Drixy e Paola conversavam no bate papo do Facebook:

Paola: "Amiga, você tem que mandar uma mensagem pra ele!"

Drixy: "Claro! Vou mandar um oi! Sou eu, a menina da festa lembra? Fui super chata com você... Não né!"

Paola: "Então manda como anônimo, ele nunca vai saber quem é!"

Drixy: "Não sei... acho estupidez demais."

Paola: "Deixa de ser chata! Se você quer uma vida cheia de emoções, envia!"

Drixy: "Ok eu vou enviar..."

Paola: "Ebaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa :D :D"

Drixy: "Não exagera!"

Paola: "Ok"

Drixy: "O que eu envio? :B"

Paola: "Pra começar um: Oi lindo!"

Drixy: "Ah claro, porque eu sou ousada!"

Paola: "Não é você! É uma anônima!"

Drixy: "Ta bom, mas se ele descobrir você morre!"

Paola: "Ele não vai descobrir!"

Drixy pegou o iPhone e digitou: "Oi lindo!" E enviou para o número que estava salvo nos contatos, que mais cedo Paola a passara. E clicou em enviar, sem hesitar.

Drixy: "Enviei."

Paola: "Ele já respondeu?"

Drixy: "Não, tem frações de segundo que eu mandei!"

Paola: "Ah, to ansiosa!"

Drixy: "Você é louca!"

Paola: ":P Vou indo dormir, amanhã vou no dentista de manhã, vou ter que acordar bem cedo!"

Depois que Paola se desconectou do Facebook, Drixy desligou o notebook e deitou-se na cama. Continuou a navegar na Internet pelo iPhone. Conversou com Edgar por WhattsApp até cair no sono. Nem percebeu que estava dormindo, só foi dar conta quando o celular vibrava. Abriu os olhos, passou as mãos no rosto e sentou na cama procurando-o. Estava debaixo do travesseiro. Viu pelo visor que tinha recebido uma mensagem de texto, enviada do Matthew. Tocou a tela para visualizar e leu:

"Quem é?"

Rapidamente pensou no que responderia e enviou:

"Você me conhece, mas não pode saber ainda."

Não demorou muito para a ruiva obter resposta.

"Ok! Então posso dizer que é uma admiradora secreta?"

Drixy pensava rápido.

"Não é pra tanto... só quero te conhecer!"

Ele respondeu depressa:

"Então por que não fala comigo pessoalmente?"

Aquilo a fez pensar. Por que ela não ia conversar com ele como uma pessoa qualquer?

"Porque eu não sou qualquer tipo de garota."

"Gostei."

"De que?"

"De você."

"Mas você nem me conhece!"

"Não importa! Gostei do seu jeito de agir."

"Valeu, até que você ta reagindo de um modo diferente do que eu esperava."

"E como esperava que eu fosse?"

"Sei lá, pensei que iria ignorar."

"No começo eu até iria apagar a mensagem, mas fiquei curioso em saber quem é. Aliás, qual seu nome?"

Aquilo a fez gelar. Ela responderia ou não? Dava o nome verdadeiro ou fictício? Como as pessoas a conheciam pelo apelido e pouca gente sabia o nome da menina, ela resolveu falar.

"Adrienne."

"Lindo nome. Sou Matthew, mas acho que isso você já sabia..."

"Sei sim."

"E sabe o que mais?"

"Só seu nome mesmo..."

"E eu pensando que você tinha meu relatório todo... HAHA"

"Nem sou detetive!"

"Haha. Então me conte de você. Idade, onde estuda..."

Normalmente a menina hesitaria e não diria nada, mas por impulso ela resolveu deixar a conversa fluir.

"Tenho 15 anos e estudo na Northern Secondary. E você?"

"Tenho 16, estudo na Newtonbrook Secondary. Você conhece alguma Carol? Ela estuda na mesma escola que você..."

"Conheço, mas não falo com ela..." – mentiu Drixy.

"Que pena."

Eles poderiam ficar conversando por mensagens até a madrugada, mas Drixy disse que queria dormir e ele entendeu.

Ela adormeceu e dormiu tranquilamente. Acordou no mesmo horário que estava acostumada, olhou o celular e viu que já tinha recebido uma mensagem do Matthew. Visualizou enquanto descia as escadas.

"Bom dia."

Caminhou até a cozinha e encontrou Márcia descascando batatas.

– Bom dia. – a cumprimentou.

– Bom dia Drixy! Dormiu bem?

– Dormi. – respondeu ela enquanto procurava alguma fruta na geladeira.

– Se está procurando alguma fruta não vai achar. Mais tarde eu irei fazer as compras com dona Flávia.

– Hm, tudo bem. – disse Drixy com um tom de desaponto.

– Acorda o Teo e vai com ele na doceria comprar alguma coisa.

– Não, não precisa, deixa que eu mesma preparo um pão aqui.

– Ta certo. – e a empregada continuou descascando as batatas enquanto a menina passava pasta de amendoim na fatia de pão.

Drixy pôs num prato, pegou um copo de suco de laranja e caminhou até a sala de jantar. Comeu e levou o prato e copo para a cozinha. Estava com preguiça, então não lavou. Foi para a sala e deitou no sofá, pegou o controle remoto e ligou a TV. Mudou de canal até encontrar algo que prendesse a atenção dela, o que não funcionava muito bem.

Lembrou-se da mensagem. Pegou o celular que estava no bolso do pijama que ela vestira. Aliás, por que pijamas têm bolsos? Enfim. Digitou:

"Bom dia."

"Acordou agora?"

"Não, mas só lembrei-me de responder ainda agora."

"Eu que sofro... Acordei cedo pra trabalhar."

"Nossa, que triste HAHA."

"Não ri!"

"Ok... trabalha onde?"

"Coffe & Cake , conhece?"

"Conheço sim."

"E por que não passa aqui?"

E agora? Se ela fosse ele ia descobrir quem ela era. Então inventou uma desculpa:

"É longe da minha casa."

"Preguiçosa!"

"Um pouco."

Ele não respondeu desde então. Talvez estivesse ocupado trabalhando ou que não queria mais assunto. Drixy não insistiu e ficou vendo TV. Não fez praticamente nada de manhã, a não ser ver séries.

Quando estava perto do horário da escola tomou banho e se arrumou. Não aguentava mais usar aquele gesso. Depois de se arrumar, almoçou com Teo, que passou a manhã inteira reclamando de dor de cabeça, e Flávia.

Os dois perderam o ônibus e Flávia teve que levá-los até o Colégio.