Os Infectados escrita por mylla


Capítulo 2
A transferência


Notas iniciais do capítulo

Acordei meio com preguiça hoje mas acabei postando mais um cap.
Espero que gostem e comentem.
:)



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Alguns meses depois...

O dia estava realmente lindo para uma transferência de detentos, eu com certeza não iria poder ir à final do campeonato de futebol do meu filho Mike, mas o trabalho falava mais alto e como esse seria meu último trabalho na delegacia faria com todo o prazer.

Logo cedo antes de sair passei na casa da minha ex esposa margarida, precisava trocar uma palavrinha com meu filho antes de viajar. Assim que abriu a porta margarida gritou por Mike que veio descendo as escadas dependurado pelo corrimão.

—Campeão como você ta? Preparado para o grande dia?—Perguntei ao receber um forte abraço dele.

—Sou o melhor artilheiro papai ninguém pode com o meu time.

Nos afastamos e o fitei por um momento orgulhoso de vê-lo confiante.

—É assim que se fala, tenho certeza que vocês vão ganhar.

—Pena que não pode ir não é?

—Infelizmente não filho, tenho um trabalho muito importante hoje.

—E não pode adiar por nada?

—Olha bem que eu gostaria, mas preciso mesmo cumprir a tarefa que foi resignada a mim.

Mike tombou a face meio de lado como se implorasse que eu ficasse, mas não podia faltar com minhas responsabilidades, logo eu me aposentaria e poderia passar muito tempo com ele.

—Não me olha assim filhão, passei aqui mesmo só pra te desejar sorte, mas vejo que não precisa já está bastante confiante, à noite nos vemos para comemorar tudo bem?

—Fazer o que a não ser aceitar.

—Sua mãe vai ta lá gritando por nos dois.

Sorrir dando um beijo na testa de Mike e acenei para Margarida me afastando da varanda em direção a viatura que estava parado ali em frente.

—Até logo papai—Gritou Mike da porta.

Dei um tchau entrando no carro e dei a partida indo para a delegacia de onde buscaria o detento a qual teria que levar para uma das ilhas de Massachusetts que ficava a mais ou menos duas horas de Cambridge.


[...]


Eu só estava esperando a autorização de transferência para poder levar de uma vez o detento dali, mas meu parceiro Bob estava demorando demais com aquele papel, eu estava na recepção da Delegacia sentado de frente para o assassino a sangue frio que estava bem na minha frente algemado pelas mãos e pés. Meses atrás recebemos uma denúncia de um assassinato a uma mulher que havia sido esquartejada a sangue Frio pelo próprio marido, mas felizmente ele foi pego tentando fugir de Cambridge o que pare sua infelicidade lhe custaria 40 anos de sua vida agora.

O olhar do assassino para cima de mim era totalmente frio sem nenhuma expressão, olhos congelados, confesso que dava uma certa tensão ficar em um mesmo lugar que ele, pois depois que havia sido condenado o assassino tentou escapar do antigo Presídio que estava matando dois carcereiros, mas sua fuga não se completou e ele acabou sendo escoltado novamente para o presídio de onde era vigiado noite e dia por quatro seguranças.

Isso era o que eu sabia daquele condenado, o seu nome como é mesmo? ‘’pensei tentando recordar-me’’ Ah! Diego Colin, um nome até interessante para um ser tão repugnável como ele. A ilha para qual iríamos era localizada nas Ilhas Elizabeth 16 torrões de terra que se esparramam a sudoeste de Cape Cod, o lugar era bem desconhecido, quase ninguém gostava de ir para essas bandas, acho que por isso haviam criado um presídio de segurança máxima lá Para evitar a circulação de pessoas indo e vindo toda a hora, as visitas no local eram feitas bem raramente coisa de três em três meses.

Assim que vi Bob atravessando a porta e entrando a recepção me levantei indo até ele agarrando o papel da autorização nas mãos.

—Tome cuidado com ele, acho melhor mandar outro policial com você o que me diz?—Olhei para Bob sorrindo, e balancei a cabeça negativamente.

—Não será preciso, já dei conta de muitos bandidos nessa minha vida, isso é só mais uma tarefa.

