The Second Noah Clan escrita por Second Noah


Capítulo 13
"Apenas por um sorriso..."


Notas iniciais do capítulo

Gente, primeiro gostaria de me desculpar pela demora do lançamento do capítulo. Todas as quatro autoras (Sami-chan; Bia-chan; Julia e My-chan) estavam em época de provas. CONFISSÕES DA AUTORA BIA-CHAN: Gente, nesse meio-tempo, eu e My-chan tivemos uma ideia prum Universo Alternativo da nossa fic com a música Madness of Miss Venomania(Megurine Luka) com Katherine = Luka; Louis&Elizabeth = Kagamigame Rin&Len; e as mulheres seriam as garotas da fic lol ~ Narração por Katherine



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                A segunda forma de Joker é realmente ridícula. Minha Innocence é ridícula. Digo, é legal ter uma Innocence que aumenta dezenas de vezes toda a força de meus músculos e que é uma extensão do meu corpo, me faz sentir como se não houvesse limites... Mas aquela roupa é tão... Destacar cada curva minha daquele jeito é meio embaraçoso.  Enfim, como Joker depende completamente do meu corpo para ter alguma utilidade, eu o separei em três tipos de uso para não me cansar tão facilmente. A forma semi-cristalizada de Joker não passa da adição de pequenos sininhos redondos e um chapéu, igual aqueles de bobos da corte, só que o meu possui apenas três pontas. No total são cinco sinos de sangue cristalizado, mais ou menos de um tamanho um pouco superior a bolinhas de gude, três nas pontas do meu chapéu e dois nas pontas das mangas dos braços. Apesar de eu realmente ficar parecendo uma idiota com aquela roupa, aqueles sinos são muito úteis contra rivais de “casca grossa”. Alvos difíceis de atingir pontos vitais para você que não entendeu o que quis dizer. Não subestime meus sininhos, tá bom? Simplesmente, vamos voltar à luta. Aquele garoto flutuava no ar, seus olhos fechados e a cabeça baixa, enquanto as gotas de sangue negro se chocavam contra o chão.

 - Ei... – ele disse num tom de voz vagamente frio, o que deixava as coisas meio macabras. – Cade, você sabe que o carbono é o principal elemento dos corpos vivos...?

 - Não me importa... Mas eu tenho uma pergunta. – falei seriamente. – Onde está a Innocence que foi roubada da Ordem?

            Ainda com a cabeça baixa, ele direcionou uma mão ensanguentada e apontou em direção ao seu peito. Engolir um objeto tão grande, principalmente uma Innocence... Isso não deveria sei lá, matá-lo? Mas então percebi que suas mãos sangravam sem parar, o que fazia poças negras no chão. Meus olhos se arregalaram em terror a hipótese que havia se formulado em minha mente. Ele... Engoliu a Innocence apenas para estimular o sangramento da matéria negra?! Ignorar a dor, ou até mesmo se ferir para ganhar uma luta quando não lhe resta opções é uma coisa. Agora, estimular uma coisa que pode levá-lo a morte no começo de uma luta?! Isso é insano.

 - Você deveria se importar com o carbono, Cade. – ele levantou o olhar para mim. Incrível. Não havia mais pupilas ou íris. Duas órbitas de um tom extremamente escuro de roxo. Consegui identificar a cor, pois eu tenho olhos detalhistas, afinal. – Afinal isso é uma caverna de grafite!

            Sabe quando você, numa aula de matemática qualquer... Só falta ter uma interrogação flutuando sobre sua cabeça? Eu provavelmente tive umas cinco. Em seguida eu tive um ataque de nervos e comecei a chutar e socar o ar.

 - SIM, PORRA! – berrei. – É UMA CAVERNA DE GRAFITE, E DAÍ?!

 - Tanto grafite como diamante são feitos de carbono. – ele respondeu, praticamente ignorando minhas ações de criança enfezada. Ele continuou dizendo. – Assim como um ser vivo é constituído principalmente por carbono.

