Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 55
PPMAX-055: No covil da Neptune




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Benny se tremeu de tanta raiva que sentia. Foi completamente obrigado a participar de uma farsa para se infiltrar no seu quartel general.

— Isso é ultrajante! Estão me obrigando a trair os meus companheiros.

O capitão explicou que era uma dívida que os piratas tinham por terem arruinado o seu navio.

— Essa ilha tem um formato de lua nova. Isso quer dizer que as duas extremidades estão quase conectadas, criando uma única passagem à sua praia. É uma defesa natural bastante segura. — Falou Noah — E pelo que vi, a passagem possui um portão metálico automático. Há dois guardas em guaritas construídas em cada extremidade. Aposto que se chegarmos perto o suficiente para eles verem, correremos um sério perigo.

— E qual é o seu plano, capitão? — perguntou o marinheiro.

Jason e Charmander apenas observavam com curiosidade.

— Tenho um plano. Precisaremos da sua ajuda — apontou para Benny.

O portão tinha o comprimento de dez metros em cada lado, somando vinte metros no total e por cinco de altura. Havia um muro construído com concreto e placas de aço. Os guardas viram pelos monitores a aproximação do bote. Pegaram seus binóculos e viram apenas Benny dentro.

— O que faremos? — perguntou o guarda pelo rádio.

— Vamos deixá-lo entrar. É o Benny — respondeu o outro também pelo rádio.

O pirata continuou remando agora sem as pernas e braços presos. No entanto, havia uma tornozeleira elétrica nele. Qualquer coisa fora do plano, seria eletrocutado.

— Benny!!

— E-e aí, caras...

— Soube que o capitão Marshall ficou pistola contigo por ter dado problemas a ele.

— Pois é. O grupo teve que afundar um navio pra resgatar o filho dele. Em vez de ter sido uma missão mais discreta dada a você.

— Hahaha... que coisa, não? Mas eu tava procurando pelo moleq... digo, garoto.

Os três forasteiros se seguraram numa alça debaixo do bote. Eles meio que caminhavam conforme o bote seguia. Noah havia pego três máscaras de mergulho do seu gabinete, usou um e deu dois. O único que ficou com Benny fora Charmander, que se escondeu no meio dos suprimentos que o capitão pegou no navio.

— Espera... o que tem debaixo dessa lona?

Benny retirou o tecido de cima. Os guardas viram pacotes de alimentos, garrafas e toda a sorte de tralha. Ambos ficaram satisfeitos e abriram o portão.

Cada lado se moveu para o lado onde estavam as guaritas. O bote entrou na passagem.
Jason olhou para baixo e o chão sem fim do fundo oceânico.

...

Enquanto isso, Bruno conseguiu chutar a grade do lado de fora dos dormitórios. Caiu sobre um matagal. Não era tão longe assim da praia. Viu dois piratas fazendo a ronda norturna e se escondeu.

Atrás dele havia as pedras que davam para a parte mais alta da ilha e a sua região limítrofe interna.

Com dificuldades, a criança conseguiu andar sobre os pedregulhos até chegar na rota da caverna. Viu um guarda de campana próximo à cela.

— O Benny chegou!

Por sorte o guarda saiu da sua posição e foi para a região da praia. Bruno saiu do mato e correu para perto da caverna.

Os prisioneiros viram a criança se aproximar.

— Quem é ele? — indagou Stone.

— Eu já vi essa criança antes. Eu a vi escondida na minha cabine. Estava perdida — falou Robert. — Ei, Guri. Lembra de mim?

— Parece que ele não responde. — Disse Simon.

— Ele é mudo.

Robert pediu para o menino se aproximar cada vez mais até ficarem perto. Ele pediu a Bruno que fosse pegar as pokébolas que foram roubadas pelos piratas.

— Os piratas levaram nossos pokémons. Você saberia o local?

O garoto apontou para um lugar desconhecido. Sem saber, Robert afirmou com a cabeça e pediu para que os ajudasse. Bruno sorriu e voltou para o matagal.

— Eu só não entendo o que uma criança faz nesse lugar — falou Simon, confuso.

Mas Stone pensou em algo. Se aquele garoto estava andando livremente na ilha, talvez fosse filho de algum pirata.

...

Marshall aguardou o contato com o governo na sala de reunião. Pegou um cigarro e acendeu. Seu hábito nada saudável era fumar.

— Chefe. — Um pirata apareceu.

— Que foi?

— Benny acaba de chegar, senhor.

O homem se levantou da cadeira e pediu aos seus comandantes que ficassem de olho no notebook. Pediu para ser chamado se houvesse qualquer contato com o governo.

Jason, Noah e o marinheiro soltaram o bote e ficaram flutuando dentro da água.

Na superfície, Benny remou até finalmente chegar à estreita faixa de areia negra. Daquela posição dava para ver todas as casas metálicas (ou barracos) da ilha.

Cerca de vinte homens e mulheres se reuniram para ver a chegada do companheiro. Benny engoliu em seco.

— Benny, até que enfim chegou.

— Ca-capitão Marshall? Pensei que estava ocupado.

— Eu não posso recepcionar um amigo? Enfim, eu sei que você falhou na missão e foi repreendido por mim, mas não posso ser cruel com um colega. Vem aqui.

O pirata puxou o bote. Marshall caminhou até o homem e deu um abraço. Por mais que fosse o seu capitão, jamais tratou mal os subordinados.

Ainda no fundo do lago, o trio continuou flutuando e aguardando o momento certo para sair. No entanto, a ferida no abdome do marinheiro começou a sangrar e o vermelho subiu até a superfície. Noah fez um gesto para acalmar o homem.

Jason olhou para o seu lado esquerdo e viu algo azul se mexendo. Ele passou a mão no seu óculos de proteção, pensando ser um embaçado, e viu o formato azul se mexer. Logo era uma baleia enorme ao seu lado!

Marshall colocou o seu braço em volta do pescoço de Benny. Viu o seu Wailord soltar água pelo nariz.

— Moby Dick, calma!

A baleia parou de se mexer.

— Então, daqui a pouco vamos comemorar algo legal que aconteceu. Nossa comunidade vai prosperar. Mas... o que é aquilo?

— O quê?

— Aquilo que você trouxe abaixo desse tecido. Posso ver?

— NÃO!!!

Charmander ficou paradinho. Marshall não entendeu o grito de Benny, mas continuou. Segurou na ponta da lona para retirá-la.


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