—Mesmo assim olho vivo entendeu?

—Sim senhor—Brinquei.

—Engraçadinho, Olhe assim que chegar lá entregue a autorização para o chefe do presídio ele estará te aguardando, mandei uma carta alguns dias atrás notificando sua chegada com o novo hóspede de lá.

Não pude deixar de da um sorrisinho com a palavra ‘’Hóspede’’ realmente tinha sido uma maneira bem gentil de Bob falar do detento.

—Tudo bem eu entrego, fique tranqüilo Bob.

—Então vá logo antes que fique tarde, afinal é muita água daqui para lá.

—Nos vemos na volta, até logo Bob.

Me virei dando de ombros a Bob e fui até o detento segurando-o pelo braço, o mesmo se levantou contra a vontade mas não fez nada, apenas seguiu-me até a viatura.


[...]


—Vamos saia logo—Ordenei que Diego saísse do banco de trás da viatura, já tínhamos chegado ao porto e nosso barco já estava a nossa espera, tranquei a viatura jogando as chaves no bolso do uniforme, caminhamos até o cais de onde enxerguei Larry nosso piloto do barco.

—Hey Larry! Pronto para irmos?

O velho de mais ou menos 60 anos fumava um cachimbo de prata e um chapéu de marinheiro um pouco sujo.

—Mais é claro vamos logo tripulante.

Quando entramos coloquei Diego sentado no banco prendendo-o com a algema no corrimão de ferro do barco. Depois fui até a cabine de Larry ele estava preparando tudo para nossa partida.

—Tudo certo ai capitão Larry?

—Marujo você já me viu dormindo no trabalho?—O velho ligou o barco que não era essas coisas, bem simples pequeno até, mas bem confortável. Digamos que Larry ela o nosso piloto sempre que precisávamos de alguma encomenda para a delegacia ou qualquer coisa que precisasse ser buscado em outra ilha ou em uma cidade vizinha lá ia nosso velho Larry cumprir o serviço

—Vamos logo então, não pretendo demorar muito por lá e quanto mais rápido chegarmos mais rápido voltamos.

Dito isso Larry deu uma tragada em seu cachimbo e deu a partida.


[...]


A viagem tinha sido muito tranqüilo, Diego em nenhum momento mostrou rebeldia ou um comportamento violento, continuou com aquele olhar duro, mas agora ele não olhava para mim e sim para as águas do mar.

Quando desembarcamos na Ilha fomos recebidos por dois homens, um deles logo se apresentou se chamava Harry Wood, vestia um jaleco branco e usava óculos, o outro parecia ser mesmo um carcereiro ao julgar pela roupa cinza que usava e o molho de chaves que carregava na alça da calça.

—Olá Harry sou David Black como vai?—Estendi minha mão cumprimentando-o

—Prazer senhor Black, vou bem obrigado, deve ser o policial encarregado da transferência estou certo?

—Sim sou eu mesmo, o detento esta aqui, só um minuto.

Retirei as algemas do corrimão de ferro, mas ainda deixei elas nos punhos de Diego, segurança em primeiro lugar. Segurei em seus ombros guiando-o para fora do Barco, Olhei para Larry que acenou para mim.

—Pode ir sossegado eu esperarei aqui fumando o meu cachimbo.

Depois que saltamos na areia comecei a caminhar com Diego ainda segurando-o pelos ombros, Harry logo fora me mostrando o caminho a seguir, o carcereiro nos acompanhou também em silêncio. Assim que chegamos ao portão de ferro que era imenso observei Harry acenar para um dos guardas que estavam no alto do andar do presídio e logo o portão foi se abrindo para nossa passagem.

Dei uma última olhada para trás, mas nem conseguia avistar o barco de Larry apenas via um fraco azul ao fundo, e as ondas do mar se quebrando na areia.

—Seja bem vindo senhor Black ao Presídio de segurança máxima, vamos!

Continuei seguindo ele e logo escutei um barulho em minhas costas, o grande portão havia se fechado.


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Notas finais do capítulo

Vixiii Nosso policial entrou e agora o que o espera lá dentro heim?
Aguardem o cap seguinte :)