Os Infectados escrita por mylla


Capítulo 16
Colocando o Plano em Ação


Notas iniciais do capítulo

Olha gente, tava meio desanimada hoje, mas mesmo assim eu postei.
Espero que gostem viu.
Estou com dor nas costas então fica ruim ficar muito tempo na frente do Pc digitando, vou tentar procurar uma boa posição.
Boa leitura.



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*David Black On*

Já era de manhã, depois que comemos alguma coisa, paramos sentados em volta de uma mesa, tínhamos que decidir o que faríamos dali para frente, ficar ali para sempre não era nosso objetivo, ainda mais com um bando de infectados malucos por carne.

—Acho que devemos pedir ajudar pelos celulares—Sugeriu Carol.

—Não sei! Mais pessoas podem morrer se vierem nos salvar—Harry girava uma os óculos entre os dedos.

—Mais precisamos de reforços Harry—Carol voltou a falar—Sozinhos aqui, não temos chances, são muitos deles lá em baixo e isso porque ainda não atacaram as outras alas, com o resto dos presos ainda.

—Concordo com a Carol—Falei—E Harry me fuzilou com os olhos—Você está com medo de alguma coisa Harry?—Perguntei sabendo que aquilo o irritaria.

—Você sabe muito bem Black, posso ser até preso, quem criou essa raça fui eu, não se esqueça.

—Eu não me esqueço, mas mesmo assim, temos que chamar ajuda, não sabemos quanto tempo levaremos para sair daqui de dentro e como você mesmo disse para mim, não fez isso de propósito, foi um acidente, um trágico acidente. Qual a sua opinião Rick?—Completei perguntando.

O negro estava sentado na cadeira, silencioso, apenas observando nossa conversa, na boca um dos seus charutos que ele havia pegado antes da nossa ‘reunião’. Ele se limitou a inclinar o corpo para frente, colocando os cotovelos na mesa, para se apoiar, puxou o charuto dos lábios, segurando-o com uma das mãos e soltou a fumaça, eu evitei cheirar aquilo, não gostava do cheiro do tabaco.

—Estamos no meio de um cruzamento meus queridos, podemos optar por não chamarmos ajuda, e não conseguirmos sairmos vivos daqui, ou podemos chamar ajuda e colocar a vida dessas pessoas em perigo também, decisão difícil—Voltou a levar o charuto aos lábios.

—Aconselho que uma decisão seja logo tomada, estamos com um dos nossos detentos amarrados e sendo vigiado, pois ele quer a qualquer custo se vingar do Rick—Pausei—Temos uma infestação de malditos lá em baixo, temos ainda 4 alas fechadas, com um bom número de presos lá dentro, totalmente desesperados, com medo de serem atacados por aquelas coisas, estamos trancados aqui em cima e uma hora os mantimentos vão acabar, uma hora tudo acaba—Frisei a frase.

—Black está certo—Carol me apoiou concordando.

—Então acho melhor ligarmos logo para pedirmos ajuda—Olhei para todos da mesa, pareciam concorda, menos Harry que estava com uma expressão dura, ignorei ele, me levantei pegando nossos celulares que estavam dentro de uma caixa, assim que Gerald foi preso conseguimos recuperar nossas coisas que ele havia pegado.

A primeira coisa que vi, foi a imagem de Mike, sua foto era o descanso de tela do meu celular, estava com saudades dele, fitei seu rostinho por alguns segundos, logo depois fui nas últimas ligações, vendo o número de Bob. Nem ao menos chegou a chamar, só fui perceber depois que olhei para o visor do celular, não havia sinal.

—Droga—Sussurrei baixinho entre os dentes, tentando mais uma vez a ligação, mas assim como na primeira vez, não consegui—Está sem sinal—Levantei o celular, mostrando aos outros.

—Tenta com o meu Black—Sugeriu Harry e foi exatamente o que fiz, mas o mesmo também estava sem sinal, tentei com o de Carol também, nada também. ‘Ótimo’ pensei, agora estamos ferrados de vez.

