PDV. Bella

Meu Deus. Não acredito que estou aqui dentro desse carro idiota, com uma algema idiota, esperando meu ex-marido idiota, encher o tanque de gasolina idiota e ainda por cima ter que o ver sorrindo idiotamente enquanto me olha do lado de fora.

— Inacreditável. – Disse olhando em sua direção. — Como me encontrou? – Perguntei secamente.

— Bem, eu te conheço muito bem Bella, ao ponto de saber que quando você tem algum problema, é a sua mãe quem te aconselha então simplesmente fui vê-la. – Disse ele como se não fosse nada.

— Você foi atrás da minha mãe? – Perguntei descrente. — Ela não sabia que eu estava lá no hipódromo. E como você descobriu sobre a Renesmee? – Perguntei curiosa.

— Eu não fui atrás dela, esse foi um modo meu de dizer. Simplesmente liguei pra ela e no meio da conversa perguntei se sabia onde você estava e ela só disse que você foi procurar um pouco de sorte. – Disse ele retirando a mangueira da bomba de gasolina e a colocando de volta no lugar. — E lembro que seu pai tinha uma teoria louca de que todos que perdem nas corridas devem deixar uma sorte a mais por ai. – Falou começando a limpar o para-brisa do seu precioso carro. — Então deduzir que estaria no hipódromo, e que te acharia no setor “E”, que por acaso é a sua letra da sorte. – Disse ele todo convencido. — Eu só queria saber quem tem sorte com letra? – Perguntou terminando a limpeza.

— Se você soubesse o que essa letra significa para mim não diria isso. – Sussurrei enquanto ele entrava no carro.

— O que você disse? – Perguntou pondo o sinto?

— Nada. – Desconversei. — Você não me respondeu. Como soube sobre a Renesmee? – Perguntei mudando o assunto.

— Bom eu fui ao seu apartamento e uma senhora disse que nenhuma das duas estava e eu tinha certeza de que ela não iria querer ficar com os meus irmãos depois do que eu fiz ontem por medo de me encontrar, e já que ela não estava com você hoje mais cedo, simplesmente supôs o resto. – Disse tristonho me deixando com pena.

— Não imaginava que soubesse tudo isso de mim. – Falei tentando mudar de assunto, pois não queria o ver triste e nem sei o do porque me importar com os sentimentos desse traste.

— É claro que sei tudo sobre você, éramos casados, por nove anos, e quando nos casamos você estava gravida da Renesmee. – Disse dando partida no carro.

— Na verdade foram cinco anos. Faz as contas casamos quando eu tinha dezoito e você vinte e um, ganhei a Renesmee quando tinha dezenove e nos separamos quando ela tinha três anos. – Disse o vendo revirar os olhos.

—São nove anos Bella, eu não assinei o divorcio e ainda somos casados, então são nove e pronto. – Disse ele fazendo bico, e honestamente é o bico mais lindo que eu já vi! Nossa que pensamentos são esses.

— Se você diz. Só que eu me considero solteira e estou adorando. – Falei o provocando.

— Quer saber? Honestamente, adoro estar solteiro também. Gosto de tudo na minha vida. Tenho uma filha linda, um grande trabalho, ótimos amigos e uma namorada gostosa! – Disse olhando pra frente.

— Namorada? – Perguntei o encarando sem acreditar.

— Você não tá sabendo? – Perguntou me olhando e eu fiz que não com a cabeça. — Bem, eu tive uns relacionamentos apenas de sexo casual, desde que nos separamos sabe, mas eu tenho quase certeza de que ela possa ser a pessoa certa. – Disse abrindo seu sorriso torto.

— Humm... Qual o nome dela? Eu a conheço? – Perguntei secamente.

— Na verdade sim, você a conhece. – Disse ele simplesmente sem responder a outra pergunta.

— E qual é o nome dela Edward? – Perguntei ainda não acreditando.

— Tanya Denali, a filha do tio Eleazar. Você se lembra dela? – Perguntou sem me deixar responder. — Uma gostosona, ótima cozinheira, inteligente, muito inteligente. – Disse se achando.

— Inteligente para uma stripper? – Perguntei me roendo de ciúmes. Opa isso tá ficando muito estranho.

— Ela não é uma stripper Bella. – Disse me olhando feio.

— Bem, então o que a Tanya faz Edward? – Perguntei muito irritada.

— Ela é Juíza! – Afirmou não muito certo do que dizia.

— O que? – Perguntei descrente.

