Ruínas. Era o que restava de Fortuna agora.

Nada mais do que meras ruínas. Poderia ter afirmado que sobrevivemos ao fim do mundo, mas...

Mas eu estava errada. O que passamos foi apenas o primeiro capítulo de um longo livro.

Um livro do qual não saberia se viveria para ver o final. O último capítulo.

Estava longe de saber disso. O que sabia agora era que... Estava perdida. Eu era fraca. E estava sozinha.

Sentia falta de todos a minha volta, do vilarejo de Fortuna animado, com as crianças e suas brincadeiras saudáveis e alegres, como uma bela música.

Sentia falta de todos que prestavam serviços a Ordem, como se fosse um grande prazer a eles. Todos os sorrisos foram substituídos por terror, agonia e finalmente, silêncio.

O medo dominava meu coração. Ainda mais por um único motivo.

Ele.

Aquele que foi responsável pela última batalha... Será? Havia mesmo acabado?

O que eu sentia por ele era certo, era puro e avassalador. Para mim, minha vida não existia mais. Minha vida agora era simplesmente... Ele.

Aquele que me salvou, que me amou e que lutou por mim.

Aquele que encarou a verdade de si mesmo e eu a aceitei com todo o meu coração.

Aquele que agora... Desapareceu.

E havia me deixado sozinha, em uma cidade fantasma. Não sabia lutar, não sabia o que eu poderia encontrar.

Principalmente... O que eu deveria enfrentar.

Era por minha conta. Era de minha razão.

A única certeza que eu possuía era que deveria encontra-lo.

Encontrar quem se sacrificou por todos nós. E por quem eu esperei e sempre iria esperar.

A pessoa que jurou até o último dia de sua vida que me salvaria.

Agora era a minha vez de fazer o juramento.