I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Yay! Estou postando mais rápido porque não fiquei de castigo pelas minhas notas, porque vocês são uns lindos que deixaram comentários lindos e fofos (bem vindos leitores novos, e obrigada por aparecerem fantasminhas (alguns)), porque o trailer de Em Chama saiu domingo passado, ou seja, estou postando mais rápido porque estou feliz kldjflskj ah, e porque prometi né... Mas enfim, não tenho mais o que falar blá-blá-blá, então aproveitem :3



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Finalmente sexta-feira chegou, mas como sou uma pessoa muito caseira – lê-se excluída da sociedade –, à noite, eu estava sentada no sofá, vendo seriados enquanto Cato saia com seus primos. Ele até me convidou pra ir junto, mas achei melhor não, já que ainda estava traumatizada com Peeta.

Mamãe e Henri estavam no quarto, e a TV estava quase no último volume, pois eu não aguentava ouvir os gemidos vindos de lá. Era demais pra mim!

Tinha certeza que daqui a pouco ficaria surda, mas era melhor do que ficar ouvindo aqueles sons indesejáveis vindo de onde mamãe se encontrava.

E, por incrível que pareça, eu estava quase adormecendo com toda aquela barulheira, mas alguém resolve materializar-se perto de mim.

- Oi, Clovinha – Cato sussurra em meu ouvido, fazendo-me sobressaltar no sofá.

- Quer me matar de susto, garoto? – pergunto, irritada, com a mão no peito. Posso sentir meu coração batendo mais rápido.

Como ele conseguiu entrar assim, sem eu perceber? Até Finnick, que é bom em entrar despercebido em lugares – como ele fazia quando estava ainda no colegial e se atrasava para a aula –, já foi pego por mim, tentando entrar silenciosamente em minha casa para me assustar.

E outra, eu não vi a porta sendo aberta. Tudo bem que eu estava quase dormindo, mas mesmo assim eu teria ouvido o ranger dela e teria despertado.

Cato ri e dá a volta no sofá, sentando-se a meu lado.

- Cara, você está surda? – ele procura pelo controle remoto.

- Não – pego o aparelho que ele antes procurava e coloco a TV no mudo – Mas é melhor todo esse volume do que ficar escutando minha mãe e seu pai no quarto.

Fico em silêncio, e Cato faz uma careta ao escutar os sons.

- Viu? – sorrio, mostrando que estou certa.

A careta no rosto do louro se desmancha e dá lugar a um sorriso malicioso.

- Sabe... – ele se aproxima de mim. Próximo demais – Nós podíamos fazer o mesmo que eles, o que acha? – ele levanta as sobrancelhas duas vezes, de modo sugestivo.

Sinto sua respiração contra minha boca, e o hálito de menta saindo da boca entreaberta do louro.

Reparo em minha respiração ficando acelerada e quero me afastar dele, mas estou hipnotizada demais por seus olhos azuis.

Cato provavelmente percebe que tenha dito algo um tanto errôneo quando começo a gaguejar, tentando encontrar algo para responder-lhe. A verdade é que eu queria mandá-lo à merda.

Quem ele pensa que é pra se aproximar dessa forma? Se bem que não estava tão ruim...

- Eu estava brincando – ele solta uma gargalhada, mas também parece envergonhado.

- Eu sei – murmuro e agradeço por ser só a luz da TV que ilumina o lugar. Quem sabe ele não visse o quanto eu estava corada.

Ligo o volume da TV novamente, e nos concentramos nos episódios de The Big Bang Theory, que apesar de estarem engraçados, nós não riamos.

- A propósito – digo, quebrando o gelo, e o louro me encara – Como você entrou?

- Pela janela – ele dá de ombros, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Você sabia que existe porta por um motivo? – pergunto.

- Eu estava sem as chaves – ele rebate.

O cômodo volta a ficar silencioso, exceto pela TV, até que me encontro confusa.

- Espera, como você conseguiu abrir a janela?

- Tenho meus truques – Cato me dá uma piscadela.

Porra, nem eu, que por sinal já tentei milhares de vezes quando saia escondida e queria entrar sem ser vista ou quando esquecia as chaves, consegui abrir aquela maldita janela!

E então não preciso dizer que acabei ficando para fora em todas essas tentativas e tive que acordar minha mãe, que abriu a porta para mim xingando horrores.

Ao encarar Cato outra vez, faço uma nota mental: pedir para mamãe trocar todas as janelas da casa, porque se Cato conseguiu abri-las, quem não consegue?

Tudo bem, eu sou uma exceção e me sinto moralmente ferida por não conseguir fazer isso.

- Hã, pois bem – me levanto – Vou dormir, boa noite.

- Eu também vou – Cato diz, desligando a televisão.

- Mas você lembrou-se de fechar a janela? – pergunto, estreitando os olhos para ver se consigo encontrá-lo na escuridão.

- É obvio – sou capaz de imaginá-lo rolando os olhos.

- Ok, tchau – me despeço dele e começo a caminhar lentamente até a escada, com medo de tropeçar em alguma coisa.

