dois

Eles entraram, o Caldeirão Furado era um lugar muito sujo e miserável. Havia umas velhas sentadas a um canto, bebendo pequenos cálices de xerez. Uma delas fumava um longo cachimbo. Um homenzinho de cartola conversava com o velho, que era bem careca e parecia noz viscosa.

- Professor Snape. – Cumprimentou, o professor respondeu apenas com um aceno de cabeça.

Quando estavam quase atravessando o bar um homem pálido adiantou-se, muito nervoso, um olhar trêmulo.

- S-s-Snape – Gaguejou um cumprimento.

- Quirell. – Snape respondeu entredentes, Hayley observou Quirell, e quando o mesmo deu as costas, seu pulso começou a arder como nunca antes, Hay segurou seu pulso.

Snape viu a agonia da garota e segurou seu pulso, a puxou para fora dali. Quando chegaram em um pequeno pátio murado Hayley deixou escapar um gemido de dor.

- Hayley, o que foi? – Perguntou Snape.

- Minha nuca, Tio Sev. – Respondeu. – Ela começou a arder, do nada. – Snape tirou os cabelos da menina da frente e puxou a gola de sua blusa pra baixo.

Na nuca da garota havia uma cicatriz em forma de raio. Severus Snape a olhou.

- Como conseguiu essa cicatriz? – Perguntou

- Eu... Sempre a tive. – Snape assentiu, cobriu novamente a nuca da menina. Ele bateu em alguns tijolos da parede com sua varinha e por fim bateu três vezes em um. O tijolo estremeceu, torceu-se, no meio apareceu um buraquinho, que se foi alargando cada vez mais. Um segundo depois se viram diante de um arco muito grande, que dava para uma rua de pedras irregulares separava e aparecia de vista.

- Tio Sev, que lugar é este? – Perguntou a garota encantada.

- Este é o Beco Diagonal, Hayley. – A garota sorriu e Snape se controlou para não se contagiar. Afinal, o que estava acontecendo com ele? Sempre tão frio, ele não se sentia assim desde... Lilly. Que droga, a filha de Lucy só estava o fazendo lembrar-se de Lilly.

Hayley olhava para todos os lados enquanto caminhava pela rua, tentando ver tudo ao mesmo tempo.

- Vamos ao Gringotes pegar seu dinheiro. – Disse Snape e a garota apenas assentiu.

Naquele dia depois de pegar o dinheiro no Gringotes, Hay e Snape foram comprar o material da garota.

- Tio Sev, espera! – Falou a garota de repente ao sair da Floreios e Borrões. Severo parou impaciente, Hayley o olhou lá do outro lado da rua. Com seus cabelos pretos bagunçados e olhos verdes o garoto mantinha no rosto um sorriso maroto, assim como o dela.

Essa foi a primeira vez que ela viu Harry Potter e nunca mais o tirou da cabeça.

Severus – que incrivelmente tinha gostado da garota - a ajudou a escolher alguns livros para se distrair, ingredientes de poções úteis e etc.

No mesmo dia Albus, mandou uma coruja a Snape, Hayley deveria ir para Hogwarts o mais rápido que pudesse. Depois de voltar ao orfanato e arrumar sua mala.

Naquela noite, Hayley se reencontrou com Dumbledore e sua sentença foi dada. Hayley tinha poderes extraordinários, mas teria que esconde-los ajudaria Harry Potter no que pudesse, mas nunca poderia ser notada pelo mesmo ou por nenhum dos seguidores de Lord das Trevas, até quando chegasse a hora.

- Por quê? – A garota questionou sem entender.

- Porque você Hayley Cherry, ajudará Harry Potter a derrotar Voldemort, mas se ele ficar sabendo disso poderá se preparar contra você.

- Então o senhor vai me usar? Como uma arma secreta?

- Você vai ser uma das únicas a ter poderes para destruí-lo. – Respondeu Albus calmamente.

- E eu vou ter que me esconder? – A garota respondeu indignada, ela foi para Hogwarts querendo fazer amigos e acabou de descobrir que teria que ser invisível.

- Só até chegar a hora. – Ela o olhou.

- Hora de que?! – A garota se exaltou.

- Do mundo saber que a ultima descendente de Godric Gryffindor está em Hogwarts.