The Lady, The Gentleman And The Chess escrita por Sakura Ikari
Eles se encontram em um escritório espaçoso, escuro, a mobilha era antiga, coisa de uns dois séculos atrás, a madeira toda trabalhada e cuidadosamente polida, os livros depostos em uma ordem impecável, classificado pelo nome do autor e seus gêneros, as cortinas de veludo pesado de cor vinho com detalhes em dourado encontravam-se fechadas. Tudo ali era medieval menos os dois que estavam sentados um de frente para o outro na mesa de centro. Lilian e Vítor os dois noivos, os dois doentiamente apaixonados, os dois loucamente insanos.
—Dói... –ela resmungou para ele num sussurro baixo. – Como dói. – Doía para Lilian a idéia de seu casamento ter sido imposto.
— Por que dói? – Vítor perguntou de forma ríspida.
—Eu não sei – Lilian negava com a cabeça, seu coração estava partido, estraçalhado, mas ela não admitiria isso para ele.
— Grite, fale a onde dói – Vítor estava impaciente, todas as setes ultimas noites tinham sido assim... Hostis.
— E-eu não consigo... – Lilian estremeceu, parando de fitar o robusto rapaz a sua frente.
Ela mexia a primeira peça, o cavalo branco do rei, iniciando o jogo, ele olhava-a movendo a sua primeira peça o peão preto da rainha sem ao menos olhar para o tabuleiro.
— Vais morrer assim? Calada submissa?- Vitor queria provocá-la, queria que ela ao menos reagisse.
— É o melhor que posso fazer. – Ela suspirava, ainda pensando em sua próxima jogada.
— E por quê? – Ele queria transpor os limites da sanidade de Lilian testando-a a todo custo.
— Pare isso me magoa ainda mais. – Por baixo da mesa polida onde as peças banhadas em níquel estavam, as mãos de Lilian apertavam o vestido azul celeste da alta costura, maltratando o pano acetinado.
— Não, quero ver, saber até onde vais – O sorriso de canto de Vitor faria todas caírem aos seus pés, era enigmático, misterioso, p... perfeito?
— Martírio... Idiota, cálice. – Os nervos estavam em frangalhos – “só mais três noites?” – Pensava ela.
Ela levara o pião do rei uma casa a frente, e ele levará o pião da torre do rei duas casas a diante
— Como você? – Uma pausa dramática dele e mais um sorriso de canto. – Nunca – Vitor estava satisfeito com o novo papel que desempenhará.
— Morra como eu morrerei. – Lilian anteriormente a cerimônia de noivado amava a vida, depois que sua mão foi pedia em casamento por Vitor e sua família revelou que só sido por estar endividada ela aos poucos foi perdendo o brilho à alegria, o amor para com os outros e para consigo mesma.
— Não... Vais morrer só. – Vitor saltou um riso audível, zombeiro, para ela detestável.
— Só? Levar-te-ei comigo – Ela estava visivelmente transtornada, de seu olhar amargurado brotavam lagrimas que ela não se permitia derramar.
—Achas mesmo que tem esse poder? – ele fitava-a oscilando, o poder parecia correr lhe pelas mãos, atravessando seus dedos.
— Estas tentando virar o Jogo? – O nervosismo estava notório na voz de Lilian.
Ela perguntava medrosa como sempre, temendo-o como sempre, fazendo mais um movimento.
— Já virei, agora responda. – Vitor calmamente, pegou do descanso sua taça de vinho, tomando um breve gole, saboreando-o.
— Não, deixe-me – As lagrimas tentavam a todo custo fugir de sua prisão imposta.
— Não quero... – Mais um riso da parte de Vitor, ele sabia o resultado, o jogo já estava ganho.
— Vai embora... – ela segurava a taça de vinho e investia seu conteúdo contra Vitor.
— Vou depois que vencer - O sorriso nos lábios do rapaz delatavam sua satisfação.
— Quer que eu me renda? – Ela ergui o cenho determinada.
A ultima palavra ecoou longe... Alta parecia não perder forças, mais eles continuavam ali, concentrados ela moverá sua torre do rei uma casa.
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