Pokémon Pyro Max escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 116
PPMAX-116: A servidão de Jason




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Dentro de um dos quartos secundários, Jason acordou assim que sentiu um cheiro bom de comida. Levantou-se e ficou olhando tudo ao redor por alguns minutos. Pensou estar morto ou algo do tipo.

A serva mascarada surgiu no recinto. Jason levou um susto e caiu da cama.

— Quem é você? Onde eu estou?

— Sou uma mucama do templo. Você está nos aposentos secundários do Grande Bruce.

Mas Jason não entendeu quem era a mucama, nem o local e nem o Grande Bruce. Lembrou-se de Pyro e dos seus demais pokémons. Levantou.

— O meu Pyro! É um Charmander.

Fujin apareceu na porta e cumprimentou o menino. Jason perguntou as mesmas coisas ao guardião dos ventos de Aonikahara.

— Seus pokémons estão sãos e salvos. Celebi está com eles. A sua mochila tá sobre aquela cômoda. O seu Charmander não corre mais risco.

— Quero vê-los! — disse enquanto pegava a mochila.

Fujin formou uma pequena nuvem e subiu sobre ela. Pegou Jason e o pôs atrás como se fosse uma pessoa numa garupa de moto.

— Não precisava disso...

— Claro que precisa. O templo é gigantesco. Vamos.

Ambos saíram voando para fora do quarto e pegaram um corredor enorme e espaçoso. Passaram por diversos setores do templo.

Celebi, os pokémons de Jason e os demais guardiões comiam no salão de jantar. Pyro comia um pedaço de carne quando viu o seu parceiro chegar.

— Pyro!!

Ambos deram um abraço um no outro e quase chorando. Jason realmente chegou a pensar que o seu pokémon morrera.

— Como vai, garoto? — indagou Gyatso.

— Estou bem, senhor. Oh... vocês também vieram?

Jizo abanou a mão em sinal de "olá". Ryūjin e Kagutsuchi eram os únicos que não se importaram muito com a presença do garoto.

— Galvantula, Eevee e Tyrantrum! Ainda bem que todos estão bem.

Os pokémons só faltaram sufocar a criança. Gyatso convidou Jason para o jantar.

— Coma tudo o que puder. Mais tarde, alguém vai levá-lo para conhecer o Grande Bruce — disse Gyatso.

— Por que eu tenho que conhecer?

— Por que eu te ofereci para ser o servo dele — respondeu Fujin.

Mas Jason não ficou nem um pouco alegre.

...

Após o jantar, o velho Gyatso levou Jason para a sala de banho. Era um espaço amplo com uma piscina natural com bordas de pedras e água morna. Ele se despiu e pulou.

— Que vida boa, hein? — Fujin também entrou na água.

— Você me ofereceu para ser servo de alguém que eu nem conheço. Se eu não morri, prefiro voltar para o meu mundo.

— Não dá. O meu mestre tá interessado em você. E mesmo que Celebi tentasse abrir o portal, não conseguiria. O Grande Bruce tem como impedir.

Jason não gostou do que ouviu. Ficou com a metade do rosto sob a água e passou a borbulhar com a boca. Seus pokémons que brincavam com o banho sem se importarem.

— Meu pai foi sequestrado. Levei uma surra. Estou com raiva de mim mesmo. Com raiva da minha fraqueza.

— Por que você não pede ao Grande Bruce que te treine? Ele é um lutador de Kung Fu. Já pensou você virar um cara casca dura?

Mas Jason não cogitou essa possibilidade. Queria voltar o quanto antes para a Terra.

...

Após o banho, minutos depois, a mucama entregou uma roupa preta com mangas longas e esvoaçantes para Jason. Depois pediu ao garoto para sentar numa cadeira a fim de cortar o seu cabelo.

— O quê? Como assim cortar o meu cabelo?

— Essa são as ordens do senhor Bruce.

Os cachos do menino foram cortados com a tesoura. Aos poucos, Jason ficou com a cabeça quase raspada.

— O que houve contigo?! — indagou Fujin.

— Esse maldito Bruce ordenou que me cortasse o cabelo. Já odeio ele.

Pyro pulou nos braços de Jason. Ambos correram pelos corredores do templo. Fujin não se atreveu a passar pelos aposentos pessoais do Grande Bruce.

 

Havia um jardim extenso e belo na parte de fora do templo. Era noite e Bruce adorava descansar deitado num galho de cerejeira.

Jason correu por todo o jardim, passou pelo gramado e viu a árvore com as suas folhas rosas. Viu um homem comum sobre o galho. Pegou uma pedra e jogou. Bruce segurou, apesar de seus olhos ainda estarem fechados.

— Você é um atrevido, menino — Quebrou a pedra com a força da mão.

— Quero voltar!

Bruce deu um pulo ao solo.

— Você servirá como o meu servo. Há tempos que eu não tenho um desde que o meu antigo morreu.

— Pyro... ataque ele!

Mas Charmander ficou intimidado com Bruce. O pokémon não se atreveu.

— Em vez de ser estúpido com quem salvou a miserável vida do seu pokémon, por que não me serve?

As palavras de Bruce deixaram Jason desconcertado. De fato, Pyro estava entre a vida e a morte.

— Desculpa...

— Eu não ouvi.

— Desculpa!

— Ah sim. Vou para o meu quarto. Leve a bandeja com os meus saquês.

Jason abaixou a cabeça e não falou mais nenhuma palavra.

As mucamas ajudaram o garoto com a bandeja. Havia uma garrafa de vidro e um copo de madeira. Era a bebida do mestre Bruce.

— Eu pensava que era comida.

— O Grande Bruce tem vida eterna. Não precisa comer para sobreviver. Agora leve.

Os outros pokémons de Jason estavam nas pokébolas. O único que fazia companhia ao garoto era Charmander.

Jason viu Sawk e Throh. Lamentou não estar livre para analisá-los na pokédex. Entrou.

O quarto de Bruce parecia um dojo. Havia bonecos de madeira para treinamento de kung fu. Numa outra sala, o homem balançava um nunchaku enquanto suava só de calça.

— O que faz, menino? Venha.

Jason e Pyro se aproximaram. Bruce pegou o saquê. Odiava a bebida japonesa, mas era a única alcoólica no mundo espiritual.

— Quando poderei voltar?

— Pra que a pressa?

Jason explicou a situação.

— Seu pai que espere... e não faça essa cara chorosa. Já disse que você é o meu servo.

— Mas pode ser tarde demais...

— Por quê? Aqui o tempo passa mais rápido do que na Terra. Um ano aqui é um dia lá.


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