Os Infectados escrita por mylla


Capítulo 1
Como tudo começou


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem nunca fiz uma fic nesse estilo, enfim rsrs
aceito criticas, sugestões,coments enfim sintam-se a vontade.
Esse primeiro Cap é Narrado pelo SCOOT WOOD e também será o único.



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*Scoot Wood ON*

10h30min da manhã e eu ainda estava aguardando do lado de fora da Ala X era assim que chamavam a parte mais perigosa do presídio, nome meio idiota mas havia sido dado pelo chefe do meu irmão Harry, o todo poderoso Rick Smith.
Estava ali para uma visita cordial ao meu irmão Harry Wood, eu sou irmão mais novo Scott Wood, de vez em quando venho vê-lo e trazer notícia da nossa mãe já que ele vive entocado aqui e nunca vai nos visitar, ele é um dos médicos que cuida dos pacientes mais loucos, aqueles com problemas sérios mesmo, e os mais perigos também.
Já estava quase 1hora aguardando, mas parecia que ele estava querendo mesmo me fazer esperar, me afastei um pouco da grande área a onde estava e fui caminhar um pouco pelo jardim, a ilha era bem grande, o presídio maior ainda, sempre bem protegido por guardas e cães.
Eu tinha certa admiração por cães, principalmente os do presídio, eles eram treinados para deter os presos em fugas que apesar de toda a segurança do lugar ainda acontecia, eles eram bem rápidos, o instinto bem aguçado o farejamento, sabia disso, pois da última vez que havia vindo ver meu irmão há uns cinco meses atrás presenciei com meus olhos uma cena de fuga de um dos detentos do andar de cima do presídio que havia escapado pela tubulação, os seguranças soltaram logo os cães e esses logo entraram em ação a procura do detento, era incrível ver como eles eram bem desenvolvidos e espertos, pareciam até modificados, como se o gene tivesse sido alterado alguma coisa assim, encaravam a gente como se entendesse toda a situação.
Era meio louco pensar assim, mas era minha opinião, talvez estivesse passando tempo demais naquele presídio e a loucura daquele lugar já estivesse me contagiando. Mas era assim que eu os via.
Costumavam prendê-los em um canil que eu sabia muito bem a onde ficava, já que não estava fazendo nada mesmo resolvi da uma passadinha lá enquanto Harry não aparecia. E lá estavam eles, lindos com os pelos bem tratados sedosos e macios, dentes inteiramente bem conservados e brancos, porte forte e grande, era um mais bonito que o outro.
Como nunca pude ter um em casa ficava admirando-os ali mesmo, o Canil era fechado com um cadeado bem grosso provavelmente de chumbo, então nem poderia entrar. O jeito era observar ali de fora mesmo àqueles belos animais.
Mas eu nunca me continha, sempre queria me aproximar mais, ver melhor, nunca me contentava com o que estava na minha frente e ao meu alcance, Nunca tive um contato direto com eles, primeiro porque era proibido chegar perto deles segundo Harry meu irmão, e depois porque nunca tinha tido a chance de chegar até o canil deles sozinho, talvez eles não fossem tão bravos se eu não fizesse nada que ameaçassem eles.
Coloquei meu braço direito pela grade do canil e fiz um gesto com o polegar e o indicador chamando um deles, parecia o mais esperto de todos que estavam ali, ele se levantou e veio até a minha direção, passos lentos calculados quase, a cabeça abaixada olhando o chão, quando enfim se aproximou o bastante estiquei meu braço acariciando sua cabeça, assobiei algumas vezes tentando o fazer olhar para mim, porém ele continuava com a face tombada para baixo.
—Hey! o que foi amigão? Não comeu hoje foi?
Abaixei minha mão até o focinho dele levantando sua cabeça para cima, levei um susto ao ver o estado em que se encontravam os olhos dele, totalmente esbugalhados e avermelhados, as pupilas estavam dilatadas demais, e da boca escorria uma saliva esverdeada gosmenta.
—O que houve campeão? Acho que você não está muito bem não é mesmo?
O cachorro parecia sofrer por dentro uma agonia era enxergada em seus olhos, escutei uma voz me chamar ao fundo, era a voz de Harry, olhei para trás e acenei com o braço esquerdo, acabei tirando meu braço que antes estava dentro do canil puxando-o para fora da grade, mas desajeitadamente acabei cortando o dedo em um arame contorcido que estava exposto ali.
—Ai! Droga!
Voltei a olhar para trás gritando para Harry que eu já estava indo, Foi então que sentir uma forte dor ainda maior agora tomando conta não do meu dedo e sim da minha mão toda, o cão havia mordido-a com vontade, estava abocanhando minha mão sedentamente.
No desespero usei meu braço livre para socar o rosto dele conseguindo me livrar da abocanhada, alguns pingos escorriam pelos meus dedos caindo no chão do canil, puxei meu braço rapidamente antes que o cão voltasse a morder.
Ele avançou no chão passando sua língua freneticamente e diversas vezes nos pingos de sangue que haviam caído ali. Peguei um lenço dentro do bolso da minha calça enrolando minha mão ensanguentada, a mordida havia sido bem feia.
Harry perguntou de longe o porquê da minha demora, eu sorrir disfarçadamente e me afastei do canil, para longe daquele cão, Harry tinha razão era melhor mesmo manter uma distancia deles, precisei levar uma mordida para entender.

