O Jogo escrita por Sweet Lolita


Capítulo 2
Capítulo I - Não Saia Da Mansão


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, eu gostaria de agradecer a Lawlieta por ler, comentar e favoritar a história. Então, muito obrigada Lawlieta.
Aí está o primeiro capítulo da história que eu diria emocionante, espero que goste. Boa leitura!



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POV - Ariane

Diário da Ariane

Olá, eu me chamo Ariane e tenho treze anos, eu estou escondida em um pequeno e estreito alçapão secreto porque eu fui babaca e resolvi arriscar a minha própria vida e a vida de meus melhores amigos num jogo idiota, esse alçapão fica no banheiro debaixo do tapete. Bem, como não tenho ninguém pra conversar resolvi criar um diário digital no meu Iphone, eu estou morrendo de medo e não sei onde meus amigos estão só espero que estejam bem e que Deus os proteja. Maxinne, Claire, Cecílie, Anna, Damon, Andrew e Hideki, se alguém encontrar isso eu quero pedir desculpas por ter envolvido vocês nisso, me perdoem meus amigos, me sinto péssima por tudo e eu queria dizer que amo todos vocês, e que amo vocês também mamãe e papai. É, acho que é só isso, eu to quase chorando agora, tchau, espero que eu consiga sobreviver e que eu não seja atacada pelo Peão e nem pelos Mascotes.

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POV - Cecílie

Depois que o Demônio da Morte anunciou que o jogo havia começado apareceram várias velas pela mansão e elas todas se acenderam iluminando o caminho, ainda tá escuro e mal iluminado, a única coisa que me lembro bem é que depois que as luzes das velas acenderam todos corremos para um canto. Estávamos desesperados e não pensamos direito, mas agora que estou raciocinando as coisas eu penso que, devíamos ter ficado juntos, eu estou sozinha andando pela mansão escura e morrendo de medo de dar de cara com o Peão ou com os mascotes, eu juro que se eu sobreviver e a Ariane também, eu mato ela. Ainda não me convenci totalmente de que agora a coisa ficou séria, ainda desconfio que seja apenas uma pegadinha de Ariane.

Olhei ao redor e não havia nada, abri a porta bem diante de mim e me deparei com um longo corredor. Comecei a andar pelo correr cautelosamente para não fazer barulho, só havia portas e mais portas para todos os lados que eu olhasse. Comecei a ouvir um barulho, pareciam rosnados. Os Mascotes. Gemi de medo e me apavorei por completo com a ideia dos Mascotes estarem próximos, e então ouvi o som de tábuas rangendo, como passos. Virei rapidamente para trás e não havia nada, suspirei de alívio e quando olhei para frente novamente me deparei com um homem imenso. Era grande e forte, usava um macacão azul que estava sujo e uma máscara de couro que cobria a cabeça, havia um zíper fechado na região da boca e apenas na região dos olhos havia dois furos redondos para que eu visse os olhos negros do assassino. Em mãos ele tinha um facão. Arregalei os olhos apavorada e comecei a choramingar, ele ergue o facão e tacou sobre mim, desviei de seu ataque fazendo com que a arma atingisse o chão. Corri para a porta de onde havia vindo e fui em direção às escadas, senti algo pulando sobre mim e tentando me atacar, era um lobo. Ele tentava me morder com aqueles dentes enormes, chutei o animal e ele rolou as escadas, quando me levantei novamente uma faca havia atingido a parede próxima a minha cabeça e ficou agarrada, olhei para frente e a alguns metros da escada estava o homem. Subi os poucos degraus que havia descido e corri em direção a outro longo corredor, no fim havia uma janela fechada e eu não hesitei em atravessá-la. Caí da janela do segundo andar e desabei na grama, meu corpo estava todo dolorido por conta da queda e dos cortes feitos pelos cacos de vidro, fiquei por alguns instantes no chão para fingir estar morta, eu sabia que o assassino estava me olhando e então ouvi sons de passos na grama e alguns rosnados, levantei a cabeça e os lobos estavam do outro lado do quintal e correndo na minha direção. Levantei rapidamente e olhei para cima, o assassino não estava lá, por sorte eu achei a pequena janela que dava para o porão.

