PDV. Tanya

— Edward Cullen você é um cretino desgraçado, que acaba de assinar a própria sentença de morte. É melhor você me ligar antes que as coisas piorem por seu lado. – Disse eu desligando meu celular pelo que parecia a decima vez, será que ele estava tão ocupado assim que não pode retornar as minhas ligações.

— Tanya! – Disse Carmen me tirando dos meus devaneios. — Eleazar disse que você pode entrar. – Olhei-a assustada, acho que ele vai me matar por ter perdido o Cullen. — Não faça essa cara menina, seu pai não é tão mau assim. – Disse ela me reconfortando.

— Eu sei mãe, é só que falhei novamente. – Disse fazendo cara de cão sem dono.

É o seguinte, Eleazar e Carmen não são meus pais de verdade. Eles me adotaram, não só eu, mas também as minhas irmãs Irina e Kate, somos muito gratas por isso. A nossa família é uma das mais conceituadas aqui em NY, somos bastante ricos e muito influenciadores na alta sociedade, pois trabalhamos com o negocio da jogatina, o que da bastante dinheiro e problemas também. E um desses problemas é Edward Cullen, vulgo, meu namorado.

Por ser amigo do tio Carlisle há bastante tempo e ter muita consideração por ele, meu pai foi deixando a divida do Ed de lado, pois sabia que ele não estava bem por ter sido expulso da corporação e todo aquele problema do casamento com a sem sal da Swan. Mas um dia o próprio tio Carl disse ao meu pai que não precisava se preocupar em fazer o que tivesse que ser feito, pois o filho era muito irresponsável e já estava na hora de tomar um choque de realidade. E é ai que eu entro nessa história toda. Meu trabalho aqui é cobrar os devedores e faze-los pagar por bem ou por mau.

— Seu pai vai entender meu bem. – Disse ela vindo ao meu encontro. — Agora vai lá, não o deixe esperando. – Falou me empurrando para a porta do escritório. — Boa Sorte!

— Obrigada. – Agradeci batendo na porta e entrando logo em seguida.

— Tanya minha filha, sente-se. – Disse meu pai apontando para uma cadeira em frente a sua mesa.

— O senhor me chamou aqui por qual motivo pai? – Perguntei me sentando de cabeça baixa.

— Tanya, olhe pra mim! – Ordenou ele e assim eu o fiz. — Que diabos está acontecendo com você? – Perguntou me encarando.

— Pai não pode ameaçar o Edward, ele é meu namorado. – Disse olhando o chão.

— Esse é todo o problema então, você não levou o Denis para fazer essa parte do trabalho? – Perguntou me olhando.

— Levei, mas ele é muito incompetente e não conseguiu nem chegar perto do Ed. – Respondi olhando em seus olhos.

— Você está bem? Ele fez algo contra você?– Perguntou ele preocupado.

— Estou pai, ele não fez nada a mim, na verdade acho que não conseguiria se tentasse. – Disse sorrindo. — Agora ao Denis já não posso dizer o mesmo. – Falei me lembrando do seu estado.

— Não ligo para o que acontece com aquele imbecil, só me preocupo com você fazendo esse tipo de trabalho. Mas você conseguiu ao menos pegar meu dinheiro? – Me perguntou curiosamente.

— Não e esse é o problema pai, acho que não conseguirei. – Disse envergonhada.

— Vamos resolver isso então. – Disse ele pegando o telefone, discando alguns números e o levando ao ouvido. — Kate, me traga a ficha do Cullen e chame Irina quando vier. – Não esperou por resposta só desligou.

— Pai a Irina não, ela vai mata-lo. – Falei desesperada.

— Minha filha, se contenha. Amigos, amigos, os negócios são a parte. Você está se deixando levar por um homem que não a ama. – Disse ele me magoando, mais eu não iria discordar das suas palavras, só que pretendia mudar a sua opinião sobre o Edward. Ouvimos duas batidas e a porta se abriu revelando minhas irmãs.

