A Grifinória escrita por LBorgez


Capítulo 2
Um


Notas iniciais do capítulo

Primeeeiro cap. espero que gostem...



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um

Dumbledore parou em frente à porta do orfanato, hesitante. Relembrou de como anos antes havia feito o mesmo com o jovem Tom Riddle. Coincidentemente, ou não, o orfanato era o mesmo.

Albus foi atendido por uma velha funcionaria do orfanato trouxa.

- O senhor precisa falar com Hayley Cherry? – Estranhou a trouxa quando Dumbledore pediu.

- Sim. – respondeu firmemente.

- E sobre o que se trata?

- Meu nome é Albus Dumbledore, sou diretor de um colégio... – hesitou pensando nas palavras trouxas – interno, na qual tenho uma vaga para Hayley Cherry.

- Para Hayley? – A trouxa fez careta. – Se me permite tenho crianças nos quais o senhor possa se interessar mais, já Hayley, ela é problemática...

- Senhora, a vaga que tenho é exclusivamente para a Miss Cherry. – o diretor a interrompeu;

- Pois claro. Mas devo avisar que a garota tem um gênio difícil.  Não a culpo, com o passado que a garota tem. – Dumbledore assentiu, ele conhecia o passado da garota.

A trouxa o guiou até a porta do quarto da menina e destrancou um dos cadeados que lá se encontrava;

- Gostaria de ficar sozinho com ela, senhor? – Albus apenas assentiu.

Assim que Dumbledore entrou no quarto a viu, estava encolhida em um canto do quarto, encolhida ao lado do guarda roupas. Hayley Cherry tinha 11 anos, cabelos castanhos, dourados em algumas mechas, olhos cor de mel e expressões tristes.

- Hayley? – Chamou Dumbledore.

- Sai de perto de mim. – A garota disse entredentes.

- Hayley, meu nome é Albus Dumbledore, e eu sou diretor de um Colégio. – A garota o olhou e riu irônica.

- Sai dessa, moço. Não sou mais tão burra. Vocês não vão me levar para aquele lugar de novo. Aquele lugar que vocês chamam de lar feliz. – Dumbledore olhou a garota se levantar.

- Miss Cherry, não vou leva-la a lugar nenhum contra sua vontade... - A garota o interrompeu.

- Não... Minta... Para... Mim! – A garota urrou com os olhos fervendo em raiva, suas mãos, fechadas em punho, começaram a tremer e os cabelos da pequena Cherry começaram a voar, e por ultimo, em uma fraca ilusão o quarto começou a pegar fogo; Seria suficiente para enganar um trouxa, mas aquele era Albus Percival Wulfric Brian Dumbledore, diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e conhecia magia como ninguém, e com toda certeza aquele lugar estava repleto de magia. Sentou-se na cama flamejante sem se deixar abalar e Hayley arregalou os olhos surpresa ao reparar que o homem não sentia medo.

- Acalme-se, Hayley, não farei nada contra você. – A garota o olhou – Na verdade, somos iguais. – A garota riu irônica, desfazendo sua ilusão.

- Ah, sim, claro. E o que exatamente somos? – Perguntou descrente.

- Somos bruxos, Miss Cherry. – A garota riu.

- Jura? – Disse irônica. – Se somos as bruxas onde estão a Branca de Neve e a Bela Adormecida, huh? – Zombou

- Não zombe de mim com contos de fadas trouxas, Miss Hayley. – Disse Dumbledore calmamente.

- Desculpe tio Al, mas já deixei de acreditar em Bruxas e Papai Noel, desde que minha infância foi tirada de mim.

- Professor Dumbledore. – Corrigiu Albus.

- Tio Al. – Continuou Hayley imprudente.

  - Se for estudar em Hogwarts deverá me chamar de Professor, Senhor ou Diretor. – Alertou Dumbledore pacientemente.

- O senhor é louco! – A garota disse – Não existem bruxas. – A garota balançou a cabeça negativamente.

Dumbledore suspirou e tirou de seu paletó sua varinha.

- Sente fome, Miss Cherry? – Perguntou, sem ao menos dar tempo da garota responder disse, em voz alta o feitiço. – Accio Coockies.

Os biscoitos que Hayley costumava esconder pelo seu quarto vieram voando todos em direção a Dumbledore. A garota costumava roubar estes da sala dos funcionários do orfanato.

