A Menina De Cabelo Azul escrita por Clara Selenator


Capítulo 8
Redescobrindo


Notas iniciais do capítulo

Yo! Eu espero que vocês gostem deste capítulo. Vai ser mais suspense.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/323271/chapter/8

Não pude acreditar no que via. Olhei mais de perto, só para ter certeza. Não era possível, era, incrivelmente verdade. Forcei minha mente a lembrar do dia da minha coroação. Eram 4:55 h. Minha cabeça começou a doer. Me forcei a pensar mais . 5:00 h. Procurei vestígios em cada pedaço de papel para tentar lembrar. 5:40 h.

Eu não conseguia lembrar de um sequer detalhe. Eu comecei a suar, e então decidi analisar parte por parte do meu desenho, que era muito importante, já que representava minha mente. Peguei outro papel, uma caneta e um lápis e fui anotando cada detalhe que eu podia perceber. Do primeiro ao último.

Ignosowes encapuzados. Ignosowes amigos. Minha coroação. Estou ao lado de meus pais. A praça do palácio completamente lotada. Um livro com anotações. Cavalos. Carruagens. Céu claro, sem sinal de tempestade. Árvores podadas em quadrados. Ignosowes embaixo das árvores em um ponto mais alto. Camponeses e seus filhos.

Pensei em mais coisas para anotar, mas não conseguia pensar em nada suspeito. Então eu notei e escrevi rapidamente. Levantei-me e deixei tudo em cima da mesa.

Eram muitas coisas para absorver no momento. Sentei numa pedra baixa. Baixei minha cabeça com as mãos e estava muito ofegante, apesar de não ter feito nenhum esforço físico. Eu queria relaxar, então pulei no lago. Nadei, boiei, fiz tudo para tentar esquecer, mas ao mesmo tempo queria tentar entender.

Por que? Porque acho que sei como Hydrow foi distruída. Mas quando e porque? Quais eram as intenções do rei de Ignosow para ele simplemente DESTRUIR nosso planeta? Saí do lago e sentei na pedra de novo, mesmo encharcada. Meus cabelos azuis estavam bastante escuros, de forma que de longe eles pareceriam pretos.

Villtish acordou, me viu do lado de fora e veio falar comigo. Tocou meu ombro suavemente, olhando para o horizonte e me cumprimentou:

– E aí?

– E aí... - Respondi sem vida.

– O que foi?

– Não é nada. É coisa do meu pov... Peraí... Você É do meu povo!

– SÉRIO? AIN GENTE QUE DESCOBERTA! Miga, para! – Disse ele, se fingindo de mulher.

– Ha! Ridículo você!

– Oh, thanks!

– Mas é sério, você disse que foi à minha coroação, não foi?

– Sim, eu fui.

– Você se lembra de algo... algo estranho acontecendo?

– Não... Sinceramente... Não, não lembro de nada, não.

– Droga! POXA! Eu estava tão perto! Eu ia descobrir! AI, que droga! – Eu fazia gestos estranhos com a mão, me sacudia, enfim, eu estava morrendo de raiva.

– Nossa, que madame, feminina, quer tomar um chazinho nas nossas lindas xícaras floridas, senhorita? – Disse ele com um ar bastante brincalhão, se fingindo de mulher de novo.

– É sério! Eu estava prestes a descobrir uma coisa que pode levar á uma coisa muito grande!

– E essa coisa é boa?

– É! Mais ou menos... Não muito... Ah, tem seu lado bom!

– Aham... – Disse ele com cara de quem não estava convencido. – E o que é essa coisa tão “Boa mais ou menos não muito”?

– Eu estava prestes a descobrir como nosso planeta foi destruído! – Ele passou alguns segundos me encarando, completamente paralisado.

– Tá, e o que tem de bom e ruim?

– AI! Tá, deixa eu te explicar bem direitinho. É bom, porque nós descobrimos nosso passado e podíamos exigir nossos direitos com o rei, passando a ter de novo nosso planeta, novo em folha, porque é impossível eles dizimarem um PLANETA a esse nível. E é ruim porque pode iniciar uma revolução, uma guerra.

– Uma guerra?

– Uhum.

– Tô fora.

– AH, vamos, por favor, pode dar certo!

– Okay...

– AI, brigada, sabia que você podia me entender!

– Tá, e que conclusão você tirou?

– Bom, eu tive sobranças e...

– Peraí, peraí, para tudo!

– O que foi?

– O que é sobranças?

– É quando você tem sonhos que na verdade são lembranças.

– Eu não conhecia esse lado louco de você.

– Posso continuar? – Fiz uma cara de pidona e ele me olhou tentando entender ela.

– Ah, tá bom, desculpa. Vai, termina.

– Bom eu tive minhas sobranças, - Ele olhou pro lado do tipo olhar irritado, exausto de certa coisa. Eu fiquei irritada, mas mesmo assim, ignorei e continuei. – e nessas sobranças – A cada vez que eu dizia isso ele se irritava mais. – eu vi minha coroação.

Ele pareceu mais interessado nessa parte. Eu pedi para ele esperar e fui buscar o desenho. Depois voltei e o mostrei.

– Aqui. Eu os reconheço. – Apontei para os peões – Eles iam com o rei... – Forcei minha mente – Eliot! Eles iam com o rei Eliot almoçar em negociação com a minha família.

– Mas eles estão encapuzados!

– Exato! E além do mais, existem outros ignosowes aqui, e eles parecem amigos do nosso povo!

– Isso é muito estranho, realmente.

– Eu creio que o rei os enviou para alguma missão secreta... Prejudicial ao nosso povo.

– É possível. Agora tudo faz sentido! Bom, de acordo com a sua lembrança, estou confiando nela, e se estivermos errados a culpa vai ser toda, toda sua!

– Eu compreendo. Mas tem outra coisa que me chamou a atenção. Não sei se você lembra, mas os ignosowes tinham poderes para invocar criaturas do submundo , e nós as celestiais, mas só quem recebia eram os mais poderosos.

– Sim, eu me lembro.

– Bom, o rei tinha esse poder. E de acordo com tudo que tiramos aqui, podemos considerar... isso – Apontei para o que eu tinha notado e que causou tanto efeito em mim.

– Não é possível...! Isso é...

– Sim.

É a Morte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Menina De Cabelo Azul" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.