Shall Never Surrender escrita por Light Angel


Capítulo 13
Chapter XII - Surrender


Notas iniciais do capítulo

Heeeey demons! Tuuudo bem? Então, aqui estou eu com o prox. cap e peço desculpas pelo pequeno atraso! Mas eu estou aqui agora (E não, Angel, ninguém quer saber, agora lança essa porra logo)
KKKKKKK enfiim, quero agradecer a todos que estão lendo e indicar uma nova história que a minha irmã, Dark Angel, está escrevendo:
Devil May Cry: Brotherhood
É muuuuito foda, tem o estilo dessa e eu aprovo! Por isso, fiquem a vontade para ler.
E agora vamos com nosso cap! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/324385/chapter/13

Meia hora depois, estávamos fora do barracão.

Trish estava bem na minha cola, enquanto Lady e Dante abriam caminho por entre os cidadãos ensandecidos e demônios sanguinários.

Olhei para Trish enquanto virávamos uma rua, e ela me fez um sinal positivo com a cabeça.

Chegara a hora.


Cinco minutos depois de minha conversa com Trish, eu estava deitada em uma cama, enquanto Dante e Lady faziam os procedimentos médicos necessários para que eu me adaptasse ao chip.

Quando expliquei meu plano a eles, Dante foi o primeiro a se opor. Completamente raivoso, ele disse que não daria em nada eu me matar, acreditando que Sanctus não desperdiçaria essa chance.

– É a vida de Nero que está em jogo, e não a minha! Você não entende? – Disparei. – Dane-se! Se eu morrer, morri, caralho! Minha vida não vale nada, e se não fosse por minha culpa, ele não estaria nessa situação.

Dante me olhou com um olhar completamente louco, pela primeira vez, sem nenhum traço de sarcasmo. Estava claro que ele não concordava com o plano, mas não tinha alternativa. Era a minha vida ou a de seu sobrinho.

Ele não disse mais nada após nossa discussão. Lady, que ficara quieta até aquele momento, fez um sinal para que eu me aproximasse.

– Kyrie... Isto é loucura. Sei que tudo o que você quer neste momento é salva-lo, mas você é muito importante para Nero. Imagine o que aconteceria com ele se descobrisse que você se sacrificou para salva-lo?

– Tenho certeza de que ele conseguiria lidar com isso, Lady. Nero é a pessoa mais forte e mais corajosa que eu conheço. E... E eu não tenho escolha. O tempo está se esgotando. Presumo que assim que Sanctus devastar Broken Island, ele não vai perder tempo e eliminar a única pessoa que pode acabar com essa invasão.

Ela suspirou.

– Custa você entender que é importante para nós também, Kyrie?

Pisquei.

Minhas lágrimas estavam ameaçando a cair, mas eu não podia demonstrar fraqueza neste momento.

– Vocês, de certa forma, acabaram se tornando importantes para mim também, Lady. Não sei como, mas a forma como estamos lutando contra o tempo para tirarmos Nero do inferno me fez ver que...

Ela me abraçou.

– Não precisa dizer mais nada, Kyrie.

Depois disso, ela e Trish me levaram até um compartimento do subsolo do barracão. Era onde seria realizado o procedimento de inserção.

Deitaram-me em uma cama improvisada, onde Dante tirou uma maleta prateada escondida atrás de várias caixas.

Quando ergui as sobrancelhas em sinal de questionamento, ele ergueu a mão e pediu que eu me deitasse mais reta.

– A inserção irá ser rápida e não irá doer nada – Ele olhou dentro da maleta, procurando algo. – E antes que você não contenha sua curiosidade, sempre trago a maleta com os apetrechos por segurança. E hoje foi seu dia de sorte. Caso contrário, teríamos de ir até Limbo para poder pega-la.

Sua voz estava rude.

Dante não era a pessoa mais agradável do mundo, mas aquele comportamento me era estranho. Não o conhecia o suficiente, mas o que conhecia, sabia que aquele comportamento não era normal.

Ele pegou uma pequena seringa prateada, com uma longa agulha. Meu estômago embrulhou depois daquela visão e rapidamente, desviei o olhar.

Lady me colocou na posição lateral e pediu para que eu não me movesse.

Dante afastou meus cabelos do pescoço, e deu-os para Lady, que os prendeu em um alto rabo de cavalo.

Senti a ponta dos dedos de Dante em minha nuca, e logo depois, senti algo gelado e úmido. A aplicação seria feita na nuca, portanto o chip entraria no sistema nervoso sem nenhuma interrupção.