— Trabalha nas apelações, juíza, entendeu ou quer que eu repita? – Perguntou descaradamente.

— Mentira! Isso não é verdade, você deve se lembrar de que também fui casada com você e sei quando está mentindo. – Menti descaradamente, eu não sabia se estava falando a verdade ou mentindo por não conseguir ver seu rosto no escuro.

— É verdade Bella, a Tanya fez direito e agora é uma grande juíza. Na verdade foi dela de quem você fugiu ontem, e sabe são engraçadas, as pequenas coincidências na vida. – Disse ele fazendo pouco caso. — Você ia ser julgada pela minha namorada gostosa. – Disse em tom de deboche.

— E você é um completo idiota. – Falei virando a cara.

— Que foi amor? Tá com ciúme de mim é? – Perguntou o panaca rindo.

— Eu não estou com ciúmes de você, nem passou pela minha cabeça essa palavra. E quer saber, já chega! Estou cheia! Desisto! – Gritei a ultima parte o fazendo rir mais.

— Que foi Belinha? Foi muita verdade pra você aguentar foi? – Perguntou zombeteiro.

— Eu só não quero brincar mais. – Disse remexendo minha bolsa e pegando minha carteira. — Aqui pegue! – Disse tirando um maço em notas de cem e estendo em sua direção.

— O que é isso Bella? – Perguntou sem desviar o olhar da estrada.

— Não está obvio? Aqui tem quinhentos dólares. Apenas pegue e me deixe em qualquer lugar por aqui, não ligo onde seja. – Disse o vendo me olhar divertido.

— Querida, me pagarão cinco mil para te levar, faça as “contas”. – Disse me imitando.

— Não, faça você. – Disse o rebatendo.

— Não, faça você. – Ele disse se achando um gênio.

— Faça você. – Mandei de volta.

— Faz você. – Ele disse e me deu língua.

— Faz você idiota. – Falei e lhe mostrei o dedo.

— Faz voc...

— Já chega seu retardado. – Gritei sem o deixar continuar.

— Olha quem fala, fica me rebatendo e eu que sou o retardando. – Disse emburrado. Às vezes eu acho que tinha me casado com uma criança e não com um homem.

— A questão aqui é que, o Edward Cullen que eu conhecia pegava quinhentos dólares e entrava em qualquer cassino e transformava em cinco mil, simples assim. – Disse tentando o persuadi-lo. — O Edward que eu conhecia poderia transformar quinhentos em dez mil. – Disse tentando atrair a sua atenção.

— Por que não cinquenta? – Perguntou me olhando.

— Não acho que você consiga tanto. – Falei e pelo canto do olho pude ver ele me olhar incrédulo.

— E por que você acha isso? – Perguntou novamente.

— Não sei se ainda tem o dom. – Disse eu jogando a isca.

— Moça pode acreditar que eu ainda tenho o dom do jogo. – Ele disse e tudo que eu fiz foi balançar o dinheiro como um leque. — Olha só isso que eu estou fazendo não é por causa dos cinco mil. Não senhora, é por mim, estou só fazendo o meu trabalho. – Disse ele me olhando e eu continuei balançando o dinheiro o vendo morder a minha isca.

— Sei Edward você está é com medo de jogar e não ter mais o dom. – Falei e senti o carro parar de solavanco.

— Tudo bem Isabella, você me desafiou e isso não se faz. Agora ouça bem, nos vamos entrar em um casino eu vou pegar esses seus quinhentos e vou fazer muito dinheiro. – Ele disse dando voltando a dirigir.

— Ótimo, mas você só poderá usar meu dinheiro se aceitar uma aposta Edgayzinho? – O provoquei ainda mais.

— Estou escutando Samara! – Disse ele me provocando com o apelido idiota que o Emmett me deu.

— Se você ganhar eu fico livre, agora se você perder eu vou com você até o inferno. – Expliquei a aposta. — Então, feito? – Perguntei estendendo a mão em sua direção.

— Isabella, você duvidou da minha capacidade como jogador, e se para provar isso eu terei que te libertar então que seja. – Disse ele apertando minha mão e uma corrente elétrica que eu não sentia há anos tomou conta do meu corpo. — Feito! – Falou soltando minhas mãos rapidamente como se eu tivesse lhe dando um choque ou algo parecido.

Bem isso foi mais fácil do achei que seria, oh doce liberdade que me aguarde. E Charlie Swan quando eu te encontrar não vai sobrar nem um pedacinho seu para contar a história.