The Second Noah Clan escrita por Second Noah


Capítulo 12
Brinquedo Número 4: Yui Yamamoto


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o cap está aquiii! Aproveitem! ~ Narração por Katherine Cade.



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Eu não fazia (nem faço) a mínima ideia de como caí de pé. Eu sei que consegui deslizar pelo tubo de modo que não batesse de cara contra o chão. O tubo era escorregadio, o que confirmava minhas hipóteses sobre aquele lugar ser coberto de lodo. Isso é tão monótono... Eu não estou com a mínima vontade de narrar isso. Enfim, me pus de pé, ajeitando meu cabelo. O local era semelhante a uma caverna. Tinha estalactites e estalagmites enormes cobertos por lodo, e obviamente, gotas de água pingavam do teto e escorriam pelo chão, criando dezenas de poças. Um fino e sinuoso, porém profundo, riacho de águas cristalinas cortava a caverna em duas metades. O que me era estranho era que o teto era baixo, digo, a distância entre o chão e o teto era de uns dois metros e algum treco. Isso não é comum para esse tipo de caverna, normalmente as cavernas que possuem estalactites ou estalagmites (dane-se o nome dessa porra) tem calcário em excesso... Vou chamar esse treco de “espinho de pedra”, nome difícil! E... Estalame... Estalat... Bem, levantei o olhar em direção ao Noah que guardava aquela sala, estando ele, do outro lado do riacho. Tratava-se de um garoto de cabelos negros cacheados e de intensos olhos púrpuros. Suas roupas tinham um ar esportivo, com um par de tênis brancos, calças jeans pretas e uma blusa básica preta que se destacava em sua pele pálida. Ele me encarava com um olhar indiferente.

 - Seja bem-vinda, Katherine Cade. – o garoto disse com uma leve reverência de ar sarcástica. – Você não é a prostituta?

 Permaneci em silêncio e tentei não demonstrar nenhuma reação.

 - Ora, ora! Não precisa ficar tão brava. – ele lançou-me um sorriso de certo modo, caloroso. – Não sou como Elizabeth, eu não gosto de provocar as pessoas usando seu passado. É uma coisa monótona. As pessoas não lutam para vencer, só lutam pela raiva, o que torna a luta uma coisa boba e estúpida. Apenas queria saber se era realmente você.

 - Uau. – eu não pude fazer nada além de rir. – Desculpe, queridinho! Eu não sou uma prostituta e nunca fui, apesar de ser filha de uma. – fiz o sorriso desaparecer de meu rosto e me mantive séria. – Você é o meu oponente, não é? Quero acabar logo com isso, não estou a fim de bater papo.

 - Espera. – ele brincou com os seus cabelos. – Se eu vencer, matarei você. E você terá que morrer sem derramar uma lágrima. É um acordo, em troca, se eu perder, realisarei algo que você exija.

 - Estranho. – argumentei. Lancei um sorriso ao garoto. – Se eu vencer, o matarei da mesma forma. Minha exigência será uma surpresa. Meu nome é Katherine Cade, como você já sabe.

 - Yamamoto Yui, irmão gêmeo de Yamamoto Fuyoko. – respondeu ele.

 - Boa sorte. Você vai precisar dela. – dei de ombros. Fechei meus olhos e me concentrei. A sincronização com a Innocence, para mim, era algo extremamente necessário em campo de batalha. Murmurei as seguintes palavras.  – Joker.

 Meus sapatos que carregavam os laços brilharam. Os laços começaram a se mover loucamente como cobras que se agarraram aos meus tornozelos e começaram a se subir pelas minhas pernas, se esticando mais do que o possível. Em poucos segundos eu estava com uma espécie de roupa que me cobria dos pés ao pescoço. O ruim da minha Innocence era isso, meu uniforme desaparecia como mágica. A roupa se encaixava em cada feição e curva do meu corpo, tinha listras horizontais vermelhas e brancas e longas mangas, ainda mais longas que meus braços.

 - Técnicas dos membros: – levantei o meu olhar para encarar os olhos do menino. – Extensões de molas.

 Antes que pudesse começar a me mover, senti o ar ficando pesado, de repente, tinha ficado difícil respirar. As longas mangas que ultrapassavam meus braços enrugaram, as que ultrapassavam as pernas fizeram o mesmo. Ignorando a dificuldade respiratória, dei o primeiro movimento. Minhas mangas haviam se alterado para uma estrutura diferente de um tecido, uma espécie de mola, mas ainda tinha a mesma superfície. Ou seja, agora eu tinha um incrível impulso para pular. Para vocês não ficarem confusos, vou explicar como minha Innocence funciona em modo primário (o que eu estou usando): Joker não passa de um pedaço de pano, que atua do jeito que eu desejar, seja esticando, diminuindo, assumindo forma metálica, dividindo-se em pequeníssimas extensões. Enfim, Joker é uma espécie de Innocence muito útil e eu possuo uma sincronização muito forte com ele (obviamente) e ele possui vários “níveis” e modos de uso, que eu não pretendo explicar agora. Prefiro voltar para a luta. Voltando, o uso de Joker nos meus pés como molas me permitia correr quase tão rápido quanto um grande felino.

