Nascente Sangrenta escrita por Júlia Fernandes, Isa Carlie


Capítulo 5
Prefiro sorte de veterano


Notas iniciais do capítulo

HEY PEOPLE! Então,desculpe não ter mais nada postado, é que eu (Júlia) tava com preguiça de escrever...
Capítulo escrito por: Júlia Fernandes



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Eu fechei o livro que estava lendo. Página 457 eu pensei, era poucas páginas lida para um momento que me obrigou a ficar sentada por horas. Eu não gostava de voar de avião, nunca tinha experimentado voar quando era humana, mas sempre que eu voei (como vampira), tinha a sensação que iria cair, e fazer três escalas até Londres não foi nada fácil para mim.

Tínhamos saído de um país extremamente quente, Brasil era o nome daquele grande território. Chegamos lá depois de dar uma rápida passada por dois países da América central.

Primeiro fomos ao México, a Cidade do México era realmente impressionante. Eu e Fred fomos bem recebidos na cidade, os humanos foram bastantes hospitaleiros. Fred me disse que como ali vinha um número considerável de turistas, o povo acabou por desenvolver uma enorme simpatia por estrangeiros. Foi um pouco difícil achar o Clã de lá, não tínhamos muitas referências do exato lugar onde os vampiros se encontravam. Vagamos por uns dois dias até achar um deles se alimentando, por sorte tínhamos acabado se nós abastecer, se não, nós dois poderíamos ter avançado no coitado, mas agora até que não me parece mais uma má ideia comparada a como eles eram horríveis.

   Foi inteligente a estratégia do Fred, ele achou melhor primeiro conhecer um pouco daquele Clã para depois informar o nosso plano, nas palavras dele era para “Não ter imprevistos” e com as minhas seria “Para não sermos dedurados ou mortos”.

Diferentes dos humanos que os rodeavam, os vampiros do México eram muitos desconfiados e reservados. Depois de dois dias tentando descobrir a posição do clã perante os Volturi, mas eles sempre esquivavam do assunto. Ficamos acomodados por eles com a desculpa de sermos nômades. Dos dez vampiros que pertenciam a aquele Clã, eu apenas me afeiçoei a uma, Gabriela. Ela parecia igual a todo o seu clã, mas no segundo dia ela acabou por me contar que perdeu toda a sua antiga família por causa de uma criança imortal que o chefe do Clã tinha adotado. Ela tinha conseguido fugir: “Eu nunca tinha olhado nos olhos da criança, fugi dois dias depois de sua chegada, eu sabia o que iria acontecer e não podia presenciar aquilo”. Eu senti muita pena da garota, me surpreendi por ela ser tão sincera com uma estranha, mas fiquei feliz por ela dividir comigo um pouco de sua dor. Eu pensei em contar o meu plano, mas achei melhor omitir este fato, Gabriela parecia ter se afeiçoado em mim e no Fred, não queria deixar sua tristeza maior assim que contasse que nós planejávamos basicamente criar uma guerra contra os Volturi.

Nós despedimos do grupo e agradecemos sua hospitalidade. A nossa falta de sorte nós deixou um pouco abatidos, mas conseguimos seguir em frente. Como Fred disse assim que saímos da residência deles: “Não gosto de sorte de principiante, prefiro sorte de veterano” e com isso saímos rindo pelas rua até o aeroporto que nós levaria para o próximo país da lista.

Depois fomos a uma colônia na Guatemala. Conhecemos a comandante de um grupo quando desembarcamos no aeroporto da capital da cidade, chamada Amanda, o seu dom é pressentir quando alguém vai precisar dela. Ela me contou que tinha perdido um dos seus “pupilos” (como ela chamava) para a Guarda dos Volturi a cerca de noventa anos, ficamos junto a Amanda e outros vampiro três vampiros por três dias.

Fred e eu concordamos que eles eram confiáveis para saberem do plano, eu me surpreendi em como eles aceitaram bem e em troca foi nos confidenciado que todos aguardavam ansiosamente uma maneira de se vingar da Guarda, mas tinham receio de perder mais alguém da família.

Como eram vampiros tradicionais, fomos levados para caçar perto de um vulcão, onde alguns turistas acampavam. Foi muito divertido, Paulo (o parceiro de Amanda) ficou contando histórias de terror para mim e Fred, enquanto os dois filhos adotivos deles (Jack e Sam) tentavam nos assustar.

 Depois de satisfeitos, os vampiros gêmeos Jack e Sam me convenceram a subir o vulcão, a vista era muito bonita, a flora lá embaixo deixava tudo mais bonito.

- “Eu disse que vo ia gostar Bree.” – Sam riu – “ Eu nunca erro.”

- “Nem um pouco convencido né?” – nós três rimos – “Eu gostei muito daqui, é tão tranquilo. Quando olho para o horizonte não me sinto pressionada para criar uma guerra, parece tão distante, assim como os animais lá embaixo. Parece que eu poderia fazer tudo e nada neste exato momento.”

- “Como já foi dito: Não é somente minha imaginação. Olhar o céu, as nuvens, a lua e as estrelas realmente faz com que eu me sinta calma e esperançosa. É um remédio muito melhor do que valeriana ou brometo. A natureza faz com que eu me sinta humilde e pronta a enfrentar cada golpe com coragem. – Jack falou, com uma voz séria.

- “ De Anne Frank não?” – perguntei me lembrando do livro que eu estava lendo quando cheguei naquele país.

“- Sim.” – Jack sorriu e pós a mão em meu ombro – “Eu não sei muito bem o peso que está em seus ombros, mas nós também queremos vingar a morte de nossos entes queridos. Entendo o seu sentimento, não a magnitude de ter uma tarefa tão pesada sobre uma pessoa só, mas espero que possamos ajudar.”

“- Estamos aqui Bree.” – Sam se pronunciou – “Nossa família vai te proteger, você é uma de nós agora pequenina, assim que Amanda passou com vocês por aquela porta, principalmente você se tornou parte da nossa família e nenhum de nós está disposto a perder mais ninguém para a morte.”

Aquele momento me marcou, depois daquilo, enquanto viajava o mundo eu ouvi diversas palavras que tentava mostrar o mesmo confronto, umas mais sábias e outras mais informais. Olho aquele momento em minha memória, me senti segura com aquele grupo que me acolheu como uma filha querida, no dia do vulcão eu realmente acreditei que poderia fazer qualquer coisa, não importava se eu iria fracassar, eu senti que pertencia a algum lugar, eu tinha um lugar para voltar.

Jack falou comigo antes de partimos, disse que a família me apoiaria na guerra, ele me confidenciou que todos concordaram em lutar ao meu lado. Enquanto Fred dava um grande abraço em todos, eu já me despedia da última pessoa: Amanda. Ela me fitou e disse: “Você está destinada a grandes coisas minha pupila, quando necessitar de nós estaremos lá para te ajudar. Quando isto acabar, nós desejamos que volte conosco, te queremos como parte da nossa família”.

Foi difícil partir de lá, mas eu tinha certeza que iria voltar para viver naquele lugar, eu tinha achado meu clã de vampiros: O clã Athana.


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Notas finais do capítulo

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