Logo depois de ter a nuca esterilizada, senti uma forte pontada no local. Lady segurou meus pulsos, enquanto eu reprimia minha boca em aversão. Não doía muito, mas também não era nada agradável.

Senti a micro placa de metal assim que ela foi inserida. Minha visão ficou embaçada e um pequeno barulho surdo foi conectado em minha cabeça.

– Dante, acho que... – Ouvi a voz de Lady, por detrás do barulho.

– Agora não, Lady. Ela tem que se adaptar. Você se lembra de como foi quando era a sua vez, certo?

– Boa sorte, Kyrie – Ela disse com a sua habitual voz sarcástica.

O barulho espalhou-se por todo o perímetro de minha cabeça, e eu não estava mais suportando.

Fui colocada na posição de costas, quando Dante e Lady ligaram algum aparelho eletrônico.

– Os dados dela estão sendo inseridos no chip. – Ouvi a voz de Lady ultrapassar o barulho, e Dante colocou algo por debaixo de minha cabeça.

– Ela teve um pequeno sangramento. É natural, já que o chip perfurou uma área não letal para se estabelecer.

– Como está a pulsação dela? – Lady perguntou enquanto checava algum aparelho.

– Estável. – A voz dele parecia preocupada. – Ela pode não aceitar o chip, já que foi inserido sem nenhuma preparação. Sua visão está desfocada, veja.

Uma luz brilhante foi colocada em meus olhos, primeiro no esquerdo e depois no direito.

– Ela vai ficar bem. A cor em seus olhos está voltando. – Lady suspirou. – Dante, acha mesmo que isso foi uma boa ideia?

Um silêncio predominou o local. Eu não sabia mais se estava acordada ou sonhando.

Minutos depois, ouvi um suspiro pesado.

– E o que você acha, Lady? Ela não podia ter pensado em uma coisa menos perigosa?

– Ela não percebe, mas depois daquele dia no porto...

– Eu sei. – Ele suspirou. – Na hora em que ela quase se matou naqueles navios repletos de demônios, eu senti que não podia mais perdê-la. Ela pode não perceber, mas é importante. É como se ela fosse uma parte de Nero que eu consegui resgatar.

– Como assim, Dante? O que quer dizer?

– Não é óbvio, Lady? Eu não prestei atenção ao meu redor. Perdi minha mãe quando eu menos esperava e meu irmão se foi sem ao menos eu fazer nada.

– A culpa não é sua, Dante. Você não tem culpa de Vergil ter deixado tudo subir a sua cabeça. Vergil era uma pessoa fria e calculista. Você sabe como essas pessoas terminam. O poder sempre as vence.

– Mas ainda assim, Lady, ele era meu irmão. E eu o amava. Ainda o amo. E agora... – Dante respirou fundo. – Nero foi levado. E eu não pude fazer nada. – De repente, ele estava gritando.

Era isso mesmo?

Ouvi um barulho e um vidro se estilhaçou no chão.

Eu não pude fazer nada, Lady! – Ele gritava. – A única parte de meu sangue que sobrou, e eu o deixei ser levado. Eu devia ter trazido ele comigo, Nero era...

– Era um excelente cavaleiro, Dante. Um dos melhores lutadores da Ordem. Pode ter certeza, ele não caiu sem lutar. E não vai cair.

– Como pode saber disso? Ele está nas mãos de um ser demoníaco, um ser capaz de destruir o mundo todo para ter o poder em suas mãos! E agora, essa menina... Está indo para as mãos deste filho de uma puta!

– Eu jurei a Credo que iria protegê-la! Ela é importante para Nero, e é importante para mim também, merda!

– Você não quer tirar Nero de lá? – Lady perguntou, determinada. – Então deixe Kyrie fazer de seu jeito. Nero faria o mesmo por ela. Ou melhor, fez.

Ele suspirou.

– As cartas estão na mesa, Lady. Agora só nos resta saber se elas estão à nosso favor.


Estávamos virando uma rua, quando Trish segurou minha mão.

– Vamos simular uma fuga – Ela suspirou. – A partir de agora é por sua conta, Kyrie.

Assenti, mal conseguindo conter a tremedeira.

– Tudo bem.

– Boa sorte, parceira – Ela piscou, enquanto corria atrás de Dante e Lady.

Bem, Pensei. Pode ser que essa seja a última vez que eu os veja.