- Como fez isso? – A garota perguntou calmamente abrindo um dos pacotes que estavam em cima da cama.

- Se for para Hogwarts aprenderá. – A menina suspirou vencida, nada poderia ser pior do que já tinha enfrentado na vida.

- Tudo bem. – Concordou

Dumbledore sorriu e tirou um envelope de dentro de seu paletó.

Hayley a pegou com o coração disparado, a carta estava endereçada a ela.

Miss H. Cherry

Orfanato, quarto 27

Avenida Oito

Londres - UK

O envelope era grosso e pesado, feito de pergaminho amarelado e endereçado com tinta verde esmeralda. Não havia selo.

Virou a carta hesitante e viu um lacre de cera purpura com um brasão; Um grande “H” circulado por um leão, uma águia, um texugo e uma cobra. Hay prendeu os olhos no leão, sempre gostara do animal.

Hay rompeu o lacre e abriu a carta:

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Diretor: Albus Dumbledore

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos)

Prezada Miss Cherry,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

 Minerva McGonagall

Diretora substituta

    

 As perguntas rodeavam a cabeça de Hayley.

- O que quer dizer com “aguardamos sua coruja”?

- Hayley, no mundo bruxo, nossos modos de comunicação são através de cartas, que são enviadas por corujas. Não existem tenelefos...

- Telefones. – Corrigiu

- Isso. Não existem os modos de comunicação do mundo dos trouxas.

- Trouxas?

            - São aqueles que não são mágicos. – A garota assentiu. Era tudo muito novo.

            - Tio Al... – A garota hesitou. – O que aconteceu com meus pais? Eles eram... Bem, eles também eram bruxos?

            - Seus pais foram grandes bruxos, Hayley, sua mãe era uma das melhores alunas, seu pai... – Ele sorriu - Bem, ele era um dos bagunceiros do colégio.  Os dois batalhavam pelo bem, e seus pais, só lhe colocaram neste lugar para te proteger, e morreram fazendo isso.

A garota assentiu, não perguntou mais nada, era muita informação.

- Aqui diz que preciso comprar livros e equipamentos, mas eu não sei onde se compra esse tipo de material e bem... Eu não tenho dinheiro. – Dumbledore sorriu.

- Hayley, você acha mesmo que Mattew e Lucy Cherry não lhe deixaram nada? – A garota sorriu. – Amanhã, Severus Snape, professor de Poções de Hogwarts virá busca-la para comprar seu material. – A garota assentiu.

- Tio Al? – O professor sorriu e a olhou – Às vezes eu tenho algumas visões... Ou talvez eu apenas sonhe acordada.

- Continue, Hayley. – Respondeu o diretor interessado.

- Bom, sonho com varias pessoas diferentes, e todas, agora reparei que são bruxas, mas eu sempre sonho muito com um garoto, moreno de olhos verdes, a primeira vez que sonhei com ele, ele estava sentado em um berço, pequenininho, então apareceu um homem, ele era mais branco do que osso, com os olhos grandes e vermelhos, um nariz chato como o das cobras e fendas no lugar das narinas, ele lançou uma varinha, igual a do senhor, e falou algumas palavras estranhas, saiu da varinha um raio verde e atingiu o tal menininho, eu pensei que ele fosse morrer, mas não, quem morreu foi o homem. – Dumbledore a olhou.

- Ele não morreu. – Disse Dumbledore simplesmente. – Isso que você sonhou aconteceu há 10 anos, esse homem chama-se Voldemort, ele foi um bruxo perverso e por um tempo os bruxos e até mesmo os trouxas correram perigo por causa dele, o garotinho chama-se Harry Potter e ele foi o único a sobreviver a essa maldição que Voldemort lançou. – A garota o olhou.

Albus, ao ver aquela menina tão inocente, mas com poderes grandes, sentiu a enorme necessidade de fazer o que ele nunca fez por Tom Riddle e tira-la do caminho das trevas.

- Preciso ir. – Disse – Não se esqueça de que amanhã Severus virá te buscar, acorde cedo, mocinha. Te vejo em Hogwarts. – Dumbledore sorriu e a garota retribuiu.

- Até em Hogwarts, tio Al.

Hayley foi dormir cedo naquela noite, assim que deitou na cama caiu em sono profundo. Naquela noite sonhou novamente com o tal Harry Potter.

