The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 31
The Enemy's Camp


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, como vão vocês?
Desculpa a demora, meu word bugou aqui e eu simplesmente não me dou bem em digitar direto aqui no Nyah!
E esse capítulo é para minha querida marry,que recomendou a fic (e eu quase surtei quando vi) e me fez amá-la ;D
Espero que gostem e se preparem...O fim está chegando...
Bjs



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– Não temos outra solução? – Finnick me perguntou mais uma vez.

– Não, Finnick. Também não acho uma boa ideia, mas é a única que funcionará de fato.

– Mas você entende, não? Eles também tem famílias. – Concordei com a cabeça, parando de encarar a janela, me virando para eles. – Vamos privá-los disso sem que sequer percebam.

– Devo concordar, não é a forma mais limpa de combate, mas são eles ou nós. E eu já sei minha escolha.

– Quando agiremos? – Gale me encarou, o maxilar travado. Ele também não aprovava a ideia, mas sabia que discutir não levaria a nada. Mas a pergunta não era fácil. Eu não podia decidir sozinha.

– Se tudo ocorrer como planejado, em duas noites. – Finnick se ajeitou na cadeira, desconfortável. – Não digam nada sobre o plano e não entrem em pânico. – Finnick sorriu de leve pra mim.

– Posso fazer isso.

– Ótimo. Eu esperarei no portão dos estábulos, em duas noites. Levem tudo que combinamos e não se atrasem. Assim que eu mandar o sinal. – Eles concordaram. Saí do quarto logo em seguida, olhando as janelas pelo corredor.

Já estava tarde. Muito tarde. Pedi para o guarda que estava em frente à porta do quarto da rainha para me anunciar. Logo pude entrar, encontrando a rainha sentada à escrivaninha.

– Pode conseguir um exército em dois dias? – Ela me encarou, inexpressiva por algum tempo, antes de responder.

– Depende do exército. Mas não acho que queira iniciar um ataque dentro de dois dias, quer?

– Se adiarmos mais esse início, ele vai se fortalecer. Precisamos agir logo. – Ela concordou. – Amanhã, irei até o acampamento deles, para negociar, como de costume, se me permitir, claro.

– Estava pensando em pedi-la. Quanto ao exército, posso te prometer que todos estarão aqui em dois dias. – Assenti lentamente. – Seja cautelosa.

– Eu sempre sou. – Sorri. – Era isso ou a forca.

Ela sorriu e voltou aos seus estudos. Sai do quarto e fiquei parada por um instante no corredor. Num lampejo, decidi ir ver Katniss. Fui até seu quarto e bati de leve na porta. Depois de um instante ela abriu a porta.

Pedi desculpas por acordá-la. Sabia que era tarde, mas tinha que me explicar, por deixá-la brava depois do jantar. Ela ainda parecia incomodada, mas não demonstrou.

Conversamos, por algum tempo, enquanto eu olhava o vilarejo. Eu conhecia aquele lugar por inteiro, mesmo no escuro eu reconhecia cada torre.

Sai do quarto dela depois de algum tempo. Fui para meu quartinho, na ala dos serviçais. Tinha um catre e uma cômoda, o suficiente. Me deitei no catre e fiquei observando o teto. A guerra estava para começar, e eu não podia mais fugir. Não queria fugir.

Por mais que eu não assumisse, meu grande afinco em resolver tudo era por vingança. Claro, meu trato com a rainha, de ajudá-la pela liberdade da Irmandade também era importante. Mas ver Snow pagar por meus pais era ainda melhor.


Acordei em poucas horas. O sol começava a nascer, subindo lentamente no céu. Me sentei no catre e prendi meu cabelo de novo. Peguei minhas armas e sai do quarto, segurando meu pingente.

Depois de conseguir roupas parecidas com as minhas para Katniss, fui de novo atrás da rainha. Ela estava no salão do trono, conversando carinhosamente com Prim.

Esperei Prim sair, passando por mim sorridente. Sorri de volta, lembrando de Rue.

– Posso ajudar? – A rainha suspirou.

