Udonna Ginger era uma das duas líderes de ginásio de Woodland, no entanto alternava o ano com a sua irmã, Lea, pois existiam outras tarefas que ela fazia. A moça era conhecida por ser dona de uma loja para pokémons.

— A minha loja não é qualquer uma. Convido a todos a conhecerem ela. Que tal?

O convite de Udonna deixou Jason animado. Luiza perguntou se havia uma loja de penhores na cidade.

— Aqui na cidadela tem algumas — disse Poirrot. Mostrou o endereço à moça.

Luiza, portanto, não se juntaria aos outros no topo da árvore. Antes decidiu vender o seu tesouro. Despediu-se temporariamente.

— Bom... tenho um carro que vai para o elevador. Também podemos ir a pé, mas levaria horas até chegarmos na minha loja.

Robert pediu a gentileza de levar a todos no carro. Era uma van roxa com o símbolo da banana.

A viagem não foi muito longa. Havia um pedágio para ir ao setor dos elevadores para automóveis. Um tubo de vidro seria o meio de transporte para levar todos para cima. Cabiam cerca de cinco veículos dentro.

— Olá, Udonna — falou a moça que trabalhava no elevador.

— Oi. Olha só quem apareceu — Poirrot apareceu para dar um tchauzinho à moça. Os dois se cumprimentaram.

Jason observou o elevador subir numa velocidade razoável. Logo a vista panorâmica da cidadela era nítida. As montanhas e parte da floresta ao fundo acrescentavam uma bela visão.

No galho principal, o elevador abriu. Os carros começaram a sair.

— Estamos seguros aqui em cima? — Perguntou Simon.

— Não precisa ter medo. Gardenia é uma árvore com mais de 10 mil anos de idade. É de uma espécie que vive no mínimo 100 mil. Ainda temos 90% da sua expectativa de vida garantida, não é? E também construímos uma rede de pontes e estradas que ligam os 5 mil galhos que ela possui. — Udonna explicava enquanto dirigia.

De fato, a pista era feita de madeira e as ruas também. As casas tinham formato de pêras gigantes. Poirrot explicou que a fruta original tinha o tamanho de uma casa.

— Melhor irmos ao ginásio primeiro. Quero enfrentar a líder logo.

Udonna pegou uma ponte que ligava a outro galho principal. Passaram por uma estrada fechada de um lado e de outro com duas folhas gigantes.

O ginásio de Woodland surgiu sobre eles. Como? Ficava num galho acima. O prédio tinha um formato de colmeia.

— Isso é impressionante — falou Simon.

O carro pegou uma estrada em forma de espiral que dava voltas no galho até chegar na parte de cima. A fachada do ginásio era simples. Havia um arco na entrada que dizia "GYM". Após o arco, estava a parte dianteira com um jardim no meio e a porta de entrada bem à frente. Jason desceu do veículo e viu um grupo de treinadores esperando abrir.

— O que houve? — perguntou para um treinador.

— Tá fechado. A líder não está.

Udonna e Poirrot também não puderam entrar no ginásio. Era estranho. Mas havia treinadores demais ali.

— Você não disse que ela só queria duelar contra um treinador hoje? — Perguntou Robert.

— Que estranho... — O celular dela tocou. — Sim? Como?

A mulher mudou a expressão. Estava contente. Perguntou a Jason se importaria de ir para a loja primeiro. O menino aceitou ainda com desânimo.

— Quero que conheçam uma pessoa que me inspirou muito. Vamos.

A loja ficava num galho perto do ginásio. Era uma cúpula com as cores da joaninha. Dentro era bem espaçoso. Como se fosse um shopping center. Os clientes passeavam com os pokémons fora das pokébolas.

— Podem tirar os seus — falou a anfitriã.

Jason retirou Eevee, Galvantula e Tyrantrum; Simon retirou Houndour, Ludicolo, Zoroark, Hitmonchan e Anorith.

As vias de acesso da loja eram feitas de um gramado biológico (como de campo de futebol), possuíam vasos com flores e algumas árvores enfeitando.

Arthur permitiu que Jason verificasse o Detetive Pikachu.

Nome: Pikachu

Designação: Pokémon camundongo

Número: 025

Tipo: Elétrico

Sexo: Macho

Grupo de ovos: campo / fada

Peso: 6 kg

Altura: 0,4 metro

Razão de gênero: 50% masculino e feminino

Estado: Velocidade

Apesar da família Ginger ser proprietária da loja, apenas o Day Care era o ambiente de trabalho deles. As demais lojas eram de vendedores contratados que também ganhavam. Havia cabelereiro, centro pokémon, spa, restaurante, cybercafé, cinema, loja de banho, farmácia, mercearias, etc. Era praticamente um shopping só para os pokémons.

O Day Care permitia a criação e o cruzamento de pokémons para a venda. Dentro da loja, os pais de Udonna eram baixinhos e simpáticos. Mostraram o salão de estar que lembrava um jardim com uma lagoa artificial. Depois mostraram a encubadora com os ovos e os ambientes de acasalamento. Não, não podia analisar os pokémons do Day Care.

— Udonna-chan, vim buscar meu Bulbasaur.

— Senhora Erika!

Uma mulher com quase 40 anos e de cabelos curto acima dos ombros apareceu. Ela usava uma tiara verde na cabeça. Vestia-se com um quimono laranja e verde.

— Gente, eu quero que conheçam Erika. Ela me inspirou a ser treinadora de pokémons de planta. Ela é líder de ginásio em Kanto.

Erika cumprimentou a todos. Mas a pergunta era: onde estava Lea Ginger?

...

Ainda na cidadela, um grupo de policiais investigaram algumas pessoas nocauteadas nas ruas menos movimentadas. As vitimas eram homens de meia-idade. Sem motivo aparente, algo os acertava por trás.

— O que fazem aí nesse beco?

— Senhorita Lea!! A gente tava investigando...

Lea era a irmã gêmea de Udonna, porém com cabelo curto. Ela odiava vestidos e preferia calça. Fazia estágio na polícia da cidade.

— Vim dá um rolê na cidadela, mas vi que tem algo estranho acontecendo. O que estão esperando? Chamem a ambulância.

— Sim, senhorita.

Ela olhou para o telhado de uma casa, mas nada. Greninja se escondeu antes de ser visto.

Enquanto isso, Luiza saiu de uma loja de penhores sem conseguir vender. Esbarrou com um garoto com capuz. Era Bernardo Greco.

— Desculpa.

— Não esquenta — entrou na loja.

Luiza pediu um táxi para a próxima loja. Bernardo... nocauteou o dono do estabelecimento por engano. Olhou a foto borrada de Robert.

— Também não é esse.