Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 25
Chapter XXIV - This


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeey! Tuudo bem? Então, estamos hoje com o penúltimo dia de Shall Never Surrender. Hoje, ficamos por conta de novos três capítulos, com encerramento da fic amanhã. Antes, queria dar alguns avisos. Os capítulos de hoje podem estar corridos, mas é para mostrar a entonação que os personagens estão sentindo. E também vai ter uma parte que irá ter que ser lida com o trecho da música Shall Never Surrender. Mas não se preocupem. Lá na história está avisando qual será o trecho. Coloquei, porque, basicamente parte desta música fez esta história e nada mais justo do que homenagear este game incrível com esta pequena homenagem. Pois bem. Estamos entrando com o primeiro capítulo da Guerra. O desfecho? Só lendo mesmo para saber. Então, até mais e boa leitura!



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Esperamos durante uma hora.

Estávamos nos equipando como podíamos, pois não saberíamos exatamente o quanto estaríamos prontos.

Vergil me emprestou um colete à prova de balas para servir como tala. Coloquei-o por baixo da blusa, apertando minhas costelas. Elas doíam, mas não iriam atrapalhar muito mais do que se eu estivesse sem ele.

Após a blusa por cima do colete, coloquei uma jaqueta. De alguma forma, Trish conseguira trazer minha preciosa jaqueta vermelha de volta. Arrumei bem meus tênis e virei-me para sair.

Peguei a Glock e a coloquei presa na parte de trás de meu short. Saí com a cabeça erguida e confiante. Meu ódio por Sanctus era tamanho que eu não suportava mais um segundo longe de socar a sua cara.

Velho de saia maldito.

Desci as escadas e gritei:

– Está na hora!

Dante sorriu e tomou a dianteira.

– Muito bem, pessoal! Vamos à luta! E que os melhores... Vençam!

Estávamos prontos para sair, quando Dante se virou em minha direção.

– Se não fosse por você, Kyrie... Nada disso estaria acontecendo. A sua determinação a entregou. Você lutou para que conseguíssemos chegar até aqui. Mas todos aqui reconhecem que...

– Que você é a pessoa que mais lutou por todos. Que além de salvar Nero, você ainda quer livrar o mundo. E que está lutando para isso. – Completou Vergil.

– Por isso, Kyrie... Lidere-nos.

Todos ergueram os braços em minha direção e gritaram ao mesmo tempo:

– Lidere-nos!

Lágrimas escorreram de meus olhos, e eu sacudi a cabeça...

– Não, eu...

Dante me empurrou na frente.

– Cale a boca, mulher! Agora, vamos.

Rindo, eu tomei a liderança. Saímos andando em sincronia, e eu avistei de longe o grande Castelo Negro.

Sorri mentalmente:

Finalmente... Finalmente eu vou conseguir. Eu vou conseguir cumprir minha promessa, Nero. Aguarde-me, meu amor. Eu estou indo.

***

A marcha estava durando mais de meia hora. Não havia luz em nenhum trecho do caminho. Mas eu estava me acostumando a me guiar pelas sombras. Não importava mais. Logo, não estaria mais vendo este lugar. Nunca mais.

Enquanto caminhávamos, avistamos uma horda de demônios nos portões. Eles estavam formando-se na linha de frente.

Sanctus já havia visto nosso exército. E havia preparado o dele.

Quando subimos a colina, pude avistar o tamanho do exército de Sanctus. As linhas de frente estavam completamente cheias de demônios.

Os Scarecrow tomavam a primeira linha, seguidos de outros parecidos com a sua espécie.

Os Mephisto tomavam a segunda linha, voando ao redor de seu Líder, e nos ameaçando com suas garras em riste.

Atrás deles, estavam outros que eu nunca havia visto. A terceira linha era composta por demônios com bico de águia e asas de falcão. Eles eram totalmente gigantes em relação aos demais.

Nas bases laterais, estavam as mais poderosas armaduras que eu já havia visto. Cobertas de mármores e correntes, elas proporcionavam uma visão mais periférica da guarda, onde eles poderiam observar tudo e abater todos.

Depois vinha a Guarda Real de Sanctus, os famosos Cavaleiros Negros. Mas de cavaleiros eles não tinham nada.

Armaduras negras, totalmente musculosas e angulares cobriam o perímetro sul do exército. Elas não possuíam rosto e muito menos olhos. Havia uma negritude em sua parte superior tão intensa, que eu negligenciaria qualquer conhecimento sobre elas.

Terrivelmente assustadoras e prepotentes, elas escoltavam uma armadura gigante e dourada, com aspecto de anjo vingador e olhos vermelhos como sangue: Savior.

Sanctus havia mais uma vez se apossado dela, como se ela tivesse renascido. Eu não entendia como um monstro daquele porte precisava de uma escolta tão poderosa.