            Antes que eu pudesse responder, senti o chão tremer. As poças de sangue negro se aderiram aos pedaços quebrados de rocha. As rochas derreteram, se tornando líquidas e elas começaram a se mover como vermes enlouquecidos. Melhor, como cobras completamente negras, só que sem feições ou qualquer coisa. Só quero que você entenda que eram formam cilíndricas, pontudas que estavam eretas e se moviam... Gente... Isso foi tão sugestivo assim? Quer saber? Foda-se. Enfim, não demorou até as “cobras” de matéria negra controladas por aquele pirralho se dobrarem num ângulo de ataque. Não tive tempo de desviar de todas, como todas vieram de uma só vez. Duas delas atingiram de raspão meu braço esquerdo. Como aquelas coisas tinham matéria negra em excesso, não me espantou que Joker fora rasgado e eu tenha ganhado dois leves arranhões. Caralho. Bianca estava realmente certa.  O corte uma lâmina de matéria negra é totalmente diferente de uma lâmina comum. A dor é imensamente maior. Só que essa dor era diferente da que Bianca havia descrito, a dela parecia retorcer os músculos do corpo, já a que senti era muito aguda. Era como se milhares de agulhas penetrassem e se movessem por dentro da ferida. Era muito agonizante. Imagine um médico costurar uma ferida sua sem anestesia, agora multiplique essa dor por umas cinquenta vezes. Mesmo assim, mantive-me em pé e com a expressão intacta. Exceto que eu arfava e tinha gotas de suor escorrendo pelo rosto, tanto pelo cansaço como pela dor. Três segundos depois eu estava me acostumando à dor, quando minha pele começou a borbulhar. Sim, minha pele começou a criar bolhas absurdamente rápido e elas explodiram imediatamente, o que deixou duas não muito profundas, porém largas crateras no meu braço. Automaticamente, Joker enrolou-se ao redor das feridas, parando o sangramento. Mas ia continuar sangrando, porque eu iria continuar me movendo e pulando como uma macaca sobre o efeito de drogas. Então, eu encarei o garoto com meus olhos enfurecidos.

 - Como você ousa... – naquele momento meu rosto foi dominado pela fúria e eu berrei levando a capacidade das minhas cordas vocais ao máximo. – Rasgar o MEU Joker?!

            Antes de começar a lutar, tomei fôlego. Já estava na hora de levar aquela luta a sério.

 - Técnicas do tronco... Boneca de pano. – murmurei.

            Ah, como era bom. Não demorou até Yui voltar a atacar com aquelas malditas “cobras” de matéria negra. Em parte, foi até divertido desviar daquelas coisas. Vinha cerca de cinco ao mesmo tempo. Desviava de cada um de um jeito diferente. Eu parecia uma contorcionista, desviando-me desse jeito: Fiz uma bananeira, desci as pernas até a cabeça, então dei um impulso com os braços, pousei no chão de um modo que minhas pernas escorregassem para abrir uma escala e deitar meu tronco contra a perna frontal e escapar das “cobras” superiores. Eu precisava atacar aquele pivete, estava muito concentrada em desviar, mas ele não dava uma brecha. Ele não se movia não se cansava; eu fazia exatamente o oposto e eu já disse isso umas... Duas vezes. Enfim, eu pensei em algo para atacá-lo.

            Uns dois minutos depois, desviando de ataques e tentando pensar em como ataca-lo, Yui fez algo muito estúpido. Ele reuniu as duas poças em uma e todas as cobras, tornando tudo uma só ramificação. Aquela era minha chance de atacar algum ponto vital dele. Eu realmente não estava pensando no que fazia, só queria dilacerar aquele pirralho mimado em pedaços. Aquela “cobra” era milhões de vezes mais rápida do que as outras. Dei manobras semelhantes para desviar daquele troço, ele realmente parecia um ser vivo, muito atento aos meus movimentos. Eu estava ficando muito cansada. Enquanto narro isso para você, nossa luta estava acontecendo há mais de trinta minutos. Cada palavra que você lê, acho que vale por uns três golpes que eu desviava.

 - Cansei.

