The Second Noah Clan escrita por Second Noah


Capítulo 4
A primeira chama do inferno - Narrado por Samantha


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora pra lançar o cap, foi a primeira semana de aula e eu não tive muito tempo para escrever. Mas aqui está e espero que gostem ~ Bia-chan ~



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Lindo. Uma missão com dois Noahs. Bem, o que eu poderia fazer? Em questão de minutos, estávamos na sala de Komui. Komui quis por quis trazer Lavi, além do grupo de vigia de Jasdevi, composto por eu, Bia e Julia. A sala de Komui era pequena, tinha paredes brancas, sem janelas óbvio, um chão coberto e recoberto por papéis. Nós seis estávamos sentados em frente à mesa dele, também coberta por papéis. Komui procurava algo nas gavetas de sua mesa. Bia estava em silêncio, nesse meio tempo ela havia se afastado de Katherine por causa dos gêmeos, ela ainda não se sentia muito bem fazendo missões sem ela. Júlia, como sempre, estava de braços cruzados quase dormindo na cadeira. Jasdevi já estava fazendo isso. Roncando ainda por cima. Eu estava sentado ao lado de Lavi, conhecido por Jasdevi como o cara de cabelo vermelho. Eu quase tive um infarto quando uma pasta preta enorme foi atirada na mesa. Jasdero quase batia a cabeça no teto quando acordará. Já Devit não levou tanto susto. Komui sentou-se na nossa frente e repousou o queixo sobre suas mãos. Ele encarou os gêmeos e apontou levemente para a pasta:

– Vocês tem algo a ver com isso? – ele falou com um tom sério.

Bianca pegou a pasta em um milésimo de segundo, ela sempre foi muito curiosa. Ao abrir a pasta, seus olhos se arregalaram.

– Um massacre... – ela murmurou, em choque.

Komui arrancou a pasta de suas mãos. Ele a colocou sobre a mesa novamente.

– Mas eles não saíram de nossa vista desde o dia que fomos designadas a vigia-los. – Júlia grunhiu.

– Me escutem. – ele cortou Júlia. – Houve um massacre de um grupo de Finders de número superior a trinta na Alemanha. Isso aconteceu num vilarejo, onde todos os corpos foram encontrados numa pequena igreja. Todos os corpos estavam ou despedaçados ou estripados. E resultados de autópsias mostram que eles foram torturados até a morte.

Aquilo não parecia algo feito por Noahs, e soava muito estranho para um Akuma. Mas por que Komui estaria acusando a gente? Quer dizer, ele estava acusando a gente?

– Mas essa não é a missão de vocês. – ele completou. Ele abriu a pasta e tirou um saquinho transparente que tinha um pequeno pedaço de papel rasgado dentro. Ele o colocou sobre a mesa. – Esta é a missão de vocês.

Dessa vez, eu consegui roubar o saquinho primeiro. Ao ler o que havia escrito no papel, minhas mãos começaram a tremer. Lavi pegou o saquinho e passou adiante.

– O que isso significa? – Júlia resmungou.

No papel havia escrito em sangue seco com uma letra esquisita: “Milênio está feliz novamente, se não desejam outro massacre como este, me encontrem na união entre Espanha e Portugal. Com ódio, brinquedo número um.”

– Primeiro, nós não entendemos o que a “pessoa” que escreveu isso queria dizer. Segundo, esse bilhete foi encontrado ontem. – Komui disse com um olhar sério. – E por último, eu penso que esse “brinquedo número um” não se refere a um Akuma.

– Claro que não foi um Akuma. – Devit deu de ombros. – Eles não sabem escrever.

– Que afirmação de filósofo, hein, Devit? – Bianca disse com sarcasmo.

– Você está dizendo que se trata de um Noah, então? – Komui olhou fixamente para ele.

– Sai de mim, quatro-olhos. – ele reclamou, se ajeitando na cadeira. – E eu sei lá.

– De qualquer modo, acho que o local cuja pessoa que escreveu se refere é uma festa particular que acontecerá hoje entre nobres portugueses e espanhóis.

– Festa? – eu automaticamente perguntei.

– Esses nobres, Samantha, são ou prefeitos ou donos de terras. – Komui continuou. – A morte deles poderia causar conflitos internos em ambos os países. A missão de vocês é protegê-los.

– Então pra quê tanta gente? – Bianca reclamou. – Isso deve se tratar de um ou dois Akumas.

– Como Devit disse, Bia, não foi um Akuma. – ele rebateu.

– Você acredita no que eles dizem? – Bianca grunhiu. Eu quase pude ver as palavras dela espetando as cabeças de Jasdero e Devit.

– É isso que você pensa de nós?! – Jasdevi gritou.