- Tive um sonho com uma motocicleta. – Falou Harry, sentado ao lado de um garoto gorducho e outro magricela, no banco da frente havia um casal. – Ela voava. – Completou o garoto.

O homem quase bateu no carro da frente. Virou-se para trás e gritou com Harry, seu rosto parecendo uma beterraba gigante e bigoduda.

- MOTOCICLETAS NÃO VOAM!

Os outros garotos riram.

- Sei que não. – Respondeu o Potter. – Foi só um sonho.

Hayley estremeceu em meio ao sono, queria ela que aquilo também fosse só um sonho, mas como podia ela sonhar com um garoto que nunca tinha visto? Um garoto real?

Hayley virou, no mesmo sono profundo e continuou a sonhar.

Dentro de um casebre no meio do mar Potter, deitado no chão de uma sala, fazia uma contagem regressiva. 3 minutos.

Do lado de fora um barco bateu na rocha em que o casebre se encontrava.

2 minutos. Um gigante desceu do barco e andou devagar até o casebre, pisando nas pedras, as triturando.

1 minuto. O gigante hesitou junto à porta.

Dez... Nove... Decidido o gigante levantou a mão.

Três... Dois... Um... BUM!

O casebre todo estremeceu e Harry sentou-se, arregalando os olhos para a porta. O gigante lá fora batia, querendo entrar.

BUM. Bateu outra vez.  O garoto gorducho, que dormia no sofá, acordou assustado.

- Onde está o canhão? – perguntou abobado

Alguma coisa caiu atrás deles e o casal entrou na sala. O homem trazia um rifle nas mãos.

- Quem está ai? – Gritou – Olha que estou armado!

Ouve um silencio e em seguida... TRAM!

Hayley acordou assustada.

- Foi só um sonho, só um sonho. – repetiu pra si mesma. – Ele existe. – Choramingou. – Harry Potter – Sussurrou.  – Potter existe, Potter existe. – Repetiu essa frase até cair no sono novamente.

- NÃO VOU PAGAR A NENHUM VELHO BIRUTA E PATETA PARA ENSINA-LO A FAZER MAGICAS! – Gritou o bigodudo.

O gigante agarrou o guarda-chuva e o girou por cima da cabeça;

- NUNCA – Trovejou – INSULTE... ALBUS... DUMBLEDORE... NA... MINHA FRENTRIIIIIIIIIIIIIM TRIIIIIM!

Hayley acordou novamente, já era de manhã e o velho despertador tocava em cima de sua cabeceira. Em pouco tempo Severus chegaria.

Hay tomou um banho, vestiu uma regata preta (uma das únicas que tinha), uma calça jeans e uma camiseta quadriculada azul, prendeu o cabelo em uma trança embutida, deixando sua franja solta.

BUM BUM BUM

A garota olhou para a janela, onde uma coruja batia com as garras segurando uma carta no bico. A garota correu até lá e abriu a janela. A coruja soltou a carta em cima da cama e voou para fora. Hay correu até a cama e abriu a carta.

         Miss Cherry

Estarei chegando a menos de 30 minutos, esteja pronta, precisamos ser rápidos.

            S. Snape.

Hayley desceu até o refeitório do orfanato e sentou-se para comer, sozinha em um canto do refeitório, ela não tinha amigos e estava feliz ao ver que teria a oportunidade de mudar esta situação.

Quando terminou de comer, foi até a secretaria do orfanato para esperar Severus. Pouco tempo depois chegou um homem alto e magro, com uma pele amarelada e um nariz grande em formato de gancho. Ele tinha cabelos negros e oleosos na altura dos ombros que emolduravam seu rosto como uma cortina. Seus olhos eram negros e frios.

- Bom dia. – Cumprimentou Hayley.

- B’Dia, Tio Sev. – Respondeu a garota.

- Professor – Corrigiu, escondendo o espanto do apelido, em toda a sua vida só quem havia lhe chamado assim foi... Lilly. Hayley revirou os olhos com a correção.