—Mais parece que tudo está conspirando contra nós—Bufou Carol, deixando sua cabeça cair sobre a mesa.

—Mas ontem, eu conseguir falar com Bob—Lembrei.

—Teve sorte Black—Disse Rick—Estamos em uma ilha, aqui o sinal não é muito bom às vezes, por isso eu não uso esses aparelhos idiotas, prefiro as Cartas, ela demoram a chegar, mas nunca me deixaram na mão.

—Não tem nenhum rádio por aqui?—Perguntei.

—Tínhamos um, mas quebrou recentemente, um dos guardas não soube mexer nele, o atrapalhado acabou estragando o aparelho.

—Droga! Parece que nada da certo quando queremos—Pensei alto, mais sabia que todos tinham escutado—Então teremos que arriscar, temos que chegar até a ilha, o Harry disse que não se livrou do barco, ele está do outro lado da Ilha, se conseguirmos chegar lá, sairemos daqui.

—Só esqueceu que temos quase um exercito de Infectados lá em baixo, famintos—Harry deu ênfase na última palavra.

—É não me esqueci, por isso vamos planejar um plano, e dessa vez tem que dar certo—Todos me olharam, até Carol que estava com a cabeça abaixada, levantou seus olhos, parecia animada com a idéia.

[...]

Quando decidimos um jeito apropriado de sair daquele lugar, parecíamos mais confiantes, Harry até havia melhorado o seu humor comigo, eu não entendia bem a mudança dele, mas não iria dar muito importância para isso agora. Estava recarregando umas armas que ainda estavam sem balas quando Carol se aproximou, ela segurava uma pistola nas mãos.

—Pode me passar uma bala ai?—Perguntou.

—Claro! toma—Peguei uma bala e dei para ela.

—Acabei disparando ontem contra aquele infectado que estava tentando me pegar, errei o alvo—Ela riu—E perdi uma bala—Falou ao terminar de colocar a bala na pistola.

—Posso te ensinar a atirar, acho perigoso que não tenha um bom controle da arma que segura, pode acabar se machucando por acidente.

—Me ensinaria?

—Não vejo o porquê não.

—Obrigada, isso ajudaria muito.

—Imagina! Depois que eu terminar aqui vamos descer pro último andar.

—último andar?—Parecia aflita.

—Calma—Sorrir—Ficaremos atrás do portão, nada melhor que eu te ensinar a atirar, usando aqueles infectados como alvos.

—Melhor assim—Parecia mais calma.

[...]

—Não! Segura mais pra cima, ai você terá um controle melhor da arma—Explicava.

—Aqui?—Ela me mostrou.

—Sim, ótimo, aperte firme, assim não escapará da suas mãos e nunca hesite em apertar o gatilho, quando mais rápida você for, menos tempo você perde—Aconselhei, ela apertou o gatilho e conseguiu derrubar um Infectado, o tiro não acertou a cabeça, mas sim o Ombro, ele ficou de joelhos e Carol atirou novamente, agora sim, a cabeça havia estourado—Parabéns! Já pegou o jeito, viu? Eu te disse que não era a coisa mais difícil do mundo.

—Claro você é Policial, sempre usou essas coisas—Ela se referia a arma a mão—Tem mais prática que eu, por isso diz isso. Além do mais, eu não gosto de sair por ai atirando.

—Carol? Eles já estão mortos de qualquer forma.

—Eu sei, mas a sensação não é uma das melhores Black.

—Com o tempo você acostuma.

—Tempo? Pensei que não iríamos ter que ficar muito tempo aqui. Vamos colocar logo nosso plano em ação.

—Hoje à noite, já combinamos, não vamos adiantar nada.

—Ta!

—Continua treinado ai, eu vou ver o Larry, coitado só vive vigiando o Gerald. Deve está querendo falar com alguém.

—Mais uma vez Obrigada Black—Carol se aproximou de mim, eu estava encostado na parede, ela beijou minha bochecha e ficou parada ali me olhando.

—Que foi?—Perguntei sem jeito.