Suspirei e virei o outro caminho. Estava indo para o caos da batalha. Poderia não sobreviver, mas...

Eu não tinha outro caminho. Estava indo salvar minha vida.

Quando avistei a batalha, me desesperei com a cena.

A cidade estava sendo reduzida. E os que não haviam se salvado, estavam agonizando ou mortos.

Pilhas de humanos devastados cercavam Bellone, e esse era o pior massacre que eu já havia visto.

Pior que o de Fortuna. Pior do que o de Limbo. Porque todos os cidadãos de Limbo haviam vindo para cá, pois os portos haviam sido tomados e os aeroportos, abandonados.

Agora não havia mais saída. O cerco havia se fechado na última tentativa.

Homens, mulheres, crianças e idosos se encontravam em uma situação deplorável.

Senti uma mão em minha perna. Com um sobressalto, olhei para baixo e vi uma garotinha, de uns seis anos, implorando por ajuda.

Ela estava completamente despida, com seus cabelos arrancados de sua cabeça e graves cortes e hematomas por todo o seu corpinho magro.

Soluços irromperam em minha garganta, mas eu tentava reprimi-los. Precisava demonstrar força à menininha.

– Vai ficar tudo bem, querida – Eu a cobri com minha jaqueta. – Onde estão seus pais?

Ok, foi uma pergunta estúpida, mas eu estava desesperada!

– Monstros! – Ela soluçava. – Monstros maus levaram papai e mamãe. Monstros maus... – Ela chorava.

Peguei-a em meus braços e a apertei em meu peito. Eu precisava alcançar Lady, Dante e Trish.

Estava frio e ela não podia ficar sozinha. Nem desprotegida. E tudo isso, por minha culpa.

– Vai ficar tudo bem, certo? – Eu tentei tranquiliza-la. – Eu vou salvar você. Qual é o seu nome? O meu é Kyrie.

Era importante mantê-la acordada. Não sabia o que iria acontecer se ela desmaiasse. Ela precisava ficar desperta.

– Meu... Meu nome... Meu nome é... – Ela tossiu. Um jorro de sangue se esvaiu de sua boca, e eu a virei para que ela tivesse um apoio.

Coloquei a mão em sua testa. Ela estava gelada.

Comecei a chorar. A menininha não iria ter muito tempo. Comecei a correr mais rápido.

Uma mãozinha tocou meu rosto. Abaixei-o e deparei com o rostinho da menininha pálido, olhando para mim com seus já não tão vívidos olhos castanhos.

– Vai dar tudo certo, Kyrie. – Ela sorriu. – Você vai conseguir. E, a propósito, meu nome é Kalinne.

Kalinne deu seu último suspiro em meus braços, o precioso rostinho delicado se desfazendo diante de meus olhos.

Com um urro, caí de joelhos, colocando Kalinne delicadamente em uma pedra achatada.

Um ódio assassino cresceu em meu peito, e agora mais do que nunca, eu queria encontrar Sanctus.

Eu tinha uma missão. Salvar Nero. E eu ainda iria salva-lo.

Mas acima de tudo, eu iria fazer mais do que isso. Eu iria matar Sanctus. Com as minhas próprias mãos.

Correndo até o centro da batalha, eu me coloquei no pátio da cidade.

Acabei encontrando o chefe dos demônios que estava comandando aquele ataque. Um demônio frio, calculista e com olhos cruéis.

Encarei aqueles olhos com todo o meu ódio. Na última vez que encarara um demônio, estava chorando de medo.

Hoje, eu estava cintilando de ódio.

– Ei! Está me ouvindo, seu desgraçado?

Ele me encarou, proporcionando-me a morte com seus olhos.

– Isso mesmo! Pode me olhar a vontade! Sabe por quê?

Caí de joelhos, esperando que meu plano desse certo. E que, ao mesmo tempo, esse fosse um gesto de rendição.

– Porque eu não vou mais lutar, Sanctus. Acabou.

Encarei aqueles olhos, mas meu olhar estava sendo direcionado para quem o controlava.

– Eu me rendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E entããão? Gostaram? Vou colocar mais ação na fic, mas agora ela ta dando mais trabalho. Ah! E como vocês estão com o sorteio do Nyah? Queria desejar boa sorte a vocês!
E, agora vou-me, porque a minha vida mortal ainda me espera KKKKK
Bem, espero que tenham gostado! E até o próximo cap!
Beeeeeeeeeijão!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Shall Never Surrender" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.