– Vim ouvir suas condições de uma trégua com Snow, para a negociação mais tarde.

– Oh, sim. Não pretende aceitar uma trégua, confere?

– Não. Mas devo oferecer condições de qualquer forma.

– Que os exércitos se retirem imediatamente , que Snow se entregue e que um tratado seja assinado, me reconhecendo como soberana. – Ela me disse mais algumas condições, e eu apenas ouvia.

Concordei e fui para a Arena, a área de treinamento, esperando que o mensageiro que eu tinha enviado retornasse. Desembainhei a espada e comecei a me mover.

Eu sempre gostei da espada. Parecia uma extensão do meu braço, me dando uma sensação de poder. Um guarda passou a treinar comigo, quase sempre perdendo. Ele era forte, mas devagar demais.

O mensageiro voltou. Snow me receberia naquele mesmo instante. Embainhei a espada, mas decidi que era melhor ir sem armas, demonstrando que eu não estava com medo.

Acompanhei o garoto magricela até o acampamento deles, próximos a muralha. A tenda de Snow demonstrava claramente que ele não lutaria, era luxuosa demais para um combate. Também, pudera. Snow já era um velho.

Um guarda na entrada me anunciou e me acompanhou, deixando o mensageiro do lado de fora. Era realmente luxuoso. Tudo exageradamente elegante para um acampamento de guerra.

– Finalmente decidiu agir as claras? – Snow parecia fraco, doente. Mas o sarcasmo ainda não sumira.

– Você não me deu sombras para agir no escuro. – Ele deu um riso seco. – Mas acho que temos coisas mais importantes a serem discutidas.

– Ora, NightHunter, todos sabemos que não haverá tréguas hoje. Mas, se você insiste...

– Diga suas condições e eu direi as nossas.

– Que a rainha e suas filhas entreguem o governo do reino, pacificamente.

– Por que quer tanto esse poder, Snow? – Ele me encarava, pensativo. – Sejamos razoáveis, a rainha é uma boa governante. Tão boa quanto você jamais será.

– Você é tão estúpida quanto os outros, NightHunter. Não consegue ver além da superfície. Não quero o trono de um reino de tolos. Mas alguém quer e eu estou ajudando.

– Duvido que seria melhor que Vossa Majestade. – As palavras dele voavam por minha mente, enquanto eu tentava entender o que ele dizia. – Alguma outra condição?

– Que sua Irmandade suma. – O encarei, indiferente. Snow podia até achar que eu era tola, mas ele não era muito mais esperto. Ele tentava me convencer me ameaçando.

– Muito bem. – Respirei fundo e falei as condições que a rainha tinha me dito. Snow tossiu algumas vezes, mas prestava atenção em cada palavra.

– E então? Acho que já sabemos o fim dessa “negociação”. – Snow mudou de posição em sua cadeira, me encarando.

– Meu lado não aceita seus termos. A não ser que queira me surpreender, acho que esse é o fim.

– Sabe que também não aceito. – Ele se levantou. – Então, saia do meu acampamento. Meus homens precisam se preparar para os próximos dias. – Me virei, mas ele me chamou de volta. – NightHunter, que as estrelas guiem seu caminho.

Não parei na entrada da tenda e nem respondi. Sai do acampamento, localizando o mensageiro ali perto. O acompanhei, observando os homens enquanto passava por suas tendas.

Mas parei quando vi uma mulher entre eles. Não só uma mulher, mas Coin. Os cabelos compridos, lisos, não permitiam que eu pensasse que era outra pessoa. Era Coin quem queria o trono. Tinha que ser.

Voltei a acompanhar o garoto antes que ela me visse. Eu nunca gostara de Coin, mas vê-la como inimiga também nunca tinha sido o caso. Voltamos ao castelo, em silêncio. Não atacaria mais na noite seguinte. Seria naquela mesma noite.


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Notas finais do capítulo

E então? Reviews, por favor! Me contem o que estão achando (sem medo de estarem falando muito, amo reviews grandes :P)
Bjs e até o próximo!