Algumas semanas depois do acontecido...

Aqui estou eu, deitado em uma cama do laboratório secreto do meu irmão, pois é ele tem um. E eu estou aqui preso, confinado. Mas não porque eu quero, e sim porque preciso, algumas semanas se passaram depois da mordida que levei do cão e eu que pensava que era apenas uma simples mordida estava totalmente enganado, me causou danos muito piores.
Não consigo comer a semanas, nada desce no meu estômago, nem água consigo tomar, estou a base de...Chega ser assustador, mas estou me alimentado de restos de animais, os animais criados aqui no presídio, galinhas,porcos e até algumas carcaças de urubu.
A questão é nada que seja diferente se carne fresca desce em minha garganta, só estou vivo, pois Harry tem me mantido semanas após semanas preso aqui, me alimentando com isso, e o pior estou com uma aparência terrível, meus cabelos estão caindo, minha pele está se enrugando rapidamente, as unhas das minhas mãos estão pontudas e com uma cor horrível, vomito sangue constantemente e sinto tonturas quase todos os dias, seguido de náusea e desmaios.
Tenho febres constantemente e tremedeira pelo corpo todo, não posso acreditar que isso tudo tenha sido causado apenas por uma mordida. Mas eu sabia que os cachorros dali não eram normais, e depois que Harry me contou toda a verdade entendi o motivo por eu está daquele estado todo.
Os cães eram modificados eu sempre tive razão, meu irmão Harry para os que não sabem além de médico também é cientistas nas horas vagas, tanto que Rick deu a ele este laboratório que fica aqui no farol da Ilha, somente ele vem aqui, mas agora eu também estou aqui, como paciente dele.
Mandamos uma carta para minha mãe, dizendo que eu iria ficar algum tempo ajudando meu irmão pois ele precisava de minha ajuda, mas nós dois sabíamos que era mentira, meu único motivo de ainda está naquele Ilha era o meu estado, não podia voltar daquele jeito, precisava me curar antes, mas essa palavra parecia está bem longe de acontecer.
Harry fez vários testes em seu laboratório usando suas ferramentas de pesquisas, soros, injeções, mas nada parecia surgir efeito, ou eu piorava ou continuava no mesmo estado. Eu particularmente já estava perdendo as esperanças, acho que não tinha mais solução, a morte era certa pelo menos era melhor que sofrer.
Harry estava atendendo alguns pacientes lá no presídio e tinha me deixado trancado ali dentro do farol, precaução para que eu não tentasse sair, eu estava com fome, minha garganta estava seca e já fazia algumas horas desde o último pedaço de porco que Harry tinha-me trago cedo da manhã, já era quase meio dia.
Andei pela sala procurando alguma coisa que ajudasse a me tranqüilizar pelo menos enquanto meu irmão voltasse, revirei as mesas, mas não tinha nada que pudesse me alimentar ali, só vidros de Becker e tubos de ensaio com uns líquidos coloridos e bem estranhos dentro.
Fui até um refrigerador e havia mais desses vidros lá dentro, mas um em questão tinha chamado minha atenção, era de cor avermelhada, o peguei nas mãos trêmulas e levei ao nariz, tinha um cheiro adocicado maravilhoso, lembrava até sangue, não tive dúvidas e o despejei todo o conteúdo na boca lançando o vidro no chão.
Fora questão de segundos eu estava cambaleando por toda a sala, tropeçando das estantes, derrubando livros no chão e me apoiando em mesas, mal me matinha de pé, todo meu corpo estava mole e minha cabeça girava, comecei a vomitar o líquido de volta e ele veio acompanhado de sangue também, fui até porta que estava fechada gritando inúmeras vezes por Harry, mas ele nunca me escutaria dali, estava muito longe do presídio, ninguém me acudiria.
Cair no chão sentido cada fibra do meu corpo doer, como se estivessem rasgando as veias do meu corpo, era uma dor insuportável, o sangue escorria pelo canto da minha boca, minha cabeça rodopiava, era o meu fim? Pensei enquanto tentava me levantar do chão em vão.
Acabei cedendo, lutar não adiantaria eu estava em desvantagem, à dor me consumindo aos poucos, nem mais forças para gritar eu tinha, tudo parecia que não teria mais fim, até que o último suspiro foi dado e a dor enfim passou, morrendo comigo.


*Scoot Wood OFF*


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao fim desse 1 cap, fiquem de olho que logo logo o 2 pinta ai:)