Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Dentro de um dos quartos secundários, Jason acordou assim que sentiu um cheiro bom de comida. Levantou-se e ficou olhando tudo ao redor por alguns minutos. Pensou estar morto ou algo do tipo.
A serva mascarada surgiu no recinto. Jason levou um susto e caiu da cama.
— Quem é você? Onde eu estou?
— Sou uma mucama do templo. Você está nos aposentos secundários do Grande Bruce.
Mas Jason não entendeu quem era a mucama, nem o local e nem o Grande Bruce. Lembrou-se de Pyro e dos seus demais pokémons. Levantou.
— O meu Pyro! É um Charmander.
Fujin apareceu na porta e cumprimentou o menino. Jason perguntou as mesmas coisas ao guardião dos ventos de Aonikahara.
— Seus pokémons estão sãos e salvos. Celebi está com eles. A sua mochila tá sobre aquela cômoda. O seu Charmander não corre mais risco.
— Quero vê-los! — disse enquanto pegava a mochila.
Fujin formou uma pequena nuvem e subiu sobre ela. Pegou Jason e o pôs atrás como se fosse uma pessoa numa garupa de moto.
— Não precisava disso...
— Claro que precisa. O templo é gigantesco. Vamos.
Ambos saíram voando para fora do quarto e pegaram um corredor enorme e espaçoso. Passaram por diversos setores do templo.
Celebi, os pokémons de Jason e os demais guardiões comiam no salão de jantar. Pyro comia um pedaço de carne quando viu o seu parceiro chegar.
— Pyro!!
Ambos deram um abraço um no outro e quase chorando. Jason realmente chegou a pensar que o seu pokémon morrera.
— Como vai, garoto? — indagou Gyatso.
— Estou bem, senhor. Oh... vocês também vieram?
Jizo abanou a mão em sinal de "olá". Ryūjin e Kagutsuchi eram os únicos que não se importaram muito com a presença do garoto.
— Galvantula, Eevee e Tyrantrum! Ainda bem que todos estão bem.
Os pokémons só faltaram sufocar a criança. Gyatso convidou Jason para o jantar.
— Coma tudo o que puder. Mais tarde, alguém vai levá-lo para conhecer o Grande Bruce — disse Gyatso.
— Por que eu tenho que conhecer?
— Por que eu te ofereci para ser o servo dele — respondeu Fujin.
Mas Jason não ficou nem um pouco alegre.
...
Após o jantar, o velho Gyatso levou Jason para a sala de banho. Era um espaço amplo com uma piscina natural com bordas de pedras e água morna. Ele se despiu e pulou.
— Que vida boa, hein? — Fujin também entrou na água.
— Você me ofereceu para ser servo de alguém que eu nem conheço. Se eu não morri, prefiro voltar para o meu mundo.
— Não dá. O meu mestre tá interessado em você. E mesmo que Celebi tentasse abrir o portal, não conseguiria. O Grande Bruce tem como impedir.
Jason não gostou do que ouviu. Ficou com a metade do rosto sob a água e passou a borbulhar com a boca. Seus pokémons que brincavam com o banho sem se importarem.
— Meu pai foi sequestrado. Levei uma surra. Estou com raiva de mim mesmo. Com raiva da minha fraqueza.
— Por que você não pede ao Grande Bruce que te treine? Ele é um lutador de Kung Fu. Já pensou você virar um cara casca dura?
Mas Jason não cogitou essa possibilidade. Queria voltar o quanto antes para a Terra.
...
Após o banho, minutos depois, a mucama entregou uma roupa preta com mangas longas e esvoaçantes para Jason. Depois pediu ao garoto para sentar numa cadeira a fim de cortar o seu cabelo.
— O quê? Como assim cortar o meu cabelo?
— Essa são as ordens do senhor Bruce.
Os cachos do menino foram cortados com a tesoura. Aos poucos, Jason ficou com a cabeça quase raspada.
— O que houve contigo?! — indagou Fujin.
— Esse maldito Bruce ordenou que me cortasse o cabelo. Já odeio ele.
Pyro pulou nos braços de Jason. Ambos correram pelos corredores do templo. Fujin não se atreveu a passar pelos aposentos pessoais do Grande Bruce.
Havia um jardim extenso e belo na parte de fora do templo. Era noite e Bruce adorava descansar deitado num galho de cerejeira.
Jason correu por todo o jardim, passou pelo gramado e viu a árvore com as suas folhas rosas. Viu um homem comum sobre o galho. Pegou uma pedra e jogou. Bruce segurou, apesar de seus olhos ainda estarem fechados.
— Você é um atrevido, menino — Quebrou a pedra com a força da mão.
— Quero voltar!
Bruce deu um pulo ao solo.
— Você servirá como o meu servo. Há tempos que eu não tenho um desde que o meu antigo morreu.
— Pyro... ataque ele!
Mas Charmander ficou intimidado com Bruce. O pokémon não se atreveu.
— Em vez de ser estúpido com quem salvou a miserável vida do seu pokémon, por que não me serve?
As palavras de Bruce deixaram Jason desconcertado. De fato, Pyro estava entre a vida e a morte.
— Desculpa...
— Eu não ouvi.
— Desculpa!
— Ah sim. Vou para o meu quarto. Leve a bandeja com os meus saquês.
Jason abaixou a cabeça e não falou mais nenhuma palavra.
As mucamas ajudaram o garoto com a bandeja. Havia uma garrafa de vidro e um copo de madeira. Era a bebida do mestre Bruce.
— Eu pensava que era comida.
— O Grande Bruce tem vida eterna. Não precisa comer para sobreviver. Agora leve.
Os outros pokémons de Jason estavam nas pokébolas. O único que fazia companhia ao garoto era Charmander.
Jason viu Sawk e Throh. Lamentou não estar livre para analisá-los na pokédex. Entrou.
O quarto de Bruce parecia um dojo. Havia bonecos de madeira para treinamento de kung fu. Numa outra sala, o homem balançava um nunchaku enquanto suava só de calça.
— O que faz, menino? Venha.
Jason e Pyro se aproximaram. Bruce pegou o saquê. Odiava a bebida japonesa, mas era a única alcoólica no mundo espiritual.
— Quando poderei voltar?
— Pra que a pressa?
Jason explicou a situação.
— Seu pai que espere... e não faça essa cara chorosa. Já disse que você é o meu servo.
— Mas pode ser tarde demais...
— Por quê? Aqui o tempo passa mais rápido do que na Terra. Um ano aqui é um dia lá.
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