— Aqui pai, a ficha do Edward. – Disse Kate se aproximando e entregando-lhe uma pasta.

— Pelo que eu vejo aqui Tanya, você não conseguiu o fazer pagar não é mesmo? – Perguntou Irina em tom de deboche.

— Não é da sua conta. – Rebati com raiva. Às vezes eu queria matar essa peste.

— Meninas, por favor, deem um tempo sem brigas. – Implorou Kate.

— Certo meninas, pelo o que eu vejo ele deve Vinte mil e não pagou nada nem mesmo o acordo de pagar só Dez mil. – Falou meu pai lendo os arquivos. — Aqui também diz que faz messes que tentamos um acordo e eles nos evita. Bem Tanya, isso não é nada bom. – Disse meu pai fechando a pasta e nos olhando. — E o tio de vocês disse que não ira ajudar, a responsabilidade e toda do Edward e que tínhamos carta branca para o faze-lo pagar. É claro que por você tentaremos ser pacíficos com ele. – Fiquei aliviada. — Mas se deixarmos essa divida passar, vão pesar que estou amolecendo. E ninguém mais vai querer me pagar. – Prendi minha respiração e ainda pude ver Irina abri um grande sorriso. — Irina? – Chamou ele.

— Sim pai. – Respondeu ela se aproximando com um sorriso vitorioso.

— Vá com a Tanya e traga ele aqui, e se for preciso quebre algumas partes dele. – Disse ele me fazendo ficar em pânico.

— Mas pai eu...

— Tanya, temos que fazer com que ele acorde pra vida. – Disse ele me interrompendo. — Se você pretende ter algo mais com esse rapaz é melhor que ele seja pelo menos responsável, não irei mata-lo, não faria tal ato por consideração ao meu amigo Carlisle, mas também não posso deixar de fazer o que é certo. – Falou dando-me um ultimato. — Estamos entendidos? – Perguntou me encarando.

— Sim pai. – Respondi olhando para Irina que tinha um grande sorriso. — Estamos sim.

— Ótimo, ao trabalho, todas vocês. – Disse ele encerrando o assunto.

— Espero nos divertimos um pouco irmãzinha. – Debochou Irina passando por mim e saindo porta a fora. Fui atrás dela, mas Kate veio atrás de mim e me parou no corredor.

— Olha Tanya, eu não gosto de ver vocês duas brigando, somos irmãs poxa, temos que ficar unidas e você deveria começar a pensar se vale a pena todo esse amor pelo Edward. – Disse ela olhando em meus olhos.

— O que você quer dizer com parar para pensar? – Perguntei sem intender.

— Tá na cara que ele não sente o mesmo por você, que ele ainda ama Isabella e eu acho que ele não vai querer mais nada além de uma boa foda. Olha é melhor você terminar esse sentimento que tem por ele e focar no trabalho. – Disse ela me abraçando. — Ele não demostra querer um relacionamento e não sei se aguentarei ver minha irmãzinha sofrendo, e eu juro que se isso acontecer eu mesmo mato ele. – Disse ela me soltando e se afastado. — É melhor você ir se aprontar antes que Irina de os chiliques dela. – Falou sumindo do meu campo de visão.

Bem talvez ela tenha razão, talvez não valha a pena tudo isso que eu sinto por ele, talvez deva ser melhor eu me concentrar no trabalho e será isso que irei fazer a partir de agora. Quanto ao fato de Edward não me amar só acreditarei quando tiver uma prova de que ele não tem sentimentos por mim, tentarei protege-lo o quanto puder de Irina, mas não a impedirei de fazer seu trabalho.

— Sinto muito Edward, mas tenho que fazer meu trabalho. – Sussurrei pra mim mesma indo em direção a sala de armas onde Irina estaria, teria que me preparar para ir atrás dele e protege-lo de Irina ao mesmo tempo.