notas finais do capítulo

E entãããããão?? Gostaraaaam? Bem, é isso. Este foi o último cap da fic. Até mais.
........................................
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK pegueeeeeeeeeei! hehhehe ~le porrada~
Enfiim, vamos ao último capítulo da fic agora antes do Epílogo. Não vou demorar mais. Vamos lá? Let's go!
Beeeeijinhos :)



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