Sam PV

Eu continuei olhando aqueles pares de olhos castanhos encantadores ignorando a multidão que nos encaravam curiosos, os meus batimentos cardíacos estavam acelerados eu não acreditava que ele havia se declarado para mim diante aquele grande número de pessoas, eu me sentia muito feliz por alguns minutos minha raiva havia passado, porém estava assustada.

-Então você me ama mesmo? –Perguntei encarando o chão envergonhada.

-Amo mais do que a minha própria vida. –Ele dá um passo para frente, inesperadamente ergue meu queixo com a ponta do seu dedo fazendo um contato visual. –Quero fica com você, por favor, diga que também me ama! – diz ele com um olhar doce.

Sinto as minhas bochechas corarem instantaneamente e o meu coração quase sair pela boca, ele não faz idéia de quanto ele me deixou feliz,entretanto me controlo não vou me render tão facilmente ele já me fez sofrer o bastante então é a minha vez de fazê-lo sofrer.

-Me deixe em paz Benson. –Dou um passo para trás desfazendo o nosso contato olho a olho. – Eu te odeio isso sim!

-Para de esconder esse sentimento, anda fale para todos que você me ama. –Diz Freddie aumentando seu tom de voz.

-EU NÃO TE AMO. –Falo bem próximo dele gritando aquelas palavras na sua cara. –Agora me deixe em paz, preciso voltar para a casa. –Dou meia volta tentando segurar as lagrimas,no entanto sinto uma mão segurando com força meu braço.

Rapidamente o meu corpo é virado a força,novamente fico frente a frente a ele,uma raiva imensa toma conta de mim minha vontade é de bater nele até ele não aguentar mais,minha respiração está descontrolada, sem tempo ele me puxa para cima de si,ficamos cara a cara nos encarando sem ao menos piscar.

-Admita logo que você me ama ,Sam. –Sua voz é grave,autoritária

 -Me deixe em paz. –Eu tento me livrar,no entanto é em vão porque ele segura meu pulso com força.

-Só te solto quando você falar que me ama.-Diz ele olhando diretamente em meu olho

-EU NÃO TE AMO e nunca TE AMEI! –Grito com ainda mais raiva.

-Infelizmente vou ter que fazer uma coisa que não queria fazer a força. –Ele fala calmamente.

-O que?... –Mal pude terminar de dizer quando senti seus lábios sobre os meus, no início assustei-me,mas não resisti e também o beijei de volta.

Nossa línguas exploravam cada canto da boca do outro,ele soltou meu pulso e colocou levemente sua mão nas minhas costas colando nossos corpos,estiquei meu braço puxei seu cabelo ligeiramente,já estava começando a ficar sem fôlego porém ter a sua boca junta a minha era a melhor coisa é existe.

Ouvi pequenos aplausos em nossa volta que me fizeram distrair,aos poucos o beijo intenso foi se resumindo em pequenos selinhos.

-Então agora você vai me dizer que me ama Puckett? –Sussurrou ele perto do meu ouvido,sua respiração estava alterada.

-NÂO. –Sorri –Mas obrigada pelo beijo,nerd. –O empurrei para longe vi que ele deu um pequeno sorriso quando o chamei de nerd e sai correndo dali o deixando perplexo.

Se antes o meu coração estava acelerado imagina agora,sai correndo o mais de pressa possível,um sorriso satisfatório não saia da minha face,o meu maior medo se concretizou: eu amo o Fredwardo Benson!

Parei de correr e encostei-me a uma parede qualquer para poder controlar a minha respiração, fechei os meus olhos e o beijo veio nítido na minha mente,dei um levo sorriso e continuei caminhando lentamente,este foi um dia inesquecível!

Freddie PV

Eu continuei ali parado apenas vendo a Sam se afastar de mim rapidamente,não acreditava que havia me declarado para a mulher que eu amo e ao mesmo tempo não era a pessoa que eu amava pois ela ainda estava no corpo de Carly, eu sei que no fundo ela gosta de mim ela só não admitiu por medo,mas ainda vou fazer ela falar a verdade nem que essa seja a ultima coisa que eu faça.

Aos poucos as pessoas foram se dispersando,dei meia volta e fui para a lanchonete que ficava do outro lado da rua precisava tomar algo para ver se eu me acalmava.

Entrei na lanchonete que estava quase vazia há não ser por algumas adolescentes e uns casais,sentei em uma mesa afastada que ficava ao lado de uma enorme janela de vidro,rapidamente uma garçom moreno se aproximou.

-Já fez o seu pedido senhor? –Perguntou ele sorridente.

-Eu só quero um cappuccino, por favor. –Respondi mal o olhando.

Ele se retirou e eu encostei a minha cabeça no vidro,respirei fundo,o beijo não saia da minha mente.

Olhei para o lado e  vi duas mulheres conversando animadas, elas falavam baixinho com certeza estavam fofocando, com muito cuidado prestei atenção na conversa delas sem que elas percebessem.

-Eu estou pensando em comprar aquela casa abandonada que fica do outro lado da rua. –Falou a de cabelo loiro.

 Quando percebi que elas estavam falando da casa onde Carly e Sam trocaram seus corpos, prestei mais atenção ainda, mas não entendia porque elas disseram abandonadas se entramos a poucos dias lá dentro?