Os dois pegaram um ônibus até o centro de Londres sem trocar sequer uma palavra, Hayley analisava a paisagem sem se importar com a cara emburrada do professor. Pena que a garota não via mais a cidade de Londres com os mesmos olhos infantis, com a mesma inocência de uma criança. Ela conhecia o mal que rodeava cada beco, conhecia o lado ruim das pessoas, Hayley sabia o que era sofrer. Antes de ir para Hogwarts, Hayley, infelizmente, deu o azar de cair nas mãos de muitas famílias ruins, algumas boas, mas que ao verem coisas estranhas acontecerem ao redor da menina a devolveram. Porém, três das famílias que a adotaram, abusaram e maltraram-a. A primeira família, a mulher a adotou apenas por insistência do marido. Meses depois o Sr. Banks teve um infarto fulminante e sua mulher entrou em depressão. Hayley ficou abandonada, o filho mais velho, estava perdido no mundo do crime e das drogas, ele levava Hayley a lugares esquisitos e chegou a oferecer drogas a ela.

A segunda família, a usou para conseguir dinheiro, a exploravam, colocava-a para trabalhar, a colocavam nas ruas para pedir dinheiro e roubar turistas, e se ela tivesse pouco “lucro” apanhava dos pais adotivos e ficava sem poder jantar.

A terceira e, decididamente, ultima família que Hayley teve foi com toda certeza a pior. Ela tinha dez anos, estava tudo bem, Hayley era adorada e mimada naquela família, sua mãe era maravilhosa e linda e seu pai dava a ela tudo que podia.  Um dia, quando sua mãe foi trabalhar, seu pai estava de folga e os dois ficaram sozinhos em casa. Eles estavam assistindo um filme e aquele homem começou a toca-la, Hayley reclamou, mas ele continuou, ela tentou fugir e fechou a porta do quarto, mas ele era muito forte e a abriu facilmente. Em seguida ela a pegou no colo a deitou na cama e começou a arrancar suas roupas, em seguida, vocês já imaginam o que aconteceu. Ele abusou sexualmente de Hayley. Um ato de crueldade.

E, é claro, que algo ruim aconteceu aos dois últimos, o casal achou que leões haviam invadido sua casa e destruíram todo o local o segundo, bem, o segundo ficou completamente louco.

Embora, coisas tenham acontecido às pessoas que fizeram isso, Hayley sofreu também e ficou com traumas e a garota não conseguia mais ver o mundo como antes, sempre via o lado ruim das pessoas, sempre desconfiava de tudo.

- Você guardou sua carta, Hayley? – Perguntou Snape.

- Sim, tio Sev. – Snape lhe lançou um olhar frio.

 - Ótimo, ai tem uma lista de tudo o que precisara.

Hayley pegou a carta e leu o segundo papel.

           

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts

Uniforme:

Os estudantes do primeiro ano precisam de:

Três conjuntos de vestes comuns de trabalho (pretas) Um chapéu pontudo simples (preto) para uso diário. Um par de luvas protetoras (couro de dragão ou similar) Uma capa de inverno (preta com fechos prateados)

As roupas dos alunos devem ter etiquetas com seus nomes.

Livros:

Os alunos devem comprar um exemplar de cada um dos seguintes:

Livro padrão de feitiços (1ª Serie) de Miranda Goshawk.

Historia da Magia de Batilda Bagshot.

Teoria da Magia de Adalberto Waffling.

Guia de Transfiguração para iniciantes de Emerico Switch.

Mil ervas e fungos mágicos de Filida Spore.

Bebidas e poções mágicas de Arsenio Jigger.

Animais fantásticos e seu habitat de Newton Scamander.

As forças das trevas: Um guia de autoproteção de Quintino Trimble.

Outros Equipamentos:

            1 varinha mágica

            1 caldeirão (estanho, tamanho padrão 2)

            1 conjunto de frascos

            1 telescópio

            1 balança de latão

Os alunos podem ainda trazer uma coruja OU um gato OU um sapo.

           

- Tio Sev? – A garota chamou e Snape a olhou – Podemos comprar tudo isso em Londres? – Professor assentiu.

- E pare de me chamar assim. – Hay riu.

- Desculpe, Tio Sev; - Snape bufou, contendo um sorriso.

Desceram do ônibus e andaram alguns metros.

Passaram por diversas lojas, livrarias e lojas de musica, lanchonetes, cinemas, mas nenhuma parecia vender o que Hayley precisava.

- Chegamos – Disse Snape. Hayley olhou o lugar que o professor apontava. O Caldeirão Furado era um barzinho sujo e se Snape não tivesse apontado, Hay nunca repararia no mesmo.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço Reviews? -carinha do gato de Botas*



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