Passei o resto da tarde ao lado de Chuck, planejando em como acabar com a vida da minha ex-melhor amiga. Estava realmente difícil, ás vezes eu caia no choro. Apesar de eu não estar namorando o Karter mais, aquilo tudo havia acontecido enquanto namorávamos e logo após o casamento começaram á agir estranho comigo. Agora eu sabia o motivo, o qual descobri pelo Chuck Bass, logo o Chuck. Eles estavam agindo estranho comigo, mas nunca haviam me contado. Apesar de que se eles tivessem me contado, nada seria diferente.

 Eu estava pensando em contar á todos sobre a pior lembrança de Serena, segundo ela, pois ela nunca me contou o que era, só que eu tinha guardado em um pen drive que ela havia me pedido para nunca assistir, e acabei não assistindo, mas não por ela e sim por ter mais o que fazer. E agora eu iria mostrar á todos. Ela traiu a minha confiança e não teria como deixar por isso mesmo. Afinal eu sou a Blair Waldorf, nunca deixo barato.

 - Já sei o que vou fazer. – Disse para Chuck com um sorriso malicioso no rosto.

  - E o que faremos vai acabar com a vida dela? – Perguntou imediatamente ele.

  - É claro, afinal eu sou a Blair Waldorf, se esqueceu? – Ironizei com o mesmo sorriso.

   - E eu sou Chuck Bass, seu parceiro perfeito. – Concluiu ele, que sorriu também – E como faremos isso? O que faremos?

- Precisamos de um lugar onde todos que conhecemos estejam. Como faremos para que todos os nossos amigos se reúnam em um lugar nas férias?

 - Até parece que qualquer um não morreria para ir  á uma festa da Blair Waldorf dada em minha boate, que tal?

 - Perfeito, irei programar tudo. Nesse sábado?

 - Mas é claro minha Lady. Serena vai pedir para não ter virado sua melhor amiga no sábado, vai ficar triste, vai beber, e eu vou ter meu dia de glória.

- Seu nojento! Sai daqui depois dessa! Vai. – Disse o empurrando de minha sala, e levando para o elevador, mas ainda contente com o que estava planejando.

 - Ok, nos vemos no sábado no Victrola. Tchau Blair. – Disse se virando para mim e olhando nos meus olhos.

 - Tchau Chuck. – Me virei de costas e voltei para o meu sofá.

 Chuck se virou e entrou no elevador e me deu um tchau com a mão. Aquele homem era a minha versão masculina, por isso a gente se dava tão bem. Peguei meu celular, mandei uma mensagem chamando todos para a minha festa do sábado, menos para a Serena. Ela iria aparecer de qualquer jeito, já que todos se comunicavam. E eu também estava ignorando ela, então era melhor assim. 

 Dois dias haviam se passado desde o convite que enviei á todos para a minha festa no Victrola. Já havia recebido milhares de ligações e mensagens de todo mundo, mas principalmente da Serena que devia estar desesperada já que eu não a atendia desde que eu soube do vídeo. E também não tive muito tempo, já que estava organizando a festa que iria acabar com a vida dela.  Estava tudo programado, desde como começaria e terminaria a festa, que terminaria com a bomba do vídeo de Serena. Um vídeo que ela havia deixado guardado comigo, adimito que agora eu estava muito curiosa para assistir.

 Levantei-me da cama, com o meu robe listrado e já calçando meu Christian Louboutin. Fui até o meu closet e peguei meu vestido da Marc by Marc Jacobs, e o coloquei em cima da cama. Olhei para ele, e tudo que aconteceria naquela noite se passou pela minha cabeça. Era a coisa certa á se fazer, não tinha razão para eu sentir aquele estranho frio na barriga. Peguei o pen drive que continha o vídeo secreto de Serena, que acabaria com a vida dela naquela noite.

 Duas horas se passaram e eu já estava pronta, dentro da minha limusine á caminho do Victrola. Eu estava com receio do que poderia acontecer, mas todos deveriam saber quem realmente era Serena Van Der Woodsen. Mais uma vez peguei o pen drive de dentro da minha bolsa e o encarei, o que tinha lá dentro era muito precioso, então precisava tomar cuidado. A limusine freou de um jeito que me fez avançar para frente.

 - Mais cuidado seu inútil! – Gritei ao ajeitar a tiara em meu cabelo.

 Percebi que já estava em frente ao Victrola quando o motorista abriu a porta se desculpando. Sai da limusine apressada para entrar logo, mas algumas pessoas me pararam para me cumprimentar e tive que dar atenção é claro, mesmo não sendo ninguém importante.

 Ao entrar, logo procurei as meninas para me ajudarem no trabalho sujo, mas quando as vi paparicando a Serena, decidi fazer por mim mesma. Andei calmamente até a cabine do DJ, mas Karter me impediu na entrada.

 - O que é que você quer Karter? – Gritei, revirando os olhos, por causa da música.

 - Blair, eu ainda te amo, a gente não fez a coisa certa ao terminar, eu sinto muito...

 - Para Karter, eu já sei que você me traiu com a S, não, com a Serena. – O interrompi.

 - O que? Serena te contou?- Perguntou ele realmente impressionado.

 - Ela não me contou e, por favor, saia do meu caminho, preciso acabar com a vida dessa vadia. - Sorri maliciosamente para ele, tentando passar.

 - Espera, a culpa não foi dela, ela estava bêbada, eu que...

 - Não me importa mais Karter, afinal você nunca me amou não é verdade? – Me virei para ele, já que ele me segurava pelos braços.

 - Desculpa. – Ele disse e abaixou a cabeça, me soltando.

 - Eu já sabia, mas tudo bem, como eu disse, vocês já não me importam mais. – Disse me virando novamente, pronta para entrar na cabine do DJ.

 - Mas eu me importo com ela, não faça nada que a machuque, por favor, eu a amo.

 Não suportei ouvir aquelas palavras. Quem eu estava querendo enganar? É claro que eu ainda me importava com os dois. Meu ex-namorado e minha ex-melhor amiga. Pensar em “ex” doía tanto. Voltei-me para ele e dei um tapa em sua cara. Por incrível que pareça, nesse momento todos nos observavam lá de cima. Soou um “óóó” de todos. Senti todos nos observarem e então fiquei parada o olhando em seus olhos com a mão no rosto. Senti raiva em seus olhos que também me olhavam incrédulos.

- Vocês não tem nada para fazer não? Sei que sou bonita, mas desse jeito vocês me secam. – Disse para todos e logo saí andando.

 Estava louca para achar um canto em que e pudesse ficar só, mas acabei indo para o bar, e logo Chuck chegou sorrindo maliciosamente.

 - Desistiu foi? – Perguntou com um tom de voz insuportável para mim naquele momento. – O Karter disse o que?

 - Não enche, é claro que eu não desisti, está tudo aqui nesse pen drive. – Disse abrindo a minha bolsa e o entregando para Chuck. – Apenas peça para o DJ reproduzir o vídeo no telão. – Terminei dando um suspiro.

 - Ok, tudo bem. – Ele disse, levando o pen drive consigo.

 E á partir dali tudo começaria. Tomei meu copo de Martini e fechei meus olhos com um sorriso malicioso no rosto.