            Resmunguei. Pousei no chão e fiquei ereta com uma expressão indiferente no rosto. Não ligava para os ataques que vinham. Deixei Joker criar uma espécie de escudo sobre meus antebraços. Comecei a andar com passos pesados, eu estava de mau humor por estar tendo uma luta tão demorada, em direção a ele. A cada ataque daquela minhoca preta de merda, eu desviava com os escudos e mesmo a enorme velocidade e força delas não me faziam recuar, nem sequer parar de andar. Sete metros de distância. Ele já tinha percebido, meu ponto fraco era o rosto. Não posso cobrir meu rosto, me sinto extremamente desconfortável sem falar que atrapalha imensamente minha respiração. Aquele pirralho não era tão burro. Achara outro ponto fraco em mim. Todo o carbono das rochas havia se dissolvido no ar e se tornado gás carbônico, o que reduzia o oxigênio naquele ambiente a quase zero. Primeira coisa que fiz foi ordenar Joker (mentalmente, ele é cristalizado) a fazer uma espécie de máscara que cobrisse minha boca e nariz. Não ia adiantar muito, não conseguiria prender a respiração para sempre. Outra coisa ruim que isso causou foi que não podia mais ver, tudo era fumaça, não tinha se passado nem um minuto que já estava lacrimejando. Aquele garoto apesar de Noah, também devia estar sofrendo as consequências do excesso de fumaça. E provavelmente, ele tinha saído do lugar. Eu estava dependendo da minha audição. Senti Joker se tornando um tecido mais grosso enquanto fechava meus olhos. Tentei focar completamente na localização dele apenas com base nos sons. Ataques não importavam, Joker me protegeria sem minha autorização. Ah, por falar nisso, imagine Joker como uma Innocence de consciência própria, ele me protege e lutaria comigo até o fim, apenas para realizar nosso desejo, o motivo de nossa sincronização. Segurei a respiração e tentei me concentrar ao máximo. Onde me esconderia se fosse ele...? Qualquer lugar ao meu redor estaria ao meu alcance, e simplesmente esticando Joker e dando rodopios conseguiria cortá-lo em dois. O subsolo. Dei um leve impulso com o braço para que Joker se fixasse no chão. Senti as ramificações se espalhando pelo subsolo. Aquele garoto estava me irritando profundamente. Se escondendo como um rato que sempre foge de um gato. Ah! Eu iria matá-lo! Com certeza!

 - Sabe, Yui... – grunhi. – Você é um covarde. Se escondendo como um bebê. Como se não tivesse confiança em si mesmo. Você me dá nojo. Enfrente-me, cara a cara. Posso ser mulher, posso ter sido estuprada, matado meu pai e muitas outras coisas... Porém sou superior a você. – apesar de que estava perdendo grande parte do meu fôlego, continuei falando com um sorriso provocativo. – Mas entendo você, eu já fui criança e conheço muito bem a sensação de ser fraca e inferior.

            Eu gostava e ainda gosto de provocar pessoas. Principalmente crianças, elas se irritam muito fácil. Não demorou muito até a fumaça se dissolver no ar e transforma-se em pequenas pedras de diamante. Elas foram lançadas contra meu rosto na velocidade de balas. Não me importei, elas me atingiram de raspão, criando uns sete cortes em meu rosto. Levantei o olhar para encontrar Yui na minha frente. Ele levantou um enorme espinho de pedra e atirou contra meu rosto. Desviei dele com a lâmina de Joker que estava em meu braço esquerdo, levando o “espinho” a quebrar-se completamente em centenas de pedaços.

 - Ora, ora... – disse, sorrindo ironicamente para ele. – A criancinha finalmente mostrou os lençóis molhados.

            Seus olhos expressavam ódio, porém seriedade. Sua blusa coberta de poeira.

 - Você é a única criança aqui, Katherine Cade. – ele disse num tom rígido. – Me recuso a discutir com alguém como você por isso... Vou matá-la de vez.

 - E por acaso eu sou algum tipo de deus que morre mais de uma vez, senhor? – dei de ombros.

            Ele deu uma risadinha. Não irônica. Era uma risada comum, como se ele realmente tivesse achado graça no que eu tinha falado.

 - Você é ridícula mesmo. – ele sorriu levemente antes de sua expressão voltar a ser séria e odiosa. – Vou parar de brincar, como você pediu. Então irei matá-la. Porém preciso segurar você aqui por quanto tempo for possível para que o objetivo seja cumprido.

 - Nunca reclamo por algo que peço. – respondi. Devolvi o olhar sério e frio dele. Aquela menção dele sobre o objetivo me incomodou, porém ignorei aquilo. – Ei, Yui. Sabe qual é o motivo de ter minha sincronização tão alta com Joker? Assim como Allen Walker arrisca sua vida para salvar humanos e Akumas... – sorrio docemente para ele. – Eu morreria apenas para ver o sorriso de uma pessoa que amo.


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Notas finais do capítulo

Povo, a partir do próximo capítulo, eu,Bia-chan vou escrever no tempo presente. Até agora só escrevi como se as personagens narrassem algo que já aconteceu, agora vou narrar como se tudo estivesse acontecendo em tempo real. :3 Obrigada por lerem e espero que tenham gostado ~



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