A Grifinória escrita por LBorgez


Capítulo 5
Quatro




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quatro

Hayley hesitou.

– Preciso de agua. – Cedric levantou-se e pegou o copo que havia em cima da cabeceira.

Aguamenti – conjurou, Hay bebeu toda a agua e mais dois copos logo depois. Hay bebeu do ultimo copo sedenta e seus olhos foram, aos poucos, voltando ao tom de castanho claro. Lógico, pensou Cedric, os sinais eram evidentes, como eu não reparei que Hay ia ter uma visão? Ela estava em um momento de fraqueza, nervosa e totalmente dominada pela raiva e seus olhos escureceram.

Normalmente, Hayley só tinha visões em formas de sonho, as visões só conseguiam se manifestar quando ela dormia, pois era o momento em que ela baixava a guarda e as visões conseguiam domina-la. Ela havia baixado a guarda por Cedric e uma visão conseguiu domina-la, quando as visões aconteciam com Hayley acordada elas eram mais vividas e doloridas e ela acabava desmaiando.

– Melhor? – Cedric perguntou e ela assentiu – O que você viu? – Ela suspirou.

– Foi horrível. Tinha uma coisa em forma de criança, mas não se parecia nada com uma, estava pelada, com uma pele escamosa, tinha uma cor preta avermelhada crua, braços e pernas finos e fracos, o resto era plano, tinha fenda ao invés do nariz e olhos vermelhos e muito brilhantes. Essa coisa... Ela... Ela era o Voldemort – A garota hesitou – Ela é o Voldemort. E, além disso, Pedro Pedigrew, estava lá, E ele era servo do Lord das Trevas, a visão estava meio confusa, e eles falavam algo sobre ser tolice agir antes do fim da Copa Mundial de Quadribol e Rabicho dizia que algo podia ser feito sem o Potter. E que Ele teria um plano para quebrar a proteção que rodeia o Harry. Ele... ele matou Berta Jorkins, seja ela quem for... E ele tem um servo em Hogwarts. Então, entrou um velho trouxa na sala onde eles estavam, logo depois de Nagini. Bom, ele matou o trouxa e minha cicatriz está doendo pra dedéu, devo constar. – Cedric suspirou e colocou a mão em sua nuca, massageando a cicatriz.

Anos antes, Hayley descobriu que sua cicatriz vinha de uma seção de tortura com Lestrange, seus pais morreram porque não resistiram à dor das múltiplas maldições Cruciatus, Hayley sobreviveu a um Avada Kedavra, pelos mesmos motivos de Harry, seus pais morreram para lhe proteger e Belatriz Lestrange, achava que Hayley estava morta.

– Calma. Acabou e nada vai acontecer com você. – Cedric estava completamente sem jeito, não sabia consolar Hayley, ela sempre era tão durona, mas hoje ela estava frágil. Estava precisando de Cedric. – Quando chegar em casa você manda uma coruja a Dumbledore e pronto. – Hayley assentiu e Cedric apenas a abraçou.

Eles ficaram ali, até Tom bater na porta, trazendo o almoço.

– Hay, a comida está do jeito que você gosta. – Brincou Cedric tentando anima-la. – Ele fechou a porta do quarto e levou a bandeja de comida até a cama.

– Macarronada e Frango Assado. – Hayley sorriu. – Eu poderia vir almoçar aqui todos os dias. – Cedric riu.

– Mas ai, você iria ficar gorda e feia. – fez graça.

– Mas seria uma gorda, feia e feliz – Fez pose de metida, rindo.

Depois que pararam de rir, os dois almoçaram em silencio.

– Eu vou. – Disse Hayley para Cedric, de repente.

– Mas e Dumbledore? – Ele disse entendendo rapidamente.

– Eu converso com ele. – Cedric sorriu.

– Jura? – Hay deixou-se contagiar pelo sorriso do melhor amigo.

– Sim. Vai dar tudo certo, ele vai deixar, você vai ver. – Cedric deitou-se na cama, sorrindo.