—Ahh, Nada! Hum...Como vai sua barriga?—Ela apontou com o dedo para o local.

—Não dói tanto, acho que em breve estarei melhor, obrigado por perguntar.

—Imagina, Eu me importo com as pessoas e com você também—Ela se afastou e voltou para perto do portão. Aquilo de uma forma ou outra havia mexido comigo, sorrir torto e ela voltou a fazer o que estava fazendo.

[...]

—Ta me dizendo que ta afim da Psicologa Black?—Larry praticamente deu um grito.

—Poderia falar mais alto?—Irozinei, sorte que os presos e Gerald estavam tirando um cochilo no canto da sala—Não foi com essas palavras que eu te contei, não aumente as coisas seu velho.

—Eu? Não aumentei nada, só estou dizendo o que acho e me parece sim que você está caidinho pela Psicóloga.

Será que Larry tinha razão? Eu estava gostando da Carol? Talvez fosse a nossa aproximação de uma hora para outra, os cuidados dela sobre mim. Ou eu apenas estivesse confundindo amizade com paixão. Só sei que quando estávamos juntos, eu me sentia bem, ela tinha um jeito fascinante, aquilo me chamava atenção, mas não podia esquecer que ela e Harry já haviam namorados, pra mim ele ainda gostava dela.

—Black?—Larry chamou me tirando dos meus pensamentos.

—O que?

—Acho que deve da uma chance para isso que você está sentindo.

—Acho melhor mudarmos de assunto, nem sei o porquê estou tendo essa conversa com você Larry.

—Somos amigos, simplesmente por isso.

—Vamos mudar de assunto, o Gerald está te dando muito Trabalho?

—Às vezes ele começa com uma ladainha dos infernos, de que vai sair daqui, todos vão acabar pagando, o inferno prevalecerá, esses papos de maluco, eu sinceramente já estou cheio de aturar esse louco. E aquele tal plano que você me contou, será que vai dar certo?

—Tem que dar, é praticamente a nossa última alternativa, diante da situação.

—Espero que tudo acabe bem no final, estou começando a pensar na hipótese de aposentar meu barco, viver um pouco em terra firme pode ser bom.

-—Olha só, nunca imaginei escutar isso de você.

—As coisas mudam meu amigo e eu já passei por cada coisa aqui, a única coisa que quero é voltar para casa.

—Todos nós iremos Larry, todos vamos—Confirmei.

[...]

O dia se passou bem rápido, não havia feito muito sol, o dia havia permanecido nublado durante quase todo tempo, eu e Rick tivemos que nos arriscar e descemos, tivemos que ir ao porão, não tivemos problemas com nenhum Infectado, a noite eles quase não ficavam por ali pelo pátio da sala, enchemos uma bolsa com alguns explosivos, não tinham muitos, mas acho que era o bastante para um pequeno bombardeamento.

Na volta nenhum sinal de Infectados, até achei meio suspeito toda aquela calmaria, mas não perdi tempo, eu e Rick subimos e fomos para sala de controle, Harry, Carol e Larry já nos esperavam, devem está se perguntando, ‘a onde estava o Gerald e seus comparsas’? Bem, Larry haviam deixados eles presos na sala do Rick, trancados para que eles não tentassem uma fuga, quando conseguíssemos reforços eles seriam salvos, assim como os demais presos que estavam presos em suas alas.

—Todos aqui?—Perguntei apenas para confirmar.

—Sim Black, vamos logo com isso—Falou Larry.

—Me deixa destrancar a porta de saída antes—Rick apertou um botão no painel.

Olhamos para a câmara que mostrava a saída do presídio, a sala estava lotava de Infectados vagando por ali, nos entreolhamos, seria uma situação bem complicada, mas se fizéssemos direito poderia dar certo.

 O plano era o seguinte, a única forma de sairmos daquele lugar seria passando pela saída, que ironicamente era no andar de baixo e a maior parte dos Infectados se encontravam aglomerados lá, então passarmos despercebidos seria praticamente Impossível.

