I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores! É, aqui estou eu, morrendo de sono, mas foi o único momento que consegui pra vir aqui, afinal, prometi que voltaria cedo, e voltei u-u Mas então, falando do capitulo, tipo, na hora que fala sobre a loja (vocês verão quase no final do capitulo) eu me inspirei na loja da Tigris, citada em A Esperança, pra poder escrever. E imaginei daquela maneira também, mas fiquem à vontade pra deixar a imaginação de vocês rolarem!
Boooom, espero que gostem :33



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Estou trocando de roupa em meu quarto, quando abrem a porta. Como penso ser minha mãe, já que Cato e Henri têm pelo menos a decência de bater na porta, nem me dou ao trabalho de virar-me para ela.

– Hã, Clove, eu... – essa com certeza não é a voz da minha mãe.

– Cato? ‘Tá fazendo o que aqui? Não sabe bater antes de entrar? – pergunto, agarrando um travesseiro e colocando em frente ao meu busto, já que eu estava sem camiseta.

– Ah, foi mal – o louro solta uma risadinha, mas parece corado. E agora, quando digo parece, é porque ele está.

– O que você quer? – pergunto irritada. Poxa, ainda estou chateada com ele.

– Quero falar com você – ele diz.

– Tudo bem – eu digo, e ele continua parado na porta – O que você ainda está fazendo aqui? – respiro fundo.

– Eu disse que quero falar com você – ele pronuncia as frases de maneira mais pausada.

– Eu entendi. Mas será que você não pode me esperar trocar de roupa?

– Ah, claro – sério que ele não tinha entendido isso ainda?

Assim que ele fecha a porta, caço a primeira camiseta que acho, que é uma das antigas camisetas de meu pai e coloco.

Saio do quarto e encontro Cato encostado na parede em frente a ele, me esperando. Indico com a cabeça para me seguir, e ele entra no cômodo.

– Fala ai – digo, sentando-me na cadeira da escrivaninha e mexendo no computador.

– Sabe, é legal olhar para as pessoas enquanto elas falam com você – ele diz, fazendo-me rolar os olhos.

Giro na cadeira de rodinhas – tão legal fazer isso – e me viro para ele, que está jogado na minha cama.

– Que foi?

– Por que está tão irritada? – surge uma ruga no meio de sua testa quando ele franze as sobrancelhas.

– Quer mesmo que eu responda? – pergunto, e ele não diz nada – Deixe-me pensar – finjo o fazer – Talvez porque você tenha agido daquele jeito só porque eu por acaso peguei seu celular. Quer dizer, nem ler as mensagens eu li direito.

– Ah, por acaso você pegou meu celular?

– Eu ia entregá-lo a você, já que eu estava te procurando para o café. Mas também podemos considerar o jeito que você falou comigo lá na mesa.

Ele suspira.

– Certo, certo. Desculpa então, está bem? Eu só... Só não gosto que mexam em minhas coisas – ele diz.

– Eu também não. E nem por isso fui tão grossa com você quando pegou o meu celular, com a real intenção de ver minhas mensagens – rebato.

– Mas eu realmente fiz aquilo pra te irritar – ele solta um risinho – De qualquer maneira, desculpa, ok?

– Certo – dou de ombros, virando-me para o computador novamente.

Após alguns minutos em silêncio, Cato volta a falar, lembrando-me de sua presença.

– Ei, Clove – ele chama.

– Huh?

– Quer dar uma saída depois?

– Aonde?

– Sei lá. Eu e meus primos vamos dar uma volta por ai durante a tarde – ele responde.

Hm, Cato e seus primos? A verdade, é que eu realmente cansei de ficar trancada em casa, mas... seus primos? Especificamente, seu primo?

– Posso chamar a Katniss? – penso em minha salvação.

Eu vi que ela gostou de Peeta, e dessa maneira eu também não ficaria sozinha.

– Claro – ele murmura – Então depois do almoço a gente vai, beleza?

– Ta – respondo e escuto o louro mexendo-se em minha cama. Logo depois, ele sai do quarto.

[...]

Clove, é serio! Vou te deixar aqui – Cato esmurra a porta outra vez.

– Eu disse que já estou indo – grito de volta.

Na verdade, já estou pronta. Só estou ganhando tempo para Katniss chegar aqui, já que ela disse que se eu não esperá-la em minha casa, ela não vai.

Parece que sua família tem o dom da chantagem. Se bem que Finnick usa o charme para conseguir o que quer. O que, de certa forma, não deixa de ser chantagem.