– Vai ser divertido, você vai adorar. – Hay deitou-se com a cabeça sobre seu peito.

– Com toda certeza. Além do mais, gosto de quadribol tanto quanto você e Oliver. Se duvidar jogo melhor que vocês dois juntos. – Cedric riu e ela fez cara de metida.

– Deixa só ele ficar sabendo disso. – Eles riram em sintonia.

– OK, me rendo, melhor que o Wood eu não garanto, mas melhor que você... – Ela deixou a frase no ar, em tom de desafio.

– Ah, é? – Ela assentiu fazendo um bico convencido. – Ótimo, assim que voltarmos da Copa vamos fazer um contra lá em casa.

– Com dois jogadores, Diggory? – Ela arqueou a sobrancelha ao vê-lo assentir. – Oh, você vai perder feio.

– Veremos. – O Garoto respondeu.

– É, veremos. – Eles ficaram muito tempo em silencio, e a garota acabou caindo no sono.

Cedric ficou observando-a, tão frágil. Pensando em como a sua garota estava linda, tinha crescido tanto desde quando a conhecera. Em todo esse tempo, aquela garota tinha se demonstrado tão forte e madura, apesar da pouca idade, tinha a cabeça mais dura que os muros de Hogwarts, esperta e feroz, mas hoje ela estava tão frágil, tão dependente dele, como nunca fora. A sua leoazinha, forte e feroz, como a verdadeira Grifinória que era, estava se tornando uma linda mulher, fisicamente e mentalmente.

E Cedric... Bem, Cedric já não podia viver sem aquela garota na sua vida. Estava completamente dependente dela. Ás vezes parecia sentir algo a mais, muitas vezes, mais do que deveria, afinal, ela era sua melhor amiga e isso não deveria estar acontecendo, ele não deveria ter outros sentimentos por ela, ela era sua irmãzinha, sua pequena, sua protegida. Ele precisava dela... Se apaixonar? Estava totalmente fora de cogitação.

O garoto levantou-se cuidadosamente da cama para não acorda-la, pegou um edredom e os cobriu, o tempo havia mudado completamente, deitou-se ao seu lado e logo caiu no sono, também.

Eram quase quatro da tarde quando Hayley acordou. Ela estava abraçada com Cedric. Estava confortável, ela se ajustou no peito do garoto e ficou observando-o, ele se mexeu e ela acordou de seu transe, tentou levantar-se, mas o braço de Cedric a segurou junto de seu peito.

– Não ouse sair daqui, Cherry. – Murmurou, a garota sorriu.

– Pensei que estivesse dormindo, Diggory. – Ele abriu os olhos lentamente e sorriu pra ela.

– Estava, mas acordei e não queria sair daqui, estava bom demais. – Respondeu bocejando.

– Está mesmo. – Concordou Hay – Estou quentinha aqui debaixo desse edredoooom. – Cedric riu.

– Mas agora que você acordou, vamos comprar nosso material. – O garoto sugeriu.

– Sinto muito, mas agora quem não quer sair daqui sou eu. – Respondeu fazendo birra.

– Não, senhora, pode levantar-se. – Respondeu o garoto, mas mesmo assim não moveu um músculo para levantar-se.

– Ah, não, Ced! Vamos ficar só mais um pouquinho? – Ela pediu manhosa, fazendo bico.

– Eu adoraria, pequena, mas daqui a pouco começa a escurecer e mamãe não gosta que fiquemos até tarde no beco diagonal. – Hay o olhou – Ela disse que é perigoso. – Hayley riu e aproximou seu rosto do dele.

– Pois eu adoro o perigo. – Falou baixinho. E adora me provocar, também. – o garoto pensou - Cedric mordeu o lábio, segurou-a junto de seu corpo e deu um beijinho no canto direito de sua boca, Hayley não reclamou. Os dois queriam aquilo. E queriam muito.

Cedric raspou seu lábio no dela e Hay suspirou levemente ao dar uma leve mordidinha no lábio dele. Cedric estava prestes a beija-la quando... Toc toc toc. Alguém esmurrou a porta.