Quebrei o vidro da pequena janela e pulei para dentro do porão, me escondi entre os entulhos empoeirados guardados ali e fui tirando os pequenos fragmentos de caco de vidro de minhas pernas e braços. Apesar da dor e do pouco de sangue que escorria dos ferimentos leves, eu estava aliviada por ter sobrevivido, eu já sabia quem eram os Mascotes e quem era o Peão, agora, só podia esperar pelo pior. Como iria derrotar aquele homem imenso e aqueles lobos ferozes? Agora, eu tinha certeza absoluta de que era real.

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POV - Claire

Estava escondida atrás da porta de um quarto no terceiro andar da mansão. Apavorei-me ao ouvir sons de gritos vindos do segundo andar, julgando pela voz, era Cecílie. Arrepiei-me e tapei a boca para segurar os soluços que vinham junto ao choro, eu não aguentava mais e não tinha mais força para suportar aquilo. Era aterrorizante a ideia de ter um assassino atrás de mim com a intenção de me matar. Eu havia trancado a porta do quarto e fechado as cortinas e janelas por precaução. Levantei do chão e procurei pelo quarto por algo que pudesse me ajudar, mas sempre tomando cuidado para não fazer barulho algum, achei escondido debaixo da cama um taco de beisebol. Segurei o taco com firmeza e destranquei a porta saindo do quarto, olhei para todos os lados do corredor escuro - um pouco iluminado por velas - e caminhei por ele na ponta dos pés, desci as escadas e fui mais cautelosa ao chegar ao segundo andar, de onde alguém - provavelmente Cecílie - havia gritado. A janela no fim do corredor escuro estava quebrada e havia uma faca na parede próxima as escadas do outro lado da sala que davam ao primeiro andar. Continuei a caminhar na ponta dos pés enquanto atravessava a sala, ouvi alguns rosnados e quando olhei vi um lobo enorme, ele correu até mim e pulou para me atacar, eu o impedi o acertando com força com o taco de beisebol.

O lobo choramingava de dor como um cão após apanhar do dono, ele estava caído no chão e então se levantou mancando. Corri célere atravessando a sala e pulando por cima dos sofás baixos de couro, acabei esbarrando na gigantesca estante de livros derrubando alguns dos livros ali. Agora era o fim, eu havia feito barulho suficiente para que o assassino desconhecido me encontrasse, teria de fugir. Corri escada a baixo para o primeiro andar e saí da mansão pela porta da frente, não havia ninguém no gramado, fui até o portão de ferro e tentei o abrir mas estava trancado.

- Droga! - choraminguei.

Larguei o taco de beisebol no chão e comecei a escalar a cerca alta de ferro. Quando cheguei ao topo forcei meus braços para que erguessem meu corpo e eu pulasse a cerca até que senti uma lâmina atravessando meu peito. Olhei para baixo e vi o facão que atravessava meu peito, caí ao chão no gramado dentro do território da mansão, minha cabeça girava e eu me sentia fraca à medida que meu sangue escorria, senti um nó na garganta e eu tentava me arrastar. Um homem de macacão e máscara apareceu e retirou o facão.

- Não saia da mansão. - falou numa voz roca.

- Dói... - murmurei.

- Eu sei, é para doer. - respondeu.

Ele se virou com o facão ensanguentado e foi embora enquanto meu mundo escurecia.

- O Peão... - essas foram minhas últimas palavras, até tudo estar completamente escuro.

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POV - Demônio Da Morte

Como juiz do jogo, eu estava na sala onde havia sido feita a estrela do jogo, estava sentado em meu trono de ossos digno de um Senhor da Morte quando vi uma das oito velas se apagar, me aproximei da vela e li o nome escrito nela. Claire. Bom, então era fim de jogo para Claire, ela estava morta e liberta do jogo, mas como punição por ter participado e perdido, ela iria para o meu saco de almas. Era um saco azul escuro onde eu guardava as almas que ganhava com pactos e jogos como este. Sua alma seria minha eternamente.

- O jogo está ficando cada vez mais interessante e divertido, não tinha um entretenimento desses há anos. - falei sozinho - Bom trabalho, meu Peão.



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Notas finais do capítulo

Então, o que achou? Expresse o que acha da fic e o que achou do capítulo nos reviews, só não deixe de comentar! Obrigada por ter lido, até o próximo!