A Menina De Cabelo Azul escrita por Clara Selenator


Capítulo 15
Kiss, kiss, kiss


Notas iniciais do capítulo

Gente! EAE! Voltei aqui um pouco mais cedo do que planejava a pedido da Mery, uma leitora minha.



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Como assim? Você poderia me explicar o que você leu ali? Como assim sabe onde está meu avô? O QUE OCORREU?

— HOJE, é 18/05/7908! Não faz muito tempo que essa casa foi queimada! Seu avô só pode estar em dois lugares. Um deles tem probabilidade 1 de ser verdade. O outro tem probabilidade 2 em ser verdade. Vamos dizer que o primeiro lugar tenha 30% de probabilidade e o segundo 60%.

— E os outros 10?

— Bem, seu avô... Bem... Vamos indo. – Eu não podia simplesmente dizer que tinha uma probabilidade de 10% de seu avô estar morto.

— O primeiro lugar, já que sua casa foi queimada, seria abrigado com sua família. Pouco provável, pois isso só seria possível se eles não soubessem onde ele esteve, ele teria de estar em algum lugar muito secreto. Por outro lado, sinto em dizer, ele pode estar preso injustamente. E o que nós vamos fazer é tirá-lo de lá.

— Mas como? Eles me reconheceriam como traidora e vocês, bem... Têm cabelo azul! – Disse Army, convenientemente; Mas é nessas horas que a gente tem de ser inteligente o coloca a cachola para funcionar.

— Ei, eu estou me sentindo completamente apagado dessa conversa. Minhas habilidades estão sendo levadas em conta ou não? – Disse Villtish, aparentemente chateado. Ele odeia ser subestimado.

— É ÓBVIO que suas habilidades estão sendo levadas em conta. Por favor, Villtish, como nós nos esqueceríamos de você? É parte da nossa equipe, e além do mais, vai super nos ajudar a batalhar com suas habilidades! Que cabeça! – Disse eu sorrindo e piscando para a Army que sabia, ao contrário do Villtish, que eu estava brincando. Tinha esquecido de que ele estava ali. Mas Villtish se sentiu bem e confiante. Deixemos o coitado sonhar. Eu achava que nos deveríamos mesmo é achar ALGUMA coisa para aprimorar nossos poderes antes de partir. Porém, achei que nesse momento, a coisa era bem mais importante, você sabe, esse negócio todo de salvar o avô de Army.

— Enfim, como vocês fariam para passar pelos guardas, e tipo, assim... TODA A POPULAÇÃO DE IGNOSOW? – Paramos de andar e eu dei um leve sorriso.

— Você já comeu rasfinhas, não foi, Army?

— Bom, claro que sim. Eu moro aqui a minha vida inteira!

— Então... Você deve saber que o vermelho delas é super aderente... Não é? – Army me olhou meio confusa depois arregalou os olhos, abriu a boca e fez sons esquisitos, apontando histericamente para mim, com quem dissesse: “AAH! É isso mesmo! É isso mesmo!”.

— Rose, você é um gênio! – Nem me importei de ela ter me chamado de Rose, já que ela nunca me chamou disso. Em vez disso, sorri e assenti.

— Mas vamos precisar de muitas rasfinhas, então precisamos ir logo.

Saímos caminhando até Pega-o-Azul (para os leigos, meu cavalo) e começamos a ir para casa. Precisávamos chegar cedo, antes do meio dia. Primeiro porque se quisermos um bom disfarce, precisamos pegar um pouquinho de cor, o que já é muito difícil, e nós precisaríamos nos expor ao sol de 12:00, que o sol está mais forte, e também porque a delegacia/cadeia fecha de 16:00. Corremos, ou melhor, o Pega-o-Azul, correu o mais rápido que pôde. Eram 9:34 quando chegamos na fazendo do avô de Army, e tínhamos partido de 8:10 da manhã. Eram 10:11. Suponho que chegaremos por volta da 11:35, mas poderíamos ir mais rápido, foi o que pensei.

Fiz então o Pega-o-Azul acelerar. Chegamos de 11h30min. Começamos a coletar diversas rasfinhas a maiores que pudéssemos, porque quanto maiores as frutas forem, mais vermelhas e mais aderentes elas serão. E aí você pensa: “Se vocês roubaram tantos recursos para sua sobrevivência, por que não roubar a tinta de cabelo também, que foi especificamente criada para tingir cabelos?” Tá, vamos lá.

Roubar é errado. Só roubamos quando não há outra opção.

Roubar nunca foi minha praia, ok?

Eu gostaria de ter meu cabelo azulzinho depois, tá? Precisamos de aderência? SIM, mas não tinta que eu teria de cortar meu cabelo para tirar, falou?

Acho que assim está bom. Agora voltando à história, começamos a coletar muitas frutinhas, até que fez minha grande cesta encher. Eram 11:50, e achamos melhor tingir o cabelo depois de pegar o solzinho do meio dia. Ficamos lá por certa de meia hora e pegamos só uma corzinha. Pra tu ver, né? Entramos em casa, porque, apesar de nossa pele só ter se bronzeado muito pouco, euzinha não aguentava um sol atordoante na minha cara esse tempo todo.

Começamos a pintar nossos cabelos, e saímos de lá parecendo verdadeiros ignowes. Pintamos os lábios e os cílios também. Então, enquanto eles se organizavam, eu peguei o dinheiro que juntei (todo o dinheiro que tinha era o que estava perdido no parque. Acho que acabaram sem pagar as contas, porque eu achava ótimas quantidades) e parti para uma loja de roupas.Ué, tínhamos que aparecer lá parecendo verdadeiros cidadãos de Ignosow. Compradas as roupas, rumo mudado: Para casa.

— Oi gente! Cheguei! – Abri a porta desajeitada por causa das grandes sacolas cheias de roupas. – Ai, que coisa complicada! Como as garotas conseguem fazer compras e andar sempre com essas coisas?

Mas a minha pergunta não foi respondida.


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Notas finais do capítulo

Não me estrangulem, não me estrangulem, não me estrangulem...