 Meus braços se juntaram, as mangas de ambos se enlaçaram e adquiriram forma sólida e usei aquela extensão como uma vara para pular o pequeno córrego e me aproximar mais rápido do alvo. Deslizei para o lado para me desviar de uma estalagmite, porém continuei correndo... Aqueles espinhos de pedra malditos estavam brotando do chão para impedir que eu avançasse, eles brotavam exatamente contra mim. Tentei desviar deles, porém eles não paravam de surgir, toda vez que eu desviava de um, outro estava mirando contra meu coração. Eu parei, inclinando-me para trás, desviando-me de outro ataque, escapei de raspão, com a ponta da estalagmite tocando a pele do meu queixo. Pus-me de pé para encarar aquele garoto.

 - Sua memória Noah, por acaso, descendeu da de Tyki Mikk? – perguntei em tom sério. O poder daquele garoto aparentava estar fazendo aquelas coisas brotarem do chão então logo pensei na habilidade de Tyki de controlar a matéria de seu corpo.

 - Tyki? – o garoto deu um riso abafado. – Eu sou Yui Yamamoto, minha parte Noah descendeu de três apóstolos, os gêmeos de Bondomu e a apóstola de Lubster. Os laços e a luxúria de Noah resultaram no apóstolo do amor, eu. Meu poder vem da junção dos poderes das duas memórias, a materialização e a metamorfose dão origem à metamorfose da matéria ao meu redor. – ele sorriu de um modo aterrorizante. – Tudo nesta caverna está sobre meu controle, cada pequena partícula e átomo.

 Uau. Esse menino era uma presa difícil de ser pega. Respondi a sua explicação com um sorriso insolente. Pensei em milhões de teorias para atingi-lo. A melhor que consegui foi recuar. Dando mortais no ar, eu me agarrei a uma estalactite no teto. Bem que eu tinha estranhado... Toda aquela caverna tinha sido criada a partir do poder daquele pivete, isso sem falar que ele podia controlar a matéria sem mover um dedo. Minhas mangas inferiores se agarram na estalactite apenas por precaução. Estávamos lutando de igual para igual, comigo naquele nível. Tinha que... Soltei minhas mãos do “espinho” e deixei meu corpo cair para me desviar de outra rocha. Se eu não tivesse feito aquilo teria virado suquinho. Cai de pé no chão, precisava liberar o outro nível da minha Innocence, porém... Mais ataques, ele não se movia para atacar e isso tornava os ataques dele muito rápidos e quase ao mesmo tempo. Eu ia acabar me cansando, ele estava a uns dez metros de distância, pairando sobre o ar e me encarando como um verme. Eu iria acabar com essa bicha. Mas antes, meu cabelo estava caindo na minha cara. Maldição, não tinha trazido nenhum prendedor comigo para essa missão. Juntei todo o meu cabelo, agarrando-o com uma mão, e com a outra Joker assumiu forma metálica. Os longos fios de cabelo caíram no chão úmido. Agora, meu cabelo estava quase do tamanho do de Lenalee após a luta com Eshi.

 - Vou eliminá-lo da face da Terra. – sorri ironicamente para o garoto. Aquele pirralho estava abusando do meu bom humor.

 - Posso ver que nem todos os membros da Igreja são padres gordos e estúpidos, também tem ex-prostitutas de TPM... – disse ele de modo indiferente. As mãos dele tinham cruzes negras. Ele as pressionou contra o rosto antes de elas começarem a sangrar um sangue negro.

            Percebi que havíamos apenas examinado um ao outro e o estilo de luta antes da verdadeira batalha começar. Minhas mãos se agarraram e pressionei-as contra o meu peito, com os olhos fechados. Ah é, esqueci-me de um pequeno detalhe...

 - Boa sorte, Katherine Cade. – disse o garoto com uma voz sarcástica.

            Entre todos os Generais, eu era a única que possuía uma Innocence...

 - Joker... – murmurei. Em minha mente, vi a mim mesma despida numa paisagem rubra, segurando um enorme laço branco. Em minha mente sussurrei: Utilize dois terços do poder de nossa sincronização. Abri os olhos para encarar o Noah diretamente em seus olhos frios. Eu estava completamente determinada a mandar aquele pirralho para o inferno. – Estágio dois: Ativar forma semi-cristalizada!


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Notas finais do capítulo

Dúvidas, críticas, elogios ou qualquer coisa, comentem :33



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