Na manhã daquele dia, Bernardo Greco atacou o ginásio de Woodland, na esteira dos ataques dos blackers em toda a cidade e cidadela. Lutou contra Lea e Udonna Ginger e venceu todas as disputas. No entanto, pego de surpresa, foi barrado pela força do Venusaur de Erika. Nem mesmo o infame Greninja conseguiu superar o "tanque de grama" que era o pokémon da líder.

— Não estou aqui para perder tempo lutando contra você. Quero saber aonde Jason Krueger foi.

Tanto ele quanto ela estavam em frente ao ginásio.

— Outra vez com isso? Já não dissemos o suficiente? Ele desapareceu. Para nós, Jason estava com vocês.

— E acha mesmo que vou acreditar nisso? Estão escondendo aquele pirralho fraco. Mas eu vou descobrir com ou sem a sua ajuda.

Greninja preparou um ataque ainda mais poderoso. Lançou um jato d'água na direção da líder. Venusaur ficou no meio e utilizou a sua flor como um escudo. Greninja pulou rapidamente, desviando os chicotes de cipós do adversário e usando as shurikens de água.

— Acho que sairei na vantagem, não é mesmo? Seria uma pena uma velha perder para um garoto como eu hahahahahaha.

— Ledo engano, meu rapaz. Vai pensando que o meu pokémon chegou ao seu limite.

Ela arregaçou a manga do quimono e mostrou o Mega Anel no pulso com a Pedra Chave, os mesmos itens que Gary Oak usara na batalha contra Maytsa para mega evoluir o Salamence. A Mega Pedra de Venusaur, a Venusaurite, estava grudada no pescoço do pokémon, ficando quase invisível pelo tamanho do bicho em comparação ao objeto.

— Essa é a Mega Pedra? Já ouvi falar dela. Mas presumo que não fará nenhuma diferença na batalha.

Erika acionou a Pedra Chave, acionando a Mega Pedra, evoluindo o seu Venusaur para uma forma ainda mais poderosa e completa.

...

Margot ficou assustada quando viu um Jason maior e mais velho bem à sua frente. Por alguns minutos, ela desconfiou.

— Posso falar um pouco da nossa conversa que tivemos no trem para Woodland.

A boleira permitiu que o rapaz entrasse e pediu para sentar no sofá. Jason contou sobre tudo.

— Isso é assustador. Você tá completamente mudado. Há poucos dias que nos vimos. Como é possível?

— Posso te contar um pouco do que houve comigo quando cheguei em Woodland. Em troca, peço a sua ajuda com duas coisas importantes.

Ela assentiu. Voltou da cozinha, oferecendo uma caneca com chocolate quente. Também deu biscoitos de ração para Charmander.

Jason contou de uma maneira superficial tudo o que ocorreu assim que pôs os pés em Woodland. Desde o campeonato da banana, as irmãs Ginger, a batalha no ginásio, o sequestro do seu pai, a sua derrota e a ida para a floresta de Aonikahara com a ajuda do Celebi. Ela ouvia atentamente enquanto preparava um bolo de cenoura.

Chandele apareceu diante de Pyro e os dois se abraçaram. Pyro estava visivelmente maior do que a fêmea.

— Mamãe... — A porta da entrada abriu.

— Filha. O que houve? Por que você chegou cedo da escola?

Sasha explicou que a escola fechou por causa dos homens maus que estavam na cidade. Jason notou de imediato que era a Equipe Black.

— Oh! Você... e o Charmander!

A guria abraçou Pyro. Ela nem havia notado a diferença física em Jason.

A campainha soou. Margot pediu a Jason e Pyro que se escondessem na cozinha, pois um blacker poderia se disfarçar de um civil. Ela vira a notícia na noite anterior no jornal local. Atendeu. Era o leiteiro. Mas Jason preferiu não arriscar a sorte. Queria algo importante que estava na posse de Margot. Se um blacker descobrisse, o resto dos criminosos poderiam levar as três tal como foi com o seu pai.

— Pode sair. Era o leiteiro — disse ao levar uma caixa com garrafas de leite. Jason ajudou. A conversa continuou na cozinha.

— Preciso que me ajude, senhora. Preciso entrar em Woodland de maneira furtiva e chegar ao ginásio na árvore gigante.

— Já entendi. Quer que eu te leve no meu balão a gás, não é?

— Sim.

Durante a conversa no trem para Woodland, Margot havia dito que utilizava um balão a gás como meio de transporte aéreo, pois o trem parava muito em estações. Ela saía de um canto para outro para vender bolos. Tanto a sua filha quanto Chandele saíam juntas.

— Que memória fenomenal, Jason. Pelo que me contou, ficou dois anos treinando nesse mundo. E ainda se lembra da nossa conversa.

— Mas isso nem é o que eu mais quero nesse momento, senhora Margot. Se não fosse por essa segunda coisa, eu nem viria aqui. Havia um meio de eu ir para Woodland diretamente. Mas eu quis vir até aqui justamente por algo de grande importância.

— E o que é?

— Lembra quando a senhora me disse que a sua falecida filha mais velha tinha herdado o legado do seu marido, e que o seu marido amava os Charmanders como espécie?

— Lembro.

— A senhora me contou que o seu marido havia dado um objeto peculiar para a sua filha e que, após a morte dela, guardou como amuleto. Peço com toda a minha humildade para me dar esse objeto.

— Não entendo. É um objeto bonito, mas não tem valor. Parece mais uma bola de gude um pouco maior do que as outras. Espera um momento.

Margot subiu as escadas a fim de ir ao seu quarto buscar uma caixa preta de madeira. Voltou com o objeto e abriu.

— É exatamente isso mesmo que eu quero. Posso?

— Claro.

Jason tirou o objeto de dentro da caixa. Não pesava muito. Era lindo como uma joia de coloração alaranjada e com um desenho de uma chama no meio.

— A senhora sabe o que é isso?

— Oh! Não sei.

— Esse objeto é uma Mega Pedra chamada Charizardite. Ela é um objeto capaz de evoluir o meu Charmander para um nível acima do seu último estágio de evolução. Preciso dela, porque quero enfrentar a Equipe Black com força total.

Margot decidiu dar a pedra ao garoto sem nenhuma condição prévia.