Em teoria, o exército de Sanctus era pelo menos cinquenta vezes maior do que o nosso.

Éramos como os espartanos contra os persas. Trezentos contra trezentos mil. Mas será que teríamos o mesmo final?

Respirei fundo e encarei meus aliados. Não poderia demonstrar fraqueza e desânimo na frente deles neste momento. Teríamos que tentar, pelo menos.

Respirei fundo e olhei nos olhos de cada um deles.

– Primeiramente... Eu queria agradecer. Por tudo. Por estarem aqui, por lutarem pelo que realmente importa. Por Nero. Por nossa paz. E, acima de tudo... – Reprimi as lágrimas – Por nossa liberdade.

– Do fundo de meu coração... Eu não sei porque estou aqui, conduzindo-os. Na verdade, eu nem sei como estou aqui. Tudo o que sei é que o que sempre faço... É conduzido por meu coração. Às vezes, ele me trai. Muitas vezes, ele me ajuda. E raramente me condena.

– Todas as vezes que eu pensei que não podia... Que era fraca... Isso não estava certo. Ninguém em todo o mundo é fraco, até que se prove o contrário. Seja humano ou não. Bom ou ruim. Homem ou mulher. Todos somos fortes. Muitas vezes poderemos vencer. E se perdermos... Iremos nos levantar novamente, faremos tudo o que pudermos e tentaremos novamente.

– Tudo o que perdemos... Nossa família, nossos amigos. Nossas vidas. Estamos aqui para buscar sim, uma vitória. Mas não por vingança. E sim por justiça. Justiça por nossa humanidade, por nossa irmandade. Irei ser como meu irmão: Lutarei bravamente e se eu cair... Cairei de cabeça erguida. Mas nunca serei derrotada. Assim temos que ser.

– Levantem suas armas! – Gritei.

Todos obedeceram.

– Repitam tudo o que eu disser. Com força... Mas, com força mesmo.

A resposta foi positiva. Então me virei, e segui em direção ao exército de Sanctus.

Conforme íamos caminhando, comecei a recitar.

[N/A: Para poder se encaixar neste momento, é sugerido que vocês escutem com essa música: http://www.4shared.com/mp3/Z7UrS4eg/devil_may_cry_4_ost-shall_neve.htm A música está no 4shared porque no youtube não possui ela dessa forma. Mas não precisam baixar. Apenas apertem o play e deixem rodar. PS: Eu poderia ter colocado em hiperlink, mas para não atrapalhar vocês, deixei mais simples mesmo.]

– Meus caros irmãos.

– Meus caros irmãos. – Eles repetiram.

– Nós viemos aqui juntos.

– Nós viemos aqui juntos.

Para unir-nos como um só.

– Para unir-nos como um só.

– Devemos fazer o que é dito.

– Devemos fazer o que é dito.

E não mostrar misericórdia.

– E não mostrar misericórdia.

– Porque não temos nenhuma!

– Porque não temos nenhuma!

Todos os inimigos deverão cair.

– Todos os inimigos deverão cair.

– Esse é o nosso preço.

– Esse é o nosso preço.

– Para limpar a nossa fé.

– Para limpar a nossa fé.

– Agora e para sempre.

– Agora e para sempre.

– Nós ficaremos juntos.

– Nós ficaremos juntos.

– E amar e às vezes até odiar.

– E amar e às vezes até odiar.

Respirei fundo e gritei:

Nós nunca...

– Vamos nos render! – Eles completaram, erguendo suas armas e indo em direção à batalha.

Que era exatamente o que definiria... Nosso futuro.

***

Depois disso, eu não entendi mais nada.

Eu não entendi como, mas... Estávamos lutando. Estávamos mesmo lutando.

Armas eram ricocheteadas, vidas eram ceifadas... Mas ainda estávamos em pé.

Comecei a prestar atenção a todos, meu coração doendo por cada um.

Dante... Ele praticamente nem tocava o chão. A cada mortal que ele conseguia dar, suas armas eram direcionadas ao inimigo. Ebony e Ivory assobiavam as cabeças das criaturas, ceifando por completo as suas almas imundas.

Contudo, ele não só destacava por aí. Com um movimento, ele ativou a Gilgamesh e começou a se deleitar enquanto os inimigos pereciam a seus pés.

Rebellion sempre estava em suas mãos, e era nessas horas que todos olhavam... Paravam e olhavam. O herdeiro de Sparda destruindo suas raízes, destronando seu sangue.

Vergil já era mais parado. Não totalmente, mas um pouco diferente de Dante. Ele sempre calculava seu movimento, executando-o logo em seguida.

Ele não possuía mais a Yamato, que agora ocupava a abertura do Portal. Mas ainda sim, ele não deixava a desejar.

Ele, agora, possuía duas pistolas gêmeas. Como seu irmão. Vergil virava e atirava, mas antes calculava.

