Capítulo 06.

Oi, eu acabei de espirrar.

Eu andei pensando bastante sobre essas coisas envolvendo mudanças e coisas do tipo. Eu preciso mudar e sei disso, mas eu já disse: não é fácil.

Mesmo que a escola seja um dos motivos que contribuem para minha pseudo-fobia social, eu ainda vou assistir ás aulas. Eu ainda faço as coisas do meu dia-a-dia, eu ainda estou viva.

Há um motivo para isso. Eu posso achar que ninguém gosta de mim, mas se eu ainda estou aqui é porque há algo que me motiva. Não tenho mais esperanças para eu mesma, nem meus pais tem — mas eu me pergunto se alguém tem. 

Não sei se somos destinados a ter alguém para nos amar neste planeta, eu acredito que sim — eu não acho que exista a pessoa perfeita e sim a pessoa que faz o seu mundo ser perfeito.

Já que eu não consigo seguir meus próprios conselhos ou ter pensamentos positivos para eu mesma, vou tentar ajudar os outros.

Ei você, pequena coisa frágil. Não chore. As coisas podem estar difíceis, mas depois da chuva, vem o arco-íris, não é? Não pense que as coisas sempre serão complicadas para você, elas vão melhorar, eu juro. Se você acha que ninguém te ama, pense nisso: neste planeta, há alguém que te ama. Uma delas vai achar a cor do seu cabelo tão linda quanto a cor dos portões do céu — se não achar igual. Essa pessoa vai achar a cor dos seus olhos a coisa mais bonita que ela já viu. E essa mesma pessoa vai achar até o formato da sua orelha bonito. Ela vai amar cada pedacinho seu e prestar atenção cuidadosamente nas pequenas coisas que você faz, como o jeito que você tropeça ou a sua risada — e vai dormir com borboletas no estômago, pensando nessas pequenas coisas suas.

Para o mundo, você pode ser só mais uma pessoa — mas para uma certa pessoa, você pode ser o mundo.