The Princess And The Thief escrita por Pacheca


Capítulo 32
Attacking The Enemy


Notas iniciais do capítulo

PESSOAS!! Saudades de vocês meus lindos ^^
Mil desculpas minha demora, de verdade, do fundo do coração! Só consegui digitar hj e depois desse tempo, por causa do word e do meu teclado com o n travado e...enfim, diversos fatores, mas aqui estou eu, mostrando que não morri!
Acho que já enrolei bastante, então, boa leitura :D



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     O vento da noite estava gélido, mas era confortável. Dispersava um pouco a aura tensa que me cercava. Gale e Finnick estavam demorando. Verifiquei minha sacola enquanto os esperava, mais uma vez. Tudo lá dentro.

     O vento continuava soprando quando os ouvi se aproximando. Os dois usavam as capas e escondiam os rostos. Finnick estava muito tenso, mas não comentei nada. Tínhamos que agir.

     – Até que enfim. Trouxeram tudo? – Gale ergueu uma sacola. – Muito bem. Vamos logo. Lembrem-se, assim que entrarmos, é cada um por si. Se forem pegos, fiquem quietos.

     – Muito bem. Vamos. – Os dois me seguiram para fora da muralha do castelo e até o acampamento de Snow. Fui a frente e olhei o ritmo dos guardas.

     Eram dois, mas nenhum estava muito alerta. Conversavam em voz baixa, sobre Coin. Estava em uma missão, mas me rendi à curiosidade por alguns instantes.

     – O que acha dessa mulher, Coin? – Um deles perguntou, indiferente.

     – Não sei, só espero que ela não nos apunhale pelas costas como fez com aquela ladra. – Me afastei deles, sem querer saber se iam falar sobre mim ou não.

     Esperei os dois estarem de costas e desembainhei o punhal. Encravei-o na nuca do que tinha perguntado de Coin. Antes que o que tinha respondido agisse, puxei o punhal e o enterrei em seu pescoço. Ele me encarou por um segundo antes de cair no chão com um baque surdo.

     Peguei meu punhal, limpando-o nas roupas deles, e chamei Finnick e Gale. Os dois não olharam para os corpos no chão. Embainhei o  punhal e passei as ordens para os dois de uma só vez.

     Passamos a trabalhar. Íamos nos embrenhando pelas tendas, nos mantendo  afastados da tenda de Snow e da de Coin. Gale e Finnick passaram a trabalhar com as cordas e peças que eles levaram. Eu não entendia direito o processo, então esperei eles terminarem e coloquei os frascos sobre os pontos em que eles me mandavam.

     E então nos dividimos. Eu ia entrando ainda mais no acampamento, enquanto os outros dois iam voltando para o castelo, verificando a armadilha. Encontrei o refeitório do acampamento. Barris de água e cerveja estavam enfileirados, e várias panelas de comida só esperavam para serem servidas.

     Tirei mais alguns frascos de dentro da sacola, puxando o capuz ainda mais sobre meu rosto. Enquanto ia trabalhando, ia tentando encontrar qualquer som que pudesse indicar problemas. Terminei sem complicações e sai correndo, sem fazer barulho, de volta ao castelo.

    

     Eu já estava acordada quando o sol raiou. Agora era só esperar os efeitos. Me vesti e comi alguma coisa na cozinha, observando as cozinheiras: como elas estavam em um mundo a parte. Cozinhavam para um batalhão, mas pareciam não saber que uma guerra estava se armando lá fora.

     Pouco antes do almoço, a rainha me chamou. Fui direto para seus aposentos. Os guardas nem me anunciaram, apenas abriram a porta. Parei ao seu lado na grande sacada e observei a paisagem, esperando ela dizer algo.

     Mas ela não disse. Antes que pudesse, o som de gritos de desespero e agonia surgiram do acampamento de Snow. Era o que ela observava, o acampamento. Imaginei os soldados envenenados por suas refeições, ou sendo atingidos pelas misturas das armadilhas, sentindo a pele derretendo.

     Um arrepio subiu por toda minha espinha e eu tive que respirar fundo por alguns instantes para não ficar enjoada comigo mesma. O que eu dissera a Finnick não deixava de ser verdade. Era o único jeito, mas também o pior deles.

     Todos no castelo observavam de onde vinham os gritos, provavelmente pensando no que poderia estar acontecendo. A rainha não desviou o olhar um segundo que fosse do acampamento, mas falou calmamente.

