Assassinato Na Mansão Wright escrita por vickiemd


Capítulo 4
Capítulo 3




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Quando Rebecca viu Eve saindo do escritório, disse apressada:

   -Minha vez.
E abriu a porta.
Alexander Hall sorriu.
-Rebecca Brown?
-Isso mesmo. –Disse ela, ofegante. –Me interrogue logo. Quero sair dessa casa o mais rápido possível. –Sentou-se.
                O escritório era um cômodo abafado. A entrada, que dava para o sul, possuía duas grandes portas de madeira. Estantes com livros preenchiam todo o espaço. A janela, virada para o lado norte, dava vista ao céu estrelado. A mesa, escura, possuía várias canetas, lápis e cadernos por sua extensão. Atrás dela, uma grande poltrona, onde Hall acendia seu charuto. Na frente da escrivaninha estava uma pequena cadeira, onde Rebecca estava acomodada, olhando com desespero para o cadáver. Parecia... arrependida, pensou Hall. Thomas Wright estava morto, com uma arma na mão, e ao seu lado, uma mesinha com bebidas, incluindo o conhaque que estava buscando. Um furo no lado direito da cabeça. Pequeno, e banhado de sangue.
                -Então. Preciso que me conte todos os detalhes de como foi a noite.
                Rebecca respirou fundo e começou:
                -Quando cheguei, mais ou menos umas 10 e meia da noite, estavam Thomas, Eve, Brandon, Mason e Rosie. Cumprimentei todos. –Ela desviou o olhar- Exceto Rosie. Aquela garota espalhava boatos sobre mim por toda a cidade. Detestava-a. Com certeza estava brava, com ciúmes, não sei. Apesar de não estar namorando Thomas, dois dias antes da festa me pediu em casamento. Eu recusei, obviamente. Ele ficou extremamente abalado. Ela poderia ter desejado uma vingança. Não sei, não consigo entender. Depois, chegou Ewan, suado e nervoso. No meio de uma conversa pessoal ele disse que um trem de carga deu um problema, e que tudo foi culpa de seu empregado, logo se meteu em uma discussão, e o homem partiu para a violência física. –Revirou os olhos.- Quando voltei a prestar atenção nos outros, só olhei Brandon partindo para cima de Mason. Fiquei em choque. Thomas separou os dois, e disse que ia buscar uma bebida. Até aí tudo bem. –Colocou a frase entre aspas- Perguntei o que tinha acontecido para Eve, e ela somente disse “Desavenças Pessoais”. Não compreendo o que isso quer dizer. Então, Mason mandou Rosie ficar onde estava e foi procurar Thomas. Voltávamos a conversar quando ouvimos um tiro. Todos ficaram paralisados. Aí Mason gritou, e correu até a sala. Estava sujo de sangue, e desesperado. Contou que viu Tom morto no chão do escritório. –Secou as lágrimas- Por favor, não quero mais falar sobre isso.
                -Unm. Interessante. Para a senhorita, quem seria o suspeito número 1?
                -Sr Hall, eu... eu não sei. Todos estavam juntos, exceto Mason. O único que poderia tê-lo matado era ele. Se bem, que quando ouvimos o tiro, de relance vira Brandon sorrindo, como se estivesse satisfeito com algo. E... não acho que Mason iria estragar a reputação dele como “bom prefeito”. Então acho que foi Brandon, não sei como, mas foi.
                -Acredita em suicídio?
                -Bom, acho bem mais provável. Thomas poderia estar depressivo, com o “não” que lhe dei com a proposta de casamento. Mas, depois do trauma dos pais mortos, nunca iria se matar. –Ela olhou para o teto, pensativa- Pensando bem, acho que foi Brandon mesmo. Thomas me contou que disse para Brandon, que se acontecesse alguma coisa com ele, Brandon poderia pegar 20% da fortuna, para continuar a escrever seu livro, publicar, e essas coisas. E sabe, ele era bem especialista em apetrechos mecânicos e poderia muito bem ter preparado uma armadilha. –Levantou-se.- Prenda logo Brandon e acabe com isso. Amava aquele poeta romântico, mas depois que o vi beijando Rosie, logo fiquei de coração partido. Prefiro vê-lo atrás das grades.
                Foi até a porta.
                -Espere, senhorita Rebecca.
                Ela se virou.
                -Teria algum motivo para matar Thomas Wright?
                Rebecca Brown arregalou os olhos.
                -O que... Por que tal pergunta? O que está insinuando? - Abriu a porta- Obviamente... não, claro que não.
                E saiu, apressada.

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