– Não foi isso que eu quis dizer... – ela começou a resmungar, revirando os olhos.

– Fale com a mão. – Jasdevi disse simultaneamente, fechando as mãos e as colocando na frente de Bianca. Era óbvio que eles estavam fazendo aquilo só para irritá-la.

– Mãos, seus donos são uns retardados acéfalos. – ela disse, virando a cabeça para os gêmeos.

– Ora, sua...! – eles grunhiram para ela.

– Querem brigar é? – ela mostrou a língua pra os gêmeos.

Em menos de um segundo a adaga de Júlia estava apontada para a garganta de Bianca.

– Cale sua maldita boca. – Júlia grunhiu.

– Sim, senhora. – Bianca respondeu, afastando levemente a adaga de Júlia com a ponta do dedo.

– Voltando. – Komui disse, cruzando os braços na mesa. – Vocês iram a essa festa, se infiltrando como casais.

– O quê?! – Bianca berrou, quase pulando da cadeira.

– Que merda...?! – Devit gritou, quase no mesmo segundo que Bianca.

– Já são quatro da tarde, a festa começa as sete. Não temos muito tempo; – Komui se levantou e bateu palmas como se chamasse alguém. – Esperanza, Louise, são todos seus.

Atrás de nós, a porta se abriu com um chute e um grupo de mulheres de jalecos apareceu atrás de nós. Na frente havia duas mulheres, que pareciam ser a tal de Esperanza e a tal de Louise. Elas pareciam... Não, elas eram gêmeas. Ambas tinham pele bronzeada e olhos verdes. Ambas tinham cabelos pretos, mas um delas tinha um cabelo curto liso e a outra tinha um cabelo longo cacheado. Mas era estranho elas terem nomes tão diferentes. Uma parte do grupo agarrou Bianca, Júlia e eu pelas costas e começaram a nos arrastar para fora da sala. Elas deviam ser muito fortes para aguentar Bianca esperneando como uma louca, Júlia se contorcendo para alcançar a bainha de sua adaga.

– Saco... – resmunguei. Enquanto a porta se fechava, eu sorri e acenei pra Lavi. – Boa sorte! – eu dei um risinho e me deixei ser arrastada.

Uns dois segundos depois, Bianca e Júlia desistiram. Em alguns minutos estávamos numa sala de paredes listradas com as cores vermelho e branco. O chão polido preto. Havia uns sofás brancos nos cantos da sala. Naquela sala nós sofremos as piores torturas resumidas em uma só frase: “Tratamento de beleza”. Em cerca de duas horas, todas nós estávamos vestidas de um jeito diferente, com roupas que se adaptassem a nossa arma anti-akuma. Bianca fechou o punho.

– De que modo esse vestido iria me ajudar com Serpent? – ela grunhiu encarando Louise, a mulher de cabelo curto. Bianca tinha o costume de chamar sua Innocence de Serpent, então não estranhe... Tanto. – Hein?!

– Ficou lindo em você. – um sorriso estampou-se no rosto da mulher.

– Puta que pariu! – ela berrou e teria pulado em cima de Louise e arrancado seus braços se eu não tivesse segurado os braços dela. – Cê tá me ouvindo, mulher maldita?! Quer morrer?!

– Claro que estou lhe ouvindo, querida. – ela sorriu levemente depois fez um olhar sério. – As saias dos vestidos de vocês três podem ser retiradas e essas roupas foram feitas especialmente para esta missão.

– Não vejo nada demais. – Júlia resmungou. Ela poderia até parecer calma, mas podia jurar pela minha vida que ela estava imaginando torturas para Louise.

– Nós tivemos que combinar nessas roupas algo que não fizesse vocês parecerem intrusos e liberdade para vocês se mexerem livremente, isso em um dia. – Louise revirou os olhos.

Eu acho que devia descrever nossos vestidos. Bem, o meu era laranja claro, tinha uma saia bufante com um laço branco na cintura. Minhas luvas estariam escondidas naquele laço. As mangas eram longas e justas, porém confortáveis. Meu cabelo estava preso em um coque. Bianca parecia sofrer com o dela. Um vestido de cor azul bebê e tons de branco, cheio de babados estranhos e com mangas longas e folgadas. O de Júlia era de um tom roxo escuro e praticamente igual ao nosso, mas isso não tem muita importância. Bem, depois de muitas reclamações, nós saímos da sala.

– Pela primeira vez em toda a minha vida, eu quero dar ser queimada. – Bianca resmungou.

– Queimada é pouco. Morta é melhor – Júlia resmungou de volta, dando seu melhor pra não deixar a saia presa na porta.

Bem, pouco me importava se teríamos acompanhantes ou não, mas Bianca e Júlia quase tiveram um infarto ao saberem que seus pares seriam respectivamente Jasdero e Devit.