Ele saltava sempre que um demônio vinha ou um Cavaleiro se aproximava.

Os tiros de Vergil eram rápidos e letais. Ele dava dois tiros ao mesmo tempo, e destronava vidas dos inimigos. Com uma espada nova, ele cortava suas carnes ao meio, fazendo com que sangue negro manchasse suas vestes azuis.

Em uma hora, um guerreiro aviário se aproximou dele. Vergil ergueu sua pistola direita e deu um tiro em seus olhos. O grito que a criatura soltou foi surreal, junto com a leva de sangue bem na cara do herdeiro de Sparda.

– Vai pagar por isso, docinho. – Ele ronronou, enquanto partia a criatura no meio, derrapando seus órgãos e explodindo seu crânio.

Virei o rosto. Eu não tinha lá um estômago muito confiável.

Enquanto me concentrava, observei Lady e Trish.

As duas eram tão frias quanto uma bóreada e tão letais quanto uma arma. Enquanto Trish fatiava os demônios com Alastor, Lady os devorava com sua metralhadora, fazendo pedaços voarem para todos os lados.

Um pedaço de tecido negro grudou no cabelo de Trish, deixando o louro perfeito incrustado com uma mancha negra.

– Meu amor – Ela dirigiu-se a Lady. – Olhe bem onde você atira! Ou meu próximo alvo será você!

Dante olhou a cena e comentou, como quem não quer nada.

– Meninas... Adoraria realmente ver essa cena, mas estamos no meio de uma guerra.- Ele sorriu e piscou para Trish. – Talvez mais tarde... Você possa me considerar seu alvo.

Ela revirou seus olhos e virou-se para o outro lado, não muito antes de ter corado.

O restante... Ficavam com as linhas de frente. Enquanto os humanos se ocupavam dos mais fracos, os guerreiros da Ordem nos ajudavam com os da terceira linha e com os Cavaleiros.

Em meio a tudo isso... Eu lutava como podia. Tinha apenas a Glock e a usava com racionalidade. Eu não era muito forte para poder lutar contra os Cavaleiros apenas com ela, mas ajudava os humanos com os mais fracos.

Comecei a correr em volta do perímetro (com minhas costelas agradecendo) e atirava nos demônios pelas costas, mirando em suas cabeças e quando eles perdiam o controle, em seus corações.

Tudo parecia estar equilibrado, exceto por uma coisa.

Éramos poucos.

O exército de Sanctus era extremamente grande, crescendo cada vez mais. Nossos guerreiros estavam caindo e eu estava começando a perder o controle.

Fechei meus olhos e implorei... Implorei que alguma coisa estivesse conosco. Algo em que pudéssemos nos agarrar, confiar. Algo em que pudéssemos acreditar.

Eu sabia que aquilo era só o início de uma grande batalha. Mas não sabia como seria o final.

Em meio a tudo isso, um demônio me cortou a face. Fechei os olhos por um segundo e mirei em seu coração. Bem na hora, um homem atirou em sua cabeça.

Reconheci-o imediatamente. Era Oblivion, o segundo em comando após Credo.

Ele me olhou com uma pontada de orgulho em seus olhos verdes e me disse:

– Kyrie, continue. Lute por seus ideais. Brilhe em seu caminho. E continue nos dando esperança, continuando sempre com seu destino. E nós a seguiremos.

Segundos depois, um Cavaleiro o agarrou e o partiu em dois, com sua lança de lava.

Meu coração quase parou. Tentei gritar, mas não encontrei minha voz. Quando o Cavaleiro se dirigiu a mim, Vergil apareceu por trás e o golpeou na face. Ele caiu.

– Kyrie, vá! Não temos mais tempo. Você sabe o que fazer.

Sim, eu sabia. Acima de tudo, de toda aquela guerra... Havia mais uma coisa a fazer. Resgatar a minha vida. Aquele por qual eu sempre viveria e lutaria.

Aquele que poderia por um fim nisso. Definitivamente.

Atirando em um último demônio, respirei fundo e olhei para frente.

Olhei na direção de Savior.

Olhei na direção de Sanctus.

Apertei minha arma e semicerrei os olhos.

O segundo round era meu.







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Notas finais do capítulo

E entããão? Como será o segundo capítulo dessa guerra? Curtiram este? O desfecho de tudo está próximo, então é só aguardar, meus demons!
Aproveitando, quero dedicar este cap a todos os leitores fiéis que estão lendo e os fantasminhas que não mandam reviews, mas sim, eu sei que vocês existem. Bem, é isso. Agora são 14:30. Então, por volta das 15:30 eu posto o segundo cap da guerra. O terceiro fica para o fim do dia. Tudo bem? Ok, então. Até daqui a uma hora. E bora ver o jogo pra ver quem enfrenta o nosso Brasi domingo! E aí? É Espanha ou Itália? Até lá! Beeeijinhos!



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