     – Estarão aqui amanhã de manhã, NightHunter. E é bom já estar tudo pronto, pois Snow vai querer vingança sobre seu golpe baixo. – Eu podia sentir a total repulsa dela ao plano, mas ela não me contestava. – Ou vencemos amanhã, ou esse será nossa desgraça.

     Assenti num movimento de cabeça rápido e sai dos aposentos reais, pensando em ir ao vilarejo. Eu recebera informações de que o ferreiro vinha trabalhando sem parar nas armaduras e armas.

     – Esse era seu plano? – Me virei e encontrei Katniss, andando rapidamente na minha direção, com uma fúria visível em seus olhos. – Matar todos como se não fossem mais que insetos?

     – Não aprecio a ação, Katniss, mas se acha que vou dizer que me arrependo, pode voltar ao seu quarto.

     – A cada dia que passa você se prova uma pessoa mais amargurada, vingativa e cruel. Aqueles homens não lhe fizeram mal e você os matou, de uma forma desonrosa.

      – Katniss, por que veio esbravejar comigo? – Parei de frente para ela, com uma expressão dura. – Sinceramente, alteza, se não suporta esse tipo de ação, mesmo sabendo que estamos em guerra e se não agirmos assim morreremos, deveria se trancar com Prim, Hazelle e seus filhos nas masmorras.

      – O que quer dizer? – Ela cerrou os punhos, tremendo de raiva.

      – A verdade. Não gostei do que fiz, mas se eles não morressem, não pensariam duas vezes antes de cortar sua cabeça fora. – Ela ainda tremia, mas eu não me importava se estava sendo rude. – Isso é uma guerra, Katniss, não uma aventura qualquer. Ou você mata ou morre. Não há escolha.

       – Eu vou lutar, não importa o que!

       – Então se certifique de que não pensar duas vezes antes de acertar um inimigo com uma flecha e que não vai fraquejar ao primeiro sinal de que perdeu um companheiro. – Não dei chances para ela responder, apenas sai de perto dela, seguindo pelo corredor.

       O vilarejo estava agitado, mas de forma discreta. Pude encontrar Marvel e Thresh sobre os telhados. Sorri quando percebi Rue agachada atrás de Thresh. Haymitch parecia empenhado em ajudar feridos na guerra, e o ferreiro parecia não dormir a dias, mas continuava com um trabalho impecável.

       Ele me mostrou uma armadura feita para mim. Feita com o material mais resistente possível e de uma forma que não prendesse meus movimentos. A cota de malha reluzia próxima ao fogo. Sorri observando-a, mas não me demorei.

      Peguei minha armadura e a de Katniss. Peguei também um arco novo para ela e algumas flechas, com os quais achei que ela ficaria mais a vontade. Passei a tarde ali, observando tudo e todos, ajudando na guerra.

      Quando voltei para o castelo,carregando as armaduras e o arco e flechas, encontrei Peeta, num dos jardins. Me aproximei devagar, mas me certificando de fazer algum barulho para que ele me percebesse ali.

      – Ah, oi.

      – Tudo bem com você?

      – Sim, só estou descansando. – Ele olhava fixo para a terra entre seus pés, desanimado. Com certeza era apreensão, com a guerra e Katniss.

      – Peeta, posso te dizer algo? – Ele ergueu os olhos, curioso, assentindo com a cabeça. – Você ama Katniss, e acredite, ela também te ama. – Ele começou a ficar com o rosto corado. – Você quer se provar para ela, então lute.

      – E-eu...não sei lutar. – Ele gaguejou um pouco antes de conseguir responder.

       – Claro que sabe. Apenas pense que ela precisa que você lute e saia vivo do campo de batalha. – Ele me encarava. – Todo garoto recebe treinamento para ser soldado ao menos um ano. Alguma coisa você sabe.

       – Não faz diferença, a rainha vai casá-la com Gale.

       – Peeta, confie em mim. Pode não parecer tão fácil, mas eu vou fazê-los felizes. Mas eu preciso que você lute para que isso aconteça. Pode se esforçar? – Ele concordou com a cabeça, voltando a sua cor normal. Dei um sorriso e me afastei.

        Entreguei a armadura de Katniss para Annie e guardei a minha no meu quartinho. Assim que o sol raiasse, tudo poderia acontecer. E se dependesse de mim, aconteceria.

        Fui dormir, ouvindo os gritos dos homens inimigos em meus pensamentos, me atormentando.                               


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Notas finais do capítulo

E ai? Voltem com seus lindos reviews ^^
Pelas minhas contas só faltam mais um 4 capítulos :C
Bjs