– Sami-chan! – Lavi deu um pulinho. Assim como Jasdevi, ele estava vestindo um estranho tipo de terno. Porém, infelizmente, ele estava sem a faixa na cabeça. – Você está tão fofa nesse vestido!

Os gêmeos se lamentavam por não estarem usando maquiagem. Eu recebi um abraço bem apertado de Lavi, mas Louise o arrancou de mim com a desculpa de estar amassando o vestido. Bem isso está ficando monótono, então eu vou pular a viagem. Jasdevi tinha feito um real escândalo por estarem usando terno e não poderem estar na forma de Noah. Bem, nós tínhamos ido via Road. Quero dizer, as portas dela. As portam se abriram no jardim e nós seguimos adentro. O salão principal tinha um chão de mármore branco polido e uma grande escadaria. Pessoas vinham de todos os lados. Nós seis nós reunimos num canto com pouca gente perto da escadaria.

– Isso tá demorando muito. – eu resmunguei.

– Você jura, capitã óbvia? – Bianca respondeu com sarcasmo.

Eu estava prestes a responder quando algo me incomodou. Devit e Jasdero pareciam estar em transe, olhando para o nada. Suas mãos tremiam um pouco.

– Vocês estão bem? – as palavras saíram da minha boca automaticamente.

– J-Jasdero... Não é possível que ele tenha... – Devit gaguejou, sem desviar o olhar.

– Continuado... C-Com aquilo... E-Essa presença... – Jasdero murmurou.

Antes que eu pudesse perguntar ao que eles estavam se referiam, a parede branca explodiu ao nosso lado. Graças a Lavi, que sacou seu martelo na hora perfeita, não fomos esmagados pelas pedras. Em um milésimo de segundo, eu, Júlia e Bianca retiramos as saias e, graças a Deus, haviam shorts pretos em baixo. Nossos olhares se voltaram para a parede destruída. Sobre as pedras pairava um nível três de detalhes esverdeados.

– Então... – o nível três disse, inclinando a cabeça para o lado. – Vocês são os convidados.

Eu saquei minhas luvas e Lavi e Júlia sacaram suas armas anti-akumas.

– Bomba verde. – Jasdevi disse, ao meu lado. A bomba de “geleia” verde atingiu o nível três em cheio.

– Bianca, evacue os convidados. – Devit falou com um tom sério, encarando o nível três.

– Certo. – Bianca não ficou muito feliz com eles terem dito seu nome, mas não era hora de protestar. Ela simplesmente sumiu em meio à multidão em pânico.

Assim quando ela sumiu de nossa vista, o Akuma se livrou da gosma da bomba. Ele apenas riu.

– Quem lhe mandou aqui? – Jasdevi perguntou com seriedade, apontando suas armas para o Akuma. Eles estarem sérios era tão raro. Não entendo o que aquele nível três tinha demais.

– Os níveis três e quatro devem acompanhar o Clã Noah. – Jasdero grunhiu.

– Se você está aqui, foi sobre ordens diretas de algum deles. – Devit completou.

– Não vemos o porquê de algo tão infantil. Bomba azul! – Jasdevi atirou.

O Akuma nível três desviou facilmente do tiro, indo um pouco para a esquerda.

– Minha vez. – ele levantou a mão e ela brilhou levemente com um tom negro. – Não se preocupem. Infelizmente a senhorita Elizabeth-sama ordenou para não matar nenhum Exorcista ou Noah hoje. Ela afirmou que este era seu trabalho.

O Akuma atirou. O tiro foi tão rápido, que não deu nem tempo de tentar desviar. Quando abri os olhos novamente, estávamos presos em algo que chamaria de uma cúpula. Eu ainda estava de pé e os outros estavam ao meu lado. Eu tossi levemente.

– Que merda aconteceu...? – Júlia resmungou.

Eu não sabia o que fazer. Estávamos no mesmo lugar de antes, a cúpula era roxa e tinha um tom metalizado. Era pequena e tinha um raio de cerca de dois metros. Estava apenas parada lá.

– Esse Akuma deve ser do tipo de defesa. – Jasdero falou. – Ele não foi feito para lutar, ele pode criar barreiras como essa, que são quase inquebráveis.

Devit socou a parede da cúpula.

– Nós a entregamos para a morte... – ele rosnou.

– Bianca está nas mãos da tal de... – eu consegui seguir a linha de pensamento deles.

– Elizabeth é uma segunda Noah. – Jasdero resmungou, olhando para baixo. – Em cerca de meia hora, Bianca não deve passar de um cadáver.

Eu quase fiquei sem ar ao ouvir aquelas palavras.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? 030



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