Assassinato Na Mansão Wright escrita por vickiemd


Capítulo 3
Capítulo 2




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    O Detetive Hall abriu a grande porta. A cena foi chocante. Thomas Wright, 52 anos estava estendido no chão de madeira, expressão de susto e com uma arma na mão. Sentou-se na cadeira grande de couro. Eve sentou-se na pequena cadeira.
                -Fui a primeira a chegar. Por isso achei melhor ser interrogada primeiro.
                -Preciso que você me conte todos os detalhes.
                -Está bem. –Eve suspirou e olhou para cima- Eram nove horas quando cheguei. Thomas me recepcionou com um grande sorriso. Convidou-me para entrar. Conversamos sobre a empresa de construção que ele pretendia construir, e ele mencionou que ansiava a chegada de Rebecca. Obviamente sabia que ele possuía uma grande obsessão por ela. Bonita, jovem, inteligente... Mas perigosa. Sempre soube disso. Ah, ele também falou que hoje iríamos fazer um “jogo”. Pensei em algo como pôquer, mas provavelmente nunca saberei o “Jogo” que ele queria jogar. Também reclamou da empregada, não, não... não sei o nome dela, que tinha despedido naquela manhã. Brandon logo chegou, saudando todo mundo, e perguntando sobre Rosie. Servimos-nos de vinho e conversamos sobre a Hipoteca da Catedral, Thomas queria cuidar de uma reforma e outras coisas. Depois chegou Mason e Rosie. Conversamos um bocado. Rebecca chegou logo depois, estonteante, cumprimentou a todos, exceto por Rosie. Presumo que elas tenham se desentendido. Ewan tocou a campainha. Chegou bem preocupado, suando e dando a desculpa que teve uma pequena briga com um empregado. Até aí tudo bem. Porém, teve uma hora em que Mason se desentendeu com Rosie, e deu um tapa na pobrezinha. Brandon logo começou uma briga com Mason. Thomas separou os dois. Brandon estava descontralado. Thomas saiu para buscar um pouco de conhaque, como se servisse de calmante –Eve revirou os olhos- Logo depois, Mason também saiu, em busca de Thomas, e logo depois ouvimos um tiro e o grito de Mason. Ele correu até a sala, ofegante, e com a mão cheia de sangue. Achamos estranho, obviamente, ele contou desesperado que ouviu um tiro, então ele abriu a porta do escritório e viu Thomas, jogado no chão com um tiro na cabeça. Foi tentar reanima-lo, mas nada. Corremos todos para o escritório, todos ficamos muito comovidos e desesperados. Corri para telefonar para a polícia, e o Delegado John me atendeu.
                -Unmm... tenho que concordar que é estranho, e por enquanto o maior suspeito é mesmo Mason. Ah, poderia me dizer o motivo do desentendimento dele e da senhora Rosie?
                -Bom, ela falou algo sobre a construção de um celeiro do lado da casa deles, e ele logo a mandou calar a boca. Ela contestou, e ele ficou estressado. Acho que Brandon, como poeta e coisa e tal ficou ofendido.
                -Mas a senhora saberia para que esse celeiro?
                -Eu realmente não tenho a mínima ideia, e não sei porque Mason ficou tão bravo com aquele comentário. Mas posso te dizer uma coisa? – Inclinou-se sobre a mesa e começou a sussurar- Achei estranho o fato de que, quando Rosie mencionou a construção, Thomas logo arregalou os olhos e pareceu bem preocupado. Na minha opinião, Mason e Wright estavam tramando alguma coisa. Mas o estranho é que Mason sempre detestou Wright, e ninguém sabe o motivo de tal ódio.
                -Bem suspeito, e isso me incomoda –Sr. Hall fazia anotações em um pequeno caderno- Como a senhora é a mais velha do recinto, poderia por favor me informar mais um pouco do passado de Thomas? Simplesmente para eu buscar motivos pelo qual ele poderia ter sido assassinado, ou ter cometido suicídio.
                -Está bem, claro. Mas tenho que deixar claro que tenho certeza que foi assassinato. E que foi Mason. Só havia nós sete na casa, sem nenhum funcionário, e Mason foi o único que teria tido a oportunidade de matar Tom.
                -Mas por via das dúvidas, melhor averiguar. –Hall bocejou e olhou com pena para o corpo estendido de Thomas. –Temos que dar um jeito, e arrumar um velório –Murmurou.
                -Como o senhor deve saber, Thomas perdeu seus pais bem cedo. 18, 19 anos... não sei ao certo. Os dois estavam voltando de Londres, em um trem, quando o vagão em que estavam, o último, misteriosamente soltou-se dos outros e caiu do despenhadeiro. 13 pessoas morreram, incluindo os pais de Tom. Eu era advogada, hoje não mais, então cuidei do testamento do velho Wright, dono de uma grande fortuna.
                -Então agora os motivos para um crime. Vamos começar com Rebecca. Por que ela teria interesse em matar Thomas?
                -Não creio que uma mulher tão fina e elegante como Rebecca iria matar Tom. O homem era louco com ela. Aliás, quem não? Mas era manipuladora demais. Namoraram por uns dois anos, porém todos sabem que Rebecca admira Brandon, e o ama. Mas ao mesmo tempo, queria a fortuna de Thomas, obviamente. Rebecca passou por muita coisa. Um pai bêbado, mãe debilitada e se mudou quando era bem nova de Londres para Norfolk. Por isso criou toda essa “capa” protetora, fria e cheia de ambição. Motivo? Dinheiro.
                Alexander fez mais anotações em seu caderno de bolso.
                -E Rosie?
                -Rosie? Sem chance. Era a sobrinha de Thomas, era seu único parente. Só se estivesse sob pressão de Mason. Sabe, a relação dois dois é cheia de conflitos.
                -Ewan?
                -Ewan é completamente e perdidamente apaixonado por Rebecca. –Eve pensou um momento- acho que o mais provável seria tirar Thomas do caminho, para ter Rebecca só para si. É, um motivo bobo e clichê. Mas Ewan me dá nos nervos. Bah, mente que é sucessor de Sherlock para impressionar a garota. Problemático, no mínimo.
                -E Brandon?
                -Bom, Thomas era o maior fã de Brandon, e patrocinava seus contos, livros e coisa e tal. Se Brandon tiver algum motivo para matar Thomas, então eu desconheço este.
                -E Mason, o prefeito?
                -Mason detestava Thomas. Ninguém sabe porque, como disse anteriormente. E sabe, acho que é o mais provável. Só não digo com todas as letras que foi ele, porque Deus me perdoe, não quero incriminar o pobre Parker.
                O velho detetive parou de escrever, e perguntou com um ar curioso:
                -E a senhora, Sra. Foster? Algum motivo para matar Thomas Wright?
                Eve riu.
                -Sabe, Alexander, eu sou velha. Ninguém nunca suspeitaria de mim.
                E saiu do escritório.
~


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Notas finais do capítulo

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