-Você está maluca? –Exclamou a mulher de cabelo moreno surpresa. –Dizem  que coisas muitas estranhas aconteceram naquela casa,coisas sobrenaturais. –Sussurrou ela na última parte.

Não agüentei dei um pulo da cadeira e me aproximei da mesa delas, as interrompendo.

-Essa casa “abandonada” que vocês estão falando é aquela do outro lado da rua? –Perguntei

-Sim. –Respondeu a mulher. –Porque você quer saber garoto?

-É porque pouco tempo havia um cientista morando lá e hoje eu fui o visitar e não havia ninguém.

As duas começaram a gargalhar,eu as olhei ainda mais confuso,porque elas estavam rindo de mim?O que eu falei para lhes darem motivo para rir?

-Porque vocês estão rindo? –Perguntei alterando o olhar para cada uma.

-Filho. –Respondeu a mulher de cabelo  loiro tentando controlar o fôlego. –Não há pessoas naquela casa há muito tempo!Você só pode estar delirando,querido!

-Não estou! –Aumentei meu tom de voz chamando atenção de todos ali. –Eu juro que tem alguém que mora lá!

Entretanto elas continuaram rindo de mim,se levantaram,e uma dela se aproximou de mim e disse:

-Você só pode estar maluco ninguém mora ali desde 1993!

-EU NÃO ESTOU MALUCO! –Retruquei ainda mais irritado.

-Esses jovens e suas maluquices. –Disseram elas se retirando do local ainda rindo.

Continuei as olhando indignado,eu não estava louco,a Sam,a Carly e o Gibby estavam de prova,alem de todos os telespectadores que tivemos naquela noite,tinha um laboratório de um cientista lá!

-Senhor. –Uma mão tocou em meu braço me fazendo despertar. –Seu cappuccino! –Disse o garçom que havia me atendido.

-Não quero mais! –Falei apresado.

Paguei meu cappuccino e sai correndo daquela lanchonete precisava contar aquele fato insinuado para alguém,aquela era a primeira pista para finalmente descobrirmos quem era o cientista bisonho que havia trocado Sam e Carly de corpos!

Carly PV

Eu estava muito triste comigo mesma... Fui pra casa inconformada comigo, e não acreditava ainda que tinha quase roubado o amor da minha melhor amiga. Resolvi pesquisar um pouco sobre aquele tal laboratório, até porque o melhor a fazer agora era tentar voltar ao meu corpo. Me sentei no banco da arquibancada de meu apartamento, liguei o computador e fui pesquisar no Google sobre aquele lugar. Procurei muito sobre o tal cientista, mas não encontrei nada. Só encontrei uma foto do lugar, pouco antiga, nela se encontrava um homem com seus aparentes 40 anos e um bebê que era bem esquisitinho, ele segurava uma placa de frente ao prédio onde turvamente podia-se ler as primeiras letras do seu sobrenome, “Pap” , mas “Pap” o que seria isso? O que isso poderia significar? Ainda na placa podia se ver datada “27/06/1993”, Estranho... Era melhor eu procurar a Sam e o Freddie, apesar de tudo que tinha acontecido hoje tinha que dizer isso a eles. Mas... Será que eles iriam me ouvir?

      Liguei meu pearphone  e mandei um mensagem para os dois:

“Descobri coisas muito importantes sobre o tal laboratório do cientista maluco, me encontrem lá em 25 minutos.”

Sabia que eles estavam com raiva de mim e provavelmente nem apareceriam lá,mas eu tentei fui no local onde trocamos de corpos e os fiquei esperando por meia hora, começava a achar que não viriam e já estava quase desistindo,quando me levantei do banco onde estava sentada para ir embora vi os dois chegando.

- Carly, oque você descobriu sobre o tal cientista?– Disse Freddie, ele parecia um pouco chateado na sua fala e quase não olhava para mim.

Sam não conseguia me encarar nem falava nada até que disse rápida :

- Então vamos entrar logo?

- Vamos, mas não sei se vai dar pra arrombar... Carly diga logo o que você descobriu. –Diz Freddie

- Bem, eu estava pesquisando e descobri essa foto. – mostrei a foto para eles – dá pra ler as três primeiras letras do sobrenome “Pap” e também que é de 1993.

- é... Acho que temos que entrar... – Diz Sam animada, pois como sempre, mesmo chatiada ela amava aventuras.

Freddie fez cadeirinha e indicou pra Sam subir.

- Desculpa Nerd, mas não preciso da sua ajuda. – Apesar de sua fala grossa percebi uma enorme troca de olhares entre os dois, gostaria de poder perguntar o que foi. Mas... era melhor não. Sam abriu a janela emperrada e pulou lá dentro. Freddie foi depois e eu fiquei ali, a janela era alta e por mais que eu tentasse não conseguia pular. – Gente... Er.... Será que vocês podiam me dar uma ajuda aqui?

Sam estendeu sua mão, e ela me ajudou a subir. Percebi que ela estava aflita comigo, mas só ela ter me ajudado já era muito bom, pois sabia que a magoa dela já estava passando.

- Então... Entramos. E agora? – Disse Freddie com um pouco de medo.

- Gente acho melhor nos separarmos pois este lugar é muito grande... –Antes mesmo de terminar de falar Freddie e Sam se afastaram e cada um foi para um lado. Fiquei triste mais agora eu estava mais preocupada em explorar o local e achar pistas para achar o cientista maluco.

Continua........