Assim que meu celular toca, mostrando uma mensagem de minha amiga, saio do quarto.

Corro escada a baixo e vejo Cato saindo pela porta.

– Ei, me espera! – digo.

– Não quer demorar mais um pouquinho lá em cima, não? Assim eu vou sem você – ele resmunga, encaminhando-se para onde o carro de seu pai está parado.

– Foi você que me convidou – retruco.

– Ta, tanto faz – ele diz.

– E ai, Clo... – puxo Katniss pelo braço, empurrando-a para dentro do carro antes que ela termine de falar – Ei, educação mandou lembranças, certo?

– E eu mandei ela se f...

– Ei, sem palavrões no meu carro – Cato me interrompe, segurando o riso.

– Pra começo de conversa, o carro nem é seu – digo.

– Ai, não precisa esfregar isso na minha cara, certo? Dói.

Rolo os olhos diante da infantilidade do garoto. Ele dirige até uma Starbucks próxima a minha... nossa casa.

Lá dentro, Peeta e Glimmer já estão sentados em uma mesa rindo alto. Nós juntamos a eles.

– Como vão? – digo um pouco tímida.

Peeta começa a intercalar olhares entre mim e Katniss de maneira rápida, o que me faz querer rir, ao mesmo tempo em que me constrange. Por fim, seu olhar para em minha amiga, e ele dá um sorriso amigável.

Nos sentamos, e os louros começam a tagarelar sem para enquanto eu e Katniss conversamos entre nós.

– Ei, meninas. Não precisam ficar com vergonha. Falem com a gente também! Vamos nos conhecer – Glimmer diz animada, apoiando o rosto nas mãos em seguida.

– Hã... certo – dou de ombros.

Começo a conversar um pouco mais com os dois. Eles são pessoas bem amigáveis, na verdade. Só teve outra vez que Peeta ficou me encarando por uns quinze minutos sem parar, até Cato ver que eu tinha ficado quieta devido ao constrangimento e dar uma cotovelada ‘discreta’ nele. A partir de então, voltei minha atenção mais a Glimmer.

Ela passa a maior parte do tempo me perguntando sobre o comércio daqui. É estranho de certo modo, mas não deixo de respondê-la.

Glimmer começa a me perguntar mais sobre coisas pessoais.

– Mas e então, do que sua mãe trabalha? – ela sorri.

– Ela é delegada – respondo, dando um gole em meu café.

O sorriso de Glimmer parece falhar, e ela encara Cato. O louro desvia o olhar, bebericando sua bebida.

– Ah, claro. Que... interessante – ela volta a sorrir, mas não é a mesma coisa de antes – E seu pai?

– Hã, bom... Ele é...

– Muito bem – Cato me interrompe, sorrindo – Todos terminaram? Vamos embora então.

Cato paga tudo e paramos do lado de fora da cafeteria.

– E então... – Cato começa.

– Então vamos pra casa – Glimmer diz rapidamente – O Peeta vai dormir lá em casa. Se você quiser, pode ir também, Cato.

Ficamos em silêncio. Algo realmente constrangedor. Glimmer encara Cato, que me encara, que, por minha vez, encaro Katniss, que encara Peeta, que olha para o nada, parecendo avoado.

Pigarreio.

– Eu e Katniss estamos indo.

– Estamos? – ela diz, me olhando com uma cara confusa.

Cato responde antes que eu.

– Eu vou com vocês.

– Na verdade, eu vou para a casa de Katniss – digo. É, eu estava me auto-convidando.

– Vai? – ela pergunta.

Será que essa ‘estranheza’ do Peeta é contagiante?

– Certo – Cato assente –, então eu dou uma carona pra vocês.

Dou de ombros, me despedindo de Glimmer e Peeta em seguida.

Cato nos deixa em frente à casa de minha amiga e sai cantando pneu.

Assim que vejo os pais de Katniss e pergunto por seu irmão, eles dizem que o mesmo saiu há poucos minutos. Para se encontrar com alguma garota ou algo assim.

Sei, aposto que está fugindo de mim.

[...]

– Fala – digo, após atender meu telefone, que interrompeu minha animada conversa com Katniss.

Filha, onde você está? – minha mãe parecia um pouco aflita.

– Ah, estou na casa da Katniss. O Cato não avisou?

Ele só passou aqui rapidinho. Pegou umas roupas, e acho que foi pra casa da prima – ela responde.