Podíamos sair atirando, mas o nosso último resultado não havia sido muito satisfatório, havíamos perdidos muitos guardas, eu acabei baleado e o Harry, bem vocês sabem. Então usaríamos os explosivos para chamar a atenção deles, assim conseguiríamos escapar dali, tudo bem, não foi um do melhores planos, mas nas circunstâncias era o único que tínhamos encontrado.

Eu e Rick jogaríamos os explosivos pelo andar de baixo, de preferência em alguma das alas vazias, o barulho chamaria a atenção dos Infectados, liberando a saída então,para que fugíssemos, encontraríamos o barco e partiríamos daquele lugar em busca de ajuda, assim que chegássemos a Cambridge, eu entraria em contato com Bob, ele me ajudaria e falaríamos com a segurança do estado, para que ajudassem os detentos sobreviventes da Ilha. Tudo se resumia nisso.

[...]

Chegamos os cinco no andar de baixo, como há minutos atrás, estava tudo calmo até ali, eu e Rick distribuiríamos os explosivos por duas alas, era o suficiente para causar uma chuva de explosões. Harry, Carol e Larry ficariam escondidos e assim que a saída estivesse liberadas eles correriam para fora do presídio, eu e Rick seguiríamos logo atrás.

Assim que combinamos como seria, nos separamos, eu e Rick fomos até a ala 1 e 2 pois eram as mais próximas da saída, jogamos alguns explosivos pelo local, tínhamos que correr com tudo, antes que os primeiros estrondos fossem escutados. Rick segurava também duas correntes bem fortes e um cadeado, elas serviriam para trancar a saída quando saíssemos.

Saímos correndo o mais rápido e começou a explosão, o barulho era bem alto, logo vimos o som de alguns infectados se aproximando alarmados, nos escondemos atrás da grande escada que havia ali, os infectados passavam numa presa que nem notaram que estávamos ali, menos mal.

—Vamos Black—Anunciou Rick, não hesitei e logo estávamos os dois correndo,passando pelo pátio da sala, chegamos até a saída, à porta já se encontrava aberta, com certeza os outros já haviam passado por ali, tratei de voltar a fechá-la, peguei as correntes que Rick segurava e com o cadeado fechei a entrada, pronto! Pelo menos ali fora estávamos seguros.

Corremos passando pelo jardim e saímos na Ilha, à areia já enchia meus sapatos, ainda era possível escutar o barulho dos explosivo ao fundo, corremos mais um pouco até que encontramos Larry. Gritamos e ele nos viu, acabou se aproximando, estava cansado da correria.

—Onde estão os outros?—Perguntei.

—N-não sei, na correria foi cada um pra um lado eu acho, só sei que vim por aqui.

—O Harry e a Carol devem está juntos—Rick falou, e eu assenti acreditando mesmo que eles estivessem escapados juntos.

Depois de alguns minutos Harry apareceu atrás de nos, nos assustando.

—Calma! Sou eu gente—Tomava fôlego.

—Cadê a Carol?—Foi à primeira coisa que perguntei, vendo que ele estava sozinho.

—Pensei que ela já estivesse com vocês, quando escapamos, cada um saiu correndo, eu apenas corri.

—Droga! Ela deve ter ficado para trás—Palpitei.

—Isso não é nada bom—Harry adicionou.

—Precisamos voltar, ou pelo menos um de nós, ela está lá dentro com aquele bando de Infectados, é perigoso.

Nossas expressões não eram nada boas, se Carol tivesse mesmo ficado lá dentro, ela corria perigo, uma vez que estava desarmada, todos nós tínhamos pegado alguma arma, Rick estava com uma pistola na cintura, eu com uma colt, Harry e Larry também carregavam armas de pequeno porte. Agora tínhamos mais uma preocupação, encontrar Carol, de preferência, Viva.


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Notas finais do capítulo

Poutz...
Esqueceram da carol, e agora?
Será que ela vai sobreviver lá dentro, maior trabalhão para sair e agora eles terão que salvá-la.
Aguardem o próximo Cap.
E deixem suas Opiniões.