Sinto minha mão encostar-se a algo, que penso ser o corrimão, mas não tem a resistência de um.

Começo a apalpar o que quer que seja e arregalo aos olhos ao me dar conta. Cato gargalha.

Porra, é a bunda de Cato!

- D-desculpe – sei que um tomate perderia pra mim no quesito cor – Eu não estou enxergando direito.

- Clove, não precisa inventar desculpas, sei que você sempre quis dar umas apalpadelas em mim – ele ri outra vez.

- Idiota – sussurro, empurrando-o e correndo escadas a cima.

E adivinha? Isso mesmo, não enxerguei o último degrau. Cato pareceu não notar minha quase queda, então fui direto para meu quarto.

[...]

- Vem tomar café, Clove – minha mãe abre a porta de meu quarto com tudo.

Resmungo alguma coisa, que imagino ser um “está bem”, e ela bate a porta.

Levanto, me sentindo extremamente cansada, e quando olho o relógio, sei por quê.

Querida mamãe, dezesseis anos de convivência e você ainda não aprendeu que não se deve acordar uma adolescente antes do meio-dia no sábado?

Dez e meia da manhã, e ela me acorda para tomar café, sendo que nem estou com tanta fome assim.

De qualquer maneira, lavo o meu rosto e desço para cozinha, encontrando minha mãe e Henri abraçados.

- Como vão? – digo, forçando um sorriso.

- Ah, querida, pode chamar Cato? – minha mãe diz.

‘Tá de brincadeira que você foi lá em cima e não teve a capacidade de acordá-lo? Ou, ao menos, de me pedir isso antes de eu descer as escadas!

Bufo, girando sob os calcanhares e subindo a escada novamente. Exercício demais para quem acabou de acordar.

Entrando no quarto do louro, percebo que ele não está lá. Antes que eu possa sair, o celular dele vibra em cima da mesa do computador e solta um “bip”. Como o aparelho já estava aberto na caixa de entrada, acabo lendo metade da mensagem. É de Glimmer.

Vê se faz algo direito dessa vez e não se machuque, não queremos qu...”.

- Clove?

Fodeu!

- Hã, C-Cato – gaguejo, largando seu celular e me virando para ele, que está parado na porta.

- O que está fazendo aqui? Estava mexendo no meu celular? – Cato ficou irritado pra valer com essa possibilidade.

- Por quê? ‘Tá falando mal de mim? Tem alguma coisa que possa te comprometer? Se são só mensagens normais, qual o problema de eu ter visto? – rebato, tentando não mostrar que estou constrangida.

- O problema é que... Que são mensagens pessoais, ué! Você não pode ver – ele diz, passando por mim e guardando o celular no bolso da bermuda.

- De qualquer maneira, não vim aqui ver suas mensagens. Minha mãe mandou eu te chamar para o café da manhã – digo.

- Agora que já avisou, pode sair – por que exatamente ele está tão bravo? Por que eu li parte de uma mensagem idiota qualquer?

- Ai, ‘tá bom – resmungo, saindo e batendo a porta do quarto dele com mais força que o necessário.

Desço para o café, assim como Cato, que se senta em minha frente. A cada garfada que dou nas waffles do meu prato, imagino ser alguma parte do corpo de Cato, ao mesmo tempo que o encaro de cara feia.

Porra! Eu não fiquei irritada daquela maneira quando Cato leu apenas todas as mensagens de meu celular, antes mesmo de eu o conhecer melhor. Quer dizer, pelo menos eu não agi como seu ele tivesse cometido um crime ou qualquer coisa assim.

- Clove, está tudo bem? – Henri pergunta, fazendo-me desviar os olhos de Cato, que parece um pouco envergonhado.

- Tudo ótimo – digo, forçando a voz – Por quê?

- Bom, você parece estar mais estraçalhando as waffles do que comendo – ele ri.

- Ela só está irritada. Faz o que não deve e daí fica bravinha por encherem o saco – sabe o que eu disse sobre Cato parecer envergonhado? Esqueça.

Dou uma última garfada em meu prato, me levantando em seguida.

- Com licença, já terminei de estraçalhar as waffles – digo, irritada.

Coloco meu prato na pia, subindo as escadas com passos duros.

Ah, como eu desejava dar uma garfada em Cato! Seria tudo tão melhor...


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Notas finais do capítulo

Seguinte, já vou começar a ter provas dia 24 e vão ser dez, ou seja, duas por dia, ou seja, eu vou ter que estudar muuuuito porque tenho que ir bem nessas provas. Maaaas eu acho que consigo entrar no not sábado ou domingo que vem, então não vou demorar muito pra atualizar. Só que daí a próxima atualização eu não tenho como dizer quando sai, tudo bem?
Enfim seu liamdos (com M de maravilhosos, porque vocês me deixaram muuuito feliz mesmo com os reviews), o que acharam do capitulo? Digam nos reviews, e continuem sendo lindos como vocês foram jklsfkfjls e fantasminhas, não precisam comentar em toooodo capitulo (seria bom rçrçr), mas, de qualquer maneira, aparecem de vez em quando pra dar um oi, ok? Beijos!