Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 97
PPMAX-097: Floresta de Aonikahara




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O trem passou a toda velocidade pela estação da cidadezinha de Floral, assustando os passageiros que pegariam o transporte.

Arthur Poirrot se sentou na cadeira do maquinista e tentou parar o veículo apertando os botões no painel defronte a ele. Mas nada apontava que a velocidade diminuiria, quiçá pararia o trem. A mulher do ticket falou sobre a alavanca de emergência.

— Pode puxá-la. Temo que não conseguirei parar.

Um dos empregados foi até a alavanca na parede, quebrou o vidro e puxou. O trem parou abruptamente.

Os passageiros foram surpreendidos com a inércia dos seus corpos. Todos se seguraram.

— Alguém esteve aqui e fez isso. Mas ainda não entendo como um pokémon ficou esse tempo todo dirigindo o trem enquanto o maquinista estava desmaiado. Realmente só pode ser alguém fora das suspeitas.

O veiculo sobre trilhos parou no meio da floresta de Aonikahara. Um ambiente pacato, sem sinal de civilização e com árvores de troncos magros, muitos galhos e folhas avermelhadas.

Atrás de uma árvore, algo observava o veiculo parado. Era uma criatura pequena e que flutuava.

Nesse ínterim, o ladrão sentiu a freada brusca e se preparou para sair do banheiro. Segurou o Pikachu debaixo do braço e abriu a porta. Observou que as pessoas estavam olhando para os vagões da frente e parou na porta de emergência no fundo. Mas algo chamou a atenção.

— Um Charmander?

Pyro estava na frente da porta de saída. O parceiro de Jason, inteligente, identificou o pokémon e que aquilo era um sequestro. Aumentou o fogo em sua cauda.

— Tá a fim de lutar, lagartixa? Hehehe. Vem cá.

Charmander pulou na direção dele, mas o ladrão lançou um jato de gás do sono que saiu debaixo da manga do casaco.

Minutos depois, saiu com os dois pokémons.

— Que ar fresco. Droga. Essa floresta é uma tremenda sacanagem. O bom que tenho uma bússola para guiar.

Jason e Robert vasculharam todos os vagões antes de chegarem no último. Não havia passageiros no momento (os passageiros desse vagão foram para frente para verem o que havia acontecido).

— Olhe... papai. Ali.

Jason correu até a porta do banheiro e viu uma máscara de silicone. Robert observou com mais cautela e deduziu ser de uma pessoa se passando por velha.

— AHH.

— Que foi, filho?

— Essa máscara se parece com o rosto do velhinho que ajudei antes.

Robert tinha quase certeza que o ladrão se passou por idoso e roubou os objetos dos passageiros. Mas o intrigante era a ausência de Charmander e do Pikachu detetive.

— Será que ele roubou o meu Pyro?

— Calma. — Robert empurrou a porta de emergência. Estava aberta. — Fica aqui. Voltarei e pedirei ajuda do detetive.

O homem correu para os vagões da frente, porém Jason desobedeu o pai e saiu do trem. Liberou Eevee.

— Vamos, amigo. Pode encontrar o dono dessa máscara?

O pokémon cheirou o objeto e começou a farejar.

...

O maquinista recobrou a consciência. Sua cabeça ainda doía. Espantou-se ao perceber que estava sentado num assento para passageiro e com pessoas ao redor.

— Olá, senhor. Chamo-me Arthur Poirrot, sou detetive. Há pouco houve uma série de roubos nesse trem e estou investigando desde então. Encontramos o senhor desmaiado e um Wobbuffet dirigindo. O que houve?

— Não sei. Eu simplesmente dirigia quando recebi uma forte pancada na cabeça.

— E o pokémon?

— Ele é meu parceiro. De vez em quando deixo-o na cabine quando saio para o banheiro. Ele tá bem?

— Está se aproveitando de uma fruta que eu dei. Agora o mais importante é descobrirmos quem é o ladrão. As minhas células cinzentas me dizem que essa pessoa é a mesma que te deu um golpe.

— O seu pokémon não serviu nem para te ajudar — resmungou a fazendeira.

— Hahaha... meu Wobbuffet é meio bocó.

Robert entrou aos atropelos no vagão. Informou a todos que encontrou uma pista do ladrão. Simon perguntou por Jason.

— Eu o deixei lá para esperar o detetive... AH DROGA!!! Que burro eu sou.

— O que houve? — Perguntou Luiza.

— Digamos que o Jason é impulsivo. Deixá-lo sozinho lá só vai atraí-lo para a procura sozinho do ladrão. Esse disco se repete mais uma vez. — Respondeu Simon.

Poirrot seguiu Robert. Simon também resolveu sair. Luiza não se importou e continuou sentada.

...

— PYRO!!! Ele não responde. O que acha, Eevee?

O faro da raposinha era bem aguçado, mas o solo úmido de uma chuva recente dificultava o trabalho.

A floresta era silenciosa, calma até demais. Dava para escutar os barulhos produzidos por alguns pokémons selvagens. Uma placa no tronco de uma árvore surgiu.

— Floresta de Aonikahara. O local daqueles que querem partir dessa para melhor por vontade própria. O que isso quer dizer?

Sons mais arrepiantes surgiram. Jason começou a ficar com medo. Era bem mais amedrontadora do que o pântano das aranhas. Ele não suportaria ver um fantasma cara a cara.

De repente, Eevee ficou com os pelos eriçados. Algo estava perto. Dois olhos grandes e azuis contornados de preto surgiram no tronco da árvore. Aquilo deixou o menino tão assustado que não parava de se tremer. Os olhos sumiram.

— O-o que foi aquilo?

Mais ao longe, perto de um riacho, o ladrão continuou a sua caminhada rumo a cidade Floral. Por culpa da parada do trem muito além da estação, era um caminho difícil e de pelo menos uns quatro quilômetros de densa floresta.

— Merda. Cansado. Uma pausa.

O homem ficou sentado na beira do riacho e acendeu um cigarro. Conversou com os dois pokémons desmaiados, afirmando que venderia ambos por um bom preço. Sentiu algo atrás, virou-se. Nada havia. Entretanto, quando voltou à posição anterior, viu dois olhos azuis grandes encará-lo. Era uma criaturinha verde, flutuante e que soltava um brilho. Era uma fada? Um gnomo? Um fantasma? O homem se levantou, pegou a bombinha de gás, mas a criatura sumiu.

— Que foi aquilo?

Perto dali, um ancião com roupas brancas e um cajado chamou o seu parceiro mágico. A criatura apareceu.

— Que foi?

A criatura sussurrou no seu ouvido. Disse sobre os dois intrusos na floresta.


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