Hay separou-se de Cedric e fechou os olhos, pensando no que acabara de acontecer ali. Cedric fechou os olhos também, mas este com raiva por alguém interrompê-los. Hayley se levantou para abrir a porta, se livrando do braço de Cedric que a segurava.

– Que droga! – Murmurou Cedric ainda deitado, Hayley riu baixinho e abriu a porta. Assustou-se ao ver quem era.

– Tio Sev? – o homem a olhou

– Precisamos conversar, Hayley – Ela analisou o humor do professor. Estava bravo. Droga, isso ia dar merda. Ela assentiu e olhou pra trás.

– Cedric, assim que eu voltar nós vamos comprar nosso material, só me deixe conversar com Snape. – Disse para o garoto e saiu do quarto seguindo Severus, até o fim do corredor.

– Que merda era aquela? – Perguntou irritadiço

– Não foi nada de mais, tio Sev. Só caímos no sono.

– Tom me disse que você passou mal. – Mudou de assunto.

– Tive uma visão.

– Enquanto estava acordada? – perguntou entredentes e a garota assentiu. – Você está ficando fraca, Hayley? – perguntou incrédulo.

– Não, Severus, mas a visão era muito poderosa. Era sobre Voldemort e dificilmente consigo controlar uma visão como esta. Eu nunca sou fraca.

– Sei. Aposto que quem te deixa fraca, é este garoto o Diggory.

– Cedric não tem nada a ver com isso. – A garota responder pausadamente entredentes.

– Ah, Cedric tem tudo a ver com isso. A partir do momento que você contou tudo a ele, ele passou a ter tudo a ver com isso. – Hayley o olhou. – Eu avisei para não se apaixonar, você vai fazer tudo errado agora. - Hay riu.

– Primeiro, eu não estou apaixonada. Segundo, você pode ter feito tudo errado quando se apaixonou por Lilly, mas coloque uma coisa na sua cabeça, Snape, eu não sou você, sou muito diferente de você, sou diferente de qualquer um, e sei mais que todo mundo qual é a minha missão, eu sei que tenho que ser forte e é o que eu mais faço, então não venham me falar coisas que já sei. – Severus a olhou arqueando a sobrancelha.

– Então vai me dizer que não se beijaram? – Falou irônico.

– Não, não nos beijamos! E além do mais, beijar não é sinônimo de apaixonar. - A garota sorriu.

– Ótimo, só espero que não me decepcione, Cherry, que continue sendo forte e me dando motivos para ter orgulho de você. – Disse docemente

– Pode deixar, Tio Sev. – A garota sorriu. – Nunca o decepcionaria. – Ele sorriu

– OK, fale com Dumbledore. – O homem voltou ao seu jeito rude.

– Te vejo em Hogwarts, tio Sev. – Deu um leve beijinho em seu rosto e voltou para o quarto.

Cedric a esperava sentado na cama.

– Ele brigou com você, Hayley? – Ele perguntou preocupado, se levantando.

– Por que ele brigaria? – Perguntou simplesmente.

– Porque você teve um momento de fraqueza. – o garoto deu de ombros.

– Eu não tive um momento de fraqueza. A visão que era muito poderosa. – Ced riu.

– Aiaiai, Hayley Marruda Orgulhosa Cherry está de volta. – Ela lhe mostrou o dedo do meio.

– Ok, admito, tive um momento de fraqueza, mas passou. – Ced andou e a abraçou pelas costas.

– Então, sem chances de eu ganhar aquele beijo que Snape interrompeu? – Perguntou baixinho enquanto passava o nariz pelo ombro da garota, fazendo-a se arrepiar, ignorando isso ela revirou os olhos.

– Totalmente fora de cogitação. - Ele fez bico. – Já disse que não caio no seu charminho, Diggory. – Cedric arqueou a sobrancelha e a soltou.

– Então tá. – Respondeu, mas o que pensou foi: Veremos.

– Vamos logo que a Sra. Diggory está te esperando.


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