– Certo... Hã, mas aconteceu alguma coisa?

Não. Mas que horas você volta?

Contando com o fato de que já é quase meia-noite, eu não pretendia voltar pra casa.

– Eu estava pensando em dormir aqui, na verdade – digo.

Ah, não, filha – minha mãe choraminga – Vem pra casa.

Por que, mãe? Me deixa dormir aqui, já está tarde – peço, vendo Katniss fazer uma careta.

É que o Henri também saiu. Ele foi na casa de uns familiares, e não quero ficar sozinha – ela responde.

Conhecendo minha mãe, sei que ela insistiria pra que eu voltasse até que eu dissesse sim. Não sei o que ela tem, ela simplesmente não gosta, e não consegue, ficar sozinha em casa. Tem pavor.

– Tudo bem – suspiro – Já vou.

Desligo o telefone assim que ela se despede.

Me viro para Katniss, explicando a situação, e ela assente, se despedindo. Após dar tchau para seus pais, que também queriam que eu ficasse – alegando que era tarde pra eu ir embora sozinha –, sai de lá.

Já no meio do caminho, ao longe, consigo escutar um barulho que corta o silêncio daquela parte da cidade. Los Angeles não é nem de longe calma e silenciosa durante a noite, mas estou bem afastada do centro. Em uma parte com ruas pouco movimentadas e comércios pequenos, de modo que o som chama a atenção.

Ignoro, seguindo em frente, mas a cada passo o som parece ficar mais alto; algo parecido com uma sirene. Não, não é uma sirene de policia, mas tampouco sei o que é.

Após andar mais uns duzentos metros e virar a esquerda, eu avisto. É uma loja de roupas. Bem menor que a Mercy e segurança bem menos reforçada. Me surpreenderia se essa tivesse cinco câmeras.

Por um momento, hesito em continuar, parando na esquina. Seria legal passar na frente de uma loja que acabou de ser assaltada? Porque essa é a única explicação que vejo para seu alarme ter sido disparado.

Olho para minha esquerda, onde há um pequeno beco. Uma rua paralela na verdade. Cogito a hipótese de ir por lá, já que eu sairia pelo mesmo caminho, mas tenho certeza que essa não é uma opção quando vejo dois mendigos fumando e me encarando logo no começo do beco.

Qual é, eu não quero morrer virgem! Ok, eu nem sou mais virgem, e mesmo que fosse, garanto que depois de passar por lá, com certeza, não morreria virgem. Comentários totalmente dispensáveis a parte, voltei a meu dilema inicial.

Respirei fundo, seguindo em frente, na calçada que ficava do outro lado da rua – não a da loja assaltada. Andava a passos rápidos. Era uma rua longa, mas faltava pouco para acabar. Porém, apenas uns trinta metros depois da loja – que ficava bem no meio da quadra – algo no chão me chamou a atenção.

Ótima hora pra parar no meio da rua, Clove – repreendi-me.

Mas, mesmo assim, não continuei a andar. Um dos postes de luz, que estava piscando, fazia o pequeno objeto brilhar, para logo depois sumir quando o poste não funcionava. Abaixei-me, pegando o objeto, que vi ser um colar. Ele tinha um pingente – parecia um tipo de chave.

E o pior de tudo era que não me parecia estranho. Dei de ombros, observando-o melhor.

E foi ai que me ferrei de vez.

Fiquei tão distraída, que só fui perceber as sirenes quando as luzes das viaturas me cegaram momentaneamente. Rapidamente, coloquei o objeto no bolso. E, com uma cara provavelmente de retardada, fiquei encarando os policiais freando as duas viaturas e saindo das mesmas.

Parada! Mãos para o alto, você está presa!

Perfeito! Se não morri sendo abusada por drogadinhos, agora morro depois de ser espancada na delegacia.


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Notas finais do capítulo

Não vou falar muito porque acho que vocês devem me amar (só que ao contrário) por sempre fazer notas finais enormes ksdfjglkd enfim, ainda estou tendo provas, que terminam na quinta, mas acho que não vou conseguir postar no próximo fim de semana. Mas prometo que volto assim que puder! Hmmm, reviews são bem vindos, e recomendações também (indiretas mode on rçrçrç), se quiserem, é claro. Até mais, seus lindos, beijos :3
p.s: vou tentar responder quantos reviews meu sono permitir agora, rs.
p.ss: qualquer erro